História Closer - Emison - Capítulo 6

POV ALISON

Não deu dois minutos e eu me arrependi de ter mandando ela embora. Fui até a varanda ver se ela ainda estava aqui, mas, pro meu azar, ela já havia indo embora. Voltei ao meu quarto e fiquei rolando na cama pelo resto da madrugada, até dar 9:00, que foi o horário em que me levantei para acordar a Brooke, que vai à passar o dia com Hanna fazendo sei lá o que, como ela havia prometido no dia anterior.
– Mamãe, eu quero dormir. — Disse Brooke após eu tentar acordá-la balançando-a de leve.

– Meu anjo, daqui a pouco a tia Hanna aparece aqui gritando com a mamãe por não ter acordado você.

– A tia Hanna também gosta de dormir. — Ela virou para o lado e bocejou. Será que eu era teimosa assim? Meu Deus, se ela não levantar eu vou dormir e a Hanna vai encher a droga do meu saco por pelo menos uma hora.

Eu sei, sou a mãe dela e posso simplesmente pegar ela no colo e colocar dentro do box a força, mas eu realmente prefiro poupar meus ouvidos da gritaria dela, já que da última vez eu pensei que fosse ficar surda. Estava prestes a responde-lá quando ouço o som da campainha. Oh meu Deus. Será que é a Hanna? Não pode ser, está cedo demais pra ela vir buscar a Brooke. Bufo e vou até a porta atender quem quer que seja. Olho pelo olho mágico e vejo a Emily com uma torta crocante na mão esperando eu abrir. Sério isso? Meu Deus. Abro a porta e ela sorri, levantando um pouco a torta.

– Trouxe algo pro café da manhã. — Eu olho pra torta e depois pra cara dela.

– Você não acha que tá muito cedo não? Quer dizer, como você tá em pé agora sendo que às 3:00 da manhã você estava aqui super acordada?

– Eu não sei. Posso entrar? — Semicerro os olhos e começo a pensar se deixaria ela entrar ou não. Quer dizer, eu não tenho motivos para não deixá-la entrar, ainda mais que sei que se a Brooke souber que ela está aqui, irá levantar no mesmo momento, além de eu amar a presença dela e dessa bela torta em suas mãos.

– Vem. — Dou espaço para ela entrar e fecho a porta. Vou com ela até a cozinha, onde ela deixa a torta e levo-a até o quarto da Brooke rezando pra ela levantar logo.

POV EMILY

Entro no quarto da Brooke e me sento na beirada da sua cama. Como pode um serzinho desse dar tanto trabalho para acordar quanto a Alison diz? Começo a balança-lá e ela acorda.

– Filha, levanta que a Hanna chega daqui à pouco.

– Não, eu quero dormir.

– Se você levantar agora eu prometo dormir aqui esta noite com você. — Ela se senta na cama imediatamente e começa a coçar os olhinhos.

– A mamãe Ali também vai dormir com a gente? — Olho pra Alison que está com uma expressão indecifrável e volto a olhar a Brooke.

– Eu não sei, você quer, Alison?

– Se eu dormir junto você vai se levantar, Brooke?

– Vou mamãe.

– Então eu durmo.  — Na mesma hora a Brooke se levanta e pega sua toalha das princesas.

– To pronta pro banho, mamãe. — Deixo a Alison e a Brooke e vou pra cozinha pois estou morrendo de fome. Desde a hora em que saí daqui ontem de madrugada a única coisa em que consigo pensar é em como eu vou fazer pra Alison acreditar em mim e ficar comigo. Ela é tão imprevisível, que tudo o que eu penso em fazer vem com uma reação negativa dela. Por exemplo, eu pensei em mandar flores, mas ela provavelmente as jogaria na minha cara; pensei em mandar uma mensagem anônima que deixe a entender que foi eu que mandei, mas ela teria um ataque de pânico, ou seja, eu não tenho nada em mente. Por que a Alison tem que ser tão Alison? Sabe, é exatamente por isso que eu a amo tanto, por ela ser ela mesma.

Depois de mais uns minutos a Brooke desce correndo só de calcinha me gritando.

