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História Common Denominator - I need your digitais!


Escrita por: SahKatrina

Capítulo 19 - I need your digitais!


Fanfic / Fanfiction Common Denominator - I need your digitais!

Abri os olhos assustada, pensando que realmente estivesse caindo de um avião, e suspirei aliviada ao perceber que era apenas um sonho. Que tipo de pessoa sonha que está caindo de um avião? Bati a mão no criado-mudo ao lado da cabeceira da cama, procurando meu celular e logo o achei. Eram sete horas da manhã. Droga, muito cedo! Escondi o rosto no travesseiro, tentando voltar a dormir, ou tirar um mínimo cochilo, mas não, eu não conseguia. Que merda!

Sentei na cama, passando a mão pelo ninho de passarinho que meus cabelos haviam virado durante a noite de sonhos esquisitos, e logo me pus de pé, pronta para um longo banho e um dia cheio. Levantei de uma vez e, em passos de tartaruga, caminhei em direção ao banheiro. Liguei o chuveiro no modo mais quente que podia, devido ao friozinho matinal de Atlanta, e me despi em questão de segundos, pulando debaixo daquele jato gostoso de água rapidamente. Não fiquei ali por muito tempo, na verdade, foram alguns minutos. Sai, passei alguns cremes hidratantes, e me enrolei em uma toalha branca felpuda e voltei ao quarto, onde escolhi uma roupa confortável e quente, apenas para ficar em casa, até segundas ordens, claro.

Penteei meus cabelos e os prendi em um coque alto e mal feito, descendo em seguida. Como eu esperava o café ainda não estava posto. Eu acordei realmente cedo, pelo menos se for comparar com quem mora aqui - Justin, Matt e a vadia loira -, que acordam depois do meio-dia. Segui direto para o jardim, que se tornara meu lugar preferido nesse lugar, perdendo apenas para o estúdio. A propósito, faz realmente tempo que não vou lá.

Sentei na grama verdinha e gelada, que fez meus pelos se eriçarem, e fiquei admirando o belo e extenso lago. Realmente, ninguém, nunca, desconfiaria daquela casa. Quem pensaria que dentro da mesma varias garotas ficavam presas e que um louco habitava o lugar? Eu nunca pensaria. Pelo contrário, acharia que uma bela e feliz família seria dona do lugar. Porém, por mais estranho que isso possa parecer, aquele lugar me trazia paz. Eu gostava de sentar ali e ficar admirando as fumaçinhas que subiam do lago nas manhas gélidas da cidade, e escutar o vento cortando árvores a fora, junto ao barulho dos animais que vinham da reserva atrás da casa. Era muito verde, tudo natural. Parecia que o homem chegou ali e parou, resolvendo deixar aquele local isento de qualquer tipo de construção ou poluição.

  - O que faz aqui? - não precisei me virar para saber quem era. Logo sua presença ao meu lado.

  - Apreciando a vista. - fechei os olhos, inspirando todo aquele ar puro, para tentar me desintoxicar de tudo.

  - De olhos fechados? - Justin riu fraco.

  - Porque veio perturbar a minha paz? - perguntei, voltando minha atenção para ele.

  - Vingança. - deu de ombros e eu franzi o cenho. - Ontem você não foi muito legal, apenas estou retribuindo o favor. - ri, entendendo o que ele queria dizer.

  - Você é um maníaco. - ele riu.

  - Ryan vem daqui a pouco. - avisou e seu tom de voz mudou completamente, parecia tenso.

  - Ótimo. - sorri de lado. - Estou com fome. - murmurei.

  - Rose já deve ter terminado de por a mesa, vamos. - falou se levantando e estendeu suas mãos, ajudando-me a fazer o mesmo.

Seguimos para dentro da casa, e de longe eu podia sentir aquele cheirinho de panquecas delicioso, mas ao chegar a sala de jantar, entrei uma coisa não tão agradável.

  - Ora, a pequena vadia. - sorriu falsa.

  - Ora, a mestre de todas as piranhas. - retruquei, sentando-me em uma das cadeiras longe dela.

  - Que ótimo clima para um café da manhã. - Justin falou sarcástico, sentando ao meu lado. - Porque está em casa em pleno sábado de manhã? - perguntou a vadia.

  - Minha aula de pilates foi cancelada. - deu de ombros. - Mas, daqui a pouco irei para o shopping. - Justin assentiu, dando de ombros e colocando algumas fatias de bacon em seu prato, junto a ovos mexidos.

Peguei uma taça de salada de fruta e joguei mel e aveia por cima, logo depois me deliciando com aquilo. Minha mãe fazia isso em quase todos os cafés da manhã para mim. Ela sempre foi tão atenciosa e amorosa, mesmo me fazendo pagar alguns micos as vezes, devido a sua vontade excessiva de conhecer meus amigos e se enturmar com todos eles. Eu sinto tanta falta dela. Mas, ao mesmo tempo, também quero ficar aqui. Isso é loucura? Acho que sim, mas deixarei para pensar nisso depois.

Continuei comendo em silencio.

  - Bom dia! - a voz animada de Chris soou pela sala de jantar. Levantei a cabeça o olhando cm um enorme sorriso.

  - Chris! - exclamei. - Bom dia loirinho. - levantei e corri até ele, depositando-lhe um beijo na bochecha.

  - Hey baixinha, como está? - perguntou amoroso, segurando minha cintura e analisando-me dos pés a cabeça. - Ótima pelo que vejo. - dei um tapa em seu ombro.

  - Idiota. - murmurei e ele riu, piscando divertidamente.

  - Justin, preciso falar com você. - falou, voltando sua atenção ao loiro que nos encarava mortalmente.

  - No escritório. - Justin disse, levantando-se da mesa e seguindo a frente dele.

Assim que eles saíram voltei a me sentar e peguei agora um copo de suco, junto a uma torrada.

