Acordei, mas não abri os olhos. A casa estava silenciosa e havia um corpo quente contra o meu. Eu devia estar sonhando ainda. Virei e abri os olhos. Zayn estava respirando lentamente, dormindo tranquilamente. A luz da manhã batendo levemente em suas feições perfeitas. Ele era perfeito.
Nunca fui uma pessoa religiosa e com crenças em seres míticos, mas ao ver seu rosto, tão sereno e tranquilo, a pele brilhando com aquela luz da manhã, imaginei que anjos realmente existiam e que eu era abençoada por ter um apenas meu.
Seus olhos se abriram e meu coração saltou ligeiramente quando ele sorriu ao me focar. Um sorriso leve surgiu em seus lábios e eu sorri também.
- Sabia que você é ainda mais linda pela manhã? – disse baixo, com a voz rouca e sexy demais.
Corei e mordi o lábio. Lhe dei um selinho.
- Acho que você nunca se olhou no espelho ao acordar, porque nada se compara. – falei baixo também.
Ele riu de leve e me deu mais um beijo. Sorri bobamente e enfiei meu rosto em seu pescoço, sentindo seu cheiro. Era tão bom. Um sonho tão real...
Então o despertador tocou e eu percebi que não era um sonho. Virei para olhar ao redor e desliguei o despertador. Nossas roupas ainda estavam no chão. Assim como a ultima camisinha que usamos ontem à noite. Arregalei os olhos em pânico.
- O que houve? – questionou Zayn.
Olhei pra ele.
- Você dormiu na minha casa.
- Oh!
Ele sentou rapidamente e olhou pra porta. Olhei também e vi que não estava trancada. Levantei rapidamente e corri até a janela. Estranhamente o carro da mamãe não estava na garagem. Mordi o lábio pensando nas possibilidades. E eu realmente esperava que a ideia de ela ter ido comprar uma arma pra matar Zayn e eu não fosse uma possibilidade real.
- Marisa, preciso da minha blusa.
Virei e Zayn colocava a calça. Olhei pra meu corpo e ri ao notar que usava sua camisa, que mal cobria minhas partes intimas. Fui até o banheiro e retirei a camisa e vesti meu pijama que sempre ficava por lá. Voltei e entreguei a camisa dele.
- Acho que minha mãe não dormiu em casa. – comentei.
- Bom, isso é bom. Ou ela teria nos pego. – disse vestindo a camisa.
- E estranho. Ela não dorme fora sem avisar. – me abracei.
- Ei. Não se preocupa, ela pode ter ficado sem bateria pra avisar. – ele me abraçou pela cintura e deu um beijo leve em meus lábios – Quer ir tomar café comigo?
- Não, vou esperar ela. – deitei a cabeça em seu peito.
Nossa, como era bom ele me abraçando daquela forma e deitar a cabeça em seus peito.
- Tem certeza? Vai ficar bem sozinha aqui?
- Uhum. Não quero que ela não me veja se chegar.
- Ok. Então vou indo. Vai que ela me vê aqui. – levantei o rosto pra ele e ri – Mas eu nem queria ir. Adorei a noite, mesmo que nem lembre exatamente quando peguei no sono.
Sorri colocando os braços ao redor do pescoço dele. Eu sabia exatamente o momento, pois fiquei um tempo acordada ainda, admirando a beleza dele e sem acreditar que estávamos namorando e do quanto foi bom transar com ele.
- Também adorei a noite. – murmurei.
Ele me apertou mais contra si e me beijou longamente. Senti vontade e ter mais um momento para que usássemos minha cama novamente, mas parei o beijo devagar e relutante. Assim como ele.
- Melhor você ir logo. – falei corada e o soltando.
- É melhor mesmo.
Ele sorriu de lado e foi saindo. Segui atrás dele, indo o deixar na porta. Paramos e nos beijamos mais um pouco. Na verdade eu não queria largar ele. Dei vários beijinhos e o puxei duas vezes antes de realmente o deixar ir. Ele ria, mas parecia não se importar. Até finalmente entrar no carro e ir embora.
Suspirei entrando em casa e fui até a cozinha e preparei um café pra mim. Estava pensando em como evitar ficar sorrindo feito uma boba, quando ouvi um barulho de carro na entrada. Segui até a sala e olhei pela janela mamãe chegando em um carro diferente. Franzi a testa e fui até a porta.
- Cadê seu carro mãe?
- Ah! Oi filha. – disse fechando o carro. Ainda usava o vestido de ontem, mas havia um palito sobre o ombro – Desculpa não ter dormido em casa. Meu carro não pegou e não consegui um guincho, então tive que dormir na casa do deputado.
- Ah! - ela passou por mim e beijou minha testa, entrando em casa. Segui atrás dela – To fazendo café. O que quer comer?
- Já tomei café, obrigada. Vou subir, tomar um banho e descansar um pouco, não dormi bem.
Ela deu um sorriso desconfortável e subiu. Franzi a testa. Ela estava estranha. Eu não sabia dizer o que era, mas havia algo ali.
Deixei de lado isso e segui para cozinha e comi. Depois subi pro meu quarto e tomei um susto com a camisinha ainda no chão. Peguei ela com cuidado e joguei no lixo, já aproveitando e trocando a sacola. Não queria correr o risco de mamãe ver algo como aquilo.
Depois de organizar o quarto, deitei na cama e fiquei olhando o tento, sorrindo feito boba. Até ouvi o celular e ver que era um sms de Zayn. Sorri mais e começamos a conversar.
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