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História Como eu era antes de você - (Hot Version) - Segunda Temporada - Capítulo 5


Escrita por: geezerfanfics

Capítulo 36 - Segunda Temporada - Capítulo 5


— Nós não podemos ficar aqui.

Estava sentada sobre a antiga cama de Treena com as pernas esticadas e as costas escoradas em dois travesseiros. Will estava andando de um lado para o outro nos pés da cama. Estava vestindo uma camisa polo branca e uma calça jeans preta. Não parecia nem um pouco o William Traynor de Londres.

— Por que não? — Perguntei.

— Porque Patrick sabe onde você está. No meu apartamento ele não pode entrar.

Encarei-o e ele parou de andar para me encarar também.

— O que foi?

— Eu não posso deixar meus pais aqui sozinhos... E se Patrick vir até aqui? Ele está maluco.

— Eu tenho ótimos seguranças, Clark. Além do mais tem os policiais que ficam quase vinte e quatro horas aqui na frente.

Falando em seguranças... Como será que está Nathan? Aperto os lábios. Não sei se quero saber. Will começou a andar de novo de um lado para o outro. O maluco agora parecia ele.

— O que foi agora? — Perguntou, parando de novo.

— Nada.

Seus olhos me fuzilaram com tanta atenção que pensei ter encolhido.

— Como está Nathan?

Sua expressão finalmente se suavizou. Será que é porque tem uma notícia ruim para me dar? Então ele sentou-se ao meu lado na cama e, pela primeira vez, parou de se agitar.

— Ele está bem. — Disse e eu respirei aliviada, sentindo meus ombros relaxarem. — Vai receber alta do Hospital nessa semana. O braço dele continua intacto. Vai fazer dois meses de fisioterapia e depois já está pronto para o trabalho.

— Ele vai ficar na sua casa também?

— É claro. Ele mora lá.

Muito bem. Eu confio demais em Nathan e acredito que mesmo com o braço lesionado ele consegue, sim, proteger a si mesmo e também a Will.

— Voltando ao assunto.... — Ele recapitulou, ficando de pé novamente e começando a caminhar de um lado para o outro. Ele não parava de coçar o queixo e acho que essa é a sua melhor maneira de pensar melhor sobre as coisas. — Temos que voltar para Londres ainda hoje.

Engoli em seco. Não estou preparada para deixar meus pais. Ainda mais depois do choque de ontem. Mas acho que já desobedeci demais a Will e tenho que aprender a ouvir. Ok. Não quero pensar sobre isso. Balancei a cabeça mandando os pensamentos para longes. Comecei a prestar atenção na figura em minha frente. O corpo dele, mesmo tenso, continuava lindo. Aquela cintura V, com os ombros largos e a cintura fina, me fazia perder o ar. Tentei me controlar. Sua expressão séria era provocante demais. Será que ele sabe o que está fazendo comigo nesse exato instante? Hm... E ele ainda não me beijou. Não de verdade. Será que ainda está magoado?

— Vou pedir para Laurence vir para cá e vou chamar o... — Ele parou de falar quando olhou para mim. Juntei as sobrancelhas, confusa. — Por que está mordendo o lábio desse jeito?

Estou? Abri a boca levemente e soltei o lábio inferior dos meus dentes. Comecei a sentir calor. Eu devo mesmo estar sentindo essas coisas no meio desse clima tenso? Parece errado.

— O que está acontecendo, Clark?

Estou com um pouco de dor, mas tenho ainda mais vontade de sentir você, Will. Porém, não ousei dizer isso.

— Está tudo bem... Continue... Hã... O que você estava dizendo mesmo?

Ele sorriu. Meu coração tamborilou. Foi um sorriso enorme. Aquele sorriso que ele abria quando achava graça de algo. Espontâneo. Fazia tempo que eu não o via.

— Ah, Will, não sorria assim.

As sobrancelhas dele se ergueram em surpresa.

— Assim como?

— Desse jeito... Tão lindo.

— Você está flertando comigo, Clark?

— Estou sim, Sr. Traynor.

Não tive tempo nem de pensar. Apenas vi Will se aproximando de mim com rapidez e, de repente, meu rosto estava entre suas mãos. Ele olhou no fundo dos meus olhos por um instante, aquecendo tudo o que estava frio dentro de mim, e finalmente me beijou. Um beijo que mais era uma suplica. Mas súplica para o que? Fechei os olhos e deixei a língua dele entrar na minha boca. Dominando-me. Apaixonante. Penetrei seu cabelo com os dedos e deixei meu corpo aproveitar ao máximo aquela sensação. Fazia quanto tempo que eu não o beijava? Mais de uma semana, eu acho. Mas parecia milhões de anos.

Will me soltou dando-me espaço para respirar. Ainda segurava o rosto nas mãos. Nossos narizes ficaram grudados um no outro e nossas respirações, aceleradas, tentavam se acalmar. Eu amo esse homem. Amo como nunca amei ninguém. Faria qualquer coisa que estivesse ao meu alcance para vê-lo bem. Ele abriu os olhos, revelando íris que faiscavam a luxúria.

