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História Chains - Scared and Confused.


Escrita por: stealmyziall

Notas do Autor


Eu adoro esse capítulo, acho ele bem esclarecedor.
Espero que gostem, boa leitura <3

Capítulo 47 - Scared and Confused.


 

“Meus lábios estão dizendo adeus, meus olhos estão finalmente secos. Eu não sou mais do jeito que eu costumava ser. Você me matou, mas eu sobrevivi, e agora eu estou voltando viva. Eu nunca vou ser aquela garota novamente. Minha inocência está se esgotando, mas meu coração está crescendo forte. Então me chame… Senhorita, que segue em frente. — Fifth Harmony (Miss Movin’ On).”

 

— Nada, apenas discutimos. — Falo virando de costas e começando a caminhar pelos corredores até a saída, mas ele continua vindo atrás de mim. Escuto seus passos, mas as palavras parecem custar a sair de seus lábios.

— Sobre o que?

— Nada que te interesse, Bieber. — Falo simples e já saímos, então sigo em direção ao estacionamento e o mesmo segue atrás de mim, parecendo que não sabe nem o que faz.

— Ah… Precisa de carona? — Ele pergunta calma, me fazendo até segurar a risada. Eu vou ser uma vaca com ele, não é nada que ele não mereça.

— Não sabia que gostava de vadias, vagabundas de merda, ou putas de cabaré no seu carro. — Falo com ironia e destravo a BMW, fazendo ele me olhar chocado.

— Quem te deu essa porra?

— Novamente, não interessa. — Falo subindo e indo fechar a porta, mas ele segura a mesma com força e se curva mais, aproximando o rosto do meu.

— Foi o Matt? O filhinho de papai de merda?

— O pai dele já faleceu à anos, você é um insensível!

— Ele podia ter ido junto. — E agora sim eu me irrito mais.

— Justin, solta essa porta!

— Mas e aí, o sexo anda bom? — Imbecil.

— Divino! — Falo tentando puxar a porta e ele não deixa. — Justin!

— Eu. — E cá está ele com esse maldito sorriso arrogante.

— Solta essa porta.

— Só depois que me falar quem deu o carro.

— Mesmo fora da minha vida você tenta controlar ela, não vê o como isso é doentio?

— Eu posso ficar aqui a madrugada toda. — Engraçado que agora ele tem paciência.

— O Chaz. — Falo e ele me olha como quem não acreditasse. — Quer checar os documentos da compra? — Falo abrindo a janela do outro lado e ele concorda, então já fecho a porta quando ele a solta e tranco o carro por dentro, o deixando louco.

— Madison, abre essa porra.

— Não. — Ligo o carro e ele para na frente do mesmo, cruzando os braços e me olhando sério. Eu sorrio com ironia e dou ré com tudo, ele fica louco e me olha sério.

— VAI QUERER MESMO QUE EU ATIRE NO PNEU? — Ele grita para que eu o escute e eu corro com o carro do lado dele, não dando bola.

Acelero com tudo em direção a casa dos meus avós. 

Ao mesmo tempo que estacionava o carro do lado de fora, eu já procuro a chave de casa nervosa, pois sei que ele está a caminho e vai ficar me incomodando, acho que essa foi a única coisa que ele sentiu falta. 

E não é que estava certa? Porque no que eu desço do carro, ele para a Ferrari dele no meio da rua e desce furioso.

— Qual o teu problema?

— O meu? Justin, você me ignora à dias e nem a merda me manda, ai agora do nada volta tentando de alguma maneira mandar em mim ou na minha vida? Eu já superei isso, já superei você! — Eu falo e ele me olha rindo.

— Já? Então tava fazendo o que lá ontem? Eu vi o jeito que tu me olhou. — Ele fala irritado e vejo mais sangue escorrendo da sua sobrancelha.