– A mamãe não quer deixar eu usar minha fantasia de princesa. — Ela para na minha frente com a cara emburrada e com um bico adorável.

– Filha, você vai pra piscina, vai estragar sua fantasia e aí você não vai mais poder usar.

– Tá. — Depois que ela sai, eu arrumo a mesa para tomarmos café e elas descem. Assim que terminamos de comer, a Hanna aparece aqui e leva a Brooke embora, não sem antes de me provocar, dizendo que eu estou devendo uma à ela, por estar me dando a chance de "meter o carregador na tomada". Fingi que não entendi e deixei ela ir embora, com um sorriso safado.

– Nós podemos conversar? — Pergunto a Ali, que acabara de se sentar ao meu lado no sofá, exatamente como na madrugada passada.

– Sobre o que?

– Sobre nós.

– Não existe um "nós", Fields. — Ela diz fazendo aspas com a mão.

– Existe sim, só é complicado.

– Eu sei. — Ela suspira e passa a mão no cabelo, como se estivesse procurando as palavras certas para começar nossa conversa. – Eu acho melhor eu começar isso com um outro pedido de desculpas. Eu sei que já me desculpei antes, mas, eu passei a estragar sua vida no momento em que nós viramos amigas, há anos atrás. Com toda certeza, se nós não tivessemos nos conhecido, e com nós, eu quero dizer eu, você, Hanna, Spencer e Aria, não teriam que viver com medo da própria sombra. — Eu me sinto péssima por saber que a Alison ainda vive com essa culpa. Ver ela frágil desse jeito quebra meu coração, me esmigalha por inteira.

– Ali, você não precisa se desculpar por isso. — Ela fez menção em continuar a falar, porém, eu a interrompi. – As meninas podem não entender, mas eu sei que nós também fomos péssimas pra você. Quando você voltou pra Rosewood, após seu desaparecimento, você fez de tudo para descobrir quem era –A, e a Spencer começou com toda aquela coisa de que você não era confiável, e aquilo foi mexendo com a minha cabeça e eu fiquei tão confusa, e ainda tinha a Paige falando no meu ouvido e eu me virei contra você, junto com as meninas e te colocamos na cadeia. Eu sinto tanto, Ali. Nós fomos horríveis com você e joguei várias coisas na sua cara, sem nem me importar em como você se sentiria. Eu estava tão magoada por achar que você nao retribuia o sentimento, de pensar que nossa primeira vez foi tudo uma mentira, que acabei fazendo aquelas coisas. O pior de tudo foi você dito pra mim que iria descobrir quem é –A pra nós podermos ficar juntas e eu não acreditar. Você é tudo pra mim, Ali. Você sempre foi e sempre será, não importa com quantas garotas eu fique, porque no final, vai ser sempre você a escolhida. — Depois de falar tudo isso à ela, eu senti como se um peso tivesse saído das minhas costas. Passei meus polegares pelas suas bochechas, secando qualquer lágrima que passasse ali, e ela fez o mesmo comigo. Beijei seu maxilar, seu queixo e quando fui acabar com toda a vontade que eu estava de beijar seus lábios, o meu celular tocou. A Samara estava no visor e eu nem precisei me mexer, já que no mesmo segundo, a Alison pegou meu celular e atendeu a ligação.

– Vai pro inferno, vadia! — Ela desligou a ligação e me puxou para um beijo cheio de vontade e saudade. Fizemos amor ali mesmo no sofá, sem nos importamos de que alguém poderia aparecer a qualquer momento.

Quando ela deitou a cabeça no meu peito e fechou os olhos, suspirando cansada, foi que eu tive a certeza de que é isso o que eu quero pra mim. Tê-la em meus braços, completamente vulnerável, é a melhor sensação do mundo. Amar e me sentir amada.Me ajeitei um pouco no sofá sem acordá-la e dormi, como não durmo há muito tempo. Acordei por volta das quatro e meia, e mesmo não querendo, acordei a Alison. Ela se espreguiçou e ficou me olhando de um jeito indecifrável por algum tempo, até que me pronunciei.

