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História Combinação Perfeita - Capítulo Único;


Escrita por: sebaekdreams

Notas do Autor


AMAAAAAAAADOS!
Passando por aqui (não é para atualizar NTS, obviamente) para deixar uma fanfic curtinha e bebê que fiz na seleção de escritores do Sebaek Dreams.
Espero que vocês gostem e que participem do projeto também.
Obrigada à @dechets pela capa!

Boa leitura \o/

Capítulo 1 - Capítulo Único;


— Macarrão… — Um “ok” foi adicionado ao lado do item escrito em um pequeno pedaço de papel, enquanto um carrinho era empurrado preguiçosamente pelo grande corredor de massas, molhos e temperos. — Você pegou o arroz? — A pergunta foi direcionada àquele que guiava o carrinho, enquanto a lista era minuciosamente conferida pela pessoa que falava.

— Achei que você pegaria. — Um dar de ombros foi o suficiente para que os pés maiores parassem a caminhada rumo ao próximo setor. — O que foi? — O carrinho também foi parado, ao mesmo tempo em que quem guiava-o virava levemente a cabeça para trás, a fim de encarar melhor o parceiro.

Os olhos do maior ali presente estreitaram-se até formarem pequenas fendas, observando o outro de maneira ofendida e acusadora. O mais baixo voltou a dar de ombros, caminhando até o final do corredor e pegando o que havia sido requerido, tudo com o pretexto de não arranjar mais uma briguinha boba na semana — embora o menor admitisse que aquela era a parte mais gostosa da relação.

— Satisfeito? — indagou com um pinguinho de ironia na voz, só para ver o namoradinho inflar as bochechas e resmungar baixinho. Ao contrário do que esperava, o outro não se mexeu, permanecendo no lugar com a pequena lista de compras entre os dedos finos. — Isso é sério, Oh Sehun?

Não obteve resposta imediata, apenas um olhar – novamente – acusador e ranzinza. Por vezes, Oh Sehun assemelhava-se a um velhinho rabugento, o que não o deixava menos bonitinho. Os olhos puxadinhos conferiram a lista pela quinta vez de forma um tanto desinteressada, o que era como um atestado de que ele apenas queria bancar o difícil.

Oh Sehun nunca dava o braço a torcer. Logo, Byun Baekhyun não estava surpreso.

— Você anda muito estressado, sabia disso? — Era uma pergunta retórica, apenas para descontrair aquela manhã de domingo, mas a cara nada amigável que Sehun fez deu a certeza de que o maior seria capaz de atirar uma lata de ervilhas em Baekhyun a qualquer momento.

Byun Baekhyun e Oh Sehun se conheceram no cursinho preparatório para o exame nacional e, como em todo clichê, foi implicância à primeira vista. O mais alto era muito inteligente e a notinha máxima que tirava em toda redação irritava tanto o Byun, que altos palavrões eram direcionados mentalmente ao outro. Claro que Sehun não ficava para trás no quesito de “enviar ódio e vibrações negativas ao coleguinha”, e sempre desejava que o lápis de Baekhyun quebrasse no meio da prova, que sempre era impecavelmente respondida e quase gabaritada.

O ódio sem sentido dos dois durou até uma sexta-feira de agosto, quando Oh Sehun apareceu na sala de aula vestindo uma camiseta com os dizeres “I think inside the box because it’s bigger on the inside”. A bendita camiseta fez com que uma borracha imaginária fosse passada em qualquer impressão que Baekhyun pudesse ter dele anteriormente, porque, no final da aula, tudo o que o baixinho conseguia pensar era que precisava ser amigo daquele cara.

Byun Baekhyun sempre foi uma pessoa de extremos.

A aproximação estratégica do mais baixo não foi muito sutil, porque, na segunda-feira, ele simplesmente chegou em Oh Sehun e perguntou se o menino gostava de Doctor Who. Surpreendentemente, aquilo pareceu dar certo e os dois passaram de inimigos nos simulados de exatas e humanas para amiguinhos que iam um na casa do outro maratonar o seriado.

Aquela aproximação toda e os gostos mais parecidos do que imaginavam fizeram com que um calorzinho gostoso logo se instalasse no peito um do outro quando os pensamentos viajavam demais para a fisionomia e as qualidades alheias. Logo, não foi surpresa alguma quando as palavras tornaram-se veladas de carinho ao conversarem e uns beijinhos furtivos fossem trocados no final da aula.

