ALLYSON’s POV.
Estiquei meu braço, sentindo o lado direito da cama vazio. Suspirei, virando na cama, sentindo seu perfume exalar pelo quarto. Sorri levemente, agarrando o travesseiro.
- Tudo isso é saudades de mim? - aquela voz, em um tom sarcástico e brincalhão, adentrou meus ouvidos, me fazendo sorrir involuntariamente.
- Sonha. - murmurei ainda de olhos fechados, me mexendo vagarosamente na cama.
- Tenho que ir. - falou e eu pude senti-lo sentar na cama. Abri minimamente meu olhos e ele calçava o par de tênis. Justin se levantou e parou de frente ao espelho, passando a mão no cabelo.
- Ficar aqui sozinha é chato. - falei manhosa. - Porque não fica hoje?
- Não posso. - falou, virando-se para sair.
- Então tchau, né?! - murmurei, levantando da cama e me enrolando no lençol branco.
- Eu vou logo. - deu de ombros, me puxando pela cintura, e com o susto o lençol se desgrudou de meu corpo, fazendo-me ficar nua. - E isso é um ótimo incentivo. - sorriu malicioso, mordendo os lábios, e ei revirei os olhos. Ele selou nossos lábios em um beijo voraz, que logo foi quebrado pelo som de seu celular tocando. - Volto logo. - repetiu ofegante, me soltando, e seguindo para fora do quarto.
Assim que Justin saiu pela porta suspirei e segui meu caminho até o banheiro. Estava exausta. Tomei um banho rápido e me troquei, descendo para tomar café em seguida. Rose havia posto uma mesa farta e tentadora, porem eu não estava com muita fome. Comi uma coisinha rápida e segui para o jardim. Aquele lugar era incrível.
- Allyson. - virei-me para observar quem me chamara.
- Ahh Matt. - sorri. - Não saiu hoje?
- O Justin não queria que eu fosse junto. - deu de ombros e eu assenti, voltando a caminhar ao seu lado. - Como está? - perguntou, enquanto chutava uma pedrinha, descontraidamente.
- Bem, eu acho. - dei de ombros. - E você? - o encarei por breves segundos.
- Legal. - sorriu de lado, me deixando boba. Ele é lindo, isso não podemos negar. E me atrai muito também. - Eu estava pensando... Podíamos ir tomar um lanche ou ir ao cinema. - falou agora atento a mim.
- Justin não permitiria que eu saísse dessa casa. - murmurei, encarando meus pés em movimento.
- Se me permite perguntar... - começou todo educado como sempre. - o que é de Justin?
- Não sei... - fui sincera, após alguns minutos pensando em uma resposta concreta. - Uma puta barata talvez. - murmurei, sentindo meus olhos queimarem por conta das lagrimas que queriam descer.
- Hey! - Matt chamou minha atenção, parando e me virando para ele. Seus dedos passaram delicados por meu rosto, causando-me um pequeno calafrio, e param em meu queixo, que foi pressionado para cima, forçando-me a olha-lo. - Não fale assim. - continuou, sorrindo docemente. - Você é a garota mais especial que já conheci. Não pode ficar se menosprezando desse modo. - um sorriso fraco nasceu em meus lábios, junto a suas palavras doces.
- Obrigada. - murmurei quase inaudível.
Seus braços passaram por meu corpo, de maneira acolhedora e me puxaram para mais perto de si. Passei meus braços por sua cintura, deixando que seu cheiro invadisse minhas narinas, deixando-me calma.
Eu não conseguia acreditar que Matt e Justin tinham o mesmo sangue. Um trata as mulheres como lixo, o outro é um verdadeiro cavalheiro. Cada um tem seu jeito diferente, que me deixa completamente encantada, porem, não consigo sentir nada além de carinho por Matt. Talvez atração, mas para ai. Ás vezes seus sinais indicam que para ele nossa amizade significa algo a mais, mas não irá avançar. Não mesmo!
Após longos segundos abraçados, ele me soltou e voltamos a caminhar pelo jardim em uma conversa animada sobre esportes e séries de TV. Nem parecia que eu estava mal há segundos atrás.
JUSTIN’s POV.
- Vamos adiantar. - falei sério.
- Está louco? - Ryan exclamou. - Era ora ser no fim do mês, teríamos tempo para terminas às simulações, estudar a planta. Eu conseguiria todas as senhas necessárias.
- Foi você que acabou de falar: “Daqui a uma semana a segurança ficará mais rigorosa e o sistema mudará.”. Se esperarmos mais, todo o plano vai pra puta que pariu.
- Verdade. - Chaz concordou e Ryan permaneceu quieto, pensando.