— Justin, porque você não volta para casa e segue sua vida? Eu e você já vimos que isso não da certo. — Falo apontando entre nós e ele ri. — A culpa não é minha se você acha que eu te traí, você deveria realmente me conhecer melhor do que isso. — E quer saber, eu posso negar o quanto quiser que ele não vai acreditar nunca.

Eu fico esperando que ele rebata ou algo, mas ele apenas fica me observando.

— Está fazendo o que aqui? Querendo saber o porquê de eu ter chorado, quem me deu o carro, querendo saber coisas da minha vida que não cabem mais à você! — Eu falo e ele me olha sério, realmente pela primeira vez o vejo sem resposta, e céus, isso é divino!

— Eu não sei se vai doer mais em ti ou em mim escutar isso, mas… Eu sei que tu não me traiu, também sei que o único errado nessa história toda, sou eu. — E depois que ele fala isso, não sei se ele espera que eu corra até ele e o beije, pois fica com um olhar esperançoso.

— E?

— Como é que é? Eu admito que to errado, quer que eu fale mais o que?

— Você não tem nem a capacidade de pedir desculpas! Eu peguei você na cama com outra, e não era qualquer uma, mas sim a minha mãe! — Cruzo os braços e ele fecha os olhos com calma, abrindo a boca e a fechando diversas vezes antes de falar.

— Me desculpa, se a nossa relação deu errado, foi por culpa minha. Então só… Foi mal, eu caguei com tudo, eu percebi isso.

Juro que o que eu quis pelo último mês foi ouvir isso, mas escutando agora, realmente não tem nenhuma mudança tão drástica assim na minha vida.

— Certo. — Falo dando de ombros e ele me encara.

— To perdoado? — E agora sim eu rio.

— Claro que não, mas pelo menos pediu desculpas, então está parecendo menos idiota e insensível do que antes.

— Tu e a tua mãe já tão de boas? Porque se perdoar ela, tem que me…

— Você é inacreditável! O que isso tem a ver com você? — Falo bem grossa mesmo e ando até a porta de entrada, já abrindo a mesma com a chave e virando para o olhar. — Você já arrancou tudo o que podia de mim, quer mais alguma coisa ou posso ir subir e tentar sequer pensar em uma maneira de como posso falar com o Chaz? — Falo nervosa e ele me olha estranho.

— O que aconteceu com ele? — Ele fala mais calmo e eu fico da mesma maneira, olhando para ele e pensando em algo na minha mente… Claro que teria que mentir, mas saberia de algumas coisas que queria.

— Se eu te contar o que aconteceu ontem, você me fala o porquê de ele ter tanto medo de você? — Falo e ele ri.

— Hoje me mandando embora do quarto ele não pareceu ter medo não. — Eu suspiro sem acreditar que ia fazer isso, mas aceno para ele entrar em casa comigo e ele fica surpreso, mas tranca o carro e me segue para dentro da casa dos meus avós.

Eu fecho a porta com calma e me viro para o olhar, o mesmo que se senta no sofá da sala e me olha fixamente. Observando cada mínimo detalhe do meu corpo, me deixando completamente constrangida, só pelo seu olhar dessa maneira no meu corpo.

Como diria ele, idiota de merda.  

— O que ele fez que você não gostou? — Falo bem direta, bufando irritada por conta do seu olhar. — Pode parar de olhar para a minha bunda? Pelo amor de Deus, eu quero saber algo sério aqui, nem isso você consegue fazer! — Eu falo fervendo, percebendo que ele acha graça da situação. Céus, juro que o odeio, juro. — O que você fez de errado?

— Como é que é? Ele te falou isso? — E ele já começa a me atacar.

— Por que ele tem medo de você?

— Não é medo, ele já fez merda que eu não gostei e não deu certo. Como tu sabe eu sou uma pessoa vingativa e de pavio curto, tenho que admitir. — Ele dá de ombros, indo acender um cigarro e eu ando até ele com raiva, tirando o mesmo da mão dele e o “rasgando”. — Porra, cigarro continua te irritando né? — Ele ri e eu não acho a mínima graça.