E foi assim que um pedido de namoro surgiu, dito aos gaguejos por um Baekhyun nervoso e aceito por um Sehun de bochechas coradas. O pessoal do cursinho até pensou em fazer uma festinha em comemoração, porque Sehun e Baekhyun finalmente parariam de brigar.

Bem… mais ou menos, não é mesmo?

As briguinhas infantis pelas notas continuaram a ocorrer, mas com um tom brincalhão presente nas implicâncias, que sempre terminavam em sorrisinhos cúmplices e beijos roubados das bochechas vermelhinhas de Sehun. Baekhyun não podia ser culpado por esse último item, já que ninguém mentalmente saudável resistia às bochechas adoráveis de seu namorado.

O namoro movimentado seguiu por quatro anos, até que a decisão de morarem juntos fosse dada por Baekhyun. Foi meio inevitável, já que os dois viviam grudados e Sehun ficava mais na casa do menor do que na dele.

Assim, os “trapinhos” foram juntados e o casal passou a morar no mesmo apartamento, embora Sehun dormisse na casa da mãe dele uma vez na semana, afirmando que não queria que ela se sentisse sozinha pelo único filho sair de casa. Aquela velha mequetrefe nunca havia ido com a cara de Baekhyun, então ele sempre resmungava quando era jogado para escanteio.

O primeiro mês passou como em um piscar de olhos e logo a geladeira com os suprimentos ficou praticamente vazia. Pensando que deveria fazer compras, Baekhyun teve a brilhante ideia de acordar Sehun naquela manhã de domingo para que os dois fossem juntos realizar a tarefa doméstica.

Primeiro grande erro do Byun.

Ninguém em sã consciência deve acordar Oh Sehun, a menos que queira o relógio de cabeceira sendo jogado em sua direção. E, bem, foi exatamente isso que aconteceu quando o mais baixo chamou o namorado, caprichando no carinho e nos cafunés.

Sehun era um ingrato e agora Baekhyun desfilava com um hematoma na testa pelos corredores do supermercado. Tudo bem que o maior havia pedido desculpas, enchendo o lugar atingido com beijinhos, mas aquilo não mudava o fato de que o machucado estava doendo para caramba.

— Vamos lá, Hun… — Baekhyun incentivou animado, parando ao lado do namorado e colocando os dedos nos cantinhos da boca alheia. Fez um movimento sutil para erguê-los e formar um sorrisinho, arrancando uma risadinha boba de Sehun. — Bem melhor assim! Está com essa cara de dor de barriga desde que te acordei e aquela menininha na entrada chegou a ficar com medo de você — disse um tanto pensativo.

— Eu não… — Sehun tentou dizer, visivelmente ofendido.

— Você sabe que sim, chuchu.

— Esse apelido é horrível. — Perdeu o foco para informar.

— Eu gosto. — Deu um sorrisinho irritante. — Mas, enfim, vamos terminar as compras. Nós ainda temos que almoçar na casa da sua mãe... — Lembrou, completamente entediado. — Aquela velha rabugenta — completou baixinho, mas foi claramente ouvido por Sehun.

— O que você disse, Baekhyun? — Sehun estreitou os olhos, desconfiado, mas o namorado apenas caminhou de volta até o carrinho e começou a seguir pelo corredor onde estavam. O maior foi atrás muito interessado em saber o que Baekhyun tinha a dizer em sua defesa.

— Ah, o que eu posso fazer? Sua mãe nunca gostou de mim.

— Ela implica porque você foi naquele almoço de família usando pochete, sabe muito bem disso — informou, perdido em pensamentos, enquanto viravam o corredor e entravam na próxima seção.

— Espera… O quê? — Baekhyun parou o carrinho no meio daquele novo corredor. — Você está dizendo que sua mãe não gosta de mim porque eu usava pochete? — concluiu em um tom de dúvida, sem acreditar.

— Ela não gosta de você porque você usa pochete. — Sehun prontamente corrigiu. Aquela sentença não possuía nada no passado. Definitivamente não. — Você sabe como ela é severa com todo esse negócio de moda — completou.

— Que absurdo! — proferiu alto e indignado, vendo uma mulher mais velha com um carrinho menor passar ao lado deles.

Sehun começou a falar que Baekhyun deveria respeitar sua mãe e parar imediatamente de usar pochete, porque aquilo era a coisa mais cafona que inventaram, mas o mais baixo estava muito ocupado em namorar a prateleira de chocolates no final do corredor. Apressou-se naquela direção, sem nem perceber que cometia seu segundo grande erro com Sehun — que era deixá-lo falando sozinho —, chegando meio afobado no lugar mais gostoso do supermercado.

