1. Spirit Fanfics >
  2. Common Denominator >
  3. House Of Cards

História Common Denominator - House Of Cards


Escrita por: SahKatrina

Notas do Autor


Ei! Eu não demorei tanto, não é? Meu atraso se deve a minha nova fanfic a qual me veio a ideia no capítulo anterior e agora estou me dedicando a ela em tempo integral (sim, eu sei que preciso me dedicar às que já tenho postadas, mas não resisti a outra). E bom, eu estou sem teclado no PC, portanto, preciso esperar para que o note fique livre para poder postar, o que raramente acontece.

Esse capítulo, em minha opinião, teve altos e baixos... Está um pouco fraquinho, no entanto, era necessário. Vamos poder entender um pouco mais do Justin e ver um lado dele que ainda não havíamos visto muito bem. E claro, podemos ver um pouco do que pode acontecer nos próximos capítulos... Agora, as coisas provavelmente começaram a se encaixar.

Boa leitura, espero que gostem, pois o escrevi com carinho.

PS: Eu revisei meio por cima, então, perdoem meus erros ortográficos. — Grata!

Capítulo 39 - House Of Cards


Fanfic / Fanfiction Common Denominator - House Of Cards

Justin Bieber’s POV

Suspirei pesadamente, fechando minha única mala e a colocando no chão. Eu não queria voltar tão cedo a Atlanta. Eu ainda não havia tido uma boa ideia contra Tom e eu não podia aparecer sem nada em mente. No entanto, o pedido de Allyson foi tão repentino e surpreendente para mim. Ouvi-la dizendo aquelas palavras... Ah, como eu queria ouvir aquelas palavras de sua boca. Ela precisava de mim. Minha mãe e meus irmãos também. Eu não podia permitir que algo acontecesse a eles de qualquer forma. Eu precisava voltar.

Enrolei o cachecol em meu pescoço e conferi minha passagem de volta. Sai do pequeno, porém confortável, dormitório em Berna, e segui meu caminho para pegar um bonde até a estação, pegando um trem em seguida para o aeroporto.

Já dentro do avião, minha cabeça não parava um segundo. Eu não sabia exatamente quais seriam meus passos a partir dali, mas eu não podia pisar em solo Americano despreparado. Tom estaria me aguardando. No momento, ele tinha homens no encalço de Jaden e de Chaz, portanto, assim que alguém fosse até o aeroporto, minha chegada seria anunciada. Eu podia prever que também haveria homens nos lugares que mais frequento, como a casa de minha mãe. Eu não poderia andar naquela cidade sem ser anunciado.

Eu precisava de um plano.

 

Allyson Mallette’s POV.

  - Eu estou com medo, Ally. Você não? - dei de ombros. Eu não podia demonstrar meu desespero a Jazmyn. Eu tinha medo que qualquer tipo se coisa nos acontecesse. Eu já fora alvo de Tom antes e sabia o quão cruel seus homens poderiam ser. Enquanto Justin não estivesse aqui, do nosso lado, eu não me sentiria protegida o suficiente. Não importa quantos homens de Justin, armados até os dentes, estivessem guardando nossas casas.

O diretor Butler novamente estava me ajudando, dizendo na escola que eu estava doente, assim como Jazmyn estava fazendo uma viajem em família. Obviamente tinham boatos ao meu redor novamente, mas eu não me importava com isso no momento. Mais uma vez eu estava ali, perdendo aulas e amedrontada dentro de uma casa.

Eu poderia dizer que, pelo menos, dessa vez eu estava em um lugar confortável para mim e que me sentia protegida ao lado de minha mãe e de Jazmyn, mas a verdade, sinceramente, era que eu não me sentia mais confortável o suficiente nessa casa. Minhas mentiras me sufocavam e eu me sentia como uma criminosa na maior parte do tempo. Eu mentia para Jazmyn e isso me matava, porém, mentir para minha mãe era a pior coisa em todo o mundo. Eu não conseguia mais ser próxima o suficiente delas. Eu estava sempre me esquivando, com medo de que a conversa, de alguma forma, fosse nos levar a Justin. E eu escondia uma gravidez. Uma gravidez que logo não poderia passar despercebida. Eram gêmeos e a minha barriga estava começando a aparecer. Eu sentia meu coração tão apertado.

  - Allyson, por favor, eu estou falando com você! - Jazmyn gritou por mim e eu pisquei, saindo dos meus profundos pensamentos.

