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História Chi Ase Namida (Vhope) - Epílogo.


Escrita por: poestic e SexxLi

Notas do Autor


Boa leitura amores, nos vemos nas notas finais, ok?

Capítulo 21 - Epílogo.


Alguns sentimentos são inexplicáveis. Impossíveis de serem descritas, ou transferidas.

No entanto, a tristeza sempre fora algo fácil de se explicar, de passar para o papel através de uma tinta ou pigmentação. Era como falar sobre uma matéria no qual você é formado, afinal, o sentimento de vazio, e infelicidade é tão simples que às vezes, se torna complicada de entender mas simples de demonstrar, de deixar transparente.

Ainda não temos noção do quão triste uma pessoa está, a ponto de querer se suicidar; ou se auto mutilar. Contudo, bem como isso, ainda não vemos que não existe dor maior ou capaz de ser medida, não existe noção dela. Mas sim, ela; a dor.

E bom, talvez exista o quanto você pode suportar. Pois até mesmo a morte de um animal por exemplo, pode ser tão triste quanto a morte de um ser humano, para alguém. Ou, o que é doloroso para você, pode não ser para mim. Todos somos diferentes. Então a verdade é que nunca vamos entender outra pessoa, mesmo sabendo o que ela está passando.

No fundo, ainda cegos pelo egoísmo e falta de empatia, vamos sempre nos perguntar " mas isso não é exagero? " - claro, não significa que você não vá ajudar - porém, é esperado que fiquemos com um pé atrás em relação aos sentimento dos outros. Como se não fossem verdadeiros porque para você, àquilo não é motivo de sofrimento.

Não é motivo para não querer estar vivo.

Para Hoseok, era difícil querer continuar vivendo depois de tanta tragédia, era difícil ouvir que essas coisas são naturais, e que podem acontecer com todo mundo, que desvalorizassem sua tristeza simplesmente porque muitos podem estar passando pela mesma situação, e isso não faria dele o único que buscasse ajuda. Era difícil. Mas, doía, doía quando você precisava de um abraço, em um mundo que só pode lhe oferecer socos e chutes a qualquer momento.

Sempre ouvimos que tudo passa conforme o tempo, mas ninguém fala quanto tempo isso irá durar. Demora, demora muito. E nem sempre estamos preparados para aguentar esse tempo porquê, é cortante, lascivo, insuportável.

Você se sente solitário, perdido, sozinho. Você quer um lar, você precisa de um lar, porém, quando você finalmente o encontra, tudo já se encontra em chamas. E em você, já não existe mais nada. Não é só estar quebrado, afinal, não existe mais cacos para recolher. Não existe mais lembranças boas para juntar. Não é só a tristeza, ou o cansaço. É tudo. Absolutamente tudo.

Do passado, nada mais resta, e o Jung, ele não quer mais provar do futuro, pois ele é incerto, e o incerto pode ser tanto assustador, quanto decepcionante. Tanto, que uma hora ou outra, pode se tornar o passado que ele tanto tenta esquecer. Mas, e o presente, o seu presente? Ahr, por favor, ele ainda seria o mesmo de ontem, quando seria o mesmo amanhã. O presente não existe, ele é apenas uma conseqüência do passado e futuro. Uma conseqüência onde te dá liberdade para decidir acabar ou não com ambos.

Hoseok sentiu suas lágrimas escorrer por sua face sem aviso. Seu coração batia tão forte e intenso, que por um momento pensou que ele deixaria seu corpo. A imagem de sua mãe naquela noite vagava sua mente continuamente. Suas palavras resoavam em seu ouvido como um zumbido, lhe causando dor de cabeça. Era estranho aquele sentimento, não era felicidade, muito menos tristeza. Era um aperto suave, quente, mas um tanto incomodativo.

Incomodativo. Era tudo muito incomodativo.

Dakho, que outrora encarava o brinquedo, voltou-se para o rapaz, que o olhava fixamente, os olhos molhados, em prantos, buscando desesperadamente um pilar para o sustentar. Suas iris brilhavam sem de fato haver uma luz alí, e suas lágrimas, que corriam calmas por sua face, não expressavam metade do que sua alma gritava.

O homem suspirou, não entendia muito bem o motivo daquele choro repentino. Mas não se segurou dessa vez, apenas se aproximou, e abraçou o filho. Não foi um contato desajeitado ou tímido. Fora um contato de pura saudade, cheias de pedidos de desculpas. E era isso que Dakho pedia em silêncio, desculpas por tudo o que o menino possívelmente passou. Desculpas por não ter tido tanta coragem assim de enfrentar os pais, desculpas por ter deixado Baedoona ir, desculpas por ter se conformado com o que escolheram para ele.

– V-você... – O moreno se pronunciou, pressionando a face sobre o peito do mais velho, lamentando por está sujando-o com suas lágrimas. – Você é meu... Meu... – Dakho sorriu. Então era isso... Hoseok havia notado, havia descoberto sua verdadeira identidade.

– Tudo bem Hoseok, não, não precisa falar nada agora.