– Daqui a pouco a Hanna chega com a Brooke, é melhor nós tomarmos um banho e nos vestimos antes que a elas cheguem e nos vejam desse jeito.

– Tem razão, se a Hanna chegar e ver a gente desse jeito nunca mais nos deixa em paz. — Ela da uma risadinha e eu beijo a ponta do seu nariz.

– Eu vou em casa tomar banho e pegar roupas para dormir aqui, ok? — Digo enquanto me levanto.

– Ok. — Ela se levanta e sobe. Pego minhas roupas que estavam espalhadas pelo chão e as visto. Saio da casa das Dilaurentis e vou até a minha, que não fica tão longe. Pelo visto, finalmente eu e a Alison poderemos ter o nosso relacionamento que tanto almejamos. Eu nunca pensei que um dia eu e a Alison fôssemos realmente ficar juntas, mesmo que no fundo eu tivesse esperança de que ela me amava também. Nós sofremos tanto pra chegar aqui, e eu, tive incontáveis relacionamentos, só por frustração de não ter a Alison pra mim. Admito que fiquei irada quando soube do casamento da Alison com o "Rollins", quer dizer, quem se casa com uma pessoa que você não sabe nada sobre? Eu deveria te-la apoiado quando perdeu a Charlotte, mas agora não é o momento para remoer o passado, e sim, viver o presente e esperar um futuro ainda melhor. Quem sabe a Brooke não ganha uma irmãzinha ou irmãozinho com o tempo? Meu Deus, eu só dormi com ela e já to planejando tudo isso, risos.

Depois que tomei meu banho, arrumei minhas coisas em uma mochila e voltei pras Dilaurentis, onde encontrei a Hanna saindo da casa.

– Seguiu meu conselho, né viada? Isso aí. — Ela piscou pra mim e entrou no carro, me deixando rindo sozinha.

P.O.V ALISON

Depois que a Emily foi pra casa arrumar suas coisas e tomar banho, eu tomei meu banho e coloquei um vestidinho florido. Voltei pra sala, peguei minhas roupas e as coloquei pra lavar. Me sentei no sofá para esperar pela Emily e pela Brooke, que não demorou muito pra chegar e foi correndo brincar com a Lola, deixando eu e a Hanna na sala, sozinhas. Fui na cozinha por um minuto, tomar uma água e quando voltei vi a Hanna com minha calcinha na mão, me olhando de um jeito malicioso.

– Me dá isso. — Puxo a calcinha da sua mão e coloco do meu lado, no sofá.

– Vai me contar o que aconteceu entre você e a Fields, por mais óbvio que seja, ou quer que eu te diga o que aconteceu e como aconteceu?
– Você é ridícula.  — Reviro os olhos. – Nós transamos.

– Jura que vocês transaram? Pensei que tivessem brincado de pique-esconde. Enfim, você sentiu alguma coisa? Já que foi a primeira vez de vocês...

– Não foi nossa primeira vez.

– QUE?! — Ela se levanta do sofá e eu me levanto junto. – Me conta mais.

– Não, a Brooke está aqui e se ela ouvir alguma coisa eu entro em colapso. Vai embora Hanna. — Começo a empurra-la até a porta.

– Que isso, você ta me expulsando?

– To, tchau! — Abro a porta e coloco ela pra fora. Quase 3 segundos depois a porta se abre e a Emily aparece com uma mochila, rindo. – Ta rindo do que?

– Hanna. — Assinto e levo ela pro meu quarto, para que ela possa deixar as coisas dela. Voltamos pra sala e vemos a Brooke, sentada no sofá com a Lola no colo. Ficamos no sofá vendo TV e brincando com a Brooke até ela cansar e pedir pra dormir. Como prometido, Emily tomou um banho e após colocar um pijama, ela se deitou ao lado da Brooke na minha cama, já que a cama da Brooke não tem espaço para nós três. Tomei meu banho, colquei meu pijama e deitei do outro lado da Brooke.

– Eu amo vocês, mamães. — Ela me deu um beijinho na bochecha e depois deu um na Emily.

– Nós também te amamos, princesa.