  - Desculpe... Eu realmente estou assustada, mas sei que nada nos acontecerá. Eu prometo.

  - Não é como se você pudesse ter certeza de algo assim. Mas você e o filho do diretor pareciam se conhecer...

  - E como eu poderia conhecê-lo? - ri para disfarçar meu nervosismo. Por favor, não me faça perguntas!

  - Vamos dormir, okay? Eu estou cansada.

  - Aposto que esses bebezinhos também estão. - Jazmyn sorriu, passando a mão em minha barriga. Sorri levemente.

E mais uma vez, Justin veio a minha mente. Eu realmente estava preocupada com ele. Apesar de tudo. Apesar do que somos, ele ainda é o pai dos meus filhos.

 

Ellen Perret’s POV.

  - Se não conseguir saber imediatamente o que aquela pirralha estava fazendo naquele hospital, você pode ter certeza que eu te farei passear por lá!

Foi a última coisa que escutei de Tom antes de fechar a pesada porta de madeira atrás de mim. Filho da puta! Desgraçado! Como eu o odeio. Se não tivesse meus motivos, eu com certeza não o aguentaria. Meu maior desejo era enfiar uma bala no meio da testa daquele infeliz e silencia-lo para o resto da vida. Homem nojento.

Busquei por meu celular em meu bolso traseiro e o puxei, discando o número mais chamado naquela semana.

  - Alô.

  - Já conseguiu?

  - Já consegui o que? Do que está falando? - ele parecia ter acabado de acordar.

  - Seu imbecil, os papéis. Você disse que tinha gente dentro da porra do hospital, que caralho você está fazendo? Eu pedi os papéis há uma semana e você está dormindo?

  - Não é tão fácil quanto parece, meu amor.

  - Não me importa cassete. Faça isso! Se em três horas isso não estiver em minhas mãos, eu juro que irei te matar. Eu vou fazer um belo estrago em sua linda cabeça, está me escutando?

Sem dar chance de ele responder, desliguei o telefone e respirei fundo.

  - Incompetentes! - gritei, chutando a mesa a minha frente.

Esses anos todos me passando por uma idiota fútil e sem cérebro para terminar servindo esse babaca. Nem mesmo pessoas de qualidade a minha volta. Passei as mãos por meus cabelos, puxando-os com irritação, e sai daquela casa.

 

Justin Bieber’s POV.

Pisei em solo americano em silêncio e secretamente.

O que fazer ainda estava totalmente embaçado em minha mente. Eu estava bloqueado. Como poderia entrar em uma guerra com a cabeça perturbada dessa forma? Eu nunca vi as coisas tão distorcidas assim. Minha mente estava nublada. Tudo o que me vinha era inútil.

Jaden não sabia que eu já estava em Atlanta, após um longo voo. Eu teria que agir em silêncio no momento. Mas não teria esse luxo por muito tempo, já que Tom atacaria novamente para me atingir. Mais uma boate ou a vida de quem amo. Para ele, ambos não tinham distinção. Tudo era o mesmo. Ele era alguém frio e sem coração, cruel o bastante para matar uma criança se preciso. Eu precisava controlar esses sentimentos dentro de mim novamente. Eu não podia deixar que o que eu sentia agora, atrapalhasse meus negócios. Eu precisava ser calculista. Precisava ser meticuloso em cada um de meus movimentos. Se agisse de maneira imprudente... Eu não tinha certeza de onde poderíamos chegar.

Peguei um táxi e segui para uma parte afastada da cidade, longe de tudo o que eu pudesse imaginar que Tom tinha acesso. Ele não podia saber que eu estava na cidade.

Após fazer minha reserva em um pequeno hotel com documentos falsos que Ryan havia me arrumado, tranquei-me em meu quarto, pronto para criar algum plano de jogo.

 

Allyson Mallette’s POV.

Olhei pela janela de casa e senti todo o meu corpo arrepiar-se ao conseguir achar alguns dos seguranças que Ryan pôs ao decorrer de nossa rua. Jazmyn havia ido embora e mamãe estava resolvendo coisas de sua licença no serviço. Eu estava sozinha em casa.

Meu celular tocou na sala silenciosa e eu senti meu coração disparar apenas com isso. Meus hormônios estavam realmente a flor da pele. Corri para atendê-lo e realmente me senti bem quando a voz de Chris soou do outro lado.

