1. Spirit Fanfics >
  2. Chi Ase Namida (Vhope) >
  3. Saturado.

História Chi Ase Namida (Vhope) - Saturado.


Escrita por: poestic e SexxLi

Notas do Autor


Boa leitura 💞💞

Capítulo 13 - Saturado.


Era impossível voltar a dormir com aquela sensação estranha em seu corpo, quase como se formigas passeassem por toda sua pele.

Olhar o teto fixamente havia se tornado uma distração temporária, pois não conseguia ficar um só segundo parado.

Girava de um lado para o outro na cama, a procura de uma posição que o acalmasse. Se sentava, e observava o comodo; que só continha duas camas e duas janelas. Contudo, nada adiantava.

Ele voltava à se deitar, roendo as unhas até que sangrasse.

Se levantava, e andava até a janela, à abrindo e a fechando sem motivo algum.

Ele também andava até a porta, observando o corredor como uma criança que quer aprontar.

Quando suas pernas perdiam a força, sem razão, voltava para cama, sem deixar de mexer-se mais uma vez.

Ele arranhava a pele na tentativa de acabar com o formigamento, o que deixava o local lesionado, mas não parava. Afinal, não doía naquele momento.

Nada em si doía além da alma.

Perdeu a conta de quantas vezes havia ido até o corredor e voltado, deitado e sentado, de quantas vezes não se pegou inerte em frente a janela, sem fazer absolutamente nada.

Sentou-se, pressionando as mãos trémulas umas nas outras. Observava Taehyung dormir, sereno, e sentiu vontade de estar no lugar dele.

Caminhou até a porta pela décima vez seguida, mas não a abriu. Apenas fitou a maçaneta, como se esperasse que ela magicamente girasse sozinha.

Quando respirou angustiado e a finalmente abriu, caminhou pelo corredor olhando atentamente cada porta que passava em frente, contando-as inutilmente. E, chegando à quarta, que estava aberta, notou que era o banheiro.

Ao adentrar o comodo, se trancou, dando de cara com o espelho refletindo sua imagem. Se encarou por alguns segundos, e em segundos notou várias coisas em sua face que o denunciava.

" Você é apenas um viciado."

Ele pensou antes de ligar a torneira e lavar as mãos que estavam levemente ensanguentadas pelos vários pedaços de carne que arrancou com os próprios dentes.

Ardia, mas era uma ardência boa. Diferente daquela que sentia quando estava com Taehyung.

Não que fosse ruim a sensação de tê-lo  por perto, só... era confusa, e machucava seu coração.

Desligou a torneira, e voltando a se olhar no espelho, ignorou seu reflexo abatido para abrir a espelharia.

Nessa hora, sentiu um pulsar forte nas veias, forte o suficiente para lhe fazer cair no chão.

Estava acostumado com o coração batendo forte, e ao ver tantas cápsulas, cartelas de comprimidos e relaxantes, sentiu o mesmo disparar.

Jogou-se para trás, em uma tentativa de se afastar, mas as formigas que andavam por sua pele pareceram ainda mais agitadas.

Hoseok sabia que estava com vontade, sabia que precisava injetar, cheirar, ou digerir algo que o mantesse em sua zona de conforto.

Ele sabia, no entanto, não queria.

Não queria porque estava cansado.

Mas o cansaço não apagava as lembranças que estavam voltando, não apagavam as cenas de estupro, as surras, ou o sangue de sua mãe correndo por entre seus dedos.

Não apagava absolutamente nada.

Ainda assim....

Não queria, não queria porque sabia que era errado.

• Um fato •

Hoseok estava propício à errar.

Sempre esteve.

Olhou para os comprimidos mais uma vez, era só sair do banheiro, apenas sair do maldito banheiro como se aqueles comprimidos não parecessem prende-lô no chão.

Mas Hoseok iria ceder, iria deixar que àquela vontade o conduzisse à qualquer custo, momentaneamente, porém, quando se viu prestes a pegar uma das cápsulas, ouviu alguém bater na porta. Algo que o assustou levemente.