A vida as vezes pode ser cruel, assim como algumas pessoas ao seu redor. Que irão ver você lutar, e mesmo assim, deixarão que você enfrente sua guerra sozinho, sem estender as mãos para ajudar. Vão cortar suas asas, que o impedirão de voar. E aqueles que você menos esperar, irão o decepcionar. Mas o mundo continuará girando, não é? Não irão te esperar, mas irão te fazer duvidar de você mesmo, o usarão de escada, esquecerão que um dia você também fazia parte de suas vidas. Simplesmente irão deixar de se importar, então, como eles ainda podem nos pedir para que mantenhamos as esperança? Como eles esperam que seguemos em frente?!

Patético, todos eles são patéticos. Embora, de uma coisa Hoseok acredite.

Um dia, até mesmo a toca dos ratos irão ser iluminadas pelo sol do dia seguinte.

[...]

 O Jung levou o filho para um local mais calmo, para uma cafeteria próxima ao parque para ser mais exato. Esperou que o menino se acalmasse, apenas encarando-o com serenidade. Aparentava estar calmo, quando na verdade, sentia-se prestes a desmoronar. Precisa ser forte, por Hoseok, por seu filho. Precisava ser ainda mais forte.

Demorou um tempo até o moreno cessar seu choro. O mais velho se mantinha sentado ao banco a sua frente, pressionando suas mãos nas mãos trêmulas alheias. Ele não estava tão diferente, e quase riu a notar que até mesmo seus dedos se pareciam.

A atendente se aproximou, trazendo os chás no qual fora pedido, e calmamente, os depositou sobre a mesa. Dakho agradeceu, levando uma das xícaras até o filho.

– Beba, isso irá te acalmar um pouco. – Pediu com a voz baixa. Hoseok aceitou, bebericando do líquido verde.

Não queria ter chorado da forma que chorou, porém, quando sentiu o homem abraça-lo, não pode se controlar. Seu calor era como o calor de sua mãe. Quente, aconchegante, carinhoso. Era o mesmo quando Jin o abraçava, só que mais intenso. Os de Jin eram gentis, cheios de admiração e preocupação. Já o do mais velho à sua frente, era de um pai cheio de saudades, afogado em nostalgias. Um abraço de alívio, de alegria, de agradecimento.

Era, de toda forma, um abraço de um pai que sempre esteve alí para seu bem, pronto para ajudar seu filho, custe o que custar. Como Namjoon, que sempre estava disposto à ir atrás dele em lugares estranhos; desde que o tirará daquela noite fria, ele estava disposto à ir a qualquer lugar para salvá-lo. Mas, ainda era diferente, saber que Dakho podia ser seu legítimo pai, ainda era bem diferente.

Sentiu o homem afastar suas mãos, assim que ouviram o celular do mais velho tocar. Viu ele atender, e continuando a tomar seu chá que aos poucos o acalmava. O mesmo falava com Jin, e logo imaginou o que deveria ser.

– Bom, Hoseok, acho que devemos conversar agora. – Disse, desligando a chamada do celular.

Hoseok sentiu um calafrio na espinha ao ouvi-lo, mas sabia que era necessário, sabia que precisariam voltar ao passado para esclarecer tudo o que estava acontecendo naquele presente que por muito tempo, desejou finalizar.

Respirou fundo, pressionando os punhos, deixando com que a única pergunta que o atormentava desde que se lembrou das palavras de sua mãe, saíssem por sua boca.

– Por que a deixou, por que nos deixou? Sabe o quanto ela sofreu, sabe com quem ela escolheu ficar, para conseguir criar o filho? Por que a deixou, Dakho?! – Sim, não estava feliz com essa descoberta, não até saber porquê seu... Seu verdadeiro pai abandonou sua mãe, com um filho seu em seu ventre.

Não ficaria feliz de encontra-lo caso ele fosse um crápula sem coração, que abandona a própria namorada com uma criança. E mesmo que não fosse isso, ainda dúvidava ser capaz de entender os motivos de alguém deixar sua família de lado. A não ser que Dakho fosse tão vítima do destino quanto sua mãe.

Quando o mais velho começou a contar sobre seu relacionamento com a mulher, ouviu atentamente, segurando-se para não voltar a chorar. Quanto mais ele ouvia, mais tinha certeza do quanto sua mãe era forte, ela simplesmente encarou o mundo caindo sobre ela e se manteu de pé, apesar de ter feito uma escolha digamos, não muito sábia. E se sentiu mal por um momento, ao pensar que ela estava bem melhor aonde estava agora, afinal, ela estava descansando. E olhando para seu pai minuciosamente, enganou-se ao pensar que sua mãe não conhecerá a luz do sol.

Pois ela o conhecerá, e talvez, Bae não se arrependerá nem um pouco disso.

Após alguns minutos de silêncio por parte de Hoseok, que tentava digerir tudo o que lhe foi contado, o menino enfim se pronunciava com um sorriso fraco estampado no rosto.

– Meu... Meu avô, ele ainda está vivo? – Questionou, sentindo-se corado ao perguntar daquela forma. Como se já fizesse parte da família que tanto lutou para destruir a vida de sua mãe.

Dakho apenas assentiu, no fim.

