História Com Amor Nerd - Sendo irmã

Capítulo 23 – Sendo irmã

Ei, irmã
Você ainda acredita no amor? Eu me pergunto
Oh, se o céu vier caindo, por você
Não há nada neste mundo que eu não faria

Hey Brother, Avicii

Angel wolff’s point of view

Eu não sou ciumenta, só gosto de proteger o que é meu. Sei que agi sem pensar quando joguei o leite no Felipe, mas eu só estava protegendo ele da Catherine.

Sei que agora ela e eu estamos nos dando bem, mas cara é involuntário sentir ciúmes. E antes de namorar Felipe, eu não era assim. Não sentia ciúmes e odiava quando um ficante sentia o mesmo, não gostava de afeto... E agora não consigo manter minhas mãos longe do corpo dele.

Hoje meus pais voltariam mas como o dia está muito chuvoso e eles não podem viajar com esse tempo, teremos que ficar o resto da semana como nossos tios, o que é bom porque assim eu fico perto do meu namorado. É tão bom o som dessa palavra “namorado”.

Eca tô muito melosa!

Resolvi chamar meus pais pelo Skype porque Aysha já estava me torrando a paciência chorando de saudade. Sentamos nós três na frente do computador. Ligo a câmera e os dois aparecem na tela, eles estão mais felizes e com um bronzeado bem bonito.

- Oi papai e mamãe. – Diz Aysha com a voz chorosa.

- Oi meu amor. – Diz papai.

- Estamos com saudade. – Fala Cath abraçando-me pela cintura.

- Você abraçando a Angelina? – Pergunta mamãe que ainda não tinha se pronunciado.

- Sim – Falo – Nós duas resolvemos virar amigas, como a gente deve ser.

Sei que minha mãe não gostou muito da nossa aproximação, porque ela sempre me considerou uma péssima influência para minhas irmãs e eu nunca entendi a razão, só sei que minha mãe pode até me amar mas me odeia e eu nem sei a razão, já pensei em perguntar mas percebi que se fizesse isso eu faria ficar pior.

Fiquei cabisbaixa ao invés de ficar feliz, Madison nunca soube ser minha mãe. Droga, quero chorar. O resto da conversa eu me calei, só respondia mexendo a cabeça ou um sorriso forçado.

- Tchau minhas lindas – Papai se despede.

Fecho o notebook e abraço Aysha. Que sorri em meio as lágrimas. Percebo que Catherine fica de pé e cruza os braços, posso ver que está pensativa.

- Mana to com soninho. – Diz a menor enquanto cossa os olhos.

- Vá se deitar, já vou lá ler pra você.

Espero que ela saia da sala. Me viro pra morena.

- O que houve Cath? – Pergunta e ela me olha.

- Eu estou precisando da sua ajuda. – Ela senta no sofá e começa a roer a unha.

- Sobre o que? – Acaricio sua cabeça.

- Sobre um garoto... – Ela diz um pouco sem jeito.

Quando eu tinha a idade de Catherine eu tive meu primeiro beijo, o esperado primeiro beijo.

Eu estava nervosa, Jess já tinha beijado e a dica que me deu foi ir no ritmo dele, mover a língua com ele e relaxar.

Como vou relaxar? Me diz.

E se der alguma coisa errada? E ele me zuar.

Está decidido, não quero mais!

- Angel, você tem que perder o bv e vai ser hoje. – Jess disse, me empurrando.

Foi horrível, Leonard não foi cavalheiro, não teve selinho, não teve mão na bochecha, nada do que vi nos filmes. Ele já foi colocando a língua e agarrou minha bunda. Foi horrível, só fui beijar novamente um mês depois, e esse sim valeu a pena.

Acordo dos meus pensamentos com Catherine me chamando.

- E o garoto? Me fala sobre ele.

Me sento a sua frente e enquanto ela falava, me pego pensando, eu nunca iria imaginar que isso aconteceria, eu irmã mais nova, me sinto tão feliz, porque pela primeira vez em anos Cath e eu somos irmãs.

[ ... ]

Aysha e Cath já dormiam e eu estava acordada lendo um livro com a lanterna do celular, estou tão concentrada que nem percebo que Felipe entrou no quarto, só percebo quando senta na minha frente e beija minha perna, sinto um arrepio mas finjo que ele não está ali.

- Baixinha? – Ele me chamou com a voz rouca e o perfume tão conhecido por mim, bem perto. – Vai ne dar um gelo?

Não respondo, continuo focada em meu livro.

- Você que sabe. – Ele pega as coisas da minha mão e agarra minhas pernas me colocando em seu ombro, reprimo um grito afinal meus tios estão dormindo, não quero acorda-los. Mas mesmo assim me debato soltando um palavrão atrás do outro.

- Vou limpar essa boca suja. – Ele sussurrou.

Minha mente poluída já fui imaginando, mil maneiras dele limpar minha boca suja. Droga.

- Felipe! Me solta, eu estou mandando.

Quando olho para onde ele está me levando, meu corpo gela. Ele para na borda da piscina e ameaça de me jogar, mas antes que isso aconteça eu agarro seu pescoço e ele me abraça mais forte. Sinto um vento frio tocar meu corpo e me aninho mais em Felipe, o desgraçado solta um riso baixo e beija minha mandíbula, o que me arrepia, e só piora quando ele desce os beijos para o meu pescoço.

- Fe... – Seu nome sai como um gemido. – Está frio aqui fora.

- Vem comigo. – Ele não soltou minha cintura, só me levou para dentro. Quando chegamos na sala, ele me deitou no sofá e ficou sobre mim. Felipe colou a testa na minha e subitamente fechei meus olhos, sentindo seus lábios contra os meus. Eu sabia que não iria ignorar ele por muito tempo, não suportaria ficar sem seu beijo, ele tinha um controle sobre mim que me assustava às vezes.

E eu sabia que também causava isso nele, pelo jeito que ele me olha, ou como suspira quando beijo seu pescoço ou como ele fica nervoso de me ver com roupas provocantes.

Fico feliz de causar reações, que também sinto quando ele está perto.

Mais eu não vou me render, não agora.

Circulo seu quadril com as minhas pernas e vejo ele estremecer com o choque de nosso corpos. Puxo seu rosto pra poder sussurrar.

- Não se apresse, não podemos... Não aqui. – Empurro ele, o fazendo sentar no sofá, dou um selinho nele. – Boa noite Feh. 

Notas finais :)