— Se não vai falar o que aconteceu, já pode sair. Não tenho obrigação de ficar no mesmo ambiente que você, olhando sua cara. — Uma cara linda e sensacional, mas não, nada de baixar a cabeça.

— Relaxa, porra. Lembra daquela história toda da irmã do Aiden? Que eu tinha feito algo de ruim com ela e tudo mais? — Ele fala e eu concordo na hora, o encarando enquanto continuo de pé e bato meu pé de forma frenética, apenas esperando que ele continue, pois isso é algo que eu almejo saber a meses, mas nunca sequer abriram o assunto comigo.

— O que aconteceu com ela? — Me dou por vencida e me sento no sofá de frente para ele, esperando que ele abra a boca e continue a falar, mas também com uma parte de mim querendo que ele não fale, por medo do que eu vou escutar.

— Eu vi ela na boate, ela era bonita e tu sabe como funciona. A gente transou e tal, mas eu não sabia que ela era a irmãzinha do Aiden. Porra, se eu soubesse eu ia fazer questão de comer ela na frente dele. — Ele fala como quem justifica e eu o olho com mais nojo ainda.

— Ela era boa? — A pergunta sai da minha boca antes que eu consiga me controlar, ele apenas nega sorrindo.

— Não melhor que tu, ninguém é melhor que tu. — Ele fala olhando nos meus olhos, mas logo baixa o olhar para as minhas coxas e estava prestes a morder os lábios, então eu o acerto um tapa no seu braço e o encaro com raiva. 

— Não é hora de ficar me cantando, Bieber. Anda logo, eu quero saber o que aconteceu com ela, você e o Chaz.

— Enfim, eu descobri quem ela era e tinha um plano, ia atingir o Aiden com ela, era genial. — Ele fala e eu fico sem acreditar. — Ia fazer algo com ela que realmente o machucasse, só… Na época eu era mais imaturo, então eu muitas vezes não media minhas ações, ainda mais com o Aiden, que na época era tão grande quanto eu. — Ele fala e eu sinto todo o meu corpo se arrepiar, realmente sem saber o que esperar.

— Qual era a idade de vocês? — Ele faz uma careta e parece pensar, passando a mão pela sua barba.

— Eu devia ter uns 17 ou 18 anos, o Aiden tinha 23 se eu não me engano. — Ele confirma e eu o olho na expectativa.

— Machucou ela?

— Deixa eu terminar? Buceta em…

— Mas peraí, você ia machucar ela por ódio em relação ao Aiden? Só porque ele era outro traficante da área? É isso mesmo? — A surpresa é evidente na minha voz.

— Não que tu precise saber disso, porque eu e os meninos não trazemos isso à tona, mas… Não éramos só cinco, pelo menos não no começo.

— Como assim? 

— Eu e os meninos crescemos juntos, mas quando começamos na vida do tráfico, conhecemos o Jake. — Ele fecha os olhos de leve e a minha vontade era de o abraçar no momento. No entanto, não, obrigada.

— Ele trabalhava com vocês?

— Ele que nos ensinou muita coisa, ainda mais como atirar. A intolerância que o Ryan e o Chaz tem a álcool, é porque saiam todas as noites pra encher a cara com aquele filho da puta. Sem contar que o Nolan e Chris são assassinos a sangue frio por conta das missões que o Jake levava eles. Ele dizia ver grande potencial nesses dois merdas. — Ele abre um sorriso, ao lembrar de tudo. E basta isso, para eu começar a juntar os pontos.

— O Aiden… Ele matou o Jake? — Eu questiono e ele concorda.

— Foi um dos nossos primeiros confrontos, o Jake tinha metido uma puta pilha pra gente ir, ai deu merda no final e um tiroteio, o Aiden… Vai doer em mim falar isso, mas ele foi se defender da porra dos tiros do Jake, o que acabou o matando, com um tiro certeiro na cabeça. — Ele passa a língua sobre os lábios e eu estranho.

