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História Checkmate - Bônus: Yusol


Escrita por: SuzumeSan

Notas do Autor


Voltei rápido por motivos de:
(ノ⊙ヮ⊙)ノ~『✧~*YUSOL!!!!!1111!!!!!!!1*~✧』

Não revisei esse capítulo, desculpa por qualquer erro.

Capítulo 8 - Bônus: Yusol


 Yuta estendeu a mão para a chuva que caía além de seu abrigo temporário, sentindo os respingos gelados atingirem a pele exposta como pequenas ferroadas de abelha. Tinha acabado de sair do jantar para os formandos do time, carregando consigo uma pequena sacola de papel pardo, e pensou que conseguiria caminhar até sua casa sem maiores problemas.

 - Estranho – pensou alto, cruzando os braços firmemente enquanto observava os filetes de água que caíam das bordas do toldo; a sacola bateu fracamente contra suas costelas –, ainda não tá na época de chuva.

 Um pequeno sorriso surgiu no canto de seus lábios. Mesmo que aquela chuva, fora de época e gelada como o inverno, o tivesse ilhado naquele pedaço de calçada coberta, sentia-se feliz. Feliz porque até mesmo ela o lembrava de Hansol.

 Ah, Hansol. Aquele garoto era a razão de Yuta mudar de opinião sobre muita coisa desde o primeiro dia em que seus caminhos se cruzaram, e o gosto que o mais novo tomou pela chuva não era exceção. Afinal, o dia estava cinzento quando se conheceram, e o humor dele só melhorou quando o loiro apareceu, banhado pela luz baça do sol que atravessava as nuvens fechadas.

 O caminho que trilharam juntos desde então foi o melhor que Yuta poderia ter pedido. Acidentado, cheio de altos e baixos, mas ainda assim, o melhor.

 Enquanto observava encantado a forma que a luz do poste ressaltava a chuva do outro lado da rua, não pôde deixar de se lembrar do treino em que Ten fraturou o braço. Hansol estivera tão disperso naquele dia que Yuta quase não conseguiu segurar a vontade de embalá-lo nos braços, beijá-lo até que qualquer que fosse sua preocupação desaparecesse. Isto é, até descobrir que o mais velho estava preocupado com ele.

 Levando a mão para o rosto, ele tocou o queixo levemente, passeando a ponta de seus dedos pelo mesmo ponto onde Hansol o segurara quando, acidentalmente, atingiu-o no nariz. Depois sentiu o sorriso no canto de seus lábios se alargar, recordando-se de quando estava se trocando depois do treino e quase caiu quando o mais velho surgiu dos chuveiros, apenas com uma toalha embolada na cintura. Nessa mesma ocasião, ficara tão surpreso que não mediu seus movimentos e, ao tentar virar-se para o lado contrário – tanto de vergonha quanto para que o hyung não visse a maneira que seu rosto havia enrubescido –, acabou trombando com o nariz na fileira de armários, fazendo-o sangrar outra vez. E outra vez, a mão de Hansol o segurara naquele dia com tanto cuidado...

 Foi a primeira vez que se beijaram, com nariz sangrento e tudo o mais. Um beijo incrível com gosto de sangue.

 - Que sorriso é esse?

 Ligeiramente desorientado, Yuta olhou sobre o ombro, girando no próprio lugar. Encontrou Hansol a poucos passos dali, tão ensopado que seus cabelos grudavam tanto nas bochechas quanto na testa. Havia respingos em seus cílios e água descendo de suas roupas como nos filetes que cercavam o toldo.

 - Oh, minha nossa – alarmado, o moreno diminuiu o espaço entre eles e segurou-o pelos ombros, com os olhos esbugalhados – O que foi que te deu, idiota? Quer ficar doente?

 - Eu só... senti vontade de te seguir – Hansol sorria, os olhos semiabertos fixos no outro – Não tem problema se eu ficar doente, tem?

 - Como assim, “não tem problema”?

 - Ora, você cuidaria de mim – retrucou pretensiosamente –, e eu não vejo problema algum nisso.

 - Aish – Mal humorado, Yuta empurrou o loiro para longe, mas já quase não havia espaço coberto, então puxou-o de volta para baixo do toldo para que não tomasse mais chuva.

 Hansol devia ter bebido algumas garrafas de soju a mais, pois não parava de sorrir. Ainda radiante, envolveu o punho do moreno antes que este soltasse a frente de suas roupas, então o puxou para perto, colando as roupas molhadas nas secas dele.

 - Ei, quer que eu fique doente também?

 - Também não tem problema nisso. Eu cuido de você e você cuida de mim.

 - Mas eu não quero ficar doente – mesmo reclamando, Yuta não se afastou; pelo contrário, começava a sorrir junto com o mais velho – Deus, você tá bêbado.

 - Sim, eu tô muito bêbado – concordou.