– Mas ele está muito doente. Sequer se levanta da cama mas... Ele espera pedir o perdão de Baedoona, por tudo o que ele e minha mãe fizeram. Contudo... – Respirou fundo, bebendo do chá. – Eu irei leva-lo até ele. Não agora, nem amanhã e nem depois... Mas irei leva-lo, um dia.

– Mas ele está doente... Eu quero conhece-lo antes de... – Confessou, preocupado. O que fez os olhos do mais velho levemente se abrirem em surpresa.

– Você não o odeia, Hoseok? – Perguntou, sério. O alvo sorriu cabisbaixo, negando.

– Eu já provei muito do ódio Sr. Dakho...– Ditou, levando a mão até o peito. Estava doendo, doendo muito. – Eu assisti de perto o que o ódio pode fazer. E com o que me contou, só deixa mais claro para mim que esse sentimento não vale a pena. Quanto mais você consome dele, mais ódio se gera. Eu não quero fazer parte desse ciclo, não mais. Estou muito cansado pra isso. – Novamente suas lágrimas desciam de seus olhos. – Cansado de verdade. – Murmurou.

O homem assentiu, concordando.

– Mas não se preocupe. Você não precisa vê-lo agora. – O garoto sorriu. Perguntando-se realmente se ainda não estava dormindo. Se tudo aquilo não passava de um sonho maluco, criado para que ele fugisse de sua realidade sem depender de remédios e drogas.

Aquele homem realmente era seu pai?

Seu sangue realmente corria por suas veias, ao invés de um sangue sujo, no qual seu padastro tinha.

Aquelas últimas horas se resumiram em uma conversa agradável, vez ou outra, Hoseok voltava a chorar, enquanto estampava um sorriso nos lábios.

Ele não estava sozinho, talvez, nunca estivesse.

Você precisa abrir os olhos, precisa parar de tentar esconder sua tristeza a todo momento. Se tiver que chorar, chore. Se tiver que gritar, grite. Se sentir cansando, descanse. Você não pode ser forte à todo momento, porquê nem sempre vão te deixar ser forte. Outrora, você não está sozinho, nunca esteve. Apenas pare, pare de achar isso, erga sua cabeça, não tenha medo de procurar e aceitar ajuda. Se uma pessoa se prende à você, mesmo que você não acredite que mereça, se apoie nela, respire fundo, encontre seu tempo, e aprenda a caminha sozinho. Não procure depender, mas não seja independente. No fim, sim, sim... Sempre terá uma mão para nos erguer, caso você sinta que está prestes a cair.

Aproveite seus sorrisos, suas lágrimas. Sua história não acaba na última página de um livro, ela só acaba quando você cria muros envolta de seu castelo, quando você se permite fechar os olhos para vê. Acaba quando você desisti de ficar e esperar.

Hoseok sabia disso, no fundo, sabia de muitas coisas que o impediriam de desistir.

– O que tanto pensa? – Hobi, que se mantinha atento as ruas, fitando-as passar como flashes de luz pela janela do carro, voltou a olhar seu pai, sorrindo levemente.

– Acho que eu sempre soube que meu pai de verdade estava por ai. Que aquele homem não era você. – Bufou. – Eu mesmo tinha as respostas das minhas perguntas, mas estava tão traumatizado que, não quis enxergar, não quis vê-las.

– Traumas de infância causam problemas assim, filho. Como perda de memória, fobia, toc, dificuldade em falar, entre muitas outras coisas. – Proferiu, mantendo sua visão na estrada. – Hoseok você... – Reprimiu os lábios em relutância. – Bem... como seu pai. Eu quero que confie em mim, quero que me deixe saber de você, quero que me deixe ajudá-lo em tudo que precisar. Quero ser seu pai de verdade, e não é porquê você já é um homem, que não vou te dar presentes ou levá-lo para sair. Por favor, me deixe ser seu pai de verdade. – Pediu, agora o olhando fixamente, após ter parado o carro em um farol.

O mais novo mais uma vez naquela noite chorou. Mas não chorou por mágoa, surpresa, ou tristeza. Chorou de alegria

Seu coração a cada palavra se preenchia de algo que não conseguia expressar em palavras. Lhe dava calafrios e uma enorme vontade de sorrir. E foi isso que Hoseok fez, sorriu, sorriu tanto, que mais lágrimas ameaçavam descer. Era quase como se tivessem ligado uma torneira nos seus olhos. Dakho naquele momento também se deixou levar, embora não fosse um choro abundante quanto o do próprio filho, foi sincero o suficiente para fazer o peito do moreno doer.

– Claro Sr. Da... Quer dizer... – Ele apoiou a sinistra no ombro do mais velho. – Claro, pai. – Os dois sorriram entre lágrimas. Um ar gentil se fez envolta deles, e ambos se sentiram como se estivessem sendo abraçados. Um cheiro familiar adentraram os olfatos, aquecendo-os, e preenchendo seus pulmões.

Dakho e Hoseok à agradeciam enquanto ela os observava, silenciosamente, eternamente.

