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História Colors - Capítulo 27 - Final


Escrita por: NatyBonaty

Notas do Autor


E finalmente o fim...
Não odeiem muito, please

Capítulo 27 - Capítulo 27 - Final


Fanfic / Fanfiction Colors - Capítulo 27 - Final

Depois do dia em que entrei no banheiro e o vi usando aquilo, as coisas pareceram acalmar, pois ele prometeu diminuir o ritmo aos pouco, já que não se sentia seguro se conseguiria largar tudo de vez. Então fiquei a seu lado o ajudando a superar aquilo. Ele parou com o a cocaína e as injeções, mas manteve a maconha e suas pílulas azuis que ele insistia em dizer que eram apenas relaxantes musculares, tipo dopamina.

Deitada com ele, após duas semanas o ajudando a se manter longe das drogas percebi que as coisas haviam se invertido entre nós, agora ele era o garoto azul. Éramos um casal roxo, a tristeza nos habitava, mas tentávamos nos manter firmes enquanto juntos.

Ele parecia bem melhor e mais confortável, e eu me preparava para decidir se voltaria para a faculdade ou daria um tempo para cuidar dele, pois ele não queria ficar longe da família. E no fim das contas foi ele quem decidiu por mim, garantido que já estava bem e que poderia ficar sem mim pelos próximos meses, até o feriado de ação de graças.

Eu não queria, mas após ele insistir bastar e eu ter certeza que ele não teria uma recaída, entrei em um avião de volta para Nova York, mas não conseguir estar 100% ali. Minha mente estava o tempo todo em Zayn e eu ligava em todos meus momentos livres. Ele parecia realmente se mantendo bem, mas ainda sentia que devia estar ao lado dele.

Duas semanas depois todas as minhas esperanças de melhora se foram quando sua mãe ligou pedindo que voltasse e eu ficasse ao lado dele, que não estava indo nada bem. Rapidamente peguei o primeiro avião que havia para Londres e Aziz me buscou no aeroporto. Conversamos um pouco e ele não conseguia dar muitas informações, mas tinha certeza que havia voltado as drogas, e estava pior agora.

Assim que chegamos ao apartamento, corri até o quarto e Zayn estava jogado no sofá perto da janela, a luz da tarde batendo sobre seu peito nu e dando um brilho dourado, apena um jeans surrado o cobrindo, estava molhado de suor, as mãos sujas de tinta azul e seu frasco de pílula azuis ao lado dele. Ele parecia transbordar como uma pia cheia, um olhar sádico e os lábios rígidos. Lentamente ele olhou na minha direção e apesar de tudo, da visão que gritava dizendo não ser ele, ao olhar no fundo dos seus olhos, ele ainda era o meu perfeito Zayn.

- Olha quem lembrou no namorado... – ironizou ele.

- Não diga isso, eu te liguei todos os dias e sabe que não quis partir. – me aproximei devagar.

Ele levantou e pegou o quadro que pintou com apenas azul, um enorme bagunça de azul, e o tacando pela janela com raiva.

- Você prometeu que não me deixaria! – exasperou.

- Mas não deixei. Estou aqui por você.

Riu sem humor e foi até a mesa acendendo um cigarro, deu uma longa tragada e depois soltou a fumaça lentamente.

- Realmente acreditei que íamos casar, ter filhos e sentar na varanda olhando o por do sol quando fossemos bem velhinhos, mas olha só onde estamos. – riu novamente sem humor.

Pisquei não entendo que tipo conversa era aquela.

- Zayn, ainda podemos fazer...

- Não, não podemos. Cansei de tudo isso. – ele tragou e soprou novamente – Cansei de sonhar.

Fiquei o olhando. A fumaça do seu cigarro contratando com a cor acinzentada do seu cabelo, até mesmo com seus olhos que ele agora parecia pintados de cinza, apagando todos os pensamentos que pude ter algum momento com ele.

- O que quer dizer com isso Zayn? – me abracei temendo a resposta.

- Que não quero mais saber de você. Você me põe doente. – cuspiu as lavras como se não fossem nada.

Senti a garganta fechar e os olhos arderem. Não acreditava que ele estava fazendo aquilo, depois de tudo o que fiz nas ultimas semanas por causa dele.

- Você não está falando coisa com coisa. – tentei disfarçar a voz de choro – Essas malditas drogas que voltou a usar é que estão te deixando dessa forma.