— Você e os meninos nunca trouxeram o nome do Jake à tona. — Falo e ele concorda.

— Porque a maioria deles chora só de lembrar. O cara tinha a nossa idade, mas era um pai… Ele era o líder antes de mim, eu peguei o seu lugar porque fui o que fiquei menos abatido, ou o que aparentou pelo menos. — Ele dá de ombros, tentando mostrar que não está ligando, mas juro que percebo o quão isso tudo foi doloroso para ele.

— Então queria machucar a irmã do Aiden, pois era seu ponto fraco? — Ergo a sobrancelha e ele concorda, esfregando os braços e fazendo eu descer o olhar até as suas tatuagens por alguns instantes. Como eu sinto falta delas.

— Eu precisava vingar a morte do Jake, se eu sou o que sou, é porque ele não nos viu como novos inimigos, ele nos pegou como família e nos ajudou. A morte dele fez nós todos ficarmos mais duros e frios, mas… Todos queriam vingança, então chegamos a um acordo, que a nossa vingança pela morte do Jake, seria com a morte da Hillary. Ainda mais que tinham boatos de que o Aiden era apaixonado por ela e não sei o que, esses incestos nojentos. — Ele fala com uma careta e me lembro do Chaz na hora, da maneira que ele ficou ontem e como me senti pessimamente mal.

— Se era o plano perfeito, o que deu de errado?

— O que acontece é que certo dia eu peguei ela e o Chaz juntos, e quando confrontei eles, eu descobri que eles tavam agindo pelas minhas costas à semanas, e sabe, eu não gostei nem um pouco. — Merda Chaz, merda. — Ela supostamente tava apaixonada por mim, então eu comia ela enquanto pensava no que fazer com ela pra atingir o Aiden, e o Chaz sabia disso. Aí o único dia que eu chego de surpresa na casa do Chaz, eu pego eles os dois juntos, fazendo juras de amor. Sem contar que ela tava transando com os dois, eu enfiava o meu pau na mesma merda que ele. — Ele fecha a cara, mas não é nem esse o meu foco, é tentar imaginar o que ele fez no momento da raiva, pois já o vi em ação em tempos como esses.

— Por que você podia transar com outras e ela não? É o corpo dela. Se ela quiser, ela pode dormir com mais de dez caras que vai continuar sendo problema dela. — Falo convicta e ele me olha arqueando a sobrancelha.

— Isso é a porra de uma indireta pra me falar que tu dormiu com mais de dez caras? — Se ele estava bravo antes, não preciso nem dizer como ele está agora.

— Não preciso de indiretas com você, o que eu quiser, falo diretamente. — Juro que estar sendo tão dura assim não é algo da minha pessoa, mas céus, é maravilhoso! — Agora continua essa história, antes que eu te ponha para fora daqui.

— Como se tu pudesse…

— Eu tenho o numero da polícia da discagem rápida, então nem tente nada. — Juro que seguro o riso quando vejo sua expressão.

— Tu não faria isso.

— Você já me ameaçou com uma arma.

— Mas isso foi antes da gente começar a namorar. Eu ainda não tinha sentimentos por… — E agora ele para de falar, montando sua barreira de sempre comigo, fazendo a minha raiva aumentar.

— Quer saber, o assunto aqui não é nós, pois isso já acabou. Quero saber do caso da Hillary, pois é algo que atinge o Chaz até hoje.

— Enfim, eu podia dormir com outras primeiro porque eu sou eu, e segundo porque é o Chaz, ele sabia desde o início quais eram os meus planos pra vadia da Hilary. Ele sabia que a gente não podia ter ela por perto e que logo logo precisaríamos dela longe. — Eu escuto atentamente todos os detalhes possíveis, estranhando a sua paciência e calma ao falar disso tudo. — Ele chegou com um papo cuzão de ta apaixonado, e não, nem isso me impediu de encher ele a porrada. Acredita que ele queria que eu deixasse a vadia em paz? Porra. Ele sabia o quanto aquilo era importante pra mim, pros meninos, e deveria ser pra ele por causa da morte do Jake, mas mesmo assim se meteu e ia fazer merda.