O silêncio aconchegante se fez presente entre os alvos até que estivessem de frente à um prédio desconhecido por Hoseok. Era um lugar grande, cercado por um muro branco e um portão acinzentado. Árvores e campos esverdeados adornavam boa parte do lugar, tinha um ar mais puro e em sua entrada, onde o nome do pocal se fazia presente:

"Casa de Reabilitação Rosaria."

O mais novo estranhou até ver ao longe, o carro de seus hyungs. Então fora por isso que Jin havia ligado. Olhou para o pai, que parava o carro antes de entrar totalmente no local. Este estampava um semblante sério, a medida que pressionava os volantes.

– Você não precisa me contar as coisas que passou. Eu quero ajudá-lo à esquecer tudo de ruim, e não relembra-lo. Quando Seokjin me perguntou sobre uma clínica, fui rápido em recomendar uma onde eu mesmo sou responsável. Então, vamos nos ver sempre, eu prometo. – Ditou, fazendo o garoto assentir.

– Estava um pouco assustado em relação a isso. Mas agora, acho que posso continuar, graças aos meus hyungs, Taehyung e a você, pai. – O Jung mais velho sorriu, voltando a andar até o outro carro.

– Esse Taehyung, não o conheci. É um dos seus amigos de hoje? – Perguntou curioso, ao notar o brilho nos olhos do filho, após dizer o nome do desconhecido. Este que corou, assim que ouviu sua pergunta.

– Não... Faz um tempo que não o vejo. Mas é alguém muito importante que por minha causa, acabou se machucando. – Explicou, cabisbaixo.

– Seokjin o conhece? – Estacionou o carro em frente a entrada principal.

– Sim. É primo dele. – Avisou, antes de sair do carro acompanhado pelo pai.

Jin ao vê-lo, sorriu e correu em sua direção, o abraçando. Namjoon parou para perguntar sobre a hospedagem do menino no local para Dakho, que pediu para que ele não se preocupasse tanto, que tomaria conta do filho. Ainda mais agora que o reencontrou.

– Ele é um bom menino. – Confessou. – Obrigado pelo que fizeram por ele.

– Queriamos ter feito mais. – Namjoon respondeu, vendo seu amor e seu filho de consideração retirar as malas do carro.

– Mas acho que o único motivo para ele está aqui hoje, é por causa do primo de Jin.

– Taehyung? – O Kim o encarou, surpreso. Mas logo sorriu e concordou.

– Hoseok te falou sobre ele?

– Não muito, mas o suficiente para considerá-lo. Espero poder conhecê-lo um dia.

– Vocês dois, vão ficar olhando ou vão ajudar! – Jin exclamou, fazendo os homens sorrirem.

– Irei chamar os enfermeiros e os ajudantes. Deixarei para apresentar o lugar amanhã cedo. Tudo bem pra você, filho? – O moreno ruborizou. Era tão estranho ter alguém o chamando de filho, quanto alguém para ele chamá-lo de pai.

– T-Tudo bem!

No fim daquele dia, Hoseok se despediu de Jin e Namjoon. Era normal ver o mais velho chorando por si, mas o maior? Realmente se surpreendeu quando este o abraçou e começou a chorar.

Seokjin repetiu mais de uma vez que viria vê-lo sempre, já Namjoon pediu para que se cuidasse, e assim como o namorado, viria visitá-lo. Foi difícil se despedir deles, já que estavam acostumados uns aos outros, porém, não chorou tanto quanto achava. Afinal, passou o dia chorando, literalmente. Sua cabeça e olhos doíam, ardiam, não aguentava derramar mais uma lágrima sequer.

Dakho o levou até o quarto onde dormiria à partir de sua estadia na clínica. O dormitório era enorme e possuia mais duas camas já ocupadas, onde dois garotos já estavam. Um deles estava lendo, tinha um rosto delicado e seus cabelos eram negros, assim como os seus. Ele, assim que o viu, sorriu, e seu sorriso, ao seu ver, era encantador. O outro estava deitado embolado nas cobertas, talvez em seu décimo terceiro sono.

– Hoseok, esse será seu quarto a partir de hoje. Estes são seus companheiros de quarto... – Assentiu tímido, indo até a cama vazia, onde suas malas já estavam do lado. – Eu não durmo aqui, mas tenho um apartamento próximo. Se precisar de algo, peça à uma das pessoas que trabalham aqui. Tudo bem? – O alvo concordou, seu pai parecia preocupado. – Ok... Boa noite, durma bem.

– Obrigado, pai... – Ditou, sorridente. O homem olhou para o outro rapaz, que apenas maneou a cabeça em um sinal de que também desejava boa noite ao diretor, e este logo saiu do quarto, fechando a porta novamente.

Hoseok estava um pouco desconfortável, mas não deu muita importância ao garoto que não se deu ao trabalho de abrir a boca. Afinal, apenas ele sentia o clima estranho, por ser novo em um ambiente já habitado, pois sentia-se um intruso. Mas, quando ajeitou as cobertas brancas sobre as pernas e quase ia se deitando para dormir um pouco e descansar do dia longo que tivera, foi quando o rapaz de sorriso manso se pronunciou.

