Angel Wolff's point of view
Capítulo 18 - Vão viajar?
Ao seu lado eu sou uma arma carregada
Não consigo mais aguentar isso
Sou todo seu, eu estou sem controle
Sem poderes
E eu não ligo que seja óbvio
Simplesmente não consigo me cansar de você
A batalha é agora, meus estão fechados
No Control, One direction
(Dias Depois)
Quando se está no ensino médio nós percebemos duas coisas. Primeira : Espinhas são um carma (como essa na ponta do meu nariz). Segunda : Vadias são sempre vadias, não que eu tenha me convencido com a mudança de Skylight, talvez eu esperei que fosse verdade mais não. No dia seguinte depois de tudo que ela fez pra Felipe, ela voltou a ser a abelha rainha de CHS*, voltou, a atormentar os nerds, caçoar os emos e fazer da vida das líderes de torcida um inferno. Jess está sofrendo muito em suas mãos. E tem a Victoria que fica competindo com a Skylight.
Patricinhas brigando. Assisto de camarote.
Voltando para o dia da enfermaria, na qual o Felipe e eu estávamos em uma posição de... Como posso dizer? (Pegação) e minha irmã Catherine entrou na sala, eu fiquei estática por um minuto e depois falei : “Eu posso explicar” sempre que falamos essa frase, a verdade é que não há nada a ser explicado então você mente. Inventei uma estória pra minha irmã acreditar que eu e Felipe não temos nada. Não acho que ela se convenceu, mas não me importo até porque o que eu disse é (50%) verdade. Eu não tenho nada com o Felipe. E nunca vamos ter, se depender de mim. Seria um escândalo, dois primos namorarem, imagina a fofoca no bairro já falam da minha vida sem eu dar motivo imagina se a gente ficasse juntos. Nem quero imaginar.
[ ... ]
Saio da escola em direção a uma padaria onde eu gosto muito de ir, e que eu não vou faz tempo. Jess e Elena vão comigo. Nós fazemos nossos pedidos e enquanto esperamos nos sentamos do lado de fora da padaria, meu cabelo balança com o sopro do vento. Meu corpo se arrepia.
Amo esse clima!
— Então sua irmã pegou vocês em uma situação estranha?
— Sim Jessica, sempre tem que repetir o que eu falo? - Pergunto irritada.
Jess mostra a língua.
Muito adulta!
— E o Felipe? O que ele fez? - Elena pergunta e eu me viro pra ela.
— Depois que falei para Catherine que ele tentou me abraçar, ele saiu da sala sem dizer nada e bateu a porta com força. - O garçom coloca meu prato na mesa e o café. — Obrigada. - Agradeço ao garçom e ele sai.
Olho para as meninas e elas batem na testa de forma sincronizada: — Que foi gente? - Pergunto parando o garfo que ia em direção a boca.
— Ele ficou irritado sua anta. - Jess diz.
— Eu acho que você é tão esperta para algumas coisas, mas quando se trata dele você não pensa. - Elena diz e Jess concorda com ela.
— Ele queria que você dissesse outra coisa, você parece que gosta de pisar no garoto. Vou falar com ele - Ela pega o bolo sobre a mesa e deixa algumas notas de dinheiro e corre na direção de Felipe que está do outro lado da rua em sua bicicleta, ela diz alguma coisa a ele e sobe na garupa.
— Vou deixar você pensar, preciso ir. - A ruiva se levanta e beija minha bochecha. Deixando o dinheiro de seu pedido na mesa.
Jess diz que eu piso nele, mas ele também pisou em mim quando beijou Skylight milhares de vezes na minha frente e quando beijou Victoria também. E doeu mais ele não se importou. Agora é assim meus pensamentos são sempre pra ele, em minhas conversas seu nome é sempre citado. O que está acontecendo comigo? Ontem me peguei o olhando na aula de matemática o observando, a forma que ele escrevia e o jeito que ele enruga a testa quando está respondendo as questões. No intervalo também fiquei vidrada nele, enquanto ele lia um livro de romance. Sua boca se mexia a medida que ele lia. E pra piorar eu já me peguei o olhando da janela do meu quarto. Eu estou estranha com esses sentimentos aflorando do nada, me deixa confusa e às vezes eu explodo e acabo machucando aquele que eu gosto, o Feh.
