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História Código Ômega - Epílogo


Escrita por: Jay_Maronese

Notas do Autor


Aiou, Silver.
Demorei, mas cheguei.
Só quero dizer que foi muito massa escrever isso, e que sentirei saudades.

Capítulo 14 - Epílogo


Fanfic / Fanfiction Código Ômega - Epílogo

   Obama olhou a data em seu celular. Primeiro de novembro. Depois de uma semana de folga no Brasil, escusada por "assuntos diplomáticos", ele, Merkel, Scarlett, Trump, Xi, William e Trudeau estavam de malas feitas, prontos para voltarem às responsabilidades e deveres de suas monótonas vidas políticas. Temer e Dilma haviam acompanhado-os para se despedirem devidamente. A ex-presidente e atual conselheira da República estava claramente triste pela partida de seu amado, mas não demonstraria. Ela foi até ele e deu-lhe um forte abraço.

-Adeus, Jinping.

-Seja forte, Dilma, eu escreverei todas as semanas. Talvez nos vejamos em alguma reunião diplomática por aí.

-Sim, talvez.

Eles se separaram, e, apesar de seu conselho, Xi tinha os olhos vermelhos de tanto chorar. Temer também estava emocionado, e encarou Scarlett longamente.

-Foi... realmente muito bom... o tempo que passamos juntos, sabe? Eu... - sua voz quebrou. Scarlett apenas colocou sua mão no ombro de Michel.

-Shh... está tudo bem, velhinho.

-Não está tudo bem! E se... Jesus... você será presa!

Obama deu um passo à frente.

-Na verdade, não. Pelos serviços prestados na restauração da democracia desse país, Scarlett recebeu o perdão do governo americano.

-E da Coroa britânica. - acrescentou William.

-E talvez... bem, só se o senhor permitir.

-O quê?

-Scarlett poderia receber um visto e permanecer no Brasil.

Temer olhou para Scarlett, esperançoso.

-É isso que você quer?

Ela balançou a cabeça afirmativamente com firmeza.

-Eu não tenho nada na América. Mas aqui... eu poderia construir um novo futuro.

-Então está fechado. Venha cá, criança.

Scarlett se aproximou de Temer, que enlaçou um de seus braços em volta dos ombros da garota. Os outros se despediram brevemente e partiram em seus jatinhos, já pensando em toda a papelada que se acumulara durante a semana.

                         .....

A Mercedes Benz dobrou a esquina, e o helicóptero a seguiu, evitando ser notado. Um homem foi correndo até o veículo com uma mala preta e sentou no banco do passageiro. Dez minutos depois, o mesmo homem, sem a maleta, saiu e cruzou a rua como se nada tivesse acontecido, enquanto o carro acelerava.

-Esse é o nosso homem, senhor. - falou o piloto do helicóptero em seu comunicador.

-Pôde ver o que havia na mala, Hamilton?

-Não, mas provavelmente era dinheiro sujo. Talvez drogas.

-Esses políticos... ele já foi acusado umas dez vezes. Pau que nasce torto nunca se endireita.

-Verdade. Mas hoje esse cara vai rodar.

-Ah, se vai.

Logo, três motos da polícia estavam na cola do meliante. Conseguiram alcançá-lo num congestionamento, e forçaram-no a sair com as mãos atrás da cabeça. Hamilton sorriu. Mais uma missão cumprida. Em duas semanas na polícia, ele já prendera cinco criminosos do colarinho branco, além de alguns traficantes e sequestradores.

-Parabéns, equipe. Uma boa prisão para começarmos dezembro com o pé direito.

-O senhor parece estar gostando. - disse um dos motoqueiros.

-A Justiça é doce, Robson. Venham, terminamos por hoje.

Hamilton pousou e pegou sua mochila para ir para casa.

                           .....