– Não vai se trocar? Dormir de jeans não me parece confortável. – Ele deitou o livro sobre o criado mudo ao lado da cama. Se aconchegando no próprio colchão, pronto para dormir. – Na verdade, te aconselho à tomar um banho, sabe... Para relaxar... Seu rosto está bastante inchando, e seus olhos, vermelhos. Ah, e eu sou Zhong Chenle, mas pode me chamar só de Chenle. Boa noite, e bem vindo a Rosaria.

– A-ah... O-obrigado... Irei fazer isso, e b-boa noite.

» ☆ «

No dia seguinte, Hoseok não foi o primeiro a acordar. Na verdade, fora obrigado à isso quando o sacudiram até que seu sono sumisse completamente. Mal havia aberto os olhos e já podia sentir a luz do sol sobre si, havia notado que o dormitório possuia varias janelas, e que com certeza, todas as manhãs, daria de cara com o clarão do sol. Se remexeu, tapando os olhos com o antebraço, mas a pessoa que tentava o acordar não o deixava em paz.

– Meu Deus. – Murmurou, abrindo os olhos lentamente, dando de cara com o menino que se apresentou como Chenle na noite anterior, próximo demais ao seu rosto, e uma boa parte do corpo sobre sua cama.

Seus olhos se abriram rapidamente, e toda sua face se avermelhou. O menino que mais parecia uma criança começou a rir, ao notar o estado do novo companheiro, afastando-se.

– Hyung! Ele ficou todo vermelho ao me ver, que pervertido! – Exclamou.

– O-o que?! – Rebateu, levando-se para encarar o menino de cabelos pretos. Agora o olhando bem, realmente parecia uma criança, bem travesss por sinal.

– Quantas vezes eu tenho que te avisar pra ficar longe dos novatos Chen! – Repreendeu um rapaz com aparência mais velha, porém, quase do mesmo tamanho do mais novo.

Seus cabelos também eram pretos, assim como possuía a face delicada. Mas ao contrário do menino, que sorria. Ele parecia mais sério e rabugento. E Hoseok comprovou isso assim que o mesmo desferiu um peteleco na testa do jovem, que choramingou de dor.

– Mas ele chamou o Ho hyung de pai! Ele não pode ser uma má pessoa. – Explicou, fazendo um bico com os lábios.

– Ele pode ser filho do papa! Pessoas que são trazidos para um lugar como esse nem sempre são boas.

– Eu ainda estou aqui... – Hoseok virou o rosto para o lado, envergonhado. Os rapazes o fitaram, e Chenle voltou a sorrir, ao contrário do outro, que apenas o fitou fixamente. E logo se voltou ao menor.

– Vamos logo Chen, temos que tomar café antes de ir para a aula de piano.

– Mas e ele?

– Ele é novato, e como você mesmo disse, filho de Dakho, provavelmente vão levá-lo para conhecer Rosaria, agora vamos logo. – Assim, segurou a mão do menino e o puxou quarto à fora, a medida que expressava uma carranca nada amigável.

Pelo jeito, sua convivência com os colegas de quarto iria ser agitado.

Não tardou para que o Jung fosse se preparar, e como o garoto havia dito. Não foi muito demorado a chegada de seu pai no quarto para levá-lo para conhecer o ambiente. Que na visão do moreno, era um lugar muito belo.

Alí não era uma simples clínica, havia aulas e cursos para os internados. Piscina, área de lazer e duas quadras.

O espaço era enorme, literalmente. Dakho lhe explicou que não fora fácil montar aquele lugar, mas depois que seu pai por algum motivo o ajudou, Rosaria se tornou àquilo que era hoje.

Ambos ficaram juntos durante três horas até seu pai lhe entregar uma tabela com todos os seus horários, e se despedir, já que precisava fazer outras coisas em seu escritório. Hobi por mais que quisesse ficar com o pai, notou que em relação ao trabalho, o homem mudava um pouco, não para algo ruim ou insuportável, ele só ficava mais sério. E ele mais ou menos entendia o peso da responsabilidade.

Dakho o reveleu que sua família possuía uma empresa, e como ele era o único filho. Se tornou responsável por ela. Porém, ele também tinha seu próprio consultório e que além de Rosaria, havia mais duas clínicas na qual era responsável, ou seja, seu pai era um homem ocupado. Muito ocupado. Em pensar que ele tiraria três horas do dia para faze-lo companhia. Era algo que o aliviava.

Enquanto voltava para o querto, olhava atentamente o papel no qual continha seus horários, era um pouco intensivo sua rotina no lugar, mas sabia que faziam isso para manter a cabeça dos internados ocupada.

– Jung Hoseok? – Uma voz feminina lhe chamou atenção. E imediatamente levantou sua cabeça, logo, comprimentando àquela que julgou ser uma enfermeira, por conta de seu uniforme.

– S-sou eu. – A mulher suspirou aliviada, olhando em sua própria plaqueta.

– Bom, é seu primeiro dia, então, você está livre das aulas. Pode fazer o que quiser durante o horário normal. Porém, preciso que venha comigo. Como é sua primeira vez aqui, precisamos fazer alguns exames. Tem medo de agulha? – Perguntou, folheando rapidamente o conteúdo em suas mãos.

– Não... – Respondeu simplista, como poderia ter?

