História Com Amor Nerd - Evitar o que?

Capítulo 20 - Evitar o que? 

E é tudo por sua causa

Eu não sei o que é, mas você me faz entrar de cabeça! 

Ninguém se compara, nem poderia começar a me amar como você 

E eu não gostariam que amassem

Pois, ninguém vai me amar como você. 

Nobody, Selena Gomez 

Angelina Wolff's point of view 

Existe alguém mais deprimente que eu? Uma pessoa sentada no vaso sanitário, abraçada em meus joelhos e com o queixo apoiado neles. Meu rosto deve tá horrível, olhos inchados e nariz escorrendo. Droga eu não era assim. Eu deveria estar agora no pátio, sentada no colo de alguém ( Do time de preferência, e não um nerd charmoso que faz meu coração bater mais rápido). E não aqui chorando feito uma garotinha assustada. 

Mas quando se trata dele...

Eu sou assim, uma garotinha assustada que só deseja que ele esteja aqui do meu lado, pra me abraçar nos dias frios e beijar minha testa para me protejer de tudo. 

O que mais dói agora é que por mais que eu grite e estore meus pulmões negando, meus olhos sempre me traíram dizendo como preciso dele. 

E ele não se importa. 

Escuto barulho de passos e em seguida alguém bate na porta. Respiro fundo e respondo: — Tem gente. 

— Eu sei. -  É a voz de Felipe. Meu corpo gela, me remexo no assento e abro a boca assustada. 

O que esse maluco está fazendo no banheiro feminino? 

— Sai daí a gente precisa conversar. 

— Sai você daqui,  quer que a diretora te veja?! - Falo já de pé próxima da porta. 

Silêncio. 

— Me ouve Angelina, eu não gosto da Victoria. - Felipe se explica. — Eu vi o jeito que você saiu de lá... Ela tentou, mas é você que é... - Ele para de falar. 

Mais uma vez o silêncio. Fico me perguntando se ele desistiu e foi embora. 

Fraco. Trouxa. Idiota. Lesado. Babaca... 

Mais lágrimas. 

Quando estou distraída ele pula dentro da cabine onde estou, Felipe me encara e em questão de segundos meu corpo está na parede e o seu me encurralando. Ele segura meu rosto delicadamente e se aproxima mais de mim, o moreno passa os lábios por meu maxilar, bochecha e para nos meus lábios, sem toca-los apenas os roçando. Meu coração palpita e nesse instante eu penso que seria melhor, se todos pudessem mandar em seus sentimentos. Jamais teria me apaixonado por Felipe Santos. 

Acho que é a primeira vez que admito pra mim mesma, já é um começo. Seus olhos verdes vagam por meu rosto parando em minha boca, em uma ato involuntário agarro sua camisa. O puxando e ele cai sobre mim. Eu queria tanto beija-lo de novo, sentir aquele gosto de menta, o frio bobo na barriga toda a vez que ele me toca.

— É você que é... - Felipe leva a minha mão até o seu peito, e ele está desparado. - Ele só tá assim porque você está perto. 

Eu queria que fosse fácil assim.

— Não podemos. - Sussurro e me afasto dele. 

Corro pra longe dali e só paro quando esbarro em Tyler, ele sorri e abraça-me pelos ombros, enquanto andamos até a sala de aula, viro o rosto e posso ver Felipe, ele abaixa a cabeça tira o ocúlos e limpa os olhos com o antebraço, Felipe está chorando. Engulo em seco, não quero ve-lo assim, não era minha intenção, Felipe se declarou e eu cuspi nos sentimentos dele, eu sou uma idiota. Não é a primeira vez que faço isso, que o magoo sem perceber. 

[ ... ] 

Pela primeira vez no ano Felipe se atrasou pra chegar na sala, ele pediu licença e a professora o deixou entrar, o fitei sem parar e pude ver suas íris vermelhas. Todos na sala perceberam, inclusive a Skylight que parecia preocupada (?) e Victoria que está sentada atrás dele, ela toca em seu ombro e fala alguma coisa mas ele apenas nega com a cabeça e se vira para frente. 