— Bateu nele por isso? — Eu o olho com raiva e ele concorda. — Mais uma vez deixou sua raiva falar mais alto do que a razão? Espancou ele por isso? — Juro que a cada palavra que sai mais, a minha raiva aumentava.

— Os meninos que me seguraram, mas enfim, ele não podia fazer isso comigo, e muito menos gostar de alguém que eu ia matar.

— Ia matar ela por ódio do Aiden? Eu não estou defendendo o cara, apenas… Foi um tiroteio, garanto que se fosse qualquer um dos homens dele tentando atirar em você, você o mataria. Apenas… Podia tentar o atingir com alguém que estivesse metido nesse mundo de tráfico e drogas, só isso. Mas não matar uma inocente no meio de tudo isso.

— Porra babe, eu já admiti que naquela época eu era meio imaturo. Mas tu precisa entender que a minha rixa com o Aiden agora, não é nada comparada ao que era antes! Isso por conta do Jake, então só precisava matar ela por conta do que rolou com ele, mas… Eu tava começando a ficar em dúvida, se matar ela seria o suficiente pro Aiden. — Ele fala e eu ergo a sobrancelha, realmente em dúvida, pois achei que ela estivesse viva.

— Você à matou? 

— Eu não matei, digamos apenas que só deu um pequeno acidente com ela. O Chaz me implorou pra deixar ela em paz e tentou avisar ela sobre os nossos planos, pra ela ter chance de fugir pra longe. O que me fez agir mais rápido, ou seja…

— Pelo amor de Deus… — Eu estava esperando ele falar que mandou estuprarem ela ou algo, e juro que isso me destroçaria.

— Calma, a história tem mais coisa… Eu tenho uns espiões dentro da casa do Aiden, assim como tenho certeza que ele tem na minha, por isso sempre tento manter os assuntos do tráfico dentro do escritório com pessoas da minha confiança. 

— E esses espiões na casa dele descobriram algo? — Questiono e ele abre um sorriso.

— Amo o quão esperta tu é. — Imbecil.

— Continua!

— Então eu descobri que o Aiden tinha mandado ela, não tinhamos conhecido ela por acaso não. A querida tava como espiã e tinha pegado informações da boate enquanto a gente transava no escritório. Juntava o útil e o agradável comigo e com o Chaz, sem contar que chegava em casa e ainda tinha o Aiden pra comer a vadia. — Ele fala com raiva e eu sigo sem acreditar. Era por isso todo o ódio que o meu irmão tem dele? Mas o que ele fez com a menina?

— Mas…

— O Chaz tava doido por ela, eu não fui capaz de dizer que ela tava dormindo com nós os dois só pra dar mais informação pro irmão dela, eu… Eu sabia que isso ia acabar com ele, e ele já tava com raiva de mim. Eu preferi deixar a raiva dele focada só em mim, porque sei lá, ele tava apaixonado, eu fiquei com pena do filho da puta. Ainda mais com a vadia fazendo promessas de amor e esperando ele dormir pra mexer nas coisas e ver se descobria algo, só… Eu não tive a porra da coragem de jogar isso na cara dele, não vendo o jeito que ele ficou. Então… — Eu não sabia o que esperar, sério mesmo. Pensei que no final da história ela seria só mais uma vítima, mas na realidade dormia com o Justin por informação e iludia o Chaz, fazendo ele se apaixonar e acreditar que havia encontrado alguém. Por isso que ele é tão quebrado assim. Não por saber que ela não o amava, mas por ver que o Justin supostamente não o dando a chance de amar ninguém.

— Os meninos sabiam? — Ele concorda.

