- Vamos (s/n)!!! Aposto que você vai se divertir – falou Hobi tentando me convencer a ir a uma aula de hip hop.
- Eu já disse que não – protestei – Não entendo nada de hip hop.
- Mas sempre é tempo de aprender – disse Jimin dando o seu sorriso fofo. Assim fica difícil de resistir.
- Não vou – disse mesmo assim.
- Vamos (s/n) – disse Jungkook – aposto que você vai gostar.
- Até você, Jungkook!!! – falei incrédula.
- Por favorzinho... – disse V fazendo um biquinho. Eles são realmente insistentes, não tem como aguentar.
- Okkkk, eu vou – disse tentando parecer brava – mas... Se eu não gostar da aula, não volto nunca mais.
- Heeeeeeeeh – todos falaram comemorando.
Enquanto todos estavam indo na frente felizes da vida, V se aproximou, me abraçou por trás e disse com a sua voz meio rouca:
- Você não vai se arrepender – e meu deu um beijinho no rosto.
Fiquei parada por um instante sem entender nada. V olhou pra mim, deu um de seus sorrisos quadros e me puxou pelo braço, fazendo com que nós nos juntássemos aos garotos. O que ele pretendia fazer comigo, meu deus?
Chegamos à sala onde seria a tão famosa aula de hip hop e nos sentamos em qualquer lugar pois, já não haviam carteiras. Não deu muito tempo e um garoto não muito mais velho que a gente entrou na sala.
Ele tinha o cabelo pintado de verde menta já meio desbotado, que mesmo assim combinava com a sua pele branca feito açúcar. Era engraçado, pois apesar de sua aparência meiga ele tinha um jeito frio e swag que dava um contraste interessante.
- Oi todo mundo, eu me chamo Min Yoongi – ele disse para a sala – como vocês devem saber eu sou o veterano / monitor de hip hop de vocês – ele continuava falando com aquele ar esperado de um rapper – e como também devem saber eu levo a música muito a sério, então acho melhor levarem essa porra a serio também.
- Eitaaaa! Tô ferrada... – eu disse baixinho, mas como os meninos riram acabei chamando a atenção.
- Olha só, nem começamos o ano e já temos uma voluntaria para fazer uma demonstração – o tal Yoongi disse irônico para mim – isso que eu chamo de primeiro dia de aula.
-Eu? – perguntei.
- Sim.
- De rap?
- Você é burra por acaso? – ele falou sarcástico fazendo algumas pessoas da sala rirem, inclusive os meninos que haviam me metido nessa. Eles me pagam!!!
- Okkkk – disse indo em direção ao centro da sala e pegando o microfone de sua mão.
Eu estava tentando parecer confiante, mas no fundo estava com muito medinho. Nunca havia feito nada parecido, sequer compus algo na minha vida, a única coisa que eu conhecia de hip hop era de uns grupos coreanos e mais nada além disso. Sentia o meu corpo endurecido, porém isso foi até ele colocar uma batida de rap em seu celular.
À medida que a batida ia entrando em meus ouvidos ia me sentindo mais relaxada, era como uma canção de dormir. Fechei meus olhos e senti como se a minha alma estivesse se abrido e os meus sentimentos estivessem sendo jogados para fora, mas de uma forma fluida e clara.
De repente tudo ficou branco, abri os meus olhos e só conseguir enxergar o professor Yoongi me olhando seriamente e então desmaiei.
(...)
- Até que enfim, você acordou – ouvi uma voz calma e suave dizendo – se tivesse demorado mais um pouco teria que te levar para o hospital.
Assim que olhei para o lado, descobri quem era o dono daquela voz tão gostosa. Era um homem de cabelos castanhos que vestia um jaleco branco, então deveria ser o médico da escola, o que era estranho, pois ele não aparentava ter idade suficiente para isso.
- Oi, eu sou o Jin – ele veio em minha direção me ajudando a ficar sentada, era impressionante como as suas mãos eram delicadas – eu sou o médico estagiário. Se precisar de ajuda é só me chamar.
Quando ele estava se virando, senti uma dor enorme na minha cabeça, era como se alguém tivesse me dado um soco.
- Aiiii – gritei de dor.
- Está tudo bem – ele disse calmamente – a sua cabeça deve estár doendo um pouco, quando você desmaiou, acabou a batendo no chão.
- Então eu desmaiei mesmo? – falei meio envergonhada.
- Sim, e seus amigo pelo jeito ficaram muito preocupados – ele disse me dando um sorriso – porem tiverem que ir pra outra aula, então por enquanto você vai ter que me aguentar por um tempo.
Dei um sorriso fraco e ele me olhou preocupado.
- Você anda se alimentando bem, senhorita?
- Sim, hoje eu comi um monte de pizza, então não deve ser por falta de comida.
- Pizza? Muito saudável... – ele disse docemente irônico – você tem que se alimentar melhor.
- Mas os garotos comeram até mais do que eu e não aconteceu nada com eles!!! – disse protestando, no entanto naquele momento me lembrei de Jimim e fiquei um pouco preocupada, ele sim precisava se alimentar melhor.
- Garotos têm estomago de avestruz!!! – ele retrucou – uma moça bonita que nem você não deveria comer que nem eles – ele continuou sem perceber que eu havia corado fortemente com o comentário – de qualquer forma, irei buscar algo delicioso pra você.
E então ele saiu me deixando sozinha, o que era bom, pois assim dava para pensar no meu primeiro dia agitado. Estava feliz de já ter encontrado novos amigos, eles pareciam ser tão energéticos! E eram tão lindos... Aish (s/n)! Pare de pensar nessas coisas!
- Ei você – disse uma voz seca me tirando dos meus pensamentos – está melhor?
- Haaa sim – disse me virando e percebendo que o dono da voz era o professor de hip hop.
- Você precisa se alimentar melhor, ou acha que pode ficar desmaiando por aí sempre? – ele falava com o mesmo jeitinho ácido de hoje cedo.
Não respondi nada, apenas fiquei quieta encarando o lençol da maca até sentir a forte dor na cabeça de novo.
- Aiiiii – falei colocando as minhas mãos na cabeça em um gesto impulsivo.
- Você está bem? – ele falou meio desesperado.
- Minha cabeça, está doendo muito – falei quase chorando de dor.
- Aiiishh! Cadê aquele médico filho da puta??!! – ele disse nervoso – me deixa dar uma olhada.
Ele me perguntou de onde estava vindo a dor, apontei para o alto de minha cabeça e ele começou a vasculhar entre os meus cabelos me fazendo de forma indireta cafuné. Para complicar ainda mais a situação, sua voz estava calma e doce e eu estava quase caindo no sono.
- Aqui! Achei! Você tem um galo! – ele disse parecendo feliz com a descoberta – (s/n) você está bem? – agora ele parecia te percebido o meu estado de sonolência.
Balancei a cabeça em sinal positivo o que o fez rir. Então ele ajudou-me a deitar, me cobriu com os lençóis e, em um ato que eu nunca esperaria dele, me fez um pouco de cafuné enquanto dizia:
- Você mandou bem hoje – eu juro que queria surtar, mas estava com tanto sono que acabei dormindo.
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