— Tem alguém aí? — Pela voz, era So-hye. E, agradecendo internamente a menina por ter aparecido, rapidamente fechou a espelheira, deixando uma lufada de ar aliviada esvaziar seus pulmões.

Ao sair do banheiro, So-hye estava parada em frente a porta, ainda com os olhos vermelhos e os cabelos bagunçados.

Era fofo, ela era fofa.

— Bom dia Hoseokie... — A menina disse entre os bocejos, manhosa por um momento. — Você está bem? Parece meio pálido. — O moreno corou, apenas negando com a cabeça e se pondo a andar de volta para seu quarto.

So-hye apenas o encarou uma última vez antes de adentrar o banheiro e notar a espelharia semiaberta antes de suspirar, tensa.

Assim que Hoseok voltou para o quarto, os primeiros raios de sol finalmente surgiam no horizonte.

Taehyung ainda estava alí, o que de alguma forma o alivíou.

Estava cada vez mais difícil.

Cada vez mais...

Fraco, se sentou na cama enquanto tentava conter sua ansiedade. Não deixava de esquecer o fato de que logo no banheiro, tinha vários tipos de comprimidos.

E, estralando o dedo indicador após molhar os lábios rachados com a língua, procurou com os olhos, abrigo no corpo adormecido do loiro.

Procurando em sua presença, a salvação.

Adiantou, de fato, apenas por alguns minutos.

O Jung estava quase voltando para o corredor quando a voz rouca do Kim o impediu de repente.

— Aonde vai? — Questionou. Sentando-se na cama.

Ele parecia bem acordado.

— Ao banheiro... — Hoseok deixou a voz falhar. Sentindo como se cada poro de seu corpo se dilatasse.

— Você não acabou de voltar de lá? — Foi direto, encarando o moreno de forma séria.

Hoseok podia enfiar sua cabeça debaixo da terra agora, que não conseguiria esconder tamanha vergonha. E embora não fosse sua culpa, era assim que ele se sentia; culpado.

— Eu apenas queria que uma vez, você confiasse em mim. — O rapaz soltou, andando em direção a porta depois de se levantar. — Vou fazer algo para você comer... — Ele parou ao lado do moreno, o fitando fixamente. — Respire fundo, ok? — Soltou, quase como se implorasse.

Seu coração desacelerou, voltando à um ritmo mais lento que o normal enquanto encarava aqueles olhos pidões e brilhantes.

Não queria mais decepcionar as pessoas à sua volta, não queria ver os olhares baixos daqueles que amava, não queria ser o motivo de toda a tristeza para seus hyungs. Pelo contrário, queria dar orgulho à eles.

Queria ao menos estudar, trabalhar, ter amigos...

Eram coisas tão simples, mas ao mesmo tempo tão distantes.

Sentiu seus olhos arderem pelas poucas lágrimas molhavam sua retina, às vezes, tudo era tão saturado em sua cabeça que desejava não sentir absolutamente nada.

Porém, assim seria como seu pai, um homem sem alegria, ou amor.

Preferia se sentir sujo, do que ser como aquele homem. Mas, aquele homem também era sujo. Ambos eram farinha do mesmo saco, com erros igualmente divididos.

Hoseok não consegue ver, e talvez nunca consiga. Mas ele brilha mais do que qualquer estrela.

Limpou os olhos com o dorso da mão, encolhendo-se na cama. Seu corpo tremia mesmo com um belo sol os aquecendo aquela manhã.

[...]

A porta do quarto se abriu.

Taehyung segurava uma bandeja onde continha um copo de leite, torradas e uma maçã partida ao meio. Não era a primeira vez que o loiro fazia o tipo de coisa, e desde que chegou em sua vida, tem se sentido protegido; como se nada pudesse feri-lo.

O problema é que ainda se sentia da mesma forma quando ao lado de seus hyungs mais velhos.

Se Taehyung o amava, como ele poderia corresponder? Não gostava que as pessoas o tocassem, imagens ruins sempre voltavam atona quando o tocavam, e não queria que isso acontecesse quando se tratava do rapaz. Também não queria ser um problema na vida do Kim, então, não poderia gostar dele.

Não poderia arrasta-lo para sua vida.