– Certo, venha. – Pediu, se pondo a andar. – O prédio hospitalar fica do outro lado desse prédio, então temos que voltar para recepção. Ehr... Você precisa passar no psicólogo daqui também, prefere os exames primeiro?

– O psicólogo... – Murmurou.

– Certo. Nós temos quatro deles aqui, mas como um deles é seu pai, irei lhe mandar para o doutor Choi Minki. Ele é ótimo, você vai adorá-lo. Conseguiu conhecer seus companheiros? Chenle é um menino muito adorável, não acha?

– Ahr, sim... Eu ainda não o conheço bem, mas parece ser um ótimo menino. – Céus, Hoseok não estava acostumado a ter alguém falando daquela maneira com ele. – Ele parece um pouco jovem para estar aqui. – A mulher riu um pouco estridente.

– Sim ele é. Mas não é muito estranho... Na verdade, ultimamente, temos recebido mais jovens do que adultos aqui. Mas Chen é muito adorado por todos, ele é um mocinho especial, muitos queriam estar no mesmo quarto que você.

– Hum... E o outro?

– Yoongi? – A enfermeira se vira, o olhando.

– Ainda não sei o seu nome. Mas acho que é meu outro companheiro.

– Então é ele. Min Yoongi, um paciente quieto e praticamente recuperado. Na verdade, ele já nem é mais paciente. Ele só está aqui porquê criou Chenle como seu próprio irmão ou filho. O diretor só o deixou ficar aqui porquê ele se ofereceu para trabalhar em algo que precisasse na clínica. Quando perguntaram o que ele ia fazer, deu a brilhante idéia de dar aulas de piano. Olha, vou te falar, foi a melhor coisa que aconteceu aqui. A aula tem uma aura tão boa, que nos tráz paz. Mas Yoongi não é alguém fácil de lidar, então, tente não irritá-lo. Oh' é por aqui! – Ditou, guiando Hoseok para outro prédio.

Seu pai não havia adentrado com ele alí, era quase como um hospital de verdade. Possuia o mesmo cheiro enjoativo, as paredes brancas com detalhes beges. Algumas salas, e logo no ínicio, uma recepção, além dos médicos, andando pelos corredores.

– Durante a noite, isso aqui fica trancado, e é vigiado por guardas. Durante o dia, aqui só fica aberto até às três da tarde. Bom, você pode esperar aqui. – Avisou. O alvo assentiu olhando em volta, havia bastante pessoas no local. Umas aparentemente mais velhas, e outras mais novas.

– Quem aqui veio ver o Dr. Min-ki? – A enfermeira questionou sorridente, e boa parte do pessoal levantará as mãos. – Obrigada! Bom, Hoseok, parece que vai ficar aqui um tempo, eu preciso ir dar alguns remédios para os meus pacientes, mas não se preocupe, tem enfermeiros por todos os lados. É capaz de até nos confundi, já que somos como fantasmas, com todo esse uniforme branco! A propósito, eu sou a Seo Hyerin. – A mulher segurou em sua mãos, a apertando. – É um prazer conhece-lo!

– O prazer é todo meu! – Ditou sorridente. Seo retribuiu o sorriso e se afastou, antes, deixando os papéis que olhava com outro enfermeiro, que concordava com as coisas que dizia.

Hoseok achou a mulher um pouco engraçada, mas ficou feliz em saber que todos alí pareciam pessoas boas. Procurou um lugar para se sentar, observando a quantidade de gente que estava em sua frente. A maioria conversavam entre si, enquanto outros apenas permaneciam quietos assim como ele, em algum canto.

– Uau, Hyerin o liberou cedo? Eu realmente pensei quando os vi entrando, que ela ficaria por aqui falando e falando. – Um dos rapazes se pronunciou, esse tinha os cabelos ruivos. Hoseok não poderia dizer ser pintado, já que parecia bem natural. Era raro encontrar coreanos ruivos.

– Fala isso porquê não passou uma hora com a Seungwan. – Outro disse, apoiando-se no ombro do ruivo. Que sorriu do comentário.

– Oi, eu sou Mark, e esse aqui é o Minseok. – Ambos estenderam as mãos, em sinal de comprimento. O moreno sorriu, apertando a mão de cada um.

– M-me chamo, Hoseok.

– Oh, ele esta vermelho, que fofo. – Aquele que seria Minseok disse, fazendo Mark rir. Deixando-o ainda mais constrangido.

— Vai envergonha-lo Minseok. Diminui essa sua potência aí.

No fim, os rapazes ficaram com Hoseok até serem chamados, e, bom, eles eram divertidos, animados, e amigáveis. O que realmente surpreendeu o moreno. A maioria deles tinham essa áurea, embora os recém chegados fossem mais quietos e levemente sombrios.