  - Vejo que também está de olho no novinho. - Ellen falou sorrindo debochada. - Esperta você, querendo conquistar todos os homens a sua volta, só para conseguir imunidade, não é? - abri a boca para falar, mas ela continuou. - Mas, nesse joguinho de sedução, eu sou a melhor. - levantou-se e riu para mim, curvando-se. - Melhor se afastar piveta, isso é jogo para gente grande. - sussurrou em meu ouvido, e logo em seguida soltou uma gargalhada maldosa, deixando o recinto.

Como essa vaca podia achar que eu estava fazendo algo tão... Sujo!

Posso ser um pouquinho manipuladora com Justin, mas é só para que eu consiga sobreviver nesse lugar. Nunca tentaria seduzir Chris ou qualquer outro dos meninos. Que coisa mais escrota!

Não, e pelo que pude ver, é esse o plano dela, porque foi isso que a mesma deu a entender aqui. Como alguém pode ser tão baixa a esse ponto?

Levantei-me da mesa, completamente indignada e sem apetite, e voltei a sala. Não via a hora que Ryan chegasse e me colocasse logo em ação. Não aguentava mais ficar aparada, e sentia que a qualquer momento podia surtar e explodir com alguém que não tem nada a ver com a minha vida. Bem que poderia explodir com a rainha das vadias e meter a mão naquela carinha de porcelana, seria algo realmente esplendido.

Sorri maldosa, apenas em imaginar-me metendo a porrada na cara daquela cachorra. Admito que aquilo me ajudou a me acalmar, e, claro, ficar com mais vontade de espanca-la, mas isso passa. Espero...

Liguei a TV, a fim de me distrair e, realmente, consegui. Uma hora passou-se rápida e despercebidamente por mim. Tirei minha atenção da tela plana a minha frente quando escutei a voz firme de Ryan me chamar, e a brincalhona de Chaz fazer alguma piadinha infame e desnecessária.

  - Oi meninos.

  - E ae, pronta para por meu plano em ação? - Jaden pronunciou-se com a voz carregada em animação.

  - Claro. - sorri.

  - Vamos, vou explicar a todos o nosso plano de ação. - Ryan seguiu para o escritório e todos seguimos juntos atrás.

Justin e Chris param de conversar assim que entramos e logo Ryan começou a explicar os mínimos detalhes, e eu escutei tudo com atenção. Aquilo era incrível e muito elaborado. Bom, quase...

  - De primeira, eu não queria que fizéssemos isso porquê tenho certeza que não dará certo, mas será preciso arriscar. - Ryan começou e vi de canto de olho que Jaden revirou os olhos. - Em fim, é o seguinte. Você precisará chamar atenção dele, precisa fazê-lo confiar em você. Chegará e se oferecerá para ser sua acompanhante. - assenti isso era fácil. Se você seduz Justin Bieber, o resto é fácil. - Depois, basta pegar seu copo e nos entregar. Chris estará no bar, a sua espera, entregue a ele e depois de um jeito de despista-lo. Estaremos dentro de uma van preta logo na esquina, acompanhando você dessa escuta.

  - Qualquer coisa, é só gritar. - Jaden piscou.

  - É fácil. - falei, sentindo meu nervosismo ir embora aos poucos e a confiança de que tudo daria certo me preencher.

  - Nem tanto. - Ryan voltou a falar. - As câmeras. Um grande empecilho para nós. Tem olhos vidrados nelas durante toda a noite e em todos os cantos. Os seguranças sabem de tudo, e em segundos transmitem o que acham suspeitos para os homens espalhados pelo local. Se eles te virem entregando o copo a Chris, no mesmo instante dois ou três homens irão verificar o que está acontecendo. Você terá que ser o mais ágil e discreta possível.

  - E ae, enfrenta tudo isso baixinha? - Chris perguntou sorrindo debochado a mim e eu ri nervosa.

  - É claro. - sim, agora eu estava mais que nervosa. Eles riram menos Justin, que ainda estava quieto, apenas de olho em tudo.

Agora eu sei que terão centenas de câmeras pegando cada movimento meu, isso realmente me faz surtar.

Após mais algumas recomendações bobas e meio desnecessárias, que ocorreram apenas pelo fato de eu ser mulher e ser minha primeira vez dentro dos esquemas, subi para o meu quarto, onde pude me preparar “psicologicamente” para agir. Eu me sentia ansiosa, como se fosse o meu primeiro dia em uma escola nova e eu sentisse medo de conhecer novas pessoas ou fazer novas amizades. Sentei-me a minha cama, colocando a mão na cabeça e tentando colocar meus nervos no lugar. O melhor era começar a me arrumar, por mais cedo que fosse eu precisava de uma roupa perfeita.

Eu tinha que parecer puta, mas ao mesmo tempo certinha, sei que isso atrai os homens. Comecei a tirar um monte de peças a procura da perfeita.

...

Suspirei vendo minha imagem refletida no espelho a minha frente. Eu estava um tanto quanto vadia. E o pior era o frio que estava lá fora. Eu vestia um short minúsculo, junto a um top azul e uma jaqueta jeans sem as mangas, aquilo não era uma roupa confortável, pelo menos não para mim. Bateram na porta enquanto eu terminava de me maquiar, era algo forte.

  - Entra. - mandei e logo Chris adentrou o quarto com algo em mãos. - Novinho. - sorri nervosa. - O que é isso? - perguntei, referindo-me a caixinha em suas mãos.

  - Escuta. - sorriu maníaco.

  - Me deu medo agora. - ele riu.

  - Como a esconderei em seu corpo? - perguntou pensativo, fitando meu corpo de cima a baixo, mas de uma maneira inocente.

  - Passa pelas minhas costas, o colete esconde. - sugeri e ele assentiu, cindo até mim.

  - Nervosa? - perguntou, enquanto suas mãos passeavam por meu corpo junto ao fio gelado, deixando-o impercebível.

  - Um pouco. - ele me encarou de forma debochada. - Ok, muito. - ele riu.

  - Agora acredito. - dei um tapa em sua cabeça o fazendo murmurar algum xingamento.

  - Mas, vocês estarão comigo. Nada acontecerá. - falei confiante.