— Por isso eu e eles entramos em um consenso. Matar ela não seria o suficiente, de jeito nenhum. Não só pelo que ela fez com o Chaz, mas pelo que o Aiden fez com o Jake. Mas só… — Ele levanta nervoso e eu me ergo também, cada vez mais tensa com essa situação toda.

— O que houve?

— Eu tenho uma irmã, o Chris tem a Caitlin, então… A gente não podia estuprar a vadia da Hillary. Por mais que eu quisesse machucar ela por dentro, não podia ser eu a fazer isso. Então a gente conversou e percebeu que se o Chaz fizesse isso, ia doer menos nele e na gente, mas que a gente queria que ela sentisse dor. — Ele fala e cubro minha boca com a mão.

— Vocês…

— Amarramos ela em uma cama e gravamos o Chaz fazendo sexo com ela. Ela só chorava, mas se ela amava ele, não era estupro. Ou era? — Ele fala sem graça e eu seguro as lágrimas que se criavam nos meus olhos.

— Isso é desumano. — Eu falo e ele suspira.

— Ela gostou, é sério. Só tava assustada porque tava algemada na cama, mas o Chaz fazia tudo chorando e pedindo desculpas, pra ela e pra mim é claro.

— Justin… — Eu deixo a primeira lágrima cair e a seco rapidamente, mas não impede as outras. — O que fez com ela depois disso?

— Ela entrou pra pegar o que eu tinha e dar pro irmão, então quando vi que ela sentiu prazer com o sexo e que quem sofreu foi o Chaz, eu simplesmente mandei o Jared tomar umas medidas mais extremas. — Ele fala nervoso e procura a cartela de cigarros no bolso, acendendo um e dessa vez eu não faço nada devido ao choque.

— O que fizeram?

— Digamos que nos dias de hoje ela teve que aprender a fazer as coisas com um braço à menos. — Ele fala isso e eu dou um passo para trás, sem entender. — A gente torturou ela pra caralho depois disso, e no final antes de devolver ela pro Aiden, o… O Nolan e o Chris tiraram um dos braços dela fora. — E a minha ânsia de vômito começa a aparecer.

— Fez isso porque ela era uma espia?

— Ela não amava o Chaz, fiz isso porque ela tentou passar a perna em mim e fez ele sofrer.

— Por que não falou para o Chaz a verdade?

— Porque depois que os meninos me tiraram de cima dele, eu comecei a pensar e percebi que foi a única menina que ele realmente tinha se interessado, ele não tinha culpa se ela era uma megera. O Chaz não se apaixona fácil, e porra Maddie, a gente ta nessa vida, mas eu vi isso contigo… É bom chegar em casa e saber que tem alguém. É bom ter um motivo do porquê continuar, ter a imagem da tua garota em mente, sempre pensando no que ela ta fazendo ou pensando, querendo a proteger até da própria sombra. — O contato entre os nossos olhos era tanto, que eu precisei desviar o rosto para não chorar com suas palavras. Ele sempre teve uma boa lábia, apenas… Eu não acredito que ele carregou o ódio do Chaz para ele, ai invés de abrir os seus olhos.

— Então preferiu que ele te odiasse do que odiasse ela?

— Pelo menos desse jeito ele meio que entende o que acontece quando fazem algo que eu não gosto. — Ele fala e é então que eu entendo o medo dele ontem. Para ele, o Justin realmente fez tudo por raiva dele, ele simplesmente não sabe como tudo aconteceu… É claro que eu não concordo, mas… Céus.

— Ela está viva?

— Até hoje, a desgraça não morre. — Ele fala dando mais uma tragada e eu escuto uma porta de cima ser aberta, o que me deixa nervosa.

— Você precisa ir embora, agora.