Depois de pagar pelo que comi, saio da lanchonete e vou pra casa caminhando. O sol queimava a minha nuca e por incrível que pareça hoje está muito quente em Chicago, e aqui está em época de inverno, deve ser porque vai chover mais tarde. O caminho até em casa é longo, e agora que perdi o ônibus terei que ir andando. De repente escuto rodas frearem no asfalto e o Felipe parar do meu lado.
— O que faz aqui? - Pergunto franzindo o cenho.
— Vim buscar minha donzela em apuros.
Reviro os olhos bufando e minha franja voa quando faço isso. Ele sorri e faz um sinal com a cabeça para mim sentar na frente, entre suas pernas. Me aproximo dele e me sento ali, Felipe pedala e eu rio quando meu cabelo fica no rosto. Sem querer na hora que vou me apoiar no guidão eu seguro em sua mão e o meu rosto esquenta de vergonha. Eu não me entendo, nunca fico vermelha de segurar a mão de um garoto e agora olha pra mim pareço uma boba.
— A Jess veio falar comigo... - Ele fica em silêncio.
“Jess”? É muita intimidade para o meu gosto.
— Sobre a gente. - Completou.
Ele diz e para em minha frente a minha casa, pulo da bicicleta e ele permanece sentado e em uma posição que parece que vai posar pra revista GQ. Cruzo os braços e olho ele nos olhos pra não babar no seu corpo. Uff.
— A gente? Não tem essa... Ta Feli... - Ele larga a bicicleta.
Ele me puxa com força e me beija, ele segura meu cabelo pela nuca e o puxa. Um arrepio sobe da minha espinha até minha nuca, puxar o cabelo é golpe baixo, sempre amei quando os garotos fizeram isso mas com ele... Me deixa fora de orbita. Suspiro entre o beijo e o agarrp pelo os ombros, mas aos poucos começa a faltar o ar e eu preciso me separar dele.
— Não tem? E esse beijo...? - me solto dele um pouco acanhada — Certeza Angelina?
O empurro e ele cambaleia. - Cala a boca!
Abro o portão e corro até minha casa. Com o coração na garganta, eu me encosto na porta e olho para o corredor. Ele tem que me beijar? Tem? (Tem!).
Vejo duas malas no corredor me fazendo arquear as sobrancelhas. Quem vai viajar?
— PAI, MÃE! - Chamo por eles, os dois estão na sala. - Quem vai viajar? - Largo a mochila no sofá.
— Sua mãe e eu, vamos comemorar vinte anos de casados e pra isso terão que ficar com seus tios. Na casa do Felipe. - Meu pai beijar minha testa e sussurra só pra mim.— Você vai ficar bem Ange?
Assinto e abraço sua cintura, minha mãe desfaz o abraço que dá em Catherine e passa por mim, ela diz “tchau” e bate de leve no meu ombro, eu daria tudo por um “Eu te amo” e um abraço dela. Catherine, Aysha e eu vamos até a porta e acenamos pra eles, depois que o carro cruza a estrada. Eu vou para o meu quarto e abro a janela da sacada e assovio até Felipe aparecer em sua janela.
— Então eu sou sua nova hospede. - Digo não muito alto, porque nossas janelas são próximas. — Vou ter que te aguentar.
— Você vai gostar de ficar bem pertinho de mim que eu sei. - Ele se gaba.
— Sonha querido.
Felipe sorri de lado.
— E vou continuar sonhando. - Ele pisca e entra em seu quarto novamente.
Meu coração pula no peito e meu rosto esquenta. O que está acontecendo comigo? Por que essa vontade de abraça-lo? Por que estou sorrindo ao escutar isso?
Droga não pode ser amor.
Continuo?
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