- Não! Elas me liberam, me deixam feliz.  – ele me encara como seu eu fosse um ser de outro mundo - Ao contrario de você.

Mordi o lábio segurando com mais força aquele choro.

- Olha, vamos... Vamos toma um banho e descansa, amanhã, quando estiver sóbrio, a gente conversa novamente. – pedi sentindo o que me restava de forças.

- Não. Eu venho pensado nisso há dias. Acabou. Cansei de você. Vai embora.

Não suportei mais segurar a dor que me invadia e deixei as lágrimas escorrerem. Avancei nele e tentei o tocar e beijar, mas ele me segurou firme, não permitindo tanta proximidade.

- Eu te amo, Zayn e seu que ainda me ama, então para com isso.

- Não te amo há muito tempo. – disse duramente – Cansei de bancar o legal enquanto você banca a enjoada e depressiva, sempre se pondo para baixo, se escondendo no seu mundo. Quero viver! – ele me afastou e abriu os braços com um enorme sorriso – Estou vivendo.

Eu tremia e chorava desolada.

- Para com esse papo. Isso não tem graça. Não pode me deixar depois de tudo o que passamos. – estava começando a bancar a louca.

- Não fez por mim, fez por você, para me arrastar pro seu mundo triste e depressivo, mas estou liberto. – e para afirmar isso, tragou o cigarro e bebeu de uma garrafa que não tinha notado antes. Provavelmente vodca.

Abri a boca para rebater, gritar, qualquer coisa, mas apenas solucei e chorei mais. Então senti raiva, muita raiva dele e tudo aquilo. Avancei e tomei a porra da garrafa da sua mão e taquei no chão a fazendo se espatifar em vários pedaços com um barulho alto.

- Eu vou sair por aquela maldita porta e espero realmente que você viva a até os 28 anos, porque está malditamente condenado a morrer antes, Zayn Malik, e por sorte não estarei aqui para ver isso. Mas espero que saiba que vai deixar sua mãe desolada, ainda mais depois dela perder o marido, assim como seu irmão que te ama tanto.

Ele bufou.

- Mamãe só sabe sorri e fingir ser feliz no maldito programa de tv, e Aziz tem uma vida bem diferente da minha, mal nos falamos. Eu seria um ingênuo em acreditar...

- Que se foda a bosta do que você pensa! – explodi – Não me interessa mais a merda dos seus pensamentos. E sabe de uma coisa? Se seu pai estivesse vivo, ele desejaria estar morto para não ter que ver essa merda toda que está fazendo consigo.

Seus olhos flamejaram com dor e raiva.

- Vai embora daqui antes que perca a cabeça. – vociferou entre dentes.

- Não precisa pedir duas vezes. Adeus babaca Malik. Espero nunca mais te ver na vida.

Então sai com pisadas duras. Antes de chegar ao fim do corredor eu ouvi os sons de cacos de vidro se quebrando e os urros de Zayn. Segurei as novas lágrimas e fui para a saída. Ainda bem que minha mala ainda estava ali, mas infelizmente a Sra. Malik e o Aziz também estavam. Ela me abraçou e Aziz pediu desculpas por ter me feito vim. Os dois me levaram ao aeroporto e eu chorei nos braços dela durante toda a viagem e dei um tchau amuado quando segui para meu check-in.

-//-

Ashley foi importante para minha superação daquilo. Passei a sair e a beber como nunca tinha bebido, mas após um mês eu parei com aquilo, aquela não era eu e estava me tornando ele. Então me foquei em meus estudos e estagio. Arrumei alguns namorados até conseguir um legal o suficiente para passar mais do que dois ou três meses. Em algumas manhãs eu acordava e me perguntava o que havia acontecido com ZAyn, se ainda estava vivo, e lembrava do passado, dos bons momentos que tivemos, e as vezes, quando acordava no escuro da noite, achava que era ele quem estava ali, mas não logo lembrava que agora. Era estranho acordar e não ser Zayn ao meu lado.

Zayn foi a melhor e pior coisa que aconteceu em minha vida. Jamais achei que amaria alguém como o amei, assim como jamais achei que minha vida seria algo mais que um azul gélido que aos poucos seria preenchido pelo vermelho que era a alegria do jeito dele. Agora eu me tornara uma cor indecifrável, vagando entre o violeta, azul e cinza.



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