— Obrigado... — Agradeceu, ao ver o loiro colocar a bandeja em cima do criado mudo ao seu lado.

Taehyung assentiu, sentando-se na cama.

— Hoseok, o que acha de brincarmos? — Perguntou, olhando fixamente para o moreno; que franziu o cenho enquanto tomava de seu leite.

Brincar?

Taehyung conseguia ser bem estranho as vezes.

— Pode me explicar? — Pediu, pegando um dos pedaços da maçã.

Estava morrendo de fome e não tinha percebido.

— É um exercício mental, algo para distrair... — O Kim tinha os olhos fixos em si. — É fácil, eu quero que você imagine dois peixinhos nadando em um aquário. Só isso. — Concluiu, indo até sua mochila.

Hoseok o observou, estranhado o pedido.

Que tipo de brincadeira sem sentido era aquela?

Enfiou mais um pedaço de maçã na boca, fechando os olhos. Faria o que o loiro pedia, mesmo não entendendo.

Forçou-se a imaginar dois peixes em um aquário, sem que seus pensamentos se voltassem à outras cenas de sua vida.

— Pronto. — Avisou, sentido Taehyung pegar uma de suas mãos, enquanto algo cremoso e frio cobria a ponta de seus dedos. — O que é isso? — Questionou, mas sem abrir os olhos de fato.

— Uma pomada, para ferimentos, queimaduras e irritação na pele. — Explicou, pegando sua outra mão delicadamente.

Era tão gentil a forma que Taehyung o tratava que às vezes sentia vontade de permanecer ao lado dele vinte quatro horas por dia, só para ser mimado daquela forma. Contudo, por mais que ficasse feliz com aquelas provas de carinho, tinha a sensação de está atrasando a vida do loiro.

— Pode me dizer a cor dos dois peixinhos, Hobi? — Perguntou, notando o quão a pele do moreno estava arranhada.

Suspirou baixinho para que o mesmo não ouvisse, e guardou a pomada depois de espalhá-la por seus dedos.

Hoseok que se concentrava em sua imaginação, percebeu que havia imaginado a cor dos peixes assim que os criou. Na verdade, ele havia criado um cenário todo para aquelas criaturinhas tão pequenas e frágeis.

— À um amarelo, e o outro é azul. — Sorriu bobo sem que percebesse.

— Os peixinhos estão felizes Hobi? — Baseou-se no sorriso descontraído que o mais novo havia desferido.

Ele assentiu, mas logo cessou o riso.

— O azul não está... — Respondeu triste.

— Por que não? — Rebateu calmamente, suavizando o tom de sua voz.

Hoseok fez questão de grava-lá em seu subconsciente.

— Ele fez... Não... Ele faz coisas ruins...— Revelou, sentido uma pontada em seu peito.

— O peixinho amarelo sabe que ele faz coisas ruins? — O mais novo negou com a cabeça. — Pode imaginar o peixinho amarelo dando algo que deixa o peixinho azul feliz? — Desviou o assunto, fazendo Hobi assentir. — Então, pode me dizer que presente peixinho amarelo deu ao azul?

— Um abraço. — Um sorriso sereno se formava em seus lábios, tal que fez o coração de Taehyung saltar.

O sorriso de Hoseok era maravilhoso, mesmo que aquele fosse bem simples. Conseguia fazer qualquer um se sentir bem.

— O peixinho azul se sente melhor agora? — Voltou com mais uma pergunta.

— Um pouco.

— E, o que o peixinho azul fez de errado, Hobi? — Pigarreou. — Comeu comida escondido? — Encenou um susto, fazendo o moreno rir um pouco mais. — Fez xixi na casinha?

— O que? Não! — Exclamou risonho, dando um leve tapinha nas coxas de Taehyung, que segurou o sorriso.

— Ah, então ele não fez nada de errado! — Confirmou, confiante.

— Ele fez! — O moreno ressaltou logo em seguida. — Ele matou a pessoa que mais amava na vida!

Hoseok abriu os olhos.

Doía.

Estava chorando, e Taehyung o olhava com uma certa leveza no olhar, apesar de surpreso.

Doía.

