História Choices - Capítulo 13

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Tony Stark está no meio de lindas mulheres, vestidas com biquinis, em uma ilha paradisíaca. Uma loira coloca uvas na boca dele, enquanto uma morena faz massagem em seus pés. Tudo está perfeito, até que uma voz começa a chamá-lo...

Acorda, Tony. 

Então ele acorda e constata que as lindas mulheres que estavam com ele não passaram de um sonho e que a voz em seu ouvido era a da Sexta-Feira, que abriu as janelas do quarto digitalmente.

— Poxa vida, Sexta, eu estava tendo o melhor sonho de todos os que eu tive nos últimos meses e você simplesmente me acorda às... 

Ele olha para o despertador que está na cômoda ao lado da cama onde está e vê que o aparelho está marcando 7h e 11min. 

— Às 7h da manhã. O Jarvis não fazia isso.

— Acontece que eu não sou o Jarvis, senhor. E o motivo para eu te acordar agora é muito importante.

— O que foi?

— O general Ross está aqui.  

Tony suspira, enquanto se levanta e veste um robe de seda preta que deixou jogado em um poltrona no dia anterior. Ele pega o celular dele que está sobre a cômoda e sai do quarto. 

Ao chegar no final dos degrais de uma das poucas escadas da Torre do Vingadores, ele caminha até a cozinha, onde encontra Ross e Visão conversando. 

— Caiu da cama, foi?

Tony se aproxima dos dois e finge estar alheio ao olhar severo de Ross.

— Isso não é hora para piadas, Tony. 

Ele observa Tony abrir a geladeira e pegar uma garrafa de suco de laranja, enquanto espera uma resposta, mas como não recebe nenhuma, diz: 

— O nosso tempo está se esgostando. Precisamos encontrar o Steve e o grupo que ele tirou da prisão. O presidente não está nada feliz com essa situação, ainda mais depois do que houve na Casa Branca.

— O que houve lá?

— Eu só estou autorizado a dizer que três pessoas invadiram o lugar e roubaram algo muito importante. E só estou dizendo isso para você, porque talvez o presidente precise dos seus serviços para encontrar os invasores.

Stark só consegue pensar em Natasha. Que pessoa seria mais apta para invadir um dos lugares mais seguros do mundo e sair de lá ilesa? É o que ele pensa. Mas por que ela roubaria algo de lá e quem a ajudou?

— Me diz o que foi roubado e eu ajudo. 

Ele senta em uma das cadeiras e bate de leve o ombro no braço do Visão, que permaneceu em silêncio até agora. 

— Creio que será mais fácil o Tony ajudar se souber o que foi roubado. 

— Obrigado pelo apoio, Visão. 

— Por enquanto eu não posso dizer. — Ross diz, pondo um ponto final no assunto. — E eu vim aqui por outro motivo. Você e o Reed Richards precisam colocar o progama caça-capas para funcionar logo.

— Acho que você esqueceu que o Capitão não tem superpoderes, ou seja, o progama caça-capas não vai funcionar com ele. 

— Mas vai funcionar com a Wanda. 

Visão olha para Ross e sente algo estranho dentro de seu corpo não-humano ao ouvir o nome de Wanda. Talvez seja porque ela era a única tão diferente quanto ele. 

— Ela sozinha é capaz de acabar com todo seu grupinho de mercenários. 

Ross lança um olhar severo para Tony, mesmo sabendo que ele está certo, odeia admitir isso.  

— E tem mais, você sabe que foi uma burrice ter deixado a Natasha escapar daquele prédio. O mais inteligente teria sido levar ela para a Prisão 42.

— Eu precisava que ela me desse informações sobre o Steve e o grupo que fugiu com ele, mas talvez ela esteja morta agora. Um dos soldados que trabalham no prédio conseguiram atirar nela com uma das balas venenosas que Reed criou. 

— Como se isso fosse matar ela. Você não a conhece mesmo. 

Stark está prestes a tomar mais um gole de suco, quando Ross arranca a garrafa da mão dele. 

— Não estou entendendo, Tony. Você está do lado deles ou do meu lado? 

— Do seu lado? 

Stark se levanta e caminha lentamente ao redor do balcão até ficar frente a frente com o general.