  - Nem todos. - deu de ombros e eu franzi o cenho. - Justin e Chaz irão fazer a simulação hoje, aproveitaram que boa parte da policia não estará atenta por conta do concurso de misses que está acontecendo na cidade. - e com isso toda a minha confiança foi embora.

  - Mas, o Bieber não pode me deixar sozinha hoje. - falei meio abobada.

Se eu estava fazendo isso era para mostrar a ele que eu era capaz, e ele vai me deixar na mão desse jeito? Sem ele eu com certeza não me sentia tão segura. Tudo bem, Ryan, Chris e Jaden estarão lá, mas não vai ser a mesma coisa. Eu sei que não será. Não sei explicar, mas ele me traz segurança, e sem ele lá é como se eu estivesse imune a qualquer tipo de perigo ou pessoa. Respirei fundo.

  - Pronto. Já podemos ir. - Chris disse, colocando algo em meu ouvido.

  - Ta. - murmurei me olhando no espelho pela ultima vez e checando cabelo, maquiagem e afins. Tudo estava perfeito, ou bom o suficiente para chamar a atenção de um velho. _ Onde Justin está? - perguntei.

  - Acho que já deve estar indo. - deu de ombros e eu o encarei impaciente. - Na garagem, preparando o carro.

Não falei nada, apenas sai do quarto e desci as escadas.

  - Ally, ainda bem que... - - cortei Ryan no meio da frase, passando reto pelo mesmo e indo até a garagem.

  - Justin. - chamei, entrando no cômodo cheio de carros, o encontrando checando o motor de um dele; eu nunca havia visto aquele ali, entre os outros.

  - O que foi? - sequer parou para me olhar, continuou a mexer em algo, ou fingir que mexia.

  - Por que não vai estar lá também? - fui direto aonde queria chegar. Ele me ignorou e continuou a mexer no negocio. - Dá para tirar sua atenção dessa porra por um segundo e me responder? - perguntei, puxando seu braço e tirando a ferramenta de suas mãos.

  - Você na deveria estar fazendo isso caralho! - falou alto e eu bufei.

  - E por isso não vai estar lá comigo? Por que não concorda?

  - Pensei que não precisasse de mim por perto. - aquele maldito sorrisinho debochado nasceu em seus lábios. - Não serei necessário lá. - deu de ombros.

  - Pra você eu deveria ficar aqui, trancada e servindo de escrava sexual para você, não é? - perguntei indignada.

  - Sim. - falou como se fosse obvio e eu fiquei de boca aberta.

  - Você é muito filho da puta! - ri sem humor, não acreditando que ele pensava daquele jeito.

  - Allyson. - Ryan entrou na garagem no exato momento em que eu e Justin nos desafiamos pelo olhar. - Temos que ir. - avisou rápido e saiu em seguida.

Respirei fundo, desistindo de tentar argumentar com aquele machista, e balancei a cabeça, virando para sair daquele lugar.

  - Se cuida. - murmurei, antes de bater a porta do local atrás de mim e ir até onde os meninos estavam.

  - Ta me escutando?! - Christian berrou em um negocio que tinha em suas mãos e um barulho ensurdecedor soou em meu ouvido, algo agudo, me fazendo sentir uma tremenda dor de cabeça.

  - Não, babaca, sou surda. - respondi massageando as têmporas.

  - Ela ta escutando Ryan. - ele confirmou a Ryan rindo.

  - Jura? - acabei rindo junto.

Ele passou seu braço por meus ombros e, juntos, seguimos para o lado de fora, acompanhados de Ryan e Jaden. Entramos em uma van preta - onde eles ficariam durante minha ação - e antes de Ryan dar partida, enquanto passava o plano mais uma vez, vi Justin na porta da mansão, parado e com as mãos no bolso, nos observando partir. Vire o rosto quando nossos olhos se encontraram através do vidro preto. Ele não me via, porém eu sim. Durante todo o percurso eu e os meninos íamos conversando sobre os incidentes que poderiam ocorrer, ou algo assim, e eles me alertavam sobre tudo. Jaden até queria deixar-me com uma arma, porém os meninos não deixaram - com medo do que Justin diria se descobrisse -, e eu também achava melhor não por a vida de um ser humano qualquer em perigo, ou até mesmo a minha, por conta de um deslize meu com uma coisa dessas em mãos. Logo estávamos de frente ao lugar, que estava devidamente cheio e com uma fila quilométrica. O relógio de meu celular marcava meia noite e meia. Hora da ação!

  - Ally, qualquer coisa é só chamar. Estaremos escutando tudo que escutar, e Chris entrará daqui a alguns minutos, para não dar na cara que se conhecem. - assenti.

  - Boa sorte. - desejaram juntos e eu agradeci, pulando par fora do carro.

Esfreguei as mãos nos braços ao sentir a forte brisa da noite colidir contra meu corpo e respirei fundo, atravessando a rua e parando de frente a lotada boate “L'arte del sesso!”. Nome cativante. Revirei os olhos.

  - Nossa, você vai demorar a noite toda nessa porra! - escutei Jaden pelo ponto e ri pelo nariz.

Até parece!

Ajeitei o top - ou sutiã, vocês decidem -, e caminhei até um grupo de meninos que zoavam na fila vip, mil vezes menos que a normal. Eu estava me sentindo ridícula, mas isso teria que ajudar em algo.

  - Olá meninos. - sorri sedutora, mordendo o lábio inferior de maneira vulgar ao encaram um loirinho, com óculos, de cima a baixo. Ele era bonitinho, mas obvio que não chegará a me deixar impressionada. Devia ter quinze anos, no maxímo, e parecia ser o mais sossegado e invisível do grupo; presa fácil!

  - Oi. - eles murmuraram juntos, encarando meus seios que quase pulavam do topzinho.

  - Tudo bem? - agora perguntei diretamente ao garoto, apoiando-me em seu ombro e passando a mão por seu abdômen, sentindo seu corpo malhado.

  - S-sim. - murmurou baixo, nervoso.