Eu sabia que sua cabeça estava fervilhando com tudo que podia acontece e tudo que precisaríamos adiantar, ou deixar de fazer, para conseguir fazer esse assalto antes do sábado. Mas, ou era isso ou teríamos que esperar mais três ou quatro meses para realizar outra ação. Levamos tempos para descobrir todas as câmeras, boa parte das senhas, nomes de magnatas que depositam seus bens lá. Tudo iria por água abaixo assim que trocassem o sistema e reformulassem os métodos de segurança.
- Um dia para simulações e para você conseguir entrar no sistema daquela porra. - falei. - Veja o ritmo do banco e o melhor horário para agirmos. - mandei. Abri um dos armários que ficavam naquele galpão e peguei alguns dos mapas necessários para as rotas de fuga. - Já marquei a nossa rota de fuga. - estiquei um dos mapas em cima da cumprida mesa de vidro. - Seguimos para a saída 68 da rodovia interestadual 75. Fica mais fácil despistar a policia em um lugar mais movimento, e em plena sexta-feira aquilo vai estar lotado por conta dos shoppings. Vai dificultar o trabalho deles, e ajudar no nosso. E teremos boa vantagem, já que eles demoraram alguns minutos para descobrir o roubo. Depois é só vir pra cá, contar o dinheiro e explodir tudo.
- Chris e Jaden farão a simulação ainda hoje. - Ryan falou, entrando no clima.
- E cadê o porra loca do Jaden? - perguntei, percebendo a ausência dele.
- Foi fazer umas ligações. - Chris sorriu maroto.
- O que estão planejando? - Chaz perguntou rindo.
Antes que Christian pudesse responder, Jaden adentrou o local com um sorriso convencido no rosto.
- Consegui. - balançou a cabeça positivamente para Chris, que assentiu.
- Conseguiu o que caralho? - perguntei irritado.
- Eu estava esperando ter certeza de algumas coisas para falar. - Chris começou. - Tom tem um cofre...
- Conte a novidade, Sherlock! - Chaz interrompeu.
- Continuado. Tom tem um cofre no Banco central. Eu consegui descobrir a ala e o numero de inscrição do cofre dele.
- Tamo fazendo o que aqui? - me empolguei com a ideia de roubar aquele filho da puta.
- Calma... Para entrar no cofre é preciso um cartão magnético e as digitais dele. - revirei os olhos.
- E... Eu sei de um jeito de conseguirmos as digitais, já que o cartão magnético é o mesmo para todas as portas. - Jaden se pronunciou e o encarei ansioso, mandando que ele continuasse. - Coloquei homens para vigiar a casa que Ryan conseguiu identificar como do Tom. Sabemos cada passo dele.
- E como eu não sabia que já tinham identificado a casa? Pelo que eu sei só sabíamos que era aqui perto. - falei irritado.
- Nós sabíamos que você ia querer meter os pés pelas mãos e acabar com tudo. - Ryan deu de ombros.
- Em fim... - Jaden continuou. - Descobri que toda noite Tom vai para uma mesma boate. Que, coincidentemente, está no nome dele.
- Muitos furos para um homem que quer ser invisível. - Chaz comentou.
- Pois é. - concordei. - Finalmente estamos conseguindo bolas a fora dele.
- Continue Jaden.
- O lugar é cheio de seguranças espalhados, porém, mais fácil de chegar perto dele. Basta conseguirmos um copo no qual ele segurou. Pronto, teremos as digitais.
- E você acha que as digitais de um copo dará certo para abrir um cofre? - Ryan perguntou.
- Cara, é só usarmos aquele plástico que usam nas séries, até consegui alguns deles. Coloque aquilo no copo e teremos a palma daquele desgraçado.
- Séries? Jaden acho que seu cérebro esta diminuindo. - Ryan debochou. - No copo daquele cara deve ter um milhão de digitais. Tanto dele como das vadias que pegar no copo para encher.
- Mas podemos tentar. Ou é isso ou não entramos no cofre dele. - Jaden deu de ombros.
E não é que ele tinha razão?
ALLYSON’s POV
Eu e Matt passamos a tarde andando pelo extenso terreno do qual Justin é dono. Aquilo é enorme, deixou-me impressionada. Voltamos andando pela porta da frente, mas assim que percebemos que havia visitas - devido aos carros estacionados no jardim -, resolvemos entrar pela porta que dá acesso direto á cozinha. Rose não estava, devia estar arrumando os quartos, ou estendendo roupas. Então, resolvemos fazer um sanduiíche por conta própria. Matt não era nada mal na cozinha, na verdade ele era ótimo.
