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História Colored Life - For One Night, Another Bed


Escrita por: Fic_MJ

Capítulo 12 - For One Night, Another Bed


Fanfic / Fanfiction Colored Life - For One Night, Another Bed

          May on

- Namorando? - repeti a resposta a transformando na pergunta mais sem sentido no momento para mim. 

- Eu sei filha, deveria ter lhe contado desde quando você chegou. 

- Já faz mais de uma mês? 

- Sim, mas... - eles mantiam o sorriso encorajador no rosto, mas pra mim eles só tentavam esconder, o que era pra mim, uma hipótese que eu não tinha pensado. 

- Olha Pai, foi um prazer te conhecer, mas eu acho que eu preciso pensar. Jantem vocês dois. Eu vou... Vou - eu dava meia volta. 

- May... 

- Não pai, jante com ela. Eu vou ficar bem - disse com voz de mágoa e saí do lugar.

Corri até a esquina. Na intenção de fazer meu pai não correr atrás de mim. Passei a mão pelo cabelo. Precisava ir pra algum lugar. Balbuciei meus bolsos achando meu celular. Apertei o primeiro número que vi e coloquei no ouvido. 

- Alô? - aquela voz soou do outro lado sonolenta. 

- Cal? Você estava dormindo? 

- Não... May, você está bem? Aconteceu alguma coisa?

- Aconteceu. 

- O que aconteceu? A onde você está?

- Depois te conto. Você pode vim me buscar? 

- Aonde você está? - falei o nome do restaurante - Já estou indo. Não saí daí. 

E desligou. Fiquei um pouco perdida, olhando cada detalhe daquela rua como eu tinha costume com tudo que era novo. 

Passei novamente as mãos no cabelo em forma de nervosismo. Afinal, por que eu estava daquele jeito? Acho que eu pensava que meus pais iram voltar, ou não. Não sabia o que pensar e como reagir. Talvez tivesse exagerando. 

Meus devaneios foram para o espaço quando eu ouvi a buzina do carro. Olhei através do vidro abaixado encontrando os olhos do moreno. 

Abri a porta do carro e entrei, não demorando para que ele desse a partida. O vidro permaneceu abaixado, fazendo com que meu cabelo ficasse bagunçado com o vento. 

Calum parecia respeitar o meu silêncio, já que agora ele via que não havia acontecido nada demais comigo. 

Como se ele soubesse, passou pela praia. Fazendo com que eu me inclinasse mais na janela. O cheirinho de praia me envolveu e o som das ondas batendo me consumiram. 

Diante de tudo aquilo eu já nem me lembrava mais do que havia acontecido. 

Segundos depois da praia já ter desaparecido da minha vista, Calum estacionou a frente de sua casa. Entramos na mesma sem ainda sem direcionar uma palavra. 

Me atirei no sofá, largando um suspiro. O relógio em cima do armário da TV marcava mais de 10 da noite. Olhei em volta e a casa parecia vazia. Estava calma e silênciosa, tirando apenas os ruídos de uma possível TV ligada no andar de cima. 

- Aonde estão os meninos? 

- Bom, o Ashton e o Luke estão ai em cima e o Michael inventou de ir jogar pedrinhas na janela da Amber. 

- Isso é fofo - finalmente voltei a olhar em seus olhos.

Estava tão distraída que nem percebi que Calum usava uma samba canção azul com pequenas guitarras e uma regata preta super folgada. Não contive o riso e ele sorriu debochado. 

- Pode rir. Só saí assim porque achei que era algo muito importante. 

- E é - abaixei a cabeça me lembrando do motivo de estar ali. Tirei os coturnos e o joguei do lado do sofá, cruzando minhas pernas em cima da almofada que eu estava sentada. 

- O que aconteceu? - me perguntou calmo, se sentando a minha frente. 

- Meu pai - dei uma pausa pensativa - Ele me chamou para jantar e eu realmente pensei que seria uma jantar de pai e filha. 

- E não foi?

- O problema era que o "pai e filha" dele incluía a namoradinha que ele me escondia já faz mais de um mês! 

- Nossa, May. Eu não... 

- Eu também não. Acho que eu tinha esperanças que ele e minha mãe voltassem, ou ele me dava essas esperanças. Talvez eu imaginava a família feliz e junta, como eu nunca tive, que nem pensei na possibilidade de que ele ou a minha mãe pudesse arranjar um namorado ou namorada. E acabei criando expectativas demais. 

- Sabe May, a família feliz não precisa ser necessáriamente com uma mãe e um pai. Se seu pai esta feliz com outra mulher que não é a sua mãe, por que não ficar feliz por ele? 

Eu não havia pensado por esse lado. Calum tinha razão, e agora eu enxergava isso. 

Em um movimento rápido, o abracei, forte. Ele demorou um pouco, mas correspondeu o abraço. Depois de um tempo naquela posição, afrochei um pouco o abraço, para apenas colocar uma almofada em seu colo e deitar minha cabeça sobre ele. 

Calum então começou a fazer um carinho gostoso em meu cabelo, me fazendo adormecer em pouco tempo. 