Respirei fundo e resolvi me focar  a aula, apesar de ser difícil. A todo momento eu olhava pra Felipe, que estava largado na cadeira e desatento, todas as perguntas que a professora fez a ele, Felipe  disse que não sabia. Todo mundo se entreolhou e cochichou com o amigo do lado, só eu que fiquei em silêncio. 

— Agora peguem o lápis e caderno e vamos até o láboratorio de informática, lá eu dou o assunto. 

Enquanto todos correm para fora da sala, seguro o Felipe pelo braço e ele mexe a cabeça com a intenção de sair da sala, mas eu empurro a porta com as costas e fico ali. Felipe bufa com raiva. 

— Sai da frente Angelina! - Ele esbraveja. 

— Não!  - Digo no mesmo tom— Desculpa Felipe, eu não quero te ver triste, só queria evitar algo maior. 

Eu precisava respirar. 

— O que? Evitar o que? - Ele pergunta ainda com raiva. 

— Evitar que eu me apaixonasse por você. - Brado — Mas não se pode evitar algo que já está acontecendo. 

Felipe não comsegue segurar o sorriso,  e eu também não, Felipe passa as mãos no cabelo e me olha sem acreditar, ele caminha até mim, seguro sua nuca e eu mesma o beijo, nosso beijo é lento e suave, como se fosse só pra lembrarmos do nosso primeiro beijo. Isso porque só agora admite que sou apaixonada por ele. 

Felipe separa nossos lábios e me coloca em cima da carteira da professora, aproveito para beijar seu pescoço e arranhar seu peito, ele se arrepia quando faço isso. Seguro a gola de sua flanela e a retiro pelo os ombros. Caindo no chão, Felipe puxa minhas pernas me fazendo deitar sobre a mesa. 

Nossas respirações estão ofegantes. 

— Isso é sério? - enquanto ele fala eu tiro sua camisa. — Estamos nos pegando na mesa da professora? 

Passo os lábios por seu ombro e paro em seu pescoço, deposito um chupão ali. 

É sempre bom marcar território. 

— Pode ter certeza. 

Ele é magro mas mesmo assim é definido, levo os lábios até seu peito o provocando e ele suspira com a mão em minha coxa ele a aperta. Mordo seu ombro, quando ele faz isso. 

Pulo da mesa e me recosto no quadro de vidro, ele pega meus braços e me prende. Felipe passa os lábios em minha bochecha e pescoço, minha respiração se ofega. 

— Eu esperei tanto por isso. O dia em que você diria que é apaixonada por mim, o dia em que eu iria te beijar e você ia continuar sendo a mesma depois... É tão boa a sensação. 

Abraço ele pela nuca e colo nossas testas. 

— Desculpa por ter colado seu cabelo com chiclete enquanto você dormia. Lembra foi na Páscoa? - ele ri e assenti. 

— Pra tirar doeu muito. Desculpa por ter me vingado depois e ter jogado o seu urso na privada. - é minha vez de rir ao recordar. 

— Eu bati tanto em você... Eu quis te matar. 

— Mas então a Jess nos trancou no quarto dela. 

Toquei seu lábio inferior com o polegar. Querendo beija-lo novamente. 

— E você me deu um selinho, desde pequeno você queria me fazer calar à boca desse jeito né? - Ele me da  um selinho.

— Enquanto você brigava comigo, todas as vezes, eu queria te puxar pra perto e te calar com um beijo mas... 

— Você teve medo de eu te rejeitar. 

Então abri um sorriso. Ele não precisava mais se sentir assim, eu sou louca por esse idiota. E farei de tudo pra dar certo. 

E eu era assim mas agora é diferente, eu fui mulher o suficiente e admiti meus sentimentos. 

Leia as notas finais. :) 

Leia. 

Leia. 

Eu to mandando. 

Brincadeirinha. 

Mais vai :(

;)