  - Você é lindo, sabia? - perguntei de maneira sedutora, mordendo o lóbulo de sua orelha.

  - Ae gata, tem certeza que escolheu o cara certo? - um mané perguntou e eu revirei os olhos, mas tudo bem, se era assim, vamos jogar, certo?

  - Não sei... - sorri sugestiva. - Escolhi? - encarei os quatro, com uma das sobrancelhas arqueadas. -Pode ser que você seja o certo... - murmurei. - Ou ele. - apontei para um dos carinhas, ruivo. - Ou você. - passei a mão pelo rosto de um moreninho. - Por que vocês não me mostram qual é o cara certo? - sorri safada e eles se agitaram, até o quietinho.

Logo a fila começou a andar.

  - Acho que eu tenho que voltar lá para trás. - fiz biquinho, olhando para o fim da enorme fila mais ao lado. 

  - Que isso princesa. Entre comigo. - o moreninho disse e eu sorri convencida. Havia dado certo.

  - Pode ser. - agarrei-me a ele e seguimos juntos para dentro do estabelecimento.

Suas mãos agarravam minha cintura possessivamente e ele sorria convencido aos outros meninos, como se me mostrasse como um troféu. Seus amigos estavam emburrados. Suas mãos vez ou outra desciam até minha bunda e eu respirava fundo para não meter a mão na cara dele. Assim que chegamos ao bar ele tentou algo a mais, porém o impedi, esbarrando minhas mãos em seu peito.

  - Qual é gata? - perguntou, espalmando as mãos em minha bunda.

  - Sabe o que é? - falei esbarrando nossos lábios e ele assentiu, como se pedisse para que eu continuasse, meio perdido. Seus amigos não tiravam os olhos de cima de nós. - Eu prefiro os mais velhos. - sussurrei e me soltei dele, saindo rebolando de propósito.

  - Manipuladora! - Ryan exclamou rindo. - Gosto disso. - ri comigo mesma e peguei o copo de um dos caras que estava na pista. Ele ia reclamar, mas quando se virou pisquei pra ele, mandando um beijinho no ar, e o mesmo sorriu malandro dando de ombros e deixando aquilo quieto.

Virei o copo entre meus lábios, deixando a bebida amarga e gelada descer queimando por minha garganta. Aquilo era whisky? Devia ser. Fiz uma careta, deixando a bebida em cima de uma mesa qualquer desocupada e seguido meu caminho até a parte mais vazia, onde Ryan falou que Tom ficava.

  - Chris já entrou. - Ryan avisou e eu murmurei algo em resposta, mas ele não deve ter escutado.

Parei em um dos bares daquele canto da boate e fiquei observando o movimento. Meus olhos param em cima de um cara rodeado de mulheres vulgares rebolando para ele, enquanto o mesmo ria e bebia algo. Será que era ele? O homem era muito bonito, de porte forte, moreno e com um sorriso incrível. Nada comparado com Justin, mas era incrível do mesmo jeito. Olhei para os lados, tentando enxergar algum dos seguranças que Ryan avisou que teria, não encontrei nenhum.

  - Os seguranças... Onde estão? - perguntei, movendo os lábios imperceptivelmente.

  - Em todos os lugares. Estão à paisana. - é claro, né Allyson?

Vire milimetricamente meu rosto e logo vi Christian a uns 2 metros de distancia de mim, pedindo algo ao barman. Ele me olho e indicou com o olhar que Tom era, realmente, o cara que eu pensava ser. Virei em direção ao bar e pedi uma vodka, era uma das únicas coisas que eu bebia, e mesmo assim não costumava ser com frequência. Assim que o barman gostoso me trouxe virei de uma vez e me virei. Agora estava pronta para agir.

JUSTIN’s POV.

Chaz estava dando a sua segunda volta no prédio e seu tempo estava bom. Aquilo nem era tão necessário assim. Eu nem sei por que insisti em vir fazer essa porra.

  - Chaz, chega! - avisei pelo radio.

Estava parado de frente a um dos prédio que usávamos como referencia para o assalto e muito entediado. Eu nunca fiz isso, sempre mandei eles virem, mas estava tão puto com a Allyson que acabei vindo nessa furada. Chaz já tinha feito a sua simulação hoje de manhã, mas eu mandei que ele viesse comigo. Eu estava preocupado e sentia que precisava estar com ela, por mais que nada acontecesse, sabia que não sossegaria enquanto não tivesse certeza que ela estava bem.

  - To indo pra boate. - falei e ele respondeu que iria atrás de uma puta qualquer.

Pisei no acelerador, voando pela pista em direção a boate de Tom. Em questão de minutos estava na rua ao lado. Parei ali, para não correr o risco de que alguém suspeitasse do puta carro estacionado ali, e desci. Coloquei o capuz do meu moletom e coloquei as mãos no bolso da calça, seguindo de cabeça baixa até a van, do outro lado da rua da boate. Ninguém conseguiria me reconhecer. Assim que parei ao lado do automóvel preto, puxei a alça e abri a porta da mesma, fazendo com que Jaden apontasse a arma para a minha cabeça.

  - Abaixa essa porra. - mandei mal humorado e ele suspirou. - Até parece homem com isso na mão. - Ryan riu.

  - Ta fazendo o que aqui bro? - perguntou, direcionando seu olhar para mim.

  - Assistindo a missa. - respondi debochado, sentando no banco acolchoado. - Como tá as coisas?

  - Ela ta comandando tudo de boa. - Jaden deu de ombros.

  - Ryan, eu vou dar um jeito desse cara me notar! - sua voz ecoou determinada pelo alto-falante do notebook de Ryan.

  - Porra, o que a Allyson tá fazendo? - Chris perguntou e eu franzi o cenho. - Cara, ela subiu no palco! - ele exclamou pela sua escuta e eu corri até Ryan.

  - Como assim ela subiu no palco? - perguntei.

  - Justin? O que você ta fazendo ai?

  - O que ela está fazendo no palco porra? - repeti a pergunta irritada.