— Era para isso?! — Hoseok vociferou, empurrando o peito do Kim com força, após perceber o motivo daquela brincadeira. — O que você é? Por que quer tanto assim saber dos meus erros?! De mim?! — O empurrou de novo. — Que droga, Taehyung! — Dessa vez, quando foi empurrá-lo, o loiro segurou em suas mãos, o puxando para um abraço.

Doía de verdade.

Por que?! Por que se sentia tão venerável sobre aqueles braços? Por que sentia seu coração pulsar tão forte? Por que não queria quebrar aquele abraço nunca?

Doeria para sempre.

Taehyung o apertou mais forte, enquanto o sentia afundar a face em seus ombros, chorando como uma criança que se perde de seus pais.

Que se perde no mundo.

— Hoseok... — Taehyung o afastou, apoiando suas mãos nas bochechas rosadas e molhadas pelas lágrimas que caíam. — Eu não me importo com seus erros, afinal, todos erram. Eu só me importo quando esses erros começam à te afetar. — Limpou seu rosto com o polegar, mantendo seus olhares conectados. — Eu te amo Hoseok, eu te amo e quero ser capaz de cuidar de você. — Ao ouvi-lo, seu corpo todo gelou, mas não sentia frio, pelo contrário, sentia-se aquecido. — Por isso preciso saber o que aconteceu, só assim vou ser capaz de ajudá-lo. Só assim vou conseguir fazer algo.

Seu coração batia tão rápido que machucava, mas era uma dor tão boa, tão acolhedora. Que não se importava de senti-la sempre.

Afinal, ele era amado.

E o amor não machucava.

Taehyung sorriu quadrado, aproximando-se tão rápido, que Hoseok só percebeu que ele selou seus lábios só depois que sua face estava apenas centímetros de distância da sua.

E por mais que tenha sido um beijinho rápido, as borboletas de seu estômago ficaram leves, mas afoitas. Sentia cocegas acima do umbigo, e tinha quase certeza que seu coração não se alojava mais em sua caixa torácica.

Soltou o ar que mal sabia que prendia, sentido como se sua face estivesse exposta à alguns centímetros do sol.

Taehyung era seu sol.

Todos precisam de um sol.

No entanto, Hoseok precisava de luz própria.

Ambos se entreolharam, e quando se deram conta, seus lábios já estavam juntos novamente, dessa vez, em sintonia, em lerdeza.

As bocas se encaixavam perfeitamente, como se uma fosse feita para a outra.

Taehyung foi cuidadoso, e aproveitando cada segundo que sentia daqueles lábios macios e convidativos. Calmamente, mexia a boca, fazendo com que o Jung se aprofundasse nos movimentos. Estavam febris, e a cada minuto que se passava, o mais velho o puxava para mais perto de seu corpo.

Para cada vez mais perto.

Quando se afastaram, ofegantes, encarando-se ainda confusos com o que realmente estavam fazendo, Hoseok se aproximou por vontade própria sem perceber, quase que ficando no colo do loiro. Toda sua alma estremecia, mas foi ao sentir o Kim firmar suas mãos em sua cintura que teve a sensação de seu corpo inteiro entrar em combustão.

O rosto inteiro do Jung estava vermelho como um rubi, e Taehyung achou aquilo a coisa mais linda do mundo.

O moreno ficava tão perfeito quando envergonhado, que na maioria das vezes, sentia vontade de agarra-lo só para aperta-lo forte e guarda-lô para sempre.

— Taehyung, outro... — O Jung sussurrou, fazendo o loiro o fitar extremamente surpreso, feição que logo foi tomado por um semblante doce demais para a saúde de Hoseok.

O Kim voltou a beija-lo, agora de uma forma super lenta e apaixonante. Sem pressa ou urgência. Sem malícia ou luxúria. Era um beijo de amor, carinho, e preocupação.

Você não pode imaginar o quão Taehyung havia se apaixonado por Hoseok. Mas você pode imaginar o quanto ele sofreria por isso.

» ☆ «

O moreno terminava de tomar seu café enquanto pensava sobre o que tinha acontecido. Não imaginou que corresponderia tão bem ao loiro. Era assustador, mas ao mesmo tempo era como se pudesse tudo.