— Eu não estou do seu lado.Eu estou do lado da justiça. E tudo o que eu disse são fatos. Se me deixasse ficar no comando, garanto que nenhum dos Vingadores teria fugido da Prisão 42. E agora quero que você me dê licença, porque eu tenho muito o que fazer. 

— Sou eu quem manda nessa operação, Tony. — Ross caminha até o elevador e aperta um botão, mas antes de entrar nele, acrescenta: — Você só tem que fazer os civis acreditarem que tudo está bem, enquanto capturamos Steve Rogers e os outros Vingadores. 

Ele entra no elevador, que logo se fecha, deixando Tony com a certeza de que nada está bem e que ainda vai piorar. 

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— Eu acho importante você começar a andar mais comigo.

— Claro, sr.Stark. 

Peter Parker, que está sentado ao lado de Tony em um dos confortáveis bancos de couro do novo carro do bilionário — uma Lamborghini preta —, tamborila os dedos sobre a perna e demonstra que ainda fica nervoso na presença de um de seus ídolos, mesmo já tendo visto ele algumas vezes pessoalmente e até ter lutado ao lado dele. 

— Eu já disse pra você não me chamar de sr.Stark. 

— Claro, sr.Stark.

Tony olha para o garoto e evita rir. Ele sabe como é estar perto de alguém tão poderoso em termos de dinheiro, inteligência e influência, porque era assim que se sentia quando estava perto de seu pai, Howard Stark. E vê em Peter um futuro "Anthony Stark";

Ele vira na 42nd Street e Madison Avenue, Manhattan, que no momento está calma, com alguns pedestres caminhando pelas calçadas segurando guarda-chuvas e falando ao telefone, enquanto trovões ecoam no céu, que está cinzento e estaciona na frente do Edifício Baxter, o lar dos membros do Quarteto Fantástico, e sai do carro. Peter também sai e caminha ao lado de Tony até a entrada. 

— Não é aqui que o Quarteto Fantástico mora? — Peter pergunta.

Tony se aproxima de um homem jovem que está na recepção — seu nome, que está escrito em seu uniforme, é Hank — e entrega a chave da Lamborghini para ele junto com uma nota de cem dólares — para a surpresa de Hank. 

— Cuida do meu carro, por favor. E nada de entrar nele para dar uma voltinha, ouviu? 

Hank só consegue balançar a cabeça para afirmar — não é todo dia que o Homem de Ferro te entrega cem doláres para cuidar da Lamborghini dele. 

— E respondendo a sua pergunta, Peter... — Tony vai na direção de um dos elevadores do saguão e aperta um botão. — Sim, o Quarteto Fantástico mora aqui. Quero que você conheça um deles. 

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Ao chegarem no último andar do prédio — um dos cinco andares comprados pelo Quarteto Fantástico —, Tony e Peter veem uma verdadeira bagunça: Susan Storm brigando com Jhonny Storm, enquanto uma garota morena ao lado deles ri e faz bolhas com um chiclete e do outro lado da enorme sala, Reed se estica (literalmente) e divide seus membros entre várias telas de computadores de última geração. Ben, o Coisa, que está sentado em um canto da sala vendo TV, é o único que percebe a chegada deles — e parece não gostar da visita. 

— Reed, seu amigo está aqui. — Ben se levanta do sofá onde está e caminha até uma porta, na qual ele abre para poder entrar em outro cômodo.

Enfim o resto das pessoas presentes ali percebem a chegada de Tony e Peter.

— Tony... — Johnny sorri e vai na direção do bilionário. — Quanto tempo, cara. Você nunca mais me convidou pra nenhuma festa.

— Depois da última festa onde você dormiu na cama dele com uma mulher, me impressiona o fato dele ainda falar com você. — Susan diz e cruza os braços.

— Vocês são tão caretas. 

A garota morena do chiclete anda até o elevador e chega a esbarrar em Peter antes de chegar até lá.

— Viu o que você fez, Sue? Agora ela não vai mais querer sair comigo. Ah, que seja. Até mais Tony e garoto que eu não sei o nome.

Johnny espera o elevador subir novamente e também vai embora. 