 

Abri meus olhos lentamente. Aos poucos fui vendo onde eu estava, e não era o meu quarto. Sentei na cama como reflexo. Era o quarto do Calum. 

Olhei em volta. O lençol cobria minhas pernas. Meus sapatos estavam em um dos cantos do quarto e meu celular no criado mudo. O lugar ao meu lado estava vazio, mas parecia ter sido usado por alguém. 

Botei as pernas para fora da cama, sentindo o chão gelado em baixo dos meus pés. Cocei os olhos, em sinal de que eu ainda estava com sono. Passei os dedos pelos meus fios de cabelo e o prendi em um coque alto. 

Peguei meu celular, que avisava cinco chamadas perdidas do meu pai. Não iria ligar pra ele, não naquele momento. 

Analisei mais um pouco as circunstâncias, me preparando mentalmente para mais um dia. Foi ai que um ser moreno abriu a porta e adentrou o quarto. 

- Ah, eu ia te acordar - comentou ele - Temos que ir para a escola. 

- Você me trouxe para a cama?

- Não poderia deixar você dormindo no sofá. 

- Você dormiu comigo? 

- Essa é a minha cama... 

- Isso é um sim?

- Interprete como quiser - andou pelo quarto. 

- Isso é um sim. 

- Acho melhor você se arrumar se não vamos nos atrasar - falou o garoto já arrumado. Assenti. O mesmo saiu do quarto como se me quisesse deixar sozinha para ter o "meu momento".

Levantei da cama e entrei no banheiro. Não pude deixar de reparar em algumas cuecas espalhadas pelo chão do quarto e agredeci mentalmente por não haver outras coisas... 

Lavei o rosto, tirando todo o resto de maquiagem que sobrava em meu rosto. Bochechei um pouco de água na boca para tirar aquele bafo de quem acabou de acordar. Estava pelo menos um pouco mais apresentável. 

Peguei um dos gorros pretos de Calum e coloquei sobre o meu cabelo. Desci as escadas encontrando os meninos fazendo alguma coisa qualquer. 

- Alguém tem um batom vermelho pra me emprestar? - brinquei, afinal sabia que a resposta era não ou, talvez, um sim. 

- O que você acha? - respondeu com outra pergunta o loiro sentado no sofá. 

- Poxa Luke, achei que você teria - provoquei. Aquele menino me dava mais nervos. Nos fuzilamos com o olhar. 

- Já deu vocês - interviu Calum. 

- Cadê o Michael? - perguntei tentando mudar de assunto. 

- Provavelmente dormiu com a Amber, já que seu quarto ta a mesma coisa de quando saiu. 

- Hm.

Luke revirou os olhos, pegou a chave do carro e atravessou a porta. Por que aquele menino era assim? Aquilo me deixava tão estressada.

- Você ficou linda com o meu gorro - ele tinha percebido. Dei um sorriso tímido e corei. 

Calum me chamou e entramos no carro. Fui calada no banco de trás, imaginando o que falar pro meu pai. Ele me devia explicações, mas eu havia dormido fora e ao menos o avisei se estava bem. Estava ferrada. 

Sem demorar muito, Luke estacionou o carro na frente da escola. Saímos do mesmo. E só ai dei falta do que todos estavam na mão. 

- Minha mochila! - assustei Calum, o fazendo olhar lentamente pra mim. Não consegui prender o riso e soltei uma gargalhada com a sua cara de assustado. 

- Que susto, May. Você poderia ter sido mais discreta. 

- Bom dia! - aquela voz estourou no meu ouvido me fazendo levar um susto. Agora quem ria era Calum. 

- Meu coração Amber! E por que essa alegria toda? 

- Acho que o motivo está vindo ai - Calum sussurrou no meu ouvido. Talvez não tenha sido nada, mas senti meu corpo estremesser com ele tão perto. 

- Bom dia gente - disse Michael, o atual motivo da felicidade da Amber. 

- Ah, agora eu entendi - falei para o moreno e rimos juntos. 

- May, sua mochila - me entregou o colorido que, em seguida, passou a mão pela cintura da Amber, quando isso havia acontecido? 

- Eu acho que perdi alguma coisa, e como conseguiu minha mochila? - olhei confusa para todos. Numa olhada rápida vi Amber dizer sem som "depois de conto" o que me fez assenti com a cabeça discretamente. 

- Eu e a Amber fomos na sua casa. Avisamos ao seu pai que você havia dormido na casa do Calum - explicou o colorido. 

- Ele parecia preocupado - Amber acrescentou a fala de Mike. 

- To ferrada. 

- Acho melhor entrarmos - chamou Luke e assim fizemos. 

(...)

Os meninos, que se resumiam em Calum e Luke, tiveram que me deixar em casa. 

Eu temia que meu pai estivesse lá. Sei que ele iria querer conversar comigo, mas eu só queria um tempo para absorver tudo. 

Abri a porta o mais silenciosamente possível. Passei para dentro e a tranquei novamente. Corri até a escada nas pontas dos pés. Já me preparava para subir... 

- May?

 


Notas Finais


Espero que gostem! 😘😘 #TeamMaylum #TeamMaychael #TeamMayton #TeamMayke


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