Como se o medo não fosse nada.

Então seus sentimentos por Taehyung não eram como os que sentia por seus hyungs? Estava mesmo gostando dele, ou só havia sido um momento que talvez não fosse se repetir?

Mil perguntas se amontoavam em sua cabeça, criando uma pilha de incertezas.

O loiro o amava, mas e ele? Todo aquele sentimento era amor?

Jogou-se na cama, confuso, estava tão perdido que poderia enlouquecer.

Mas ele já não estava louco?

— Hobi. — Jin adentrou o quarto, indo em sua direção. — Trouxe sua mochila que estava no carro. Tem outro banheiro no andar de cima, você pode banhar lá, enquanto Tae está nesse. — Hoseok não ouvira uma palavra do que o mais velho havia dito, outrora, assim que ouvira o nome do loiro, sentiu tudo o que havia sentido minutos atrás voltar de uma vez. — Você está bem? Está com febre? Por que está tão vermelho? — Jin perguntou sem freio, ao notar a face avermelhada do moreno.

Rapidamente, Hoseok pegava sua mochila, a medida que ria amarelo.

— O que, banho? — Grunhiu. — Estou indo... Obrigado hyung. — Pegou a bolsa, saindo do quarto as pressas.

Não entendia porquê estava tão nervoso só de ouvir o nome do rapaz, mas sentia como se ainda fosse pirar com essa história.

[...]

Assim que terminou de tomar banho, escovou os dentes e se vestiu. Estava com uma jeans preta, e uma camiseta azul bebê por baixo de uma moletom preta aberta.

Fez questão de pentear os cabelos escorridos, e de se perfurmar. Coisa que ele não fazia há séculos. Se olhou no espelho, e sua aparência parecia mais viva e brilhante.

O que havia acontecido?

— Por que diabos estou me arrumando todo?! — Rosnou, batendo os pés. Não era normal, estava estranhamente feliz, e isso lhe causava arrepios.

Quando se está feliz, você não fica preparado para algo que o machuque.

Quando um sorriso lhe é tirado a força, sempre acaba sendo mais doloroso que o comum. Era como se você perdesse sua alma em um jogo bobo, ou pior.

Sua vida não era um mar de rosas, e logo apareceria algo para lhe arrancar aquele sorriso bobo do rosto, e Hoseok sabia.

Sabia que uma hora os sorrisos desapareceriam.

Jogou a toalha sobre os ombros, guardando sua escova. Quando colocou sua mochila nas costas, acidentalmente bateu no espelho que se abriu com a pancada, deixando cair de dentro da espelheira uma cartela de comprimidos.

Ele à olhou.

Ele cedeu...

— Nem pense nisso. — Ouviu Taehyung do outro lado da porta. E deixando com que um sorriso cobrisse seus lábios, saiu do banheiro.

Ignorando a cartela.

— Está me vigiando agora? — Perguntou sério, escondendo a felicidade em ver o rosto do loiro; que exalava um cheiro doce.

Ele riu, seguindo Hoseok até um certo ponto, onde parou de andar e fitou sério a porta de seu antigo quarto aberto. Sentiu um calafrio na espinha ao se lembrar do que passou na casa da tia desde que sua mãe o abandonou.

O Kim não era um tipo de pessoa rancorosa mas, não podia dizer que não sentia raiva ao se lembrar daquele dia fatídico.

— Taehyung, o que houve? — O moreno perguntou, após recuar os passos depois que percebeu o semblante pensativo do rapaz.

— O-o que? Nada... — Soltou, fechando a porta do quarto. — Oh' esqueci de te falar, Jin está nos esperando na cozinha.

Hoseok estranhou a atitude do mais velho, mas não se sentiu confortável em perguntar.

Pensando nisso, havia dito à Taehyung sobre ter matado alguém... Mesmo sendo fantasiado em um peixe, era claro que estava falando de si próprio.

O que poderia estar passando em sua cabeça agora em relação à isso? Será que ele está com medo? Será que ele levou na esportiva? E... Como Taehyung o fez falar daquilo como se fosse tão fácil?

Sua cabeça não o deixava descansar e, céus, estava tão exausto disso.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...