  - Por favor, venha pra cá. - Pedi e ele riu do outro lado da linha. - Eu estou sozinha, e não me sinto confortável com isso.

  - Tudo bem. Estou levando frango frito.

  - Ah, eu te amo!

Em minutos Christian estava em minha rua. O vi conversando com algum dos capangas e então ele acenou para mim quando me viu na janela. Sorri, correndo para a porta.

A tarde que passamos juntos foi realmente agradável. Eu me sentia tão bem com ele. Ele passava um sentimento protetor e confortável.

No entanto, um telefonema sempre estragava os bons momentos. Era assim com Justin e com Christian não deixava de ser diferente.

  - Como assim Ryan? Você está falando sério? Okay, eu estou indo.

Ele desligou o celular, guardando-o rapidamente, e se levantou em um movimento gracioso. Tudo o que aqueles meninos faziam era grandioso e com graciosidade. Eles pareciam calcular seus movimentos. Tanto Justin, como Christian ou Chaz, ou Ryan. Todos pareciam elegantes não importa o que fizessem.

  - O que houve?

  - Ryan precisa de mim para algo. Eu preciso ir. Mas qualquer coisa me ligue, por favor.

  - É sobre o quê?

  - Nada em específico. Coisas sobre as boates... Alguns carregamentos que chegará logo mais. - deu de ombros, um pouco tenso.

  - É sobre Justin, certo? - perguntei, mordendo um pedaço de frango. Aquilo realmente estava muito bom. - Não precisa mentir, Christian.

  - Eu não... Vocês...

  - Está tudo bem. Vá.

Ele sorriu e beijou minha testa, correndo porta afora.

Suspirei e pude sentir algo bom instalar-se em meu peito. Se Justin estava de volta eu podia ter certeza de que nada nos aconteceria. Eu me sentia completamente segura com apenas essa possibilidade.

Senti um leve movimento em minha barriga e meus olhos se arregalaram. O movimento se repetiu e eu rapidamente repousei minhas mãos sobre a barriga. Meus filhos... Eles estavam se mexendo? Oh, meu Deus... Eles... Realmente? Que sensação é essa? É algo tão novo. Senti lagrimas tomarem meu rosto e sorri. Eles estavam chutando agitados. Meu Deus. Era uma sensação tão única. Sentir aquilo... Oh, meu Deus!

Eu queria que Justin estivesse ali, junto comigo. Eu queria que ele sentisse aquilo comigo, porque, com certeza, seria importante para ele também. Oh, meu Deus. Era a única coisa em que eu conseguia pensar, enquanto lágrimas desciam por meu rosto.

 

Ellen Perret’s POV.

  - As três horas se passaram, se em meia hora você não estiver com o que eu quero no lugar marcado, eu juro que te mato.

Vesti minha jaqueta, colocando o celular de volta no bolso e virando o resto de vodka que sobrara em meu copo. Respirei fundo e joguei uma nota de vinte dólares no balcão, saindo daquele bar imundo.

Destravei meu carro e entrei dentro dele, dando partida sem perder tempo. Durante o percurso até o local marcado, minha cabeça trabalhava a mil por hora, tentando imaginar o que Allyson podia ter ido fazer naquele centro ginecológico. Eu realmente esperava que não fosse o que eu pensava que era. Se ela realmente estivesse grávida seria um problema para todos nós. Uma criança com o sangue dos Bieber era o mesmo que uma criança amaldiçoada. Alguém com aquele sangue não poderia permanecer vivo, e eu realmente sentia por isso. Matar crianças nunca estava em meus planos, mas nunca fora proibido nos planos de Tom. Isso seria uma grande bagunça. Uma grande guerra entre os dois mais poderosos da cidade. Um banho de sangue aconteceria se Allyson realmente estivesse esperando um filho de Justin.

Estacionei na rua deserta e desci do carro assim que vi as luzes da Ferrari piscarem em minha direção. Se ele apareceu é porque tinha algo para mim. Caminhei rapidamente até o carro o encontrei encostado na porta, usando roupas escuras e um óculos de sol.

  - E então?

  - Não foi fácil. Você realmente está me devendo uma.

  - Você continuar vivo já não é o bastante? Eu não pedi para que você entrasse nisso, você quis. Sua vingança infantil falou mais alto que sua consciência, não foi? Agora aja como homem e aceite.