Temer recebeu um e-mail. Sorriu. Scarlett provavelmente não sabia que ele tinha um endereço eletrônico apenas para assuntos pessoais, pois a mensagem afetuosa pipocou sobre vários e-mails entediantes sobre oscilações da inflação e direcionamento de gastos. Escrito lindamente com todos os pontos e vírgulas no lugar, o texto dizia o seguinte:

"Michel,

"Como vai? Só falta uma semana para o Natal, não é mesmo? Passou rápido. Sinto que esse será um dos melhores Natais da minha vida, pois, pela primeira vez desde que minha mãe morreu, sei exatamente o que quero fazer. Não posso dizer que sinto falta da minha antiga vida, mas, se tem uma coisa de boa que ela me trouxe, foram você e os outros. Posso te chamar de você? Bem, o senhor é bem mais velho do que eu. Mas vou chamá-lo de você. Estou tão feliz. Não sei se você sabe, mas criei uma escola de luta. É incrível como pessoas tão diferentes podem se reunir num ambiente como esse. Tenho um operário de uns 50 anos e uma menininha de 7. Sinto que esse lugar me completa. Nunca pensei que ensinar poderia ser tão gratificante. Teve notícias dos outros? Gostaria de falar com eles. Tudo de bom para você e para todo o povo brasileiro. Ah, sim, comprei um CD do Sérgio Reis. Achei que gostaria de saber.

"Com carinho,

"Scarlett Chainsaw."

Michel riu. O e-mail o fizera perceber que o Natal se aproximava e ele não tinha nenhuma decoração natalina em seu gabinete. Entrou no Google Imagens e imprimiu uma foto de um pinheirinho cheio de luzes e bolinhas vermelhas. Depois, colocou-a sobre sua mesa. "Feliz Natal, Scarlett", pensou.

                           ..... 

Bolsonaro suspirou. Era véspera de Natal, e ele estava lidando com papelada em seu escritório no Palácio do Planalto. Podia até ser período de festas, mas o país não parava por causa disso, e alguém precisava impedir que aquilo virasse um completo caos. Era por isso que ele só teria permissão para sair perto das 8. Seu celular caríssimo vibrou, e ele atendeu sem ao menos ver quem era.

-Jair...

-Marco? Como vão os preparativos?

-Bem, a gente comprou um chester e minha mãe está fazendo torta de palmito.

-Sua mãe está aí?

-É claro, é noite de Natal. Eu te falei que ela estaria aqui, e que eu apresentaria vocês hoje.

Bolsonaro se esquecera completamente.

-Marco, eu... não sei se deveríamos.

-Mas por quê?

-É a sua mãe! Se ela descobrisse...

-Mesmo assim!

-Não, Marco, você não está pensando! Quer mesmo perder a sua mãe na véspera de Natal por causa de mim? Façamos o seguinte: eu chego, você me apresenta como seu colega de trabalho e nós comemos e rimos até o amanhecer.

-Você nunca foi só meu colega de trabalho.

-Eu sei, eu sei, mas... por favor. Por mim. Não quero te ver triste. Contamos outro dia.

Bolsonaro pôde ouvir Feliciano respirar fundo do outro lado da linha.

-Tudo bem - ele disse, finalmente. - Vai ser um bom Natal.

-Se Deus quiser, o próximo será ainda melhor.

Marco desligou. Bolsonaro ajeitou os cabelos e voltou para sua papelada, preparando-se para o que ele sabia que seria uma longa noite.

                              .....

Temer leu o cartão.

"Feliz Natal para o senhor, o meu é só daqui a treze dias.

"Vladimir Vladimirovitch Putin."

Curto, impessoal e com notas culturais. Perfeito para o homem mais poderoso da Rússia e, provavelmente, do mundo. Putin deveria ter se perdido nas datas, porque o cartão marcava o dia 27 de dezembro e só havia chegado quatro dias depois. Temer olhou o relógio em sua parede. 23:59. Debruçou-se na janela e, observando as poucas estrelas que apareciam no céu, começou a contar os segundos em ordem decrescente.

Cinco. Quatro. Três. Dois. Um. Vários fogos de artifício perfuraram o céu noturno, manchando-o com suas cores. Todo aquele rosa, dourado, verde, branco e azul deixava Brasília ainda mais bonita, unindo milhares de pessoas sentadas no quintal de casa ou debruçadas em suas janelas observando aquele espetáculo que nunca ficava cansativo. Ele sorriu. Pegou uma garrafa de cidra de maçã, estourou a rolha e virou-a em um copo alto de vidro. Não era perfeito nem luxuoso, mas era tudo o que era necessário. Ele brindou ao ar, ao mar, ao Brasil e a tudo o mais em que conseguiu pensar.

-E que venha 2017! 



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