  - Eita porra, ela começou a dançar! - ele exclamou. - Cara, que isso! Ela ta dançando no baguio de ferro. - ele disse exasperado e ao fundo podia-se escutar os gritos e assobios dos marmanjos.

  - O que essa filha da puta ta fazendo? - perguntei irritado, fechando meus punhos.

  - Pelo menos está funcionando. Tom não tira o olho dela, assim como o resto da boate. - meu sangue ferveu.

Quem esses babacas pensam que são para olhar para o que é meu?

ALLYSON’s POV.

Já estava rodando e me insinuando para Tom a uns bons 50 minutos, porém ele se quer me olhava, só dava atenção para aquelas vagabundas que rebolavam para ele. Aquilo estava me deixando irritada. Eu também já havia tomado algumas, mas nada que me deixasse aérea ou com a cabeça longe do que estava fazendo.

  - Ryan, eu vou dar um jeito de fazer esse cara me notar! - falei determinada, seguindo em direção ao palco.

Ele não gosta das putas dançando para ele? Então é isso que eu vou fazer. Fui até o DJ e pedi para que ele colocasse uma musica que fosse provocante e boa para dançar, e assim ele fez. Logo Enrique Iglesias ecoou pelas potentes caixas de som e as dançarinas desceram do palco reclamando, deixando o espaço livre para mim. Comecei a dançar normal e de forma provocante, passando minhas mãos por todo meu corpo, e em seguida tomei coragem e segui até o Pole dance. Minhas mãos seguraram firme naquele pedaço de ferro e eu dei impulso, começando apenas girando, mas logo eu estava fora do chão, trepada naquele negocio gelado do caralho. Eu não conseguia ver se Tom me olhava, mas espero que sim. Não quero estar pagando esse mico na frente de todos para não servir de nada. Continuei ali no ar, enroscando minhas pernas naquilo até sentir as mesmas fraquejarem, mas, graças a Deus, a musica acabou e eu pude inventar um final sexy e foda. Ok, eu tinha curtido aquilo, e muito!

Os homens estavam indo a loucura e eu estava amando aquilo. Lancei um olhar insinuativo a Tom, que me encarava, junto a um sorriso safado, como se disse que aquilo era para ele, o mesmo retribui mil vezes mais intenso, chamando-me com a mão. Ótimo, ele tinha caído. Sorri, completamente maliciosa.

  - Babaca. - murmurei e voltei com sorriso, caminhando até ele.

  - Como se chama? - sua voz pronunciou-se de maneira autoritária. Senhor, aquela voz era incrível.

  - Madison. - sorri. Nunca que falaria meu nome verdadeiro. - E você é o Tom, presumo.

  - Isso. - Ryan comemorou a minha inteligência.

  - Como sabe? - arqueou a sobrancelha.

  - As pessoas dizem coisas. - ele riu. - Estava curiosa para conhecê-lo. - ele sorriu malicioso, analisando-me de cima a baixo. - Vejo que não mentiram em exatamente nada quando disseram que você é um pedaço para o mau caminho. - eu estava me jogando.

  - Realmente, não mentiram. - ótimo egocentrismo deve ser exigido nesse ramo. - Se soubesse que uma mulher tão linda como você, veio com intuito de me ver, teria chamado-a antes. - sorriu sedutor.

  - Teríamos perdido menos tempo. - sentei-me em seu colo e rebolei levemente.

Suas mãos prenderam minha cintura e seu rosto se aproximou do meu, porém me afastei.

  - Que tal mais uma bebida? - aproveitei minha deixa, vendo seu copo vazio. - Preciso beber. - falei e ele riu, assentindo.

Levantei e peguei seu copo pela boca, para não deixar muitas digitais ali. Ainda queria saber como eles iriam conseguir abrir o cofre com aquilo, sendo que precisavam da palma do cara, mas melhor deixar os gênios agirem sozinhos.

  - Já volto. - passei a língua nos lábios de maneira provocante e ele assentiu, dando um tapa em minha bunda.

Caminhei até o bar. Agora eu só precisava conseguir dar aquele copo para Chris, sem que as câmeras pegassem, e eu já tinha algo em mente.

  - Ryan, manda o Chris esbarrar em mim com um copo vazio em mãos. - falei pelo ponto e logo vi Chris levantar e matar a bebida enquanto vinha até mim, ele não parecia saber o que eu faria, porém fez como pedi, esbarrou em mim e de maneira ágil, e que nem eu percebi, eu entreguei meu copo a ele com uma mão e puxei o dele com a outra.

  - Desculpe. - murmurei, balançando a cabeça levemente e ele sorriu orgulhoso, dando as costas para mim.

Olhei bem para os lados, querendo ter certeza que ninguém viria até mim, até Ryan ficou quieto, esperando alguma reação de qualquer segurança que fosse. Nada. Sorri, suspirando aliviada.

  - Perfeito Allyson! - exclamou alegre. - Agora enrola por mais alguns minutos, só até termos certeza de que tudo está certo.

Os seguranças estavam de olhos grudados em mim. Pedi ao barman uma vodka para mim e whisky para ele, não sabia o que pedir, mas o carinha disse que ele sempre pega isso, então...

Assim que voltei, ele me fez sentar-se em seu colo, e assim eu fiz, e logo começou a fazer perguntas, enquanto seus lábios trabalhavam no meu pescoço. Ryan, cadê você para me salvar. Aquilo, por mais prazeroso que fosse - não posso negar -, estava me deixando com nojo de mim mesma. No ponto eu escutava conversas, mas não conseguia distinguir vozes, e de repente um barulho agudo como de algo se quebrando ecoou, junto a milhões de xingamentos.

  - Porra, como essa buceta caiu? - alguém perguntou, a transmissão estava longe, eles não deviam estar perto do microfone. - E agora?

  - Precisamos de mais um copo... - parei de escutar quando senti as mãos de Tom subirem com minha barriga, a caminho dos meus seios. Droga! Eu fingia estar gostando - na verdade eu estava gostando -, enquanto dava leves reboladas no colo de Tom, para enrola-lo mais um pouco, ficando apenas nos beijinhos e chupões e não subir mais um pouco.