— Vá para Londres comigo, por favor.

— Vou. — Falei sem pensar duas vezes. Apertei mais os dedos em seu cabelo. — Vou, Will. Eu vou aonde você ir.

E então ele me puxou para me abraçar. Seus braços me envolveram tão calorosamente que eu sorri sozinha mesmo sabendo que ele não podia me ver. Apertei os braços ao redor dele também, tentando absorver toda aquela sensação maravilhosa que era estar com ele. Eu amo você, Will. E sempre vou amar.

 

 

Fechei a mala sobre a cama. Não tive tempo para muita coisa além de guardar as roupas na mala e vestir uma saia creme com uma blusa de mangas azul e all star pretos — precisava de conforto.  Ainda não tinha falado com meus pais sobre ir embora. Era noite. Laurence e Tyler, os seguranças, já estavam a caminho para proteger a casa. Sawyer e Jason ficariam com nós em Londres.

— Tudo pronto.

Virei para onde Will estava sentado; na cadeira da mesa de estudos — a mesma onde estava sentado quando nos reencontramos. Ele parece preocupado, mas ao mesmo tempo aliviado. Fico feliz por não estar mais zangado comigo.

— Muito bem. São oito horas. Vamos falar com seus pais.

Respirei fundo. Essa seria a parte difícil. Não sei se eu estava pronta para ir embora tão cedo depois de tudo o que aconteceu. Eu passei por um susto danado e não havia nada mais reconfortante estar perto das pessoas que eu mais amo. Mas eu devo essa para Will. Além do mais, Treena está em Londres e vivendo numa agonia por não poder vir para Stotfold por conta de Thomas e da faculdade. Eu tenho motivos para ficar, mas também tenho para ir.

Will segurou a minha mão, encorajando-me, e fomos para a sala de estar.

 

 

 

Esperamos até às dez horas pela chegada de Laurence e Tyler. Meus pais não queriam que eu fosse embora. Mamãe até chorou, mas papai foi mais compreensivo e entendeu que em Londres a minha segurança seria melhor e mesmo a deles não seria prejudicada. Entramos no jatinho quase onze horas da noite e eu estava exausta. Acho que foi pelo longo dia que tive — acordei com William me encarando e acabei com uma súplica dele para que eu voltasse para Londres. E só de pensar que há dois dias minha vida estava entediante demais...

Chegamos à Londres pouco depois da uma hora da manhã. Eu dormi a maior parte do voo e, na outra parte, Will limpou os dois machucados em meu rosto que já não doíam mais — e disse também que à tarde mandaria uma dermatologista na sua casa para cuidar dos meus ferimentos. Exagero. Mas no momento não estou no direito de discordar de muitas coisas.

— Sawyer e Jason já revistaram o apartamento. — Ele disse ao meu lado no elevador. — Estamos em segurança.

Será que estou transparecendo tanto os meus sentimentos em meu rosto? Inclinei discretamente a cabeça para frente, tentando enxergar além dele, onde havia uma parede inteira de espelho no elevador. Meus olhos estavam arregalados e eu não parava de morder o lábio. Acho que a resposta é sim.

Voltei a olhar para Will. Está tarde e eu sinto sono, mas mesmo assim paro para observá-lo. Mais uma vez eu o vejo de perfil; seu nariz reto, a boca desenhada, a camada grossa dos cílios pretos subindo e descendo de acordo com que ele pisca. Ainda está com a roupa de antes de partirmos de Stotfold. Não sei se é a saudade que sinto, mas o acho incrivelmente sexy nesse traje.

Will vira o rosto para me olhar.

— O que foi?

Sorrio inocentemente para ele.

— Está nervosa?

Mexo a cabeça em negativa.

— O que foi então?

Percebo que não estou deixando de falar porque não quero. Eu simplesmente não consigo falar nada. Estou abismada, confortada e admirada com a beleza dele. Poderia passar o dia inteiro o observando e jamais me cansaria. Meu coração bateu forte dentro de mim.

E então ele ergueu as sobrancelhas quando pareceu descobrir o porquê eu estava tão quieta. Ele deu um passo em minha direção e parou, esperando que eu dissesse ou transparecesse algo. Sorri. É isso mesmo, Will. Estou sentindo sua falta.

Quando eu menos esperei ele deu outro passo. E mais um. Assim que nossos corpos ficaram perto o suficiente ele agarrou minha cintura com as duas mãos e me empurrou até minhas costas baterem na parede. Will ergueu as mãos da minha cintura, desenhando minha silhueta, passando por cima dos meus seios e parou ao agarrar meu pescoço. Seus lábios encontraram os meus e nossas línguas se entrelaçaram em questão de segundos. Fechei os olhos. Ah, Will, eu estava com saudades. Suas mãos desceram novamente, seguindo o mesmo trajeto de antes, porém dessa vez muito mais lentamente. Quando passou pela linha da minha cintura ele ergueu o tecido da minha saia e a puxou para cima. A pele das minhas coxas tocava diretamente em sua calça jeans. Pude sentir sua ereção contra meu corpo. Puta merda. Eu preciso dele. Agora. Will levou a mão até meu sexo e o apalpou gentilmente por cima da calcinha. Contorci-me diante dele.