  - Por favor. - aquela criança bufou para mim, entregando-me um envelope. - Parece que teremos pirralhos em breve. - comentou sarcástico e eu mordi meus lábios.

Puta que pariu, Bieber!

Abri o envelope para confirmar. Allyson não estava apenas grávida. Ela esperava gêmeos. Ela acabava de desencadear o apocalipse. O último dos portões foi aberto. Agora, sangue seria inevitável.

 

Justin Bieber’s POV.

Meus olhos estavam fechados quando o telefone do quarto de hotel tocou, ecoando alto pelo quarto, deixei o copo com Whisky na mesa e me levantei da poltrona, indo atendê-lo.

  - Com licença, Mr. Sanches, desculpe-me o incômodo tão tarde, mas tem alguém na recepção procurando pelo senhor.

Arqueei as sobrancelhas, surpreso. Eram nove da noite e alguém procurava por uma pessoa inventada? Como era possível? Instintivamente, procurei por minha arma com meus olhos.

  - Ele está dizendo que seu nome é Gerard Lynch, e que é realmente importante.

Suspirei, rindo levemente. Era Christian. Gerard Lynch?

  - Tudo bem. Mande-o subir, por favor. Boa noite.

  - Boa noite, senhor.

Em minutos eu estava abrindo a porta para Christian.

  - Gerard Lynch? - Ri, tocando nossas mãos.

  - Para relembrar os velhos tempos. - sorriu. - E ai, cara? Faz um tempo...

   - Você não deveria estar aqui, Beadles. Se eles te seguiram. Caralho, cara! Você não pensa?

  - Não nos vemos há um bom tempo e a única coisa que faz é me insultar? Não é como se fossemos novatos. Não se preocupe.

  - Com o soube que eu estava aqui?

  - Quando usamos os documentos que Ryan nos deu, automaticamente isso chega para ele. Precaução nunca é demais. - deu de ombros. - Não tem homens atrás de mim, por isso ele preferiu que eu viesse. E eu fui cuidadoso.

Respirei, tentando liberar a tensão.

- Bieber - ele me chamou, sorrindo. - Você sabe... Nós vamos dar um jeito. Somos os melhores. - piscou e eu ri, tentando livrar-me da preocupação.

  - Dessa vez eu não tenho nada preparado, Christian. Minha família está em perigo e eu não sei como poderei protegê-los. Estou perdido.

  - Cara, a primeira coisa é você se mostrar. Se continuar escondido, provavelmente, as coisas irão piorar. Se ele não sabe que está de volta, continuará tentando e eu não posso imaginar o que ele fará em seguida.

  - Como elas estão? – perguntei e ele suspirou.

  - Todas estão bem. Allyson está realmente preocupada.

  - Eu sei...

Permaneci em silêncio por mais algum tempo, tentando pensar no que Christian me falara. Ficar escondido realmente não me ajudaria, mas o que eu poderia fazer. Apenas aparecer para Tom? Aquilo era maluquice. Era exatamente agir de maneira imprudente. Se eu fizesse isso, as coisas poderiam sair do meu controle e eu não podia dizer que seria bom.

  - O que acha de darmos uma volta em alguma balada? – perguntei para Christian e ele sorriu, parecia me entender.

  - Com certeza precisamos comemorar. – exclamou alegre. – Vou ligar para os caras.

Enquanto ele ligava, eu fui tomar um banho. Durante o banho eu não consegui manter meus pensamentos em apenas um tópico. Eu pensava no passado. No meu pai; em Allyson; em minha família. Principalmente em Allyson. Eu queria tanto vê-la. Eu sentia muito a sua falta.

- Ei, Bieber! Vai acabar com a água do mundo, cara!

Os gritos de Christian me acordaram e eu desliguei o chuveiro. Essa noite, Tom iria saber que Justin Bieber estava de volta.

 

- Cara, por que você sumiu desse jeito, deixando toda a bagunça para nós? – Chaz perguntou assim que colocou os olhos em mim.

- Precisava ter certeza que meus amigos não eram uns incompetentes. - Sorri, dando um tapa em sua cabeça. – Mas, e ai? Vamos ficar conversando, ou vamos botar pra foder?

Eles riram, todos me abraçando e juntos entramos na boate. A boate de Tom. Quer lugar melhor para anunciar minha volta? Eu com certeza estava maluco!