- Dude, tem certeza disso? Você ir de frente ao Tom é perigoso. - a voz preocupada de Ryan ecoou por meus ouvidos. Eles conversavam na sala. Parei ao lado da porta da cozinha, mesma que dava passagem á sala, e colei-me mais a porta. - Sabe o tanto de homens dele existem naquele local? É o território dele.
- Eu preciso das digitais, porra! - Justin deixou sua voz sair forte e rouca, como sempre arrogante.
- E como vai conseguir? Com aquele plano que Jaden armou? Por que acha que somos nós que armamos os planos, e não aquele idiota?
- Ryan, vai dar certo. Eu entro e pego um copo do qual ele bebeu e trago. Amanhã entramos em ação.
- Cara, eu to te falando que é melhor alguém desconhecido. Assim que ele vir a sua cara, ou mete bala ou manda ficarem em alerta. O cara é cobra criada, pronto para dar o bote e sair por cima de qualquer um.
- Ahh, claro! - sarcasmo pingava a cada palavra proferida por Bieber. - E quem seria? Pelo que eu sei ele conhece todos vocês e eu não confio nem na minha própria sombra, como em um desconhecido?
- Não cara! Mas alguém que conhecemos deve servir. - Ryan rebateu pensativo.
- Ally! - Matt chamou-me, cutucando minhas costelas. - O que está fazendo?
- Eu... É... - várias coisas passavam pela minha mente, e uma delas era que eu poderia ser a pessoa desconhecida para pegar as digitais de quem quer que fosse. Eu precisava de adrenalina e isso poderia ser uma boa. - Calma. - pedi, esticando a mão em seu peito. Abri a porta, chamando a atenção deles.
Matt veio logo atrás.
- Eu posso ajudar. - sorri abertamente.
- Ajudar no que? Está louca? - Justin perguntou.
- A pegar as digitais. Sou a pessoa perfeita. - Justin riu porem Ryan permaneceu quieto, com a mão no queixo, pensando. - Pense, ninguém me conhece, sou ágil, sabe que consigo, e preciso fazer alguma coisa antes de enlouquecer nesse lugar. - falei.
- Ally, o que está fazendo? - Matt parou ao meu lado, cochichando em meu ouvido.
- Allyson você está louca? - Justin perguntou sério, me encarando sem expressão no rosto.
- Não... Não... - Ryan murmurou pensativo, e logo pareceu voltar a Terra. - Ela tem razão. - sorri abertamente. - Ela é neutra, pode agir e ninguém desconfiará. - falou sorrindo como se tivesse tido uma brilhante ideia. - É isso! A Ally vai no seu lugar. Vai ser bem mais fácil.
- Não! - Justin protestou. - Não a quero envolvida nos nossos esquemas. - bufei.
- E quem disse que você tem que querer? - perguntei irritada. - Eu faço e ponto, que saco.
- Você está querendo ficar trancada naquela porra de novo? - perguntou entre dentes e eu dei de ombros.
- Vai Ryan, diz o que eu preciso fazer. - ele encarou Justin que estava carrancudo, me fuzilando com os olhos. - Por favor. - pedi a ele, vendo que qualquer coisa ali só seria feita com sua aprovação.
- Você não sabe no que está se metendo. Se algo der errado Tom te mata. - falou, tentando manter a calma.
- Você não vai deixar. - apelei para a fofura, ele e Ryan riram de leve. - Por favor.
- Faça o que você quiser. - deu de ombros, seguindo para o andar de cima.
- Acho melhor ir conversar com ele, amanhã venho mais cedo para explicar o plano, ainda tenho que pensar em detalhes. - assenti e ele saiu.
- Você está ficando louca? - Matt perguntou, assim que ficamos sozinhos.
- Não é loucura. - dei de ombros. - Vou ir falar com ele. - ele assentiu, soltando o ar de forma pesada.
Subi as escadas e segui direto para o quarto de Justin. Abri a porta devagar, e ele não estava no quarto. Suspirei levemente e deitei em sua cama, com certeza estava no banho. Esperei por alguns minutos, pensando em como seria amanhã.
- O que quer? - ele perguntou, saindo do closet e se deitando ao meu lado de bruços.
- Quando... - apontei para a porta do banheiro com o cenho franzido. - Deixa pra lá. - balancei a cabeça. - Não fica desse jeito, por favor. - pedi, passando a mão por suas costas nuas. - Eu tomarei cuidado.
- Não te quero no meio dessas coisas. - murmurou, fitando meu rosto de frente ao seu.
- Jus, você precisa de ajuda, eu apenas ajudarei.
- E se algo te acontecer?
- Está preocupado? - perguntei e ele riu fraco negando. - Esta sim! - falei rindo. - Ta vendo? Logo admitirá que me ama. - zoei e ele riu.
- Nunca admitirei uma mentira. - falou e aquilo me deixou mal, mas disfarcei rindo fraco.
- Bom ninguém me machucará. - fiquei de barriga para cima. - Você me protegerá caso algo acontecer. - murmurei fitando o teto.
- Não perderei uma vadia tão boa de cama. - sussurrou em meu ouvido.
- Já falei que não sou uma de suas amiguinhas. - falei séria. - Não me chame assim.
- Ui, ela tá bravinha. - brincou, montando em cima de mim. - Você fica muito sexy assim. - beijou meu pescoço e deu um chupão.
- Você é um idiota. - murmurei, o empurrando.
- E você é muito marrenta. - ele riu. - Agora, vamos foder. - ri da cara de pau dele.
- Você, definitivamente, é um idiota.
- Ainda sou seu dono, me respeite. - falou e eu gargalhei.
- Meu dono? Faça-me um favor, Bieber! - bufei, levantando da cama.
- Aonde você vai?
- Para algum lugar longe de você. - dei de ombros, saindo do quarto.
- Matt! - ele entrava no quarto e parou assim que me viu. - Vamos assistir a um filme? - perguntei.
- Eu ia dormir, mas tudo bem. - deu de ombros, passando o braço por meus ombros.
JUSTIN’s POV.
Allyson é uma filha da puta! Como ela pode querer se meter nesse meio? E pior, como ela pode passar por cima de mim numa boa daquele jeito e eu permitir? Se fosse com outra eu já teria estourado rodos os dentes da boca, apenas por chamar-me de idiota, mas não, com essa pirralha tudo tem que ser diferente. Nem eu sabia o que diabos estava acontecendo comigo. Eu não estava transando com mais nenhuma vadia, não estava tão violento quanto antes, e estava deixando ela me tratar como bem entende. Aquele definitivamente não era eu. Aquele não era o Justin Bieber rei das ruas de Atlanta. Aquele era um bichinha sem pulso firme.
Não a quero envolvida no meio dos meus esquemas, não por que a acho desqualificada - sei que a desgraçada consegue fazer isso -, mas sim por Tom. Aquele lugar estará lotado de homens dele; homens treinados para matar... Não importa se é mulher ou criança. Um deslize dela e ela vai pro saco.
Sim, eu estou preocupado com ela.
E não, nunca admitirei isso para ninguém.
Levantei pronto para ir procurá-la. Queria foder, e não importa se seria com ela ou não, eu foderia alguém. Calcei meus chinelos e sai do quarto. Passei pelo seu para ver se ela se encontrava ali, mas não, estava vazio. Desci as escadas e logo o som da TV invadiu meus ouvidos, fazendo-me dar atenção á sala. Não parecia ter alguém ali, pelo menos não sentado ao sofá. Caminhei um pouco mais para frente e pude ver Allyson deitada de conchinha com Matthew, enquanto assistiam a um filme qualquer. Mais que porra era aquela? Desde quando eles tinham intimidade o suficiente para estarem daquele jeito? E em que momento dei permissão para ela conversar com esse babaca?
Aquilo me deixou com o sangue fervendo em minhas veias. Fechei os punhos e contei até mil para não acabar com aqueles dois. Eu não entedia o motivo daquele acesso de fúria repentino. Respirei fundo e resolvi que não poderia mais pensar naquela garota. Já estava virando obsessão. Mudei meu percurso até a parede. Sim, eu comeria outra vadia qualquer. O barulho que os números emitiam ao serem apertados chamou a atenção dos dois, que se sentaram o sofá, ainda muito próximos, e me observaram.
- O que irá fazer? - Allyson perguntou, com as sobrancelhas arqueadas.
- Foder. - dei de ombros, esperando a parede se abrir por completo.
- Como? -
- Vai se foder. - murmurei, adentrando o corredor escuro e cheio de portas.
- Não acredito que vai fazer isso. - ela já estava parada no inicio do corredor. - Justin, volta aqui! - mandou irritada, parecia vermelha, aquilo era engraçado. - Quer saber?! Que se foda! - gritou, batendo o pé no chão.
Deu as costas e sumiu do meu campo de visão, subindo as escadas principais. Eu já estava no meio daquele corredor, mas, quando vi meu primo subir logo atrás dela, resolvi voltar. Ele não vai se aproximar dela. Não vai mesmo! Coloquei a senha, fazendo a parede se fechar, e corri escada acima. Abri a porta de seu quarto sem bater, assustando os dois, sentados em sua cama.
- Vaza daqui. - mandei.
- O que você quer? Desistiu de ir foder? - perguntou sarcástica, impedindo Matthew de levantar da cama.
- Sai. - mandei entre dentes, vendo o viado parado ali. - Sai logo porra! - mandei exaltado e o mesmo se levantou, depositando um beijo no topo da cabeça de Ally e dizendo algo em seu ouvido.
ALLYSON’s POV.
- Caralho, o que você quer comigo? - perguntei, pegando o celular em cima da mesinha de cabeceira e deslizando meu dedo pela tela, desbloqueando-o.
Justin estava me irritando. Se ele queria tanto comer alguma vadia, porque não me deixava em paz? Era só ele estalar o dedo que outra aparecia, não era?
- Que foi? Agora não vai falar também? - perguntei ao vê-lo ficar em silêncio, apenas me olhando. - Já sei! - parei de olhar para o celular e encarei-o. Ele mantinha uma expressão pensativa no rosto. - Está pensando se fez bem em vir atrás de mim ou se seria melhor ir escolher uma vadia para foder. - levantei da cama, indo até meu closet, escolher um pijama. - Não, porque se essa for a sua duvida, fique a vontade para sair daqui e ir lá. Quem sabe você não escolhe a Candace? Ahh, não... Calma, acho que ela não te saciaria tanto, já que você tem tanto fogo. - eu falava enquanto me trocava. - Acho que a piranha da Mary seria melhor, sabe ela... - calei a boca assim que Justin veio rápido até mim e colou nossos lábios. De inicio eu neguei, ainda em choque pela sua atitude repentina. Após alguns segundos acordei para a realidade e correspondi o beijo. Ele era diferente, mais calmo. Mas não deixava de lado todo o desejo transmitido entre nós. Nossos corpos já estavam quentes. Senti suas mãos entrarem por debaixo do fino pano da minha blusa, a erguendo um pouco, e resolvi parar. Não iria me entregar depois dele jogar na minha cara que podia comer outra e eu que me fodesse. - Justin, chega! Você acha que é só vir aqui, e pronto eu já vou abrir as pernas toda sorridente. Já falei que não sou uma vadia. Se quiser pode ir lá atrás daquelas biscates, mas hoje eu não transo com você.
- Sabe qual é o seu problema? - murmurou em meu ouvido, passando a língua pela cartilagem, fazendo-me morder o lábio inferior com força para não deixar um gemido baixo escapar de meus lábios. - Você fala demais. - mordeu ali, levemente, e começou a descer beijos por minha bochecha, mandíbula, até chegar aos meus lábios, onde ele selou rapidamente, e mordeu o inferior, puxando para ele. - Isso é irritante. - desceu para o meu pescoço, entrando com suas mãos novamente por dentro da minha blusa, indo até minhas costas.
Seus dedos subiam e desciam levemente, causando-me arrepios, enquanto sua boca trabalhava em minha clavícula, deixando leves mordidinhas, alguns beijos e lambidas. Eu estava começando a me entregar.
Allyson Mallette seja forte e resista!
Oh Deus, como?
Esse homem é o caminho para o meu pior pecado, como conseguirei resistir a isso?
Tomei forças, respirando fundo algumas vezes, e coloquei minhas mãos em seu peitoral desnudo, o empurrando para longe de mim.
- Eu não sou assim Justin. Não é com alguns beijos e caricias que conseguirá o que quer. - murmurei meio perdida por ainda sentir o calor de sua pele preso a mim. - Sai do meu quarto. - falei, passando as mãos pelo meu cabelo, tentando reprimir a enorme vontade de agarra-lo que crescia a cada segundo dentro de mim.
- Allyson, pare com isso. - falou, começando a ficar nervoso.
Ele tentou novamente se aproximar de mim, mas eu me afastei.
- Saia do meu quarto, por favor. - pedi, indo até a porta e a abrindo. - Boa noite, tenha ótimos sonhos. - falei séria, e ele me encarou incrédulo. - Vai Bieber! Preciso descansar, amanhã será um longo dia. - ele bufou, saindo do quarto.
- Você é uma filha da puta! - xingou e eu sorri vitoriosa, fechando a porta atrás de mim.
Suspirei, jogando-me na cama e agarrei meu travesseiro, que tinha seu cheiro. Amanhã eu teria que provar a todos que eu não sirvo apenas para abrir as pernas para aquele idiota. Eu também sei agir. Deixarei todos impressionados. Não posso ter medo do que pode me acontecer, apenas pensar nas coisas positivas e manter em mente de que nada dará errado e esse tal de Tom cairá certinho em minhas mãos. Nada falhará!
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