— Hmmm. — Gemeu baixinho entre o beijo. Inclinei a pélvis em sua direção. A mão dele, hábil, invadiu minha calcinha. Ah, pele com pele! — Senti sua falta.

Sabia que ele havia dito isso diretamente para meu sexo. Sorri. Will deixou os lábios dos meus e começou a percorrer pelo meu queixo e depois meu pescoço. O dedo indicador começou a massagear meu clitóris com círculos. O corpo dele me pressionava cada vez mais. Apertei os olhos. Não podia medir a falta que eu havia sentido das suas mãos em mim.

Mas então ele me soltou. Cedo demais. Olhei para ele, confusa, e ele deu um passo para trás e, sorrindo, ajeitou meu cabelo. Fiquei encarando-o e depois fiz beicinho. Em silêncio, ele deu as costas para mim e estendeu a mão para frente. O elevador parou de se mover no mesmo momento em que ouvi um click de algum botão sendo pressionado. Não vamos parar por aqui... Quando Will virou-se, seus olhos estavam escuros. Todos os nervos abaixo da minha cintura se tencionaram. Ainda olhando em meus olhos, levou as mãos até a calça e abriu a braguilha, revelando a cueca cinza. Minha garganta ficou seca, o coração saltando na boca.

— Ah, Will... — Murmurei. — Eu preciso de você. Agora.

Ele sorriu de canto. Ah, aquele sorriso! Não, não faça isso comigo! Senti vontade de gozar nesse exato instante, mesmo com ele longe de mim, mesmo sem o toque dele. Uau!

Ele se aproximou novamente e pressionou meu corpo com o dele. Erámos somente nós dois e as quatro paredes. Ele apertou sua ereção contra a minha virilha e eu gemi. Vamos logo, Will, por favor! Coloquei os dedos por entre seus cabelos macios e inspirei profundamente, inalando aquele perfume divino. Ele ainda mantinha o rosto afastado do meu, embora o corpo estivesse completamente colado, e me olhava com ternura. E seus movimentos foram rápidos. De repente minhas pernas estavam no ar e suas mãos estavam atrás das minhas coxas, equilibrando-me entre ele e a parede. As mãos subiram até a minha cintura. Ele aproximou o rosto, mas não me beijou. Ao invés disso, os lábios foram até meu pescoço e ele chupou de leve. Contorci-me de novo. Uma de suas mãos foi para frente do meu corpo e colocou minha calcinha para o lado. Joguei o queixo sobre seu ombro e aguardei. Ele tateou mais um pouco e finalmente senti seu membro me penetrar. Duro, quente, encostando lá no fundo do meu maior prazer.

— Ai! — Gemi, apertando os braços ao redor de seu pescoço.

Ele levou a cintura para trás e voltou com tudo. Isso, Will. Continuou o mesmo movimento por várias vezes, indo e voltando, quente e rápido. Duro. As estocadas eram profundas e precisas. Sem parar. Hora e outra ouvia o gemido rouco dele em meu ouvido. Suas mãos apertavam com força a minha cintura. Senti meu corpo se revigorar aos poucos. Toda a tensão dos últimos dois dias simplesmente se esvaindo no ar. Então era disso que eu precisava? Era dele? Mordi os lábios para reprimir um gemido alto. Will não parava de me penetrar; fundo, duro, quente, rápido. Sempre assim. Indo e vindo. Gemendo baixinho. Seu corpo estava relaxado, embora os ombros estivessem tensionados, me deixando sentir todos os músculos dali. Ele parecia tão vulnerável ali em minha frente que nem parecia o mesmo Will que me acordou hoje de manhã. Abri os olhos e encarei nosso reflexo no espelho. O corpo de Will indo e vindo num ritmo delicado, mas forte, minhas mãos em seu cabelo e suas costas se firmando cada vez mais.

Essa era uma visão de outro mundo. Estar aqui neste elevador fazendo amor com meu namorado era tudo de que eu precisava e nem sabia.

— Ah, Louisa... Como eu senti sua falta. — Ele disse baixinho entre um gemido.

E isso bastou para mim. Meu corpo se acendeu lá no fundo e uma pequena chama de luz reverberou por todo o meu corpo até se transformar numa explosão que me inundou em todas as partes. Apertei os olhos e mordi o ombro dele, gozando. Meu corpo inteiro tremia e, segundos depois, tranquilizou-se. A agonia do prazer, mesmo que gostoso, acabou ali, deixando-me extasