Capítulo 5 - O que você viu nele?
Acione o alarme
Eu aguentei isso por muito tempo
Mas eu vou ficar louca se te ver com outra garota
Acione o alarme Eu aguentei isso por muito tempo
Mas eu vou ficar puta se te ver com outra garota
Ring The Alarm, Beyoncé
Angel Wolff's point of view
O professor nos libera mais cedo. Quase solto fogos por isso, sou uma das últimas pessoas a sair da sala, Skylight sai da sala com um sorriso de palhaço assassino na cara depois que o crush dela o Felipe, aceitou sair com ela, também ela sempre insistiu e ele nunca aceitava. Felipe me surpreendeu com o tamanho de sua burrice, sair com uma pessoa que já foi passada por a maioria das mãos desse colégio, é muita coragem... Espera isso pode ser ruim para ele mais vai me causar muitas risadas.
Visto uma calça moletom por cima do shorts de ginástica (ou calcinha, porque é o que parece ) devidamente arrumada saio. Vejo Jess a alguns metros a frente de mim, sentada no banco em frente a escola. Sexta-feira teríamos uma festa de Halloween, mas o grande problema é que eu não tenho fantasia e nem dinheiro. Mas eu vou, nem que eu vá pelada... pera eu não faria isso.
O celular vibra e na tela surge o nome de Tio Pedro, abro a mensagem :
“Oi Angel, queria te pedir um favor, será que poderia cuidar da Larissa na sexta-feira pra mim e sua tia? ”
Pego o celular digitando uma resposta:
Eu: Por que o Felipe não cuida?
14:50
Tio Pedro: Ele tem uma competição de matemática na segunda-feira e vai estudar a noite inteira.
14:53
Eu: Posso cuidar mas só até as onze.
14:54
Tio Pedro: Voltaremos antes não se preocupe, eu vou pagar.
15:00
(Você está off-line)
Guardo o celular no bolso da calça e corro até Jess, ela está concentrada demais em Matt Davis - O garoto cujo ela é completamente e perdidamente apaixonada. - ela nem percebe minha presença, ajeito a alça da mochila nos ombros.
— Deveria falar com ele. — comento e ela se assusta.
— Ta louca? Não chega assim — Ela diz com a mão no peito.
— Foi só um pequeno susto. —Falo pegando dinheiro para comprar um Hot dog.
— Da próxima vez te dou uma voadora — Ela diz, levantando a perna na altura do meu rosto.
Pago o senhor e entrego um Hot dog pra ela.
— Cala à boca e come, Karete Kid. —brinco.
Ela estava prestes a morder o pão, mas para me responder.
— Do que me chamou? —Ela pergunta —Eu queria saber de onde você tira essas coisas.
Bato com o dedo indicador na cabeça.
— Dentro da sua cabeça só tem merda mesmo — ela zomba.
— Falando em merda... tu não vai acreditar quem aceitou sair com a Skylight. — Comento.
— Quem? — Ela não olha pra mim, mais assim que digo o nome Felipe.
Ela para de comer e me encara com a boca aberta e sem reação, queria rir de sua cara. Mas preferi prender o riso.
– Só não entendi porque ele aceitou já que ele sempre fugia. — dou de ombros
— Eu tenho uma teoria...mas prefiro guardar para mim.
Melhor mesmo, porque todas as teorias de Jessica são sem nexo.
[...]
Pedi o dinheiro do meu pagamento adiantado e na sexta-feira atarde fui as compras. O shopping é bem perto da minha casa, então posso ir de skate. Em quinze minutos estou diante do shopping, entrego Charlie (nome carinhoso do meu skate) para o segurança. Pego o papel onde anotei o nome da loja que Jess me indicou, mas antes comprei um milk-shake. Ando um pouco até que encontro a loja, na frente tem um manequim vestido com uma roupa de enfermeira zumbi. Me apaixonei.
No instante em que entro a primeira pessoa que vejo é Skylight, ela e suas seguidoras. Que droga, será que tenho que encontra-la em todo lugar?
Estou perto delas então posso escutar o que elas dizem.
— Conta como foi? — Sofie pergunta a Skylight.
— Ai o Fe é tão maravilhoso, agente se beijou dai ele começou a me acariciar...
Eca! Detalhes sexuais dos dois.