— Desculpem meu irmão. — Susan suspira. — Ele pode ser um idiota às vezes, mas é uma boa pessoa. 

— Bom, agora que as coisas se acalmaram... — Reed enfim diz algo. — Que bom ver você aqui, Tony. 

Reed abraça Tony rapidamente e olha para Peter. 

— Quem é ele?

— Peter Parker. — Tony responde. — Ele tem superpoderes, como vocês.

Peter se sente desconfortável ao ouvir Tony dizer tão explicitamente que ele é uma das pessoas superdotadas desse mundo, mas tem que aceitar isso. Essa foi uma escolha que fez ao assinar o Tratado de Sokovia.

— Mas ele parece ser tão jovem. — Susan se aproxima dos três. 

— E é. — Tony diz e coloca a mão no ombro do garoto. — Mas tem muito potencial para ser um grande cientista. Trouxe ele porque quero que ele se adapte ao que está acontecendo totalmente e aprenda conosco o que for necessário. 

— Então seja bem-vindo ao meu canto para pesquisas e projetos científicos. 

Reed volta a focar nos vários monitores ao seu redor e pega um pequeno aparelho retangular que está sobre uma mesa. 

— Eu vou deixar vocês com esses brinquedinhos do Reed. Se precisarem, eu vou estar no andar de baixo. 

Susan caminha até o elevador e espera a porta se abrir para entrar e apertar o botão para o trigésimo quarto andar;

— Eu passei a noite trabalhando no progama caça-capas e consegui deixá-lo no máximo. 

Tony se aproxima dos monitores e vê atrás das telas um quadro negro enorme cheio de cálculos.

— Eu consegui consertar aquele problema. Você sabe que o progama não estava captando pessoas modificadas como o Steve, a Natasha e outros heróis e vilões, porque eles não tem exatamente superpoderes, como raios e fogo ou qualquer coisa do tipo. Agora essa belezinha aqui está em 100%.

— O que é o progama caça-capas? — Peter pergunta.

— Ele localiza qualquer super-herói que esteja em ação. — Reed explica rapidamente. — Deixa eu te mostrar.

O cientista entrega o aparelho para Tony. 

— Espere e veja. 

Peter se aproxima de Tony e alterna o olhar entre Reed e o aparelho. Reed se estica e forma uma bola com o próprio corpo e de repente o aparelho começa a apitar e a mostrar um círculo que cresce e diminui, mostrando a localização do herói, que volta ao normal após a demonstração.

— Que legal! Posso ter um? 

— Na verdade o progama caça-capas pode ser instalado em qualquer aparelho eletrônico que tenha o código que Reed criou. — Tony entrega o aparelho para Reed. 

— É tão ruim ver que o mundo se tornou tão perigoso que até os super-heróis lutam uns contra os outros. — Reed diz de repente, enquanto senta em uma cadeira giratória. 

Tony fica em silêncio por um momento e cruza os braços. Reed tem razão. A que ponto eles, os super-heróis, chegaram? 

Peter observa os dois ali, Tony Stark e Reed Richards, dois grandes cientistas e heróis, tão mais importantes que ele, um garoto do Queens. Como eu cheguei até aqui? Ele pensa.

— Nós lutamos para defender as pessoas desse mundo e tentamos torná-lo um lugar melhor. Não temos culpa se o Steve e outros não querem aderir ao Tratado. Mas nós vamos conseguir prender ele e quem mais não quiser assinar o Tratado.

— Como nós vamos conseguir fazer isso? Eles podem estar em qualquer lugar agora. — Reed diz. 

— Me digam: o que atrai um herói? — Tony pergunta, alternando o olhar entre Reed e Peter.

— Vilões? — Peter diz.

— Também, mas o que mais chama a atenção de um herói? 

— Pessoas em perigo. — Reed responde.

— Isso! — Tony aponta para ele e sorri.

— Mas como isso vai ajudar a gente? — Peter questiona.

— Digamos que o Steve e o grupo que está com ele terão que salvar algumas pessoas.

Tony alterna o olhar entre Peter e Reed e sorri de forma maliciosa, com um plano já formado na cabeça — um plano para por um fim nessa Guerra Civil.