— Não, não, não. Tu não me falou o que rolou ontem, anda. — Ele fala e depois da conversa que tivemos, é que eu não falo mesmo. Se ele fez isso com a Hillary e o Chaz acha que foi porque ele gostava dela e estava ficando com ela nas costas do Justin, ele vai ficar louco se souber que eu falei para ele como ele realmente se sente sobre mim.

— Ah… Eu apenas comecei a perguntar umas coisas sobre você e ele se irritou, jogando a verdade na minha cara.

— Que seria? — Ele me olha estranhando com a sobrancelha elevada e eu suspiro, preciso falar algo que o mande embora antes que algum dos meus avós desça e o veja aqui.

— Que eu não deveria perguntar sobre a vida dele ou muito menos a sua, porque você estava seguindo muito bem sem a minha presença na sua vida. Comentou das suas fodas diárias, as bebidas, tudo mesmo, então eu percebi que o que tinha entre nós realmente acabou, sabe quando a ficha caí? Por isso que sai mal. — Mas isso tem a reação oposta, porque eu não vejo raiva ou susto no seu rosto, apenas tristeza.

— Maddie… Eu… Eu sinto a tua falta. — Ele fala isso e eu fico sem acreditar.

— Como é que é?

— Eu não consigo dormir. Eu to a dias sem fazer a barba porque tento me ocupar com tudo, pensando em qualquer coisa que não leve à ti. Só… Eu sei que fiz merda, mas juro que…

— Você nem sequer havia se desculpado, você foi um insensível. Eu simplesmente cansei de sofrer por alguém que nem a merda me mandou, as coisas não funcionam assim! — E pela primeira vez acho que essa discussão seria diferente, pois quem grita sou eu, enquanto ele está parado e tenta me ouvir e falar algo.

Ergo o olhar e não escuto mais sons vindos do andar de cima, mas… Não. Não vai ser assim.

— Eu não falei contigo porque tava confuso, mas eu sei o que eu quero. Eu te quero de volta, porque porra cara, eu sinto tua falta pra caralho. Eu sei que tu não me traiu, só…

— Não Justin, vai embora. — Vou até a porta para a abrir, mas ele me segura pelo braço e me puxa com força para ele, jogando o cigarro no chão e tentando por os braços na minha volta.

— Maddie, tu é a minha garota… Eu sei que eu errei, e to aqui admitindo isso. Eu não to conseguindo nem dormir.

— Toma uma calmante que passa. — Tento me soltar, mas ele não deixa.

— Amor… — Ele tenta e eu nego, segurando as lágrimas e não querendo de maneira alguma que elas caiam aqui na sua frente.

— Eu não sou seu amor.

— É sim. É minha babe, minha angel, minha gostosa, tudo. — Ele dá um beijo no meu pescoço, e só de sentir os seus lábios, minha pele parece que quer explodir por conta do contato.

— Não me toca. — Falo com mais convicção, e ele parece perceber, pois aos poucos vai me soltando e ambos percebemos o quão ofegante eu estou aqui. — Posso fazer uma pergunta? Só uma? — Falo o olhando enquanto ele se afasta e me olha suspirando. 

— Porra, é óbvio que não sabia que era a tua mãe. — Ele fala erguendo mais as sobrancelhas e logo geme de dor porque a de cima volta a sangrar. Ele sabia exatamente qual era a pergunta que eu faria.

— Vai para casa cuidar disso. — Falo apontando e ele bufa.

— Eu sou baixo, mas eu sei que isso ia te… Que te machucou. Eu entrei no teu quarto na hora errada, eu tinha bebido e tava com raiva, mas foi escutar aquilo que me deixou louco. Se tu tivesse entrado na hora e visto o que…

— Eu poderia não ter te escutado, mas não sairia correndo para abrir as pernas para o primeiro cara que aparecesse! Muito menos seu pai! — E o som de nojo sai da sua boca.

