História Chicago in love - Capítulo 5

CAPÍTULO 5

SASUKE ON

Hoje eu receberia minha nova equipe, estão me dirigi para o departamento mais cedo, tinha que me preparar para recebê-los. Não iria facilitar para nenhum deles e é por isso que minhas equipes sempre são as melhores, exijo que eles deem tudo de si. O nosso trabalho não permiti erros, se erramos a maioria das vezes isso é fatal.

Estava em minha sala terminando de organizar a parte teórica quando bateram em minha porta.

- Entre. – Disse e não foi surpresa ver o Capitão Hashirama Senju.

- Bom dia tenente!  – Disse com aquele bom humor matinal que não entendo.

- Bom dia capitão. No que posso ajudá-lo? – O respondi fechando meu notebook.

- Vim para parabenizá-lo pelo trabalho de ontem e informar que você terá até três semanas para terminar o treinamento de sua equipe, tem um caso que a inteligência está investigando que talvez a intervenção da Swat seja necessária e quero você no comando por ser algo importante. Entendido? – Disse me fitando com o semblante sério.

- Sim claro, mas o que seria esse caso? – Para ele ter falado sério só pode ser algo grave.

- Não é nada confirmado ainda, mas quero estar preparado caso algo aconteça. Não quero alarmá-lo por enquanto. – Se ele não quer falar do que se trata, menos um problema para mim.

- Entendido, os agentes chegaram às 9hs certo? – Disse para confirmar.

- Sim, eles te esperarão na sala de treinamento 1. – Assenti com a cabeça.

- Bom era só isso, boa sorte com a nova equipe. – Disse com um sorriso de lado e eu o retribui com o mesmo sorriso encerrando a conversa.

Terminei de arrumar tudo, peguei o notebook e fui para a sala, ao chegar todos estavam me esperando. Cheguei as 9hs em ponto, não gosto de atrasos.

- Bom dia. Eu sou o Tenente Sasuke Uchiha o novo comandante de vocês. Como vejo vocês já estão com as apostilas. Todos vocês assinaram os documentos que o Capitão Senju os entregam?

- Sim tenente. – Todos responderam.

- Deixem em minha mesa. – Enquanto eles entregavam conectei o notebook com o Datashow.

- Como devem saber, meus treinamentos são pesados e irão exigir muito de vocês, se tiver alguém aqui que não esteja disposto a isso é melhor se retirar agora. – Ninguém se levantou e todos me olharam determinados. Gostei disso. – Bom já que ninguém se levantou, vamos começar essa semana apenas com o treinamento teórico por causa de um contratempo. Mas isso não quer dizer que pegarei leve com vocês. Entendido?

- Entendido tenente. – Todos me disseram.

- Mas uma coisa, se eu perceber que um de vocês não sabe trabalhar em grupo será automaticamente cortado. Na Swat dependemos uns dos outros, confiamos uns nos outros, afinal não entregamos nossa retaguarda para alguém que não irá nos proteger para proteger a si mesmo. – Disse olhando para cada um, para ter certeza que entenderam o que falei.

Comecei o treinamento teórico e estavam indo muito bem, como se era esperado. Essa semana iria ser leve comparando com a semana que vem. Mal podia esperar para terminar esse treinamento e colocá-los em ação. Fora que teria mais tempo para fazer minhas coisas, sorri internamente ao lembrar da Sakura, adoraria irritá-la de novo.

SAKURA ON

Hoje Tsunade havia me dando folga, de acordo com ela tinha muito tempo de hora extra e passei por muita coisa em menos de 24hs, de certa forma tinha razão. Fiquei muito feliz com isso poderia dormir até tarde, algo raro em uma vida de médica.

Levantei uma hora da tarde morrendo de preguiça e fome. Entrei na cozinha e vi um bilhete de Ino dizendo que foi ao supermercado, como estava sozinha fiz algo rápido para comer e me deitei no sofá ligando a televisão, fazia tempo que não assistia algum filme. Não achei nada interessante, então resolvi assistir pela centésima vez Orgulho e Preconceito, morria de paixão pelo Mr. Darcy! De certa forma me lembrou o Sasuke, aquele jeito carrancudo.

Na metade do filme recebi um whats de Lee me perguntando como estava e se meu braço estava melhor, respondi que sim, mas que não poderia fazer esforço físico por uma semana e ele entendeu. Lee era bombeiro no batalhão da Ino e também professor de jiu-jitsu e boxe nas suas horas livres, fazia aulas com ele desde que vim para Chicago. Minha mãe quando jovem quase foi abusada enquanto voltava da faculdade, mas por sorte foi salva pelo meu pai que era policial na época, por isso desde cedo me incentivaram a praticar algum tipo de luta para poder me defender sozinha. Acho que todas as mulheres deveriam fazer isso, é sempre melhor prevenir do que remediar.

Terminei de assisti o filme e resolvi dar uma ajeitada no apartamento. Ino chegou cheia de sacolas fui a ajudar e me fuzilou com o olhar.

- O que a senhorita pensa que está fazendo? Se esqueceu que não pode pegar peso? – Disse brava, essa loira parecia minha mãe as vezes.

- Só queria ajudar! Credo! – Disse colocando a mão no coração e fazendo uma cara de ofendida. – Ino revirou os olhos e foi em direção a cozinha.

- Você pode me ajudar a guardar então. – Disse piscando para mim.

- Amanhã você vai trabalhar? – Me perguntou enquanto guardávamos as coisas.

- Sim, mas essa semana vou ficar na psiquiatria. Semana que vem volto para a neurologia. – Disse suspirando.

- Você não está feliz com o seu trabalho, não é? – Disse me analisando.

- Não é isso, eu gosto do que faço, mas parece que falta algo! – Era tudo tão monótono, quase sem novidade nenhuma.

- Por que não tenta outra especialização? – Me questionou.

- Não sei, mas sabe ontem gostei bastante de trabalhar com vocês. Talvez esteja precisando sair de dentro do hospital e ter mais ação. O atendimento de emergência tem, mas sei lá, ser a primeira a fazer o atendimento foi eletrizante.  – Precisava ter certeza antes de dar esse passo.

- Serio testa!!! Pensa se trabalharmos juntas? – Disse dando pulinhos e batemos as mãos.

- Não sei porca, tenho que pensar bastante. Isso seria uma grande mudança e não tenho certeza disso. – A respondi e ela fez biquinho.

- Mas pensa com carinhoso vai! – Assenti com a cabeça terminando de guardar as compras.

A semana passou rápida e cada vez mais tinha certeza que talvez me achasse como paramédica. Ino sempre tinha algo para contar sobre os atendimentos inusitados que fazia e de certo modo sentia cada vez mais inveja disso. E falando na peste, me atormentou a semana inteira para mandar uma mensagem para o Sasuke, tive até que esconder meu celular. Não é que não queira mandar mensagem para ele, mas se não me procurou porque eu deveria?

Ino me diria que isso é antiquado e que as mulheres também podem ter iniciativa. Mas prefiro não me fazer de trouxa e um cara bonito como aquele deve ter um monte atrás e não seria mais uma.

No meio da semana depois que voltei para a neurologia comecei a reparar que nos últimos dias os números de bombeiros e paramédicos se ferindo em serviço estava aumentando e isso me deixou um tanto preocupada. Conversaria com Ino sobre isso, minha intuição dizia que tinha algo errado acontecendo.

Continua.........