— Com ele foi como se fosse a primeira vez. — Ela diz, e as duas suspiram.
Como se não tivesse dado para maioria da escola.
— E vocês vão sair de novo? —Dessa vez quem perguntou foi Kate.
— Claro, estamos praticamente namorando — Skylight diz com convicção.
Não creio! O Felipe com ela? É o Apocalipse. Saio de perto ainda sem acreditar que os dois... não quero nem pensar nisso. Meus pensamentos são interrompidos quando a vendedora se aproxima.
— Oi Boa tarde deseja algo em especial? — Pergunta ela com um sorriso meigo no rosto.
— Sim, eu queria provar a fantasia do manequim. — Peço apontando para a boneca de plástico.
— Vou trazer só me diz seu tamanho.
[...]
Volto para minha casa e deixo as compras no meu quarto, depois de tomar banho e me arrumar, vou para casa da Família Santos. Assim que sou recebida, Larissa vem em minha direção e me abraça, retribuo o afeto um pouco sem graça . Tia Sandra me da todas as instruções para cuidar de Larissa e depois beija a bochecha da pequena ao meu lado, ela fica de frente pra mim e me abraça... é estranho mas é confortante como quando meu pai me abraça. Gostaria que minha mãe me desse abraços assim. Eles cruzam a porta e e saem. Larissa sorri pra mim e agarra meu pulso me puxando até seu quarto, sento na cama e ela pega uma caixa de papelão recheada de bonecas. Pego uma barbie e um ken e começo a contar uma história.
— E o Ken morre! — Digo,
por fim.
— NÃO! —Grita ela.
De repente Felipe surge no quarto todo descabelado vestindo apenas uma calça moletom. Desde quando ele tem esse abdômen? Ele me olha, ficando ereto e arruma o cabelo com pressa. Sorrio daquilo, até parece que se importa com o que vou pensar sobre sua aparência.
— O que aconteceu? —ele pergunta se agachando na altura de Lari.
— O ken morreu — respondo — Vítima de um acidente.
Tento não rir daquilo.
— Mas ele não pode morrer. — Diz Larissa com a voz de choro.
Definitivamente não levo jeito com criança. Larissa olha o Ken desfalecido no chão. O Felipe revira a caixa e de lá tira uma varinha rosa com uma estrela na ponta. Ele da um giro no lugar.
— O mago irmão mais velho tem a solução — ele toca o boneco com a ponta da varinha. — E ele volta a vida.
Larissa sorri. Pensando bem ele é um bom irmão... quer dizer ele pode até ser, mas isso não me faz gostar dele.
— Felipe irei sair as onze ou antes está bem? preci... —Começo a falar mas ele me interrompe.
— Mas meu pai vai chegar depois. Onde você vai? —ele pergunta, que intrometido.
— Não que seja da sua conta, mas como estou num dia bom vou te responder... vou a uma festa com Tyler e preciso sair mais cedo pra poder me arrumar. — Respondo enquanto penteio o cabelo de Lari com os dedos.
Ele se cala por um tempo, eu sinto a garganta seca então desço para tomar água e ele me segue. Que garoto insuportável. Entro na cozinha, pego um copo na escorredeira e encho com água gelada. Me escoro na pia, Felipe cruza os braços e se apoia no batente da porta, ele me encara confesso que seus olhos verdes me deixam sem graça. Suspiro e falo sem paciência.
— Fala! — Brado.
— O que você viu nele? No Tyler? —ele pergunta com desdém enrrugando a testa.
Sorrio com sarcasmo e coloco o copo na pia. Ando até Felipe e fico cara à cara com ele.
— E você o que viu na Skylight? — Devolvo a pergunta no mesmo tom.
— É diferente. —Ele diz apontando o dedo pra mim.
— Tem razão é bem diferente! — Digo irritada e o empurro com raiva contra parede. Estou pronta para virar e sair dali, quando sinto sua mão circular meu pulso e ele me puxa, nossos corpos se colam com o impacto. Felipe não diz nada, sua respiração bate em meu rosto... está acelerada, assim como minha. Ele olha para os meus lábios e consequentemente faço o mesmo. Tão rosados e convidativos.
— Por quê? —ele pergunta em um sussurro.
Me acordo do transe. E me separo dele.
— Tyler e eu somos amigos e você está namorando a Skylight.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.