Quando finalmente foi a vez de Hobi, seus novos colegas lhe desejaram sorte, o que o aliviou um pouco. Todos que se direcionavam a ele pareciam amigáveis, e falantes e ele gostou disso, afinal imaginava um lugar cheio de pessoas melancólicas que precisavam ser amarradas para serem controladas. Mas, todos alí, pareciam tão normais, tão animados, era até difícil de acreditar. Claro que havia certas exceções, muitos garotos estavam magros, e ainda tinham os olhos fundos, unhas ruidas e olheiras profundas, como ele. Mark disse que os que estão de aparência mas cuidada, são aqueles que estão há mais de um ano no lugar. Ele confessou que logo deixaria a clínica, e voltaria para família, Minseok sairia logo em seguida, também. Estava feliz por eles, mas esperava não ficar mais de um ano alí, não poderia, ainda tinha de se resolver com Taehyung.

– Boa tarde Hoseok, sou o doutor MinKi. – O homem se apresentou, assim que adentrou a sala. – Por favor, se sente. – Pediu, e prontamente Hoseok obedeceu. – Soube que é seu primeiro dia aqui em Rosaria. Como se sente? – O moreno mordeu os lábios, como ele deveria se sentir?

– Acho que estou um pouco surpreso. – O doutor riu calmamente. Ele era quase como um anjo, e se não o olhassem com atenção, seria facilmente confundido com uma mulher.

– Todos ficam, até mesmo eu fiquei quando conheci Rosaria. Sabia que antigamente aqui era um hotel de luxo. – Balançou a cabeça negativamente.

– Mas realmente lembra um, por causa das áreas de lazer. – O doutor assentiu.

– Do que mais gostou na área de lazer?

– Acho que da piscina. – Admitiu.

– Você já entrou em uma piscina antes? – Negou em silêncio. – Nem mesmo quando criança? – Negou novamente. – Por que?

– Minha mãe... Ela, ela não podia me levar.

– Seu pai?

– Ele não gostava muito de mim... – O homem ergueu uma das sobrancelhas.

Mostrando-se interessado no rumo da conversa. Ele já sabia sobre algumas coisas do rapaz, mas eram poucas para concluir algo. Dakho havia lhe dito também o que havia achado de Hoseok, após passarem um tempo juntos. As drogas não eram o único problema do alvo, na verdade, ser dependente era apenas um meio que seu instinto encontrou de fugir das coisas que realmente o atormentavam. A questão é quê, droga vicia, por isso, essas deixaram de ser um escape há muito tempo.

– Ele te batia? – O mais novo assentiu. – Não era para educá-lo? – Hoseok arregalou os olhos, sorrindo incrédulo.

– Claro. Espancar seu filho, e sua própria mulher porquê ela tenta defender sua cria é educar! Aquele maldito todo santo dia enxia a cara, e quando voltava para casa, nos educava muito bem! Até mesmo nos deu aula de sexologia selvagem! – Exclamou, espalmando a mesa.

Lembrar de tais coisas fazia seu sangue ferver.

– Ele os estuprava, Hoseok? – Perguntou, ainda calmo. O moreno riu, odiava psicólogos.

Odiava-os de coração.

– Da maneira mais exótica possível. Digamos que eu era a menininha do papai. – Respondeu, sentido repulsa de suas próprias palavras.

– Seu pai, Hoseok, você o odeia por ter feito isso com você? – Choi enfatizou a palavra pai.

– Por muito tempo. Mas já não faz mais sentindo... Não consigo sentir mais nada por ele.

– Você o amava, Hoseok? – Este franziu o cenho, surpreso e enojado pela pergunta.

– Você amaria um pai que te batia, estuprava sua mãe, e depois você?

– Vou refazer a pergunta, então. Mesmo depois de tudo isso, você o amava? – O garoto reprimiu os lábios. Seus olhos ardiam, porque sentia vontade de chorar.

– Eu só queria que... Que uma vez... Aquele maldito sorrisse pra mim, que uma vez não bebesse e não batesse em mim ou na minha mãe. Que uma vez na maldita vida dele, ele chegasse em casa, e se sentasse conosco e contasse histórias como minha mãe fazia. Que uma vez... – Fungou, já sentindo as lágrimas em seu rosto. – apenas uma...  Ele me tratasse como, como a criança que eu era! Eu, eu tinha oito anos quando comecei, comecei a me perguntar o que tinha de errado comigo. Por que aquele infeliz, que eu pensava ser meu pai, não conseguia me tratar como filho! – Sorriu em desdém. – Com dez, dez anos, eu queria mata-lo, queria fazer ele engolir o próprio pênis. Queria arracar com uma tesoura, aquela porra de sorriso da cara dele! – Socou a mesa com a destra, enquanto apertava a coxa com sua sinistra. Seu corpo estava trêmulo, e sentia cada poro de seu corpo dilatar.

– Você o matou, Hoseok? – O mais novo aliviou o punho, lembrando-se o que todo aquele sentimento de irá lhe trouxe. Negou erguendo sua cabeça.

– Eu tentei... Tentei mata-lo. Tentei livrar minha mãe e à mim dele, mas, ela, ela pulou na frente. Eu acertei ela. Minha mãe morreu através das minhas mãos...

– E depois disso, o que aconteceu?