Enquanto entravamos, um ao lado do outro, chamávamos muita atenção de qualquer um que estivesse ali. Todos sabiam quem era Justin Bieber. Todos sabiam quem nós éramos. Eu podia sentir a agitação em minha pele. A movimentação dos homens de Tom era visível. Eles estavam nervosos com a minha presença. A música alta fazia minha cabeça doer, eu não frequentava aquele tipo de lugar a muito tempo. Aos poucos, nós quatro havíamos nos dispersado pelo local e cada um curtia a sua maneira. Minha cabeça trabalhava muito rápido para que eu conseguisse achar aquilo divertido. Eu realmente não sabia o que a minha volta poderia acarretar, porque, naquele momento, eu não conseguia pensar como Tom. Eu estava em desvantagem e ainda assim colocaria minha cabeça em jogo. Tomei alguns drinks, respirando fundo a cada gole, então, no meu décimo copo, senti coragem o suficiente para ir ver quem mais sentia a minha falta. Segui pela pista de dança, desviando de algumas pessoas bêbadas que se jogavam por ali, e andei por um corredor coberto com veludo vermelho, nas paredes e no teto. A Iluminação baixa e de mesma cor fazia minha cabeça ficar confusa. Aquele corredor era horrível. Eu me sentia em um abatedouro. Porra, caralho, buceta, por que minha mente estava tão confusa e eu me sentia tão sem confiança?

Cheguei aos camarotes e respirei fundo, indo em direção a maior porta. Tom estaria ali, com certeza. Assim que cheguei a porta com dois seguranças prostrados de frente a mesma, eles não me pareceram surpresos, pelo contrário. Tom me aguardava. O homem mais alto olhou-me feio, como se querendo me intimidar e eu acabei rindo levemente. Aquilo era patético demais até para um cara daquele tamanho. A porta se abriu e eu não esperei que meu corpo estivesse pronto, muito menos que minha mente estivesse preparada. Se eu pensasse demais, acabaria voltando para trás. Justin, que porra você está fazendo da sua vida, seu inútil?

Por mais que por dentro eu estivesse completamente inseguro, não demonstrei aquilo. Se o fizesse, já estaria morto. Aquela sensação era nova para mim. Também era a primeira vez que eu não sabia o que fazer em uma situação como essa.

- Ora, Justin Bieber, o Grande. – Tom riu, fazendo sinal para que as vadias ao seu redor sumissem. – Vejo que tem bom senso. – referiu-se a minha volta.

- E você não teme pela vida. – comentei, sorrindo debochado. – Há apenas duas coisas que são sagradas para mim, minha família e meus amigos, e você se atreveu a mexer com ambos. Eu só vim aqui para lhe dar um aviso.

  - Vá em frente. – Pediu debochado.

  - Eu voltei, e se você atacar, eu não recuarei. Mais um de seus tiros na direção de quem eu amo, e eu te caço até o inferno, filho da puta. Se você atacar, pode ter certeza de que estarei pronto para revidar mil vezes pior.

Com esse aviso, virei minhas costas e sai do local calmamente, sem ao menos reparar em sua expressão. Eu não sabia como havia pensado em tudo aquilo, mas talvez, fosse natural para mim. Depois que aquelas palavras foram proferidas a quem deveria, eu sentia que uma coisa a menos havia saído de minhas costas momentaneamente. No momento, era outra coisa que pesava em meus ombros. Aquela boate começava a me sufocar.

 

Allyson Mallette’s POV.

Minha vida se resumia a minha casa. Minha casa e nada mais. Eu queria me matar. Era como se meus tempos de garota-sequestrada-e-mentalmente-confusa tivessem voltado. Eu andava pela casa sem um propósito e sem vontade ao menos de levantar um dedo para ligar a TV. A programação geralmente não era muito atraente, e no momento eu não queria assistir a comédias com pouca graça ou romances com muito açúcar.

- Allyson, vem comer comigo. – Minha mãe gritou do andar de baixo e eu agradeci finalmente ter algo para fazer. E melhor, finalmente poder comer.

