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História Colors - Capítulo 21


Escrita por: NatyBonaty

Capítulo 21 - Capítulo 21


Fanfic / Fanfiction Colors - Capítulo 21

Alguns dias depois a mãe de Zayn acordou. Ela estava muito abalada e chorou muito ao saber da morte do marido. Foi preciso os enfermeiros a sedarem, para que se acalmasse. Aziz e Zayn se mantinham em estado de descrença ainda. Não os culpava, para mim aquilo também era muito surreal.

- O que houve? – perguntou Zayn quando viu que eu conversava por sms.

Estávamos no quarto do hospital, fazendo companhia pra mãe dele que dormia. Fazia dois dias que ela havia acordado, mas nesse momento ela dormia, pois seu corpo ainda se recuperava dos ferimentos.

- Ashley. As aulas começam amanhã, quer saber quando voltamos. – respondi ao mesmo tempo que terminava de escrever o texto explicando o que ocorria por aqui.

- Você devia voltar, não pode perder aulas.

Ergui o olhar pra ele.

- O que? – perguntei baixo.

- Você não tem que estar passando por isso. – disse calmo e olhou a mãe – Tem um estágio te esperando e a faculdade que falta pouco para você acabar.

- E você também tem a faculdade te esperando. – rebati não conseguindo enxergar o ponto daquele papo.

Zayn suspirou e passou a mão no rosto. Se apoiando com os braços nas pernas, ele me olhou serio, como nunca o vi olhando antes.

- Ela é minha mãe, e isso é uma tragédia da minha família. Não tem porque estar aqui, perdendo suas noites e dias, enfurnada comigo nesse hospital.

Abri e fechei a boca duas vezes e então respirei fundo antes de ser grossa com ele.

- Tá me dizendo que não me considera da família, mesmo eu sendo sua namorada e estar sofrendo também com tudo isso? – o encarei seria também.

 - Droga, não! – ele levantou a passou a mão no cabelo – Não deturpa as coisas.

- Mas foi o que pareceu querer dizer. – cruzei os braços olhando ele andar de um lado a outro.

Ele ficou calado, andando por um instante, até finalmente parar e se acocar diante de mim, massageando minhas coxas. Descruzei meus braços e toquei seu rosto cansado e afaguei seus cabelos. Zayn deitou a cabeça em meu colo e ficamos assim por um instante antes dele falar novamente.

- Não pretendo voltar pra faculdade. – confessou baixo – Agora que meu pai... – sua voz embargou e ele esclareceu a voz antes de falar novamente - Agora que não teremos ele conosco, mamãe vai precisar dos filhos ao lado dela. A empresa precisa de alguém para manter as coisas no eixo, então não posso voltar a faculdade. – ele ergueu a cabeça e me olhou serio – Mas você precisa voltar e terminar. Esse fardo não precisa ser carregado por você também.

- Mas quero estar ao seu lado. – acariciei seu rosto carinhosamente – Não precisa carregar esse fardo sozinho. Posso ajudar.

Ele fechou os olhos por um instante e puxou minha mão de seu rosto, deu um beijo leve na palma e abriu os olhos me olhando com pesar e amor.

- Jamais iria conseguir dormir a noite sabendo que estou te privando do seu futuro apenas para estar ao meu lado o tempo todo. – ele colocou uma parte do meu cabelo pra trás do ombro – Vamos sempre nos falar e podemos nos ver nos feriados. Será apenas por um pouco mais de um ano.

Suspirei e senti os olhos arderem. Não queria ficar tão longe dele. Morávamos juntos, e essa separação seria terrível, mas entendi o ponto dele. Eu realmente precisava terminar a faculdade, assim como ele precisava cuidar do irmão e da mãe. Por fim, encostei minha testa a sua e concordei.

- Tudo bem. Vou voltar pra faculdade.

- Eu te amo. – disse baixo e me deu um beijo leve.

 

No dia seguinte eu estava fazendo as malas e indo para o aeroporto. Zayn ficou comigo todo o trajeto. Deixei melhoras para a mãe dele e o apertei forte, quase não querendo ir, quando ele me deixou no aeroporto. Nos beijamos muito e ficamos praticamente grudados até meu portão de embarque. Quando a derradeira hora chegou, respirei fundo e me fiz de forte para seguir meu caminho até o avião. Não resisti voltar por um instante e o abraçar e beijar mais uma vez. Por fim, me vi sentada sozinha em uma poltrona do avião.

A viagem foi tediosa, e dei graças quando finalmente pisei em solo. Ashley me esperava no aeroporto e me abraçou apertado. Contei pra ela mais detalhadamente sobre as coisas que haviam se seguindo desde o acidente. Ela concordou quanto ao pedido de Zayn, e de certa forma ela estava feliz de ter a colega de quarto de volta.

- Vamos passar no Burguer King e comprar besteiras, precisamos assistir Stranger Things enquanto ingerimos gorduras e doces. – anunciou ela quando entramos no carro.

- Já ouvi falar dessa serie. – falei colocando o cinto.

- Também, por isso iremos ver.

Seguimos o caminho para o campus, fazendo a parada no Burguer King e em uma doceria. Quando finalmente cheguei ao quarto, olhei ao redor. Ela não tinha mexido nas coisas que deixei ali e sorri por isso. Após um banho, deitamos e fomos assistir a serie que ela comentou. E acabou por ser uma ótima madrugada, pois aquela serie era perfeita.

Logo as coisas entre nos entraram no eixo, ainda mais com o inicio das aulas. Zayn e eu nos falávamos todos os dias pelo celular. Sua mãe estava se recuperando bem, a maior dor era a da perda do marido. Aziz também parecia menos abatido, mas Zayn ainda era o que mais se martirizava por tudo. Eu tentava o convencer que tudo ficaria bem no fim, que seu pai estava num lugar melhor, mas aquela distancia só me fazia querer abandonar tudo e estar ao lado dele, o abraçar com força e tomar toda sua dor.

Os dois primeiros meses foram os mais difíceis. Era insuportável a falta que ele fazia, apenas telefone não era o suficiente, mas com o tempo acabei me acostumando e  focando nos estudos. Zayn também parecia focando em sua família. Estava morando em Londres, pra onde foi assim que a mãe estava recuperada.

Quando as férias de verão estavam se aproximando, eu me sentia quicar de ansiedade. Iria passar as férias em Londres, conhecer o país e a família dele que havia por lá. Tudo isso seria ótimo, mas o que eu mais esperava mesmo era para ver Zayn. Eu estava morrendo de saudades dele. Até porque, nossas conversas por telefone estavam mais escarças e rápidas. Ele parecia mais distante e eu tinha certeza que era por causa da distancia. Pelo menos era o que eu esperava, que houvesse de errado com ele.



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