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História Colors - Capítulo 16


Escrita por: NatyBonaty

Capítulo 16 - Capítulo 16


Fanfic / Fanfiction Colors - Capítulo 16

O dia da minha formatura foi carregado de lágrimas. Tudo culpa da minha mãe. Ela só podia estar na TPM, pois ficava chorando emocionada, desde o momento em que desci a escada de casa com o vestido que a mãe de Zayn me deu, até o momento em que a formatura acabou. Tive que tirar varias fotos, e só foi mais fácil as tirar com Zayn ao meu lado.

Tudo bem, não dizer que não fiquei emociona, pois fiquei. Eu sorri de alegria por algo em minha vida, que não fosse o Zayn. Finalmente aquela tortura diária que era a escola havia acabado. Os comentários sobre mim, Zayn e Toddy, diminuíram durante as semanas que se seguiram, mas finalmente me livrar deles era ótimo.

Não apenas isso. Eu não precisaria mais levantar cedo, olhar aquele mesmo rosto, todos tão iguais e sem cor. Agora podia respirar a vida de verdade, podia sorrir e ser feliz. E o melhor de tudo, era que tinha Zayn ao meu lado para compartilhar tudo comigo. Talvez eu tenha fugido, por medo, por receio, ou qualquer merda que deu em mim, mas ele chegou no momento certo, colocando, aos poucos, cor na minha vida.

Eu ainda era a menina triste e que gostava de se isolar, mas aos poucos isso vinha mudando. Zayn era o raio de sol em meus dias escuros. Os primeiros toques da primavera em meu inverno. Não éramos um casal meloso e grudento como os outros, como sempre odiei ser um dia. Éramos perfeitos um para o outro, nos preenchendo com nossos tons de azul e vermelho, tornando tudo um lilás.

Seguimos para a festa e as coisas foram tranquilas. Fiquei tensa ao pensar em estar lá com ele e todos aquelas pessoas que tanto falaram da gente, mas acho que todos estavam tão entretidos em seus últimos momento de ensino médio, que era como se fossemos invisíveis, o que me fez sentir em casa.

- Já falei o quanto você está irresistível nesse vestido? – disse Zayn deslizando a mão para minha bunda enquanto dançávamos uma musica lenta no salão.

Ri e subi a mão dela, pela terceira vez.

- Não que eu esteja contando, mas essa é a quinquagésima vez.

Ele riu.

- Ok, então vou ser direto. Quanto tempo mais vamos ficar por aqui? Porque tô louco pra transar com você.

Pela primeira vez em nosso relacionamento, eu gargalhei. Já havia rido, varias vezes, mas jamais havia gargalho. O que o fez me olhar abismado, me fazendo rir mais ainda. Até as pessoas ao redor olharam pra gente e somente por isso, eu consegui me controlar mais. Zayn sorrindo de lado, me retirou da pista e levou até o bar, pedindo uma água e me de deu.

- O que falei de tão engraçado? – indagou quando me acalmei.

- Não sei, mas foi engraçado o jeito que disse. – dei mais um risinho e me aproximei dele, ficando na ponta do pé e sussurrando em seu ouvido – Mas confesso que talvez eu tenha rido de nervoso, porque também estou louca para transar com você.

Não precisei de mais nada.  E ainda bem que não havia pessoas das quais me despedir, pois Zayn me segurou pela cintura e sustentou meu peso enquanto saímos dali. Eu ri e pedi que me descesse, pois eu sabia andar, além de ele estar me apertando um pouco. Seguimos rapidamente para saída e entramos no carro dele. O fogo foi tanto, que não tivemos paciência de chegar à casa dele, paramos numa  rua deserta e pela primeira vez, transei em um carro. Apesar de estranho e perigoso, foi um dos melhores momentos com ele.

***

- Sua mãe realmente não está incomodada com isso? – indaguei.

- Claro que ela está, mas já sou bem grandinho, e é isso que eu quero.

Passei a mão no seu cabelo, era gostoso fazer isso. Seu fios eram macios.

Estávamos deitados sobre a grama do quintal dele, olhando as estrelas. Em dois dias seguiríamos para Boston, onde eu tinha conseguido uma bolsa de estudo, e onde ele iria para cursar artes plásticas. Ele vinha desenhando bastante ultimamente, então achou que seria uma boa ideia. Eu não discordava, porque assim poderíamos ficar mais próximos. Discordei com a ideia de moramos juntos, isso seria desgastante para o relacionamento, mas o apartamento que ele arrumou era tão próximo do campus, que viveríamos um no quarto do outro.

- Estou ansiosa por essa viagem. Sempre quis sair daqui, e agora que está tão na porta, dá até um frio na barriga.

- Sua mãe parece bem chateada.

- Claro que está. Sou a bebezinha dela. – revirei os olhos – Mas preciso seguir meus próprios caminhos. E ela sabe o quanto odeio viver aqui. Não gosto de ninguém. Pelo menos depois que conheci você, não precisei mais fingir que ia para aquelas festas chatas.

Ele sorriu e desenhou o traço da minha testa, passando pelo nariz, até o queixo, fazendo um calor envolver meu corpo.

- Gosto de saber que não fingi mais que é feliz. – ele segurou meu queixo e olhou em meus olhos – E gosto mais ainda de saber que o motivo disso sou eu.

Revirei os olhos.

- Convencido.

- Sou mesmo. – ele riu e dei um tapa leve em seu peito. Ele pegou minha mão e deu um beijo – Falo serio. Também mudei ao estar com você. Até mesmo para te conquistar precisei mudar, e isso me fez um cara melhor. Então gosto de saber que também fiz algo por você.

Fiquei o olhando, admirada. Ele nunca havia realmente comentado sobre suas mudanças ou as assumido. Mais ali estava ele, me olhando com tanta paixão que me emocionava. Esfreguei meu nariz no seu, então nossos lábios e lhe um selinho.

- Eu ao você. – murmurei contra seus lábios.

Ele segurou meu rosto me olhando surpreso. Corei um pouco. Não tinha desejado ser a primeira dizer isso, mas foi mais forte que eu.

- Eu também te amo. – disse ele sorrindo.

Meu coração explodia. Acho que não podia ser mais feliz que naquele momento. Então nos beijamos ternamente. Mas como sempre, entre nós, as coisas esquentaram e logo seguimos para o quarto. E foi a melhor noite que tivemos.

Zayn tirou minha roupa lentamente, beijando cada ponto do meu corpo. Causando arrepios e deixando um rastro de calor pela minha pele. Eu suspirava e mordia os lábios, louca pra que ele me tomasse logo, mas ele parecia paciente demais, sendo romântico em cada toque. Até mesmo o modo como sua língua se movia com a minha era doce e gentil, mas eu sentia o gosto do desejo arder. Seus movimentos quando ele me penetrou foram longos e profundos, prolongando ao máximo todo o prazer. E aquela foi primeira vez que chegamos juntos ao ápice.

Dois dias depois estávamos em um avião indo para Boston. Sentados lado a lado no avião, de mãos dadas. Ele sorriu pra mim e beijou nossas mãos juntas. Sorri pensando que parecíamos um casal de recém-casados, mas eu realmente não me importava. O “eu te amo” que ele me deu ainda ecoava dentro de mim. E não era porque ele tinha dito isso mais duas vezes desde aquela primeira vez, mas sim porque era tão verdadeiro e forte, que todo meu corpo reagia lentamente a aquela verdade.

Eu havia encontrado meu lugar no mundo. E agora o mundo era perfeitamente lilás.



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