Desci pela décima vez naquele dia e sorri ao ver minha mãe com uma farta mesa pronta. Não era horário de nenhuma refeição em especial, na verdade já passava da hora da janta e era muito tarde para qualquer refeição, no entanto, mamãe também deveria estar no ócio, pois havia uns dois ou três tipos diferentes de tortas, mais sucos de vários sabores e diversas outras coisas que ela provavelmente passara a tarde preparando. Antes que eu pudesse sentar a mesa, a campainha tocou o que me fez bufar. Justo agora. Caminhei para atendê-la. Era por volta das onze da noite e eu realmente estranhei que alguém batesse na porta de casa. Não pelo horário, e sim pelos seguranças lá fora. Eles eram assustadores.

Após abrir a porta, meu coração parecia querer pular pela minha boca, e meu estômago se revirava e o mundo parecia um pouco mais lento. Respirava um pouco mais rápido e eu mesma podia perceber a velocidade em que meu peito subia e descia. Aquele maldito frio na barriga não me abandonava nem mesmo agora. Nem mesmo após tanto tempo.

- Oi. – Ele sorriu de lado.

- Oi. – Sussurrei, segurando-me a porta. Eu não sabia exatamente o que sentia quando via aqueles olhos fitando-me. Pareciam nunca ter boas intenções. Pareciam nunca me ver como o que realmente éramos. Irmãos. Eu também não me acostumara com isso, mas não conseguia mais imaginar meu futuro com Justin. Aquilo estava começando a se dissipar de minha mente; de meus sonhos. Eu sabia das consequências de estar esperando filhos daquele homem a minha frente, mas eu não imaginava mais uma vida junto dele. Eu só não entendia aquelas reações que meu corpo apresentava a presença dele. – Entre.

  - Não, eu... Eu preciso falar com você antes de ver Pattie.

  - Comigo? – Ele assentiu. – Justin, se for para tentar me beijar novamente e tentar me fazer voltar e tudo o mais, por favor, nem comece. Eu sou sua irmã. – Falar aquilo ainda era um pouco complicado. Eu ainda sentia vergonha, talvez sentisse para sempre.

  - Não... Não é isso, Ally. Eu realmente preciso conversar com você. Por favor, alguns minutos.

  - Tudo bem. – suspirei. – Mamãe, eu já volto.

Não esperei pela resposta dela, apenas fechei a porta atrás de mim e caminhei com Justin até o banco do jardim. Não sabia o que ele queria me falar, nem mesmo se realmente o queria escutar. Sentei-me, sendo seguida dele, que permaneceu quieto pelos próximos dois minutos, apenas me observando-me. Justin estava extremamente pensativo.

(Nesse ponto, uma música em especial me inspirou MUITO, e parte do que será mencionado tem a ver com a mesma, portanto, quem quiser acompanhar com a bendita, o link está nas notas finais).

  - E então? – O incentivei e ele respirou fundo, limpando a garganta.

  - Bom... Na verdade, eu vim aqui para te dizer muitas coisas, mas agora... Eu não sei bem como começar.

  - Do começo. Isso sempre ajuda.

  - Do começo? – Assenti. – Nossa história começou há muito tempo. – sorriu sem graça.

  - E você veio contar nossa história? Acho que eu já sei bem como ela é.

  - Não, você não sabe. Allyson, você sabe a sua parte da história, mas eu nunca te contei o meu ver em toda a confusão a que pertencemos. – Assenti, um pouco mais interessada. – Eu penso em nossa relação como... Como algo construído a partir de cartas. Como um castelo de cartas. Desde o inicio sabíamos que não podia dar certo, que desmoronaríamos a qualquer momento, e os motivos variavam. Minha rotina, minha personalidade, meu passado... E então eu descobri sobre o nosso passado. Nós éramos como dois idiotas apostando em algo com um final previsível, e mesmo sabendo que aquilo não poderia ter um final descente, eu insisti. Eu nunca conseguia parar quando o assunto era você, Allyson. Sempre que eu voltava para casa e te encontrava... Eu tinha esperanças de que podíamos ter um final diferente. Eu queria acreditar que, talvez, com você, eu poderia chegar até o final de maneira correta. Eu queria. Conforme o tempo passava, eu queria acreditar ainda mais que você nunca saberia da verdade, que nunca me abandonaria. Eu nunca me senti errado, para ser sincero. E meus sentimentos... Eu nunca menti sobre isso. Eu sempre te amei. Eu te amo. – Seus olhos estavam perdidos e ele brincava com a chave do carro em suas mãos, nervoso. – Eu vim aqui, por que... Eu entendo o que somos agora. Eu sei que eu, provavelmente, inverto o que sinto por você. Eu nunca senti nada mais que desejo por uma mulher, e não foi diferente com você no inicio. Mas, quando eu comecei a sentir carinho, quando eu comecei a querer te ver e ouvir sua voz... Acho que sempre foi como irmão, mas até hoje eu ainda não consigo separar isso. Agora, eu entendo o que somos. Entendo nosso verdadeiro laço, mas meus sentimentos ainda são completamente confusos. Vim com o intuito de te dizer que te trataria como irmão e que não te veria com outros olhos, mas ao olhar para você... Eu ainda não consigo. – suspirou.