  - Allyson, deixa isso quieto. - A voz de Jaden ecoou decepcionada pelo ponto, pelo menos eu acho que era a de Jaden. - Perdemos o copo, pode vir embora, estamos te esperando na van.

Que droga! Eles parecia decepcionados demais. Eu podia sentir o como eles queriam roubar Tom, apenas pela empolgação e ânsia que Justin falava aquele dia com Ryan. E quer saber? Eles me deram uma missão e eu não irei sair daqui sem cumpri-la, não vou mesmo.

  - Acho que devíamos ir para um lugar mais reservado. - murmurei no ouvido de Tom, que assentiu, sorrindo malicioso e se levantando, deixando-me em pé ao seu lado.

Eu precisava pegar a digital e conseguiria!

  - Que tal pegarmos um quarto? - ele perguntou, e eu olhei para o meio de suas pernas, ele estava bastante excitado.

  - Eu adoraria. - murmurei, apertando seu pau por cima da calça discretamente, fazendo-o morder os lábios. - Rápido. - sussurrei, esbarrando nossos lábios, mas sem deixá-los se tocar.

Ele saiu puxando-me um pouco desesperado entre as pessoas, o que me fez rir de leve. O idiota caia direitinho.

  - Allyson, o que você está fazendo desgraçada? - a voz de Justin ecoou por meus ouvidos, o que me fez parar instantaneamente e Tom me olhar estranho. - Volta já para a van! - mandou e eu não pude evitar um sorriso. Ele tinha vindo!

  - Algum problema, delicia? - Tom perguntou, puxando-me novamente para perto de seu corpo e eu sorri, voltando a si e lembrado do que eu tinha que fazer. Agora que eu sabia que ele estava ali, não pararia mesmo, iria até o final e conseguiria as tais digitais.

  - Nenhum, querido. - sorri pervertidamente e seguimos nossos caminhos em direção a parte de cima da boate. Ele nem precisou parar na “recepção”, onde pegava as chaves dos quartos, apenas seguiu até o ultimo, com a porta decorada em vermelho. Antes de entrarmos ele fez sinal para dois brutamontes que nos seguiam e eles balançaram a cabeça em afirmativa, com certeza era para que eles ficassem ali na porta nos guardando.

Assim que ele fechou a porta atrás de nós, senti meu corpo ser jogado brutalmente contra algo macio, a cama, claro.

  - Agora nós vamos brincar. - seu tom era sombrio e seus olhos ficaram ainda mais negros de luxuria.

  - Calma. - murmurei quando percebi que ele tiraria meu colete e deixaria os fios a mostra. - Preciso me preparar. - ele franziu o cenho e bufou. - Que tal uma bebida para deixar tudo mais quente? - beijei o canto de sua boca e me senti completamente suja.

Ele sorriu e eu entrei no banheiro que tinha ali, trancando a porta em seguida.

  - Allyson, o que está fazendo? - Justin perguntou novamente.

  - Vocês me deram essa missão e eu vou cumpri-la. - falei, controlando o tom de voz.

  - Honey, vamos logo com isso. - a voz impaciente de Tom ecoou do lado de fora da porta.

  - Um segundo. - falei com voz oferecida. - Droga. - murmurei. - Eu terei que tirar a escuta, nos falamos depois. - falei a Justin. 

  - Não ouse deixá-lo te tocar. - a voz de Justin saiu autoritária. - Saia daí agora mesmo! Não precisa me provar nada.

  - Tchau. - murmurei, antes de soltar os fios de meu corpo, e enrola-lo, colocando dentro do bolso da jaqueta. Eles ainda me escutavam, com certeza, porém eu não.

Passei a mão nos cabelos, e peguei o batom que deixei em um dos bolsos da jaqueta, retocando e o deixando mais vivo. Vermelho sangue me caiu bem. Ajeitei meus seios dentro do top deixando-os mais evidentes e suspirei, abrindo a porta do banheiro, encontrando Tom sentado na cama, virando um copo de uma bebida qualquer. Joguei a jaqueta em um canto do quarto, e sorri a ele.

  - Que corpo. - falou, puxando-me pela cintura. - e isso tudo me pertence. - ri por dentro.

  - Isso tudo é só seu. - murmurei, deixando leves mordidinhas por seu pescoço, e apertei seu forte seu membro por cima da calça preta que ele usava.

  - Owwn meu Deus, assim você me enlouquece. - sua voz saiu rouca e entre cortada, parecia até que eu estava pagando um boquete ou algo assim para ele. Apertei novamente e ele gemeu mais algo, eu estava sentindo nojo de mim mesma.

Ele começou a beijar meu pescoço, deixando chupões por ali, e caminhando comigo em direção a cama. Atrás de nós tinha um espelho, que me dava visão perfeita de suas costas. Desci minha mão até sua bunda e a apertei, ele riu abafado contra meu pescoço. Seus lábios estavam perto de meus seios, e suas mãos já o apertavam. Eu não pude evitar um gemido fraco. Meus olhos passaram por todo o quarto. Eu precisava de algo que me salvasse desse nojento. Parei em um abajur ao nosso lado. Seria aquilo. Com uma das mãos forcei sua cabeça um pouco mais em meu pescoço e ele entendeu como se eu quisesse mais, enquanto com a outra me estiquei, tentando pegar o objeto. As pontas de meus dedos tocaram o mesmo e eu me estiquei um pouco mais, o que o fez voltar sua atenção a isso. Porém eu fui mais ágil, e antes dele conseguir ver o que eu fazia, peguei o objeto pesado de metal em minhas mãos e acertei em sua nuca, o fazendo cair na hora por cima de mim, na cama.

  - Oh meu Deus, obrigada. - falei sorrindo, sabendo que ele não me tocaria mais.

O empurrei, fazendo-o cair mole ao meu lado na cama e me levantei rapidamente. Eu precisava agir. Como pegaria as digitais desse cara? Ai pensa Allyson. Pensa, por favor!

Droga, ele tinha que encostar-se a algo plano, algo que pegasse sua palma inteira, mas o que? Eu precisava procurar. Comecei a procurar e o silencio pairou no quarto, e apenas minha respiração pesada podia-se ser escutada. Os seguranças podiam estranhar isso, não é? Como alguém transa em silencio? E foi ai que minha atuação começou.

  - Oh meu Deus, Tom! - fingi gemer escandalosamente. - Tom, seu gostoso! Me arromba delicia! - senti vontade de rir e coloquei a mão a boca, tentando impedir o riso de sair, enquanto vasculhava as gavetas dos moveis.

JUSTIN’s POV.

  - Que porra é essa? - perguntei escutando-a gemer e os caras arregalaram os olhos. - Allyson, sua filha da puta, responde! - gritei no microfone, na esperança de que ela escutasse. - O que esse inferno ta fazendo? - perguntei passando as mãos pelo cabelo freneticamente. - Eu vou matar ela! - gritei, saindo da van.

  - Hey Drew! - Ryan segurou meu braço, impedindo-me de dar mais um passo. - Espera ai, o que você vai fazer?

  - Eu vou lá matar esses desgraçados!- falei com sangue nos olhos.

  - Calma ai! - ele disse, puxando-me para trás da van novamente. - Allyson está indo bem, deixe que ela resolva tudo.

  - Cara, e se ele estiver tocando nela de verdade? - perguntei.

  - Ela é decente, não vai deixar que isso aconteça. Agora para de ataque de ciúmes inoportuno e volta para dentro dessa porra de van. - falou me empurrando.

ALLYSON’s POV.

Eu não estava mais aguentando gemer tanto, estava na hora deles chegarem ao ápice. E assim que fiz. E logo depois cai na risada, mas uma risada silenciosa e esquisita. Ai senhor, aquilo foi engraçado. Peguei o pequeno plástico, onde se guardava sabonetes, porem aquele era maior, já que servira para guardar xampus também. Aquilo ali manteria as digitais, depois era só eles darem um jeito de tira-las dali e abrir o cofre, mas isso é com eles. Peguei a mão de Tom com cuidado para que ele não acordasse e prensei contra o plástico. Ergui, deixando mais iluminado pela lâmpada e pude ver os dedos dele, certinho. Sorri orgulhosa. Tinha ficado perfeito, agora eu só precisava ir embora, e isso era moleza.

Levantei do chão e peguei meu colete, colocando-o por cima do plástico em minhas mãos, cobrindo-o. Eu teria que sair apenas com aquele top. Merda! Olhei bem para Tom e ele ainda estava desmaiado. Morto não, já que seu peito ainda descia e subia. Sai do quarto e os seguranças me olharam desconfiados, talvez por não vê-lo sair comigo.

  -Tom pediu para que não o perturbem que ele quer descansar, nossa noite foi longa. - soltei um risinho malicioso. - Boa noite rapazes. - sai rebolando corredor a fora.

A boate ainda estava lotada e eu sentia os olhares de alguns homens sobre mim, o que me deixava desconfortável. Suspirei assim que pisei do lado de fora da boate. Respirei o ar puro - ou quasei isso - de Atlanta e sorri abertamente, feliz por ter conseguido completar minha missão. Ai como eu sou foda. Caminhei até a van, e antes de entrar fingi dar um enrolada por ali, brincando com meu celular, correndo até a mesma assim que percebi que não levantaria mais suspeitas.

Assim que escancarei a porta, todos vieram para cima de mim, com uma enxurrada de perguntas.

  - Conseguiu? - Jaden perguntou.

  - Bom... - as expressões deles mudaram de esperançosas para desanimadas. - Eu sou foda, é obvio que consegui! - joguei o cabelo, entregando o plástico a eles. - A palma da mão dele está ai.

  - Não acredito que conseguiu mesmo! - Chris disse boquiaberto.

  - Que porra loca em?! - Jaden pegou o plástico, animado.

  - Vamos embora. - aquela voz rouca ecoou, fazendo-me s arrepiar dos pés a cabeça. Tom podia ter uma voz marcante, mas nada comparado a voz de Justin, que mesmo sendo um moleque perto de Tom conseguia ser melhor, ao meu ponto de vista.

  - Vamos comemorar. - Ryan falou, colocando a prancheta, que estava agora dentro de um saco plástico, em cima do banco do carona.

  - Estou cansada. - murmurei, sentindo o olhar pesado de Justin sobre mim. - Me desculpem, mas quem sabe amanhã ou depois.

  - Fechado então. - Jaden topou.

  - E Justin, para com essa cara de cú dos infernos, tua mulher é muito foda. - Chris disse, abraçando-me de lado. - Falo baixinha. - beijou minha testa.

  - Boa noite, novinho. - beijei sua bochecha. - Tchau meninos, espero que ajude. - falei e beijei o rosto de cada um, logo Justin me empurrou para fora da van.

  - O que aconteceu lá dentro? - perguntou, enquanto puxava meu braço, guiando-me pela rua escura e movimentada.

  - Nada! - exclamei puxando meu braço.

  - Como assim nada? E essas porras no seu pescoço? - perguntou exasperado. - Caralho Allyson, olha essas marcas roxas! - passou as mãos no cabelo de maneira nervosa. - Você é uma filha da puta!

   - Você já disse isso. - debochei. - Agora, por favor, me leve embora, estou cansada. - falei, seguindo até o carro que avistei hoje mais cedo na garagem. De longe ele destravou o alarme, resmungando algo quase inaudível para mim, e eu entrei, esperando ele fazer o mesmo. E assim ele fez, dando partida em seguida. - O que te fez mudar de ideia? - perguntei e ele franziu o cenho. - Por que veio atrás de mim?

  - Precisava ter certeza de que você pegaria o negocio certo. Tenho que conseguir me vingar desse cara, e rouba-lo é um começo. - deu de ombros.

  - Para mim, você estava preocupado. - afirmei, rindo de leve.

  - Já falei que não sinto nada por vadia. - senti meus olhos queimarem.