– Aquele desgra...– Respirou fundo. –Ele, ele mentiu para polícia, disse que minha mãe era louca e tentou nos atacar. Di-disse que fiquei tão assustado, que, que quando ela avançou em mim, eu apenas me defendi... Na época eu estava paralizado, quando ela morreu. Era como se eu tivesse morrido junto. Bastava olhar para minha cara e todos viam o quanto eu estava aterrorizado. Nesse tempo, meu pai me deixou em paz, a polícia ainda estava na sua cola, ele não queria levantar suspeitas. Até mesmo me mandou para uma psiquiatra infantil. Ela disse ao meu pai sobre reação pós traumática, não lembro. E passou alguns remédios para minha melhora. Ele fez tudo, tudo que foi mandado, durante dois meses. Mas isso não significava que ele não me xingava, na verdade, ele falava coisas horríveis. Eu não ligava, sequer abria a boca pra dizer algo... Quando os policiais os deixaram em paz, tudo voltou a ser como era antes. Porém, ele agora me estuprava com mais frequência, e me drogava, e por duas vezes, ele deixou que um de seus companheiros o fizessem até que começasse a vender meu corpo de vez. Eu não me impotava, eu virei um morto vivo, praticamente. Eu não reclamava, não negava, não fazia birra, e quase, quase não chorava. Eu havia me tornado uma casca.

– Você ainda se sente uma casca, Hoseok? Ainda se sente como se estivesse vazio?

– Não exatamente. – Limpou os olhos com o dorso da mão. – Agora eu tenho uma família de verdade, pessoas com quem me importo. E agora, conheci meu pai de verdade, o pai que eu sempre quis.

Aquela conversa havia ido mais longe do que o Jung esperava, contudo, quando deixou a sala, sentiu-se mais leve. Choi revelou que suas duas primeiras passagem por lá seria daquela forma, ele faria algumas perguntas, e Hoseok responderia. Enquanto ao resto, tempo ao tempo.

Após os exames no qual tinha de fazer, fora almoçar, já que se via faminto. Conheceu mais um pouco do lugar e depois fora para seu quarto. Onde encontrou Chenle lendo, e um Yoongi semi-nu, em frente ao guarda roupa.

–  Desculpe... – Abaixou a cabeça e andou até a cama, mas antes disso, pode jurar que vira riso se formar nos lábios do menor.

– Por que está tão vermelho, novamente? Gosta do que vê? – Ditou, com um sorriso gengival nos lábios.

Ele ouviu Chenle gargalhar, e Min Yoongi sorrir baixinho. Foi inevitável não corar, mas quando o mais novo pulou em suas costas, e pediu para que ele ficasse tranquilo, Hoseok fez o que lhe foi pedido.

Ele estava em um bom lugar, e naquela noite, Hoseok também ouviu Yoongi tocar piano, enquanto Chenle fazia o vocal. Sereno e calmo. 

Naquela noite, Hoseok chorou, porque enquanto os ouvia, se lembrou de Taehyung. Bem como se lembrou que do lado de fora, havia sim pessoas o esperando.

Porquê, mesmo com o mundo girando e girando, ele não seria esquecido.

[ FIM ]


Notas Finais


» ☀️ «

Oiiii, então gente, acabou, finalmente. E, bem, eu não acredito que enfim finalizei essa fic porque, meu Deus. Ela começou em 2017 aqui no Spirit, e em 2018, eu levei ela para o Wattpad até eu parar para ler ela e me frustar com minha escrita bosta.

Kkk

Eu devo ter reescrito ela umas três vezes na época, até chegar nessa versão que, infelizmente, exige uma segunda temporada. É, pois é, vai ter continuação, e ela vai ser completamente na visão do Taehyung.

Então, eu também não acho que essa ver tá boa, confesso. Mas eu queria muito manter ela assim, como eu tinha escrevido no meio de 2018, para não perder a essência dela. Para não perder a essência do meu eu de um dois anos atrás, sabe?

É uma lembrança, afinal, desde CAN, minha escrita mudou muito. Muito mesmo. Então, essa fanfic é meio que uma prova da minha evolução, sendo assim, é possível que a segunda temporada tenha uma melhor escrita ^^.

Enfim, obrigada de coração à todos que chegaram até aqui, eu estou muito feliz, sério. Depois de muito tempo, terminá-la me deixa um pouco orgulhosa de mim mesma.

CAN é a segunda fic Taeseok que eu finalizo, e aii. Nunca pensei viu.

Ahr, vocês foram ótimos, e só tenho a agradeçer a vocês por lerem, votar e comentar a história. Não parece, mas eu fico de olhos nos leitores sim, viu, e essas poucas pessoas, são a que fazem a diferença.

A proposito a @Juuly2018 é minha purple you, viu. Muito neném ela por comentar em quase todos os cps rs.

Bom, eu não tenho muito o que dizer, além de agradecer a vocês por tudo, então, obrigadaaaaaaaaaa.

Muito, muito obrigada!

Espero poder nos vemos na próxima. Ou seja em outra fanfic minha kkk. Por sinal, vão conhecer ADRBE e MDL, vou deixar os link ●▽●

Xoxo
Xoxo
Xoxo!

(′/・ω・`)/ `>

https://www.spiritfanfiction.com/historia/adorable-jikook-16691887

(′/・ω・`)/`>

https://www.spiritfanfiction.com/historia/marmelada-de-laranja-jikook-16381963


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