  - Justin...

  - Não, espere um pouco. – Assenti, novamente. – Eu só quero te pedir uma coisa. – Concordei. – Mesmo que seja difícil, por favor, não me ignore. Isso acaba piorando, eu não sei... – Ele parecia realmente confuso. Justin não sabia exatamente o que me falar. Ele suspirou alto, frustrado. – Ah! Eu só queria que pudéssemos conviver normalmente. Eu juro que estou tentando arrumar tudo. E pode ter certeza que o melhor será eu organizar o que sinto, porque está interferindo em tudo na minha vida. Eu fui embora porque precisava pensar em como agir contra Tom, mas eu não consegui me manter focado em nada além de nós dois. Eu ainda não consigo pensar com clareza, Allyson. Eu estou tentando, e vou conseguir, você sabe que não existe nada que eu não consiga, mas eu preciso de tempo. E eu não sei quanto tempo será necessário, mas, por mim, por Pattie, tente conviver normalmente comigo. Eu não lhe dirigirei a palavra, eu sequer olharei para você caso seja o quer, mas não me ignore, nem aja de forma suspeita na frente de nossa mãe. Eu não quero que ela descubra o que tivemos. Não quero que ela descubra quem sou de verdade. – Sussurrou a ultima frase baixo, como se fosse só para ele, mas pelo silencio da noite que nos cercava, eu pude escutar.

Justin tinha... Medo? Ele tinha medo e ficar sozinho novamente. Ele não queria perder nossa mãe. Ele não queria se afastar da família que encontrou. Eu senti pena dele naquele momento. Ele crescera sem minha mãe, ele crescera sem ninguém para cuidar dele e ali estava o Justin ferido e sentimental que eu nunca havia visto. Justin nunca havia se mostrado daquela forma para mim, e eu senti meu coração apertar ainda mais em meu peito quando ele se permitiu ser visto. Ele também se sentia culpado pelo que vivemos juntos. Eu não era a única que sofria por tudo o que aconteceu. Eu não era a única ferida naquilo tudo, mas eu era a única que demonstrava. Naquele instante, eu vi Justin como um garotinho com medo num canto, solitário. Instintivamente, eu o abracei. Abracei forte, como nunca o havia abraçado antes. O sentimento que compartilhávamos era de carinho e compreensão. Tudo que aconteceu nos causou feridas que só o tempo poderia curar. E eu sabia que se mencionasse nossos filhos, tudo seria pior, pois, talvez, Justin perdesse o que mais lhe importava naquele momento. Sua mãe.

Eu não queria ser responsável por nada daquilo, pois Justin não merecia. Aquele Justin a minha frente não merecia.

 Após longos minutos abraçados, puxei meu corpo para trás, mas ele não me permitiu sair daquele abraço. Seus braços me rodearam ainda mais forte e seu rosto afundou em meu pescoço.

  - Fique assim um pouco mais. 


Notas Finais


https://www.youtube.com/watch?v=DfTROgtJ0JY (House Of Cards - BTS)

O que vocês acham desse lado do Justin? Espero que tenham gostado e que vejam esse capitulo mais positivamente, já que o anterior não teve uma aceitação tão boa, não é mesmo?

Previsão para o próximo capitulo: não tenho certeza, pois eu ainda não comecei a escrevê-lo e não sei exatamente como escrevê-lo, mas já sei o que acontecerá no mesmo, aliás, será um capitulo muito importante. E bom, como eu disse, há minha outra fanfic a qual tenho me dedicado bastante (já consegui escrever uns sete capítulos, mas só postarei quando estiver pronta).

Em fim, espero que tenham gostado, obrigada pelos comentários anteriores e espero vê-los comentando neste também. Leitoras novas, bem-vindas e leitoras antigas, obrigadaaa!

Até o próximo!

Twitter: https://twitter.com/swagsofjusten


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...