Não respondi nada, apenas fiquei em silencio, segurando minhas lagrimas e pensando em como eu era idiota. Justin nunca chegaria a sentir algo por mim, já que perde todo o seu tempo pensando apenas nele. Aquele era seu pior defeito. A confiança. Porém, também chegava a ser uma boa qualidade. Assim que o carro parou de frente a enorme mansão, desci correndo e segui para dentro. Precisava de um banho e depois descansar.

Subi e fui direto para o banheiro, enquanto tirava as poucas e pequenas peças que cobriam meu corpo. Com ele já nu abri o chuveiro e logo pulei para dentro, deixando com que a água quente batesse em minhas costas, desatando todos os nós de tensão nos meus músculos, quase que instantaneamente. Peguei uma esponja e comecei a esfregar meu corpo com força, como se fosse conseguir sumir com as lembranças daquele homem me tocando fosse sumir. E junto, as lembranças de Justin abusando de mim voltaram, fazendo-me debulhar-se em lagrimas. Droga, por que isso teve que voltar?

Era como se eu estivesse vivendo aquele momento novamente, e só após alguns percebi as enormes e doloridas marcas vermelhas em meu corpo.

  - Inferno. - murmurei perdida, sentando-me no chão, totalmente inconsolável.

Após longos minutos na mesma posição, resolvi sair, precisava dormir. Enrolei-me na toalha, percebendo que meu braço havia voltado a cor normal e não tinha a enorme mancha vermelha. Deixei meus cabelos presos em um coque e coloquei a calcinha e o pijama que eu havia deixando hoje de manhã ali, os vestindo. Pendurei a toalha, e logo estava de volta ao quarto, mas agora, minha cama não estava vazia.

  - Justin, eu não estou em clima para nada. - murmurei, pegando um creme na penteadeira e logo estava o espalhando por minhas pernas desnudas por conta do short curto.

  - Você está mal por causa do que eu disse no carro, não é? - perguntou receoso, e seus passos podiam-se ser escutados atrás de mim.

  - Justin, o tempo está me ensinando a não sofrer pelas merdas que saem de sua boca. - dei de ombros. - Se fico mal é por outros motivos, e não uma tolice dessas.

Eu havia ficado magoada com o que ele disse, obviamente, porem não era motivo para que eu ficasse ruim ou negasse sexo - que eu sei que é o que ele está querendo -. Eu estava mal por tudo. Por estar apaixonada pelo cara que também causa meus piores pesadelos, por estar começando a me meter em uma situação dessas - mesmo que por vontade própria -, por ter desistido de fugir e aceitado o fato de ficar aqui, pelo que aconteceu hoje com Tom e tudo mais. Acho que tudo está mexendo com o meu emocional, e isso não é algo bom. Ou talvez seja porque estou na época de TPM, fico sensível nesses dias.

  - Olha, eu fiquei preocupado, tudo bem? - Justin suspirou. - Fiquei receoso em relação a você agir pela primeira vez, e ter uma missão tão perigosa como essa. Mas, você me mostrou que é capaz disso e muito mais. Fiquei orgulhoso.

Um pequeno sorrisinho brotou em meus lábios. Porém, eu sabia que ele continuaria querendo coisas a mais, e eu realmente não tinha cabeça para essas coisas.

  - Obrigada. - sorri de lado, caminhando até a cama, e ajeitando os cobertores ali, para poder deitar. - Mas, eu não estou bem para coisas a mais. - murmurei com a voz rouca. - Boa noite, quando sair atrás das suas putas apague a luz. - falei fechando os olhos e puxando o cobertor até o pescoço, cobrindo parte da minha boca.

Logo senti que a claridade do quarto se ânulos, ele sairá. Suspirei e voltei a minha concentração a nada. Precisava esquecer-se de tudo, até mesmo dele dizendo que se importa comigo. Nada disso me fazia bem, principalmente ao lembrar aquelas imagens. Meu corpo estremeceu ao sentir grandes e musculosos braços rodearem a minha cintura. Ele estava ali?

  - Não se acostume. - escutei-o murmurar, beijando meu ombro em seguida.

  - Não me iludo fácil. - murmurei a pior mentira do século.

Senti seu risinho abafado bater em minha nuca e sorri de lado, deixando que aos poucos minha mente caísse no perfeito mundo dos sonhos, e se perdesse em fantasias e desejos que poderiam nunca tornar-se verdadeiros.  


Notas Finais


Roupa Allyson (boate) - http://www.polyvore.com/sexy/set?.embedder=4657868&.svc=blogger&id=80939023
Hey pessoas! Sei que demorei, desculpe, estava com probleminhas para por essas ideias de digitais em mente.. Mas, o capitulo saiu grande. Era para ele sair hoje de tarde, mas fui em uma festa e só chegue as 23:00... Eu peço desculpas por error de digitação, ou/e pontuação. Eu escrevo, geralmente, de madrugada e com muito sono, então sai sempre algo errado ou sem sentido, principalmente quando eu não reviso, como hoje. Em fim, tentarei não demorar muito para o próximo. Deixarei o link do meu Facebook para vocês ( https://www.facebook.com/sara.katrina.52 ), onde vocês podem falar cmg mais facilmente, e me mandar ideias, ficar mandando eu ir rápido com os capitulos, me conhecer melhor... Sei lá, fica a critério de vcs. Também tem meu twitter ( https://twitter.com/swagsofjusten ), que respondo e sigo todos, basta pedir :)
Ahh, e a musica que ela dança e Dirty Dancer (Enrique Iglesias feat Usher) acho que deu pra perceber que sou apaixonada pelo Enrique, né? Ao longo da fic muita musica dele entrará!
NÃO POSSO DEIXAR DE FALAR COM VCS SOBRE A MUSICA DIVA DO JUSTIN COM O MICHAEL! GENTE ELA É PERFEITA E MEU VICIO TOTAL! pronto :) Boa noite pra vocês anjos, obrigada por comentários e favoritos, vcs me deixam louca! beijinhos >.<


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