 Então, sem qualquer rodeio, Hansol deslizou a mão pelo pescoço de Yuta, encaixou-a na nuca do moreno, curvou a cabeça e o beijou. Seus lábios tinham gosto de álcool e eram agressivos contra os dele, mas Yuta simplesmente se deixou levar. Afinal, quando se tratava de Hansol, o mais novo sempre se deixava levar.

+++

 - Tá fazendo isso porque quer me ver pelado? – a voz de Hansol soou alarmada ao perguntar, alternando o olhar da mão de Yuta em seu punho, que o puxava através da casa, para a nuca dele.

 - Vamos lá, vou explicar de novo – pacientemente, Yuta empurrou o outro para dentro do banheiro e sentou-o sobre o tampo fechado da privada, buscando por uma toalha seca nos armários – Roupas molhadas te deixam o que?

 - Doente.

 - E como eu não quero que você fique doente, você vai tirá-las e tomar um banho quente antes que maiores estragos sejam feitos – o moreno concluiu, colocando um rolo de toalha em cima do mármore da pia – Não saia daqui, vou pegar algumas roupas.

 - E quanto a você?

 - O que tem eu?

 - Você também tá molhando, Yuta – O loiro lembrou, sorrindo com os olhos preguiçosos e o corpo mole. Pendendo para o lado, ele encostou a testa no azulejo da parede e riu. – Ah minha nossa, você quer tomar banho comigo! Seus pais sabem que você traz garotos bêbados pra casa e se aproveita deles no chuveiro?

 - Para de falar besteira, idiota – Yuta retrucou, com o rosto assumindo um tom forte de escarlate – Vou pegar as roupas. Não saia daí.

 Yuta correu para o quarto e pegou as primeiras roupas que encontrou pelo simples fato de que, se Hansol já era terrivelmente teimoso quando sóbrio, aquilo com toda certeza multiplicaria por quatro. Mas quando voou de volta para o banheiro e escancarou a porta, só teve um pensamento:

 Ainda bem que não tinha mais ninguém em casa.

 - Hansol! – Havia tanto calor em seu rosto que o moreno pensou que sua cabeça ia explodir. Envergonhado, ele levou as roupas para cima e escondeu-se atrás de seu pijama estampado, fechando a porta no mesmo momento. – Você tá pelado?!

 - Pessoas normais tomam banho assim – o loiro retrucou – Yuta, nós nos vemos pelados o tempo todo no vestiário, deixa disso.

 Soltando uma exclamação enraivecida e envergonhada, o mais novo girou no lugar e, de costas para o outro, baixou os braços e inspirou fundo, apoiando-se na parede do banheiro. Era verdade que não havia qualquer pudor nos vestiários, mas aquilo era diferente. Ah, como se sentia tonto.

 - O que aconteceu? – Hansol perguntou alarmado, ainda soando como uma pessoa bêbada, mas consideravelmente menos grogue que antes – Tá passando mal? Seu nariz sangrou outra vez?

 - Tô bem, tô bem – com medo de que o outro se aproximasse de si, Yuta esticou-se, colocou as roupas sobre a pia e, com a voz vacilante, disse – Vou esperar no quarto.

+++

 Yuta não conseguiu conter o sono que o consumiu e com as roupas do corpo mesmo, acabou dormindo. Não foi uma soneca suficientemente longa para que pudesse sonhar alguma coisa, mas também não acordou por vontade própria; na verdade, sobressaltou-se quando o colchão ao seu lado afundou com o peso adicional de alguém. Já desperto, sentiu os dentes baterem por causa das roupas frias, ainda molhadas, que pesavam toneladas.

 Quis virar para o lado e continuar dormindo, dessa vez encolhido numa bolota, mas as mãos de alguém o alcançaram antes que pudesse fazer qualquer coisa. Ao abrir os olhos, o quarto estava escuro e uma silhueta igualmente escura pairava sobre si, cujos dedos habilidosos começavam a tirar suas roupas.

 - O qu...

 - Eu sou obrigado a trocar as roupas molhadas E tomar banho – Hansol sussurrou, interrompendo o mais novo –, enquanto você nem mesmo tira as suas.

 - Eu estava esperando você terminar – O moreno tentou se justificar. Não se sentia mais sonolento, não quando Hansol estava em cima de si, tirando suas roupas.

 - Você estava dormindo.

 - Não é culpa minha se você tava demorando.

 Inesperadamente, outro beijo, tão agressivo quanto aquele que trocaram debaixo do toldo. Yuta engasgou, surpreso, mas logo já estava entreabrindo os lábios para que pudesse aprofundar o beijo com o do mais velho, tão desesperado que parecia ter uma necessidade insaciável dele.

 O gosto de soju até que caía bem na boca de Hansol – afinal, Yuta se embebedava dele.


Notas Finais


Ficou curtinho, mas foi de coração <3
E é isso gente, agora acabou mesmo. Obrigada por me suportarem nas notas finais e iniciais com as carinhas bem orkut que eu arranjei num site igualmente orkut
Amo vocês <3


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