— Eu errei, admito que…

— Justin, não foi só isso! Você viu o como eu era inexperiente, você sabe que eu nunca tinha ido para a cama com qualquer outro cara, mas isso não impediu você de ficar me jogando ofensas. Você me tratou como qualquer uma, quando na realidade eu era seu amor, sua babe ou até mesmo sua angel! Eu não preciso ficar praticamente implorando por algo, porque sabe, minha avó sempre diz para eu não me iludir, porque pode passar o tempo que for e a pessoa não muda. A gente espera que a pessoa amadureça, mas ela só apodrece. Mas machuca o fato de que você tenha esperado eu superar, eu ficar bem, eu conseguir tentar lidar com o que aconteceu, para você vir aqui e falar que me quer de volta, como se fosse a coisa mais simples do mundo.— Falo e ele me olha de cima a baixo.

— Eu achei que eu ia superar, que ia seguir em frente e deu… Mas tu não sai da minha mente. — Ele fala manhoso, aumentando a minha vontade de o abraçar para nunca mais soltar, mas hoje não. Hoje minha boca e mente não são ligadas, porque ele nem correu atrás, então que saiba que não temos mais nada. — Eu tenho medo. — Ele “confessa”, me fazendo erguer a sobrancelha e estranhar.

— Está falando do que?

— Medo de que tu realmente me supere e comece a sair com outro cara. Outro cara que tenha mais tempo pra ti e que tenha mais calma. Medo que chegue a um ponto… A única coisa que me assusta, é que talvez tu possa amar esse cara, mais do que tu me ama. — E quando ele fala isso, é como um tiro.

Ele realmente havia escutado, realmente sabia do que eu tinha falado com a Rylee, ele estava lá…

— Acho melhor você ir embora. — Vou até a porta e a abro, percebendo que ele não queria se mexer, mas meu olhar praticamente implora que ele vá, que apenas vá embora.

— Eu… — Ele aponta para a saída e eu concordo. Virando o rosto e apenas não sentindo mais sua presença aqui, então fecho a porta com força e me apoio na mesma.

Minha mente quer explodir, eu quero conseguir gritar para o mundo todo o quão merda minha vida é. O quanto eu queria poder ter uma vida normal e talvez que minha mãe nunca tivesse conhecido o Francis, apenas que tivéssemos seguido as nossas vidas sem esse peso todo… Esse peso todo que me trouxe as piores desilusões e dores da minha vida, mas que também enche o meu peito de esperança e me aquece a alma, me fazendo perguntar… Ele sequer me ama? Pois suas ações mostram que sim, mas quando fala, age como se eu fosse indiferente.

Sinto que ele tenta nos acorrentar, achando que de alguma maneira ainda possa nos salvar, quando na realidade eu já tentei me soltar dessas mesmas correntes, e elas apenas me destruíram.

CONTINUA...


Notas Finais


E então pessoal, gostaram?
Eu gosto desse capítulo porque ele explica algo que eu trouxe desde o começo da fanfic, que é a relação deles com a Hillary.
Eu escutei um AMÉM? Justin Bieber acordou para a vida meu povo, fico feliz em falar isso! Preciso comentar que senti um baita orgulho da Maddie, sendo dura e não dando papo, enquanto ele estava lá falando coisas lindas e sendo um amor... <3
Agora basta ver se ela vai continuar sendo dura enquanto ele corre mais atrás!
IMPORTANTE:
Pessoal, eu recebi quase 70 perguntas no Q&A, e fiquei bem animada! Então o próximo "capítulo", serão as perguntas e respostas. Vou por o link aqui de novo, e tentem fazer mais perguntas variadas, não só para o Justin perguntando quando ele vai admitir que ama a Maddie kkkk Acho que foram umas 30 assim, sem brincadeira!!

Link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdhb-FxNKwIPOJOjAHo-I_4L4SEuockxvRW4XnmvDvY47sf9g/viewform

Enfim meus amores, logo logo tem mais, espero do fundo do coração que tenham gostado! Obrigada pelos comentários, pois os números só aumentam! Vocês são demais <3

All the love. H


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