Estava colocando seu chocolate favorito dentro do carrinho quando sentiu uma presença pesada bem pertinho de onde estava. Virou-se para trás lentamente, dando de cara com o rosto bonito do namorado transformado em uma careta de desgosto.

— O que pensa que está fazendo, Baekhyun?

— Pegando uma barrinha linda de chocolate? — respondeu em tom de dúvida.

— E posso saber o porquê de estar pegando Diamante Negro?

— Porque é o chocolate que eu mais gosto, ué.

— Não, não. Pode ir largando.

— O quê? — indagou meio assustado. — Por quê?

— A gente vai levar Lacta branco — informou como se não fosse nada. Aquilo era uma tragédia!

— Nem vem com essa imitação barata de chocolate. Na minha casa isso não entra.

— É o quê? — Provavelmente Sehun teria partido para a agressão se uma mulher não estivesse passando com um garotinho ao lado deles. Oh Sehun levava muito a sério aquela história de chocolate.

— Vamos ser realistas, Hun, isso aí nem chocolate é. — Não bastasse a reação de Sehun de quem levou um tiro no coração, Baekhyun teve que completar a desgraça. — Esse negócio é feito com a gordura do cacau, não com a fruta em si. Então, tecnicamente, não poderia ser classificado como chocolate.

Maldito Byun Baekhyun e sua formação em gastronomia!

— Não me interessa. — Resolveu ser infantil. — A gente vai levar o branco.

— Não, bebê. A gente vai levar Diamante Negro.

— Larga essa barra de chocolate, Baekhyun — disse ameaçador.

— Nem morto.

— Mesmo? — Foi um pouco psicopata ao falar? Talvez.

Baekhyun ia retrucar, mesmo com a possibilidade de Sehun fazê-lo engolir a barra de chocolate que segurava. Ele definitivamente ia correr o risco. Poderia sim ter batido na tecla da teimosia, mas algo chamou sua atenção. Havia outro tipo de chocolate na prateleira que encontrava-se um pouco atrás de Sehun e o mais baixo não pensou duas vezes em pegar uma barra e mostrar ao outro.

— O que é isso? — Oh Sehun parecia um pouco confuso.

— A solução divina para os nossos problemas. — Baekhyun sorriu. — O seu chocolate favorito e o meu em uma barra só.

— Uau, que coisa inteligente. — O mais alto parecia realmente impressionado. — É a combinação perfeita, tipo eu e você — concluiu enquanto as bochechas ficavam rosadas de uma forma impressionante.

— Essa é a coisa mais fofa que você disse desde que começamos a namorar. — Sehun já estava pronto para discordar, mas os argumentos ficaram presos na garganta quando Baekhyun acabou roubando um beijinho dele; bem ali no meio do corredor.

— N-Não faça isso aqui! — protestou, olhando desesperadamente para os lados. Felizmente não havia mais ninguém no corredor.

— Desculpe — pediu, falsamente arrependido, vendo com gosto como as bochechas de Sehun não perdiam tão facilmente a cor rosinha que adquiriram. — Certo. Vamos logo terminar as compras para aturar o almoço na casa da sua mãe.

Sehun ia começar, provavelmente, mais uma briguinha onde pedia pela milésima vez mais respeito quando o assunto se tratava de sua mãe, mas parou imediatamente quando viu a mãozinha do namorado esgueirar-se para pegar um produto em particular na prateleira mais ao fim do corredor.

— Larga essa lata de Toddy agora, Baekhyun — ditou, muito mais ameaçador do que antes.

— Por quê? — indagou confuso.

— Lá em casa só entra Nescau.

—  Sem chance!

Sehun arqueou uma das sobrancelhas e Baekhyun percebeu que mais alguns minutinhos no supermercado seriam necessários. Mas estava tudo bem, afinal, era daquele jeitinho torto que eles funcionavam.

Era exatamente daquela forma que se completavam.


Notas Finais


É isso aí!

Se alguém quiser deixar um recadinho no meu Sarahah: https://pinkimita.sarahah.com/
Mensagens no curiouscat são bem-vindas: https://curiouscat.me/kimita

Kissus mega purpurinados da Tia Hee <333

(Perdão a demora D:)

Edit: fanfic betada e revisada por ifrost


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