História Com Amor Nerd - Eu te amo, baixinha

Capítulo 22 - Eu te amo, baixinha. 

Felipe Santos' point of view 

Eu faria qualquer coisa por você 

Na hora que precisasse

E depois de todas as coisas que eu já fiz

Eu acho que te amo melhor agora

Lego House, Ed Sheeran

Seu sorriso é tão lindo, ainda mais depois que ela me beija. Ou melhor ainda quando sorri entre o beijo. 

Ela sai dos meus braços e entra no quarto, me escoro na porta e não consigo segurar o sorriso idiota, faço um dancinha no corredor mas paro antes que alguém me veja. Não quero pagar mico. Entro no meu quarto e me jogo na cama, estou sem sono, pego o notebook que estava sobre o puf, abro em um site de filmes e escolho Hitch conselheiro amoroso já vi mil vezes mas não me canso de ver. Estou prestes a dar play no filme quando a porta se abre e Angelina coloca só a metade do corpo para dentro, em ato fofo ela põe o cabelo atrás da orelha. 

— Feh, eu estou sem sono, será que posso deitar contigo? 

Como posso negar? Oh Céus. 

— Eu ia ver um filme. Quer me acompanhar? - Ela fecha a porta e corre até a cama, onde ela pula e deita no meu peito. 

Paro analisar sua roupa. Ela não veste aqueles pijamas infantis, uma camiseta masculina cobre seu corpo. Por instante me pergunto onde ela conseguiu essa peça? Deixo o ciúmes de lado e volto minha atenção para o notebook. 

— Adoro esse filme. - ela sussurra. 

Quando que eu podia imaginar que essa cena aconteceria, Angelina nos meus braços e o mais importante como minha namorada. 

Eu namoro Angelina Wolff. Meu Deus. 

Dá vontade de ficar repetindo, até eu ter certeza que é real, desfaço o sorriso assim que penso nos nossos pais, como eles receberiam a notícia, a notícia de que estou apaixonado por minha prima e quero namora-la oficialmente, do jeito que meus pais são antiquados certamente diriam não. Só sei de uma coisa, nem que for preciso nós fugirmos, eu  não vou me separar de Angelina.  

O filme está na reta final, e pela respiração de Angelina posso notar que ela adormeceu, arrrumo ela no travesseiro e fecho o notebook colocando o mesmo no puf ao lado da minha cama, puxo o cobertor e nos cubro, abraço sua cintura e durmo com ela de conchinha. Dormir e sentir seu cheiro de shampoo, é uma das sete maravilhas. 

Ali com ela dormindo sussurrei pela primeira vez, em alto e bom som sem ser nos meus pensamentos. 

— Eu te amo, baixinha. 

[ ... ] 

Sou sacudido por uma morena linda que está com o cabelo todo bagunçado. Abro os olhos mais uma vez e ela está com cara assustada e de joelhos me encarando, não resisto ve-la assim... Seguro sua nuca e colo nossos lábios, tento aprofundar o beijo mas ela me barra e eu sento na cama. 

— Seus pais já acordaram e vieram aqui duas vezes o que vamos fazer?  -  Ela coloca as mãos entre os fios de cabelo, nervosa. 

— Calma, eu desço e distraio eles e você vai para o seu quarto, se perguntarem você veio falar comigo... Sobre um trabalho de escola. - Falo e ela vai até a porta, mas volta pra me dar um selinho. 

Pego uma camiseta e visto, estou descendo as escadas quando escuto meus pais discutindo. Era novidade ver minha mãe tão exaltada. 

— Eles não podem, Pedro! 

Eles? An? 

— E você acha que conseguirimos impedir, eles são jovens não é algo que nós podemos evitar. - Papai fala baixo como se fosse pra ninguém escutar. 

— Eles são irmãos! Será que dá pra entender? 

Ela senta na cadeira e agarra os próprios cabelos, aquela cena me faz lembrar Angelina a minutos atrás. Continuo a descer as escadas e quando entro na cozinha, minha mãe levanta e abre a geladeira, pegando uma garrafa de água. 

— Bom dia! -  Cumprimento me sentando a mesa pra tomar o café. 

Mamãe enche um copo com a água. E me olha. 

— Você viu a Angel? - Pergunta mamãe - Fui no quarto dela e não a encontrei. 

— Ela estava conversando comigo no quarto sobre um trabalho escolar. 

Odeio mentir! 

— Mas por que não responderam? -  é a vez de papai. 

Meu Deus isso é um interrogátorio? Caramba. 

— Porque estávamos sentados na árvore, deve ser por isso. 

Coloco o pão na boca pra não ter que responder mais nada. Escuto as vozes das meninas vindo da escada e em seguida, Catherine e Aysha entram na cozinha e Angelina vem logo atrás, parece que estou hipnotizado vendo ela andar em câmera lenta, ela veste um vestido florido solto e os cabelos estão amarrados no alto da cabeça. Seu perfume consigo sentir assim que ela entra na cozinha, tenho certeza que minha boca está aberta, tantas vezes eu vi ela se arrumando no quarto, vi tudo da minha janela. 

Se ela soubesse, me chamaria de tarado e me encheria de tapa, tenho total certeza. 

Em todo relacionamento tem segredos, e esse vou guardar a sete chaves. 

Olhando ela agora, sorrindo envergonhada pra mim, eu penso naquele adolescente da janela, todo bobo de ve-la dançando 5SOS* no quarto. 

E essa mesma garota é minha namorada. A única coisa chata é que não posso levantar dessa cadeira e beija-la na frente de todos. Catherine me cutuca. 

— O cunhadinho fecha a boca. - Sussurra ela e eu a olho sem acreditar.— A Angel contou, eu a obriguei. 

— Ok, mas não me chame assim. 

Ela ri e volta a comer. 

Percebo que Angelina nos encara e parece com raiva deve achar que Catherine está me falando algo intímo ou que está dando em cima de mim, me alegro com a possibilidade dela estar com ciúmes.

Pra tirar a prova sorrio para Catherine que franze o cenho em dúvida, abraço ela pelo os ombros e beijo sua testa. 

De repente sinto algo molhar minhas pernas e é leite. Olho pra morena que está com um bico, fingindo arrependimento. 

— Desculpa Felipe, é que escorreguei a mão e acabei derrubando o leite, como sou desestrada. 

Ela nega com a cabeça e beberica seu café, por trás da xicará posso ver ela erguer a sobrancelha. 

— Da próxima vez mais cuidado. - Retruco. 

— Te dou o mesmo conselho. 

Bingo. Ela sente ciúmes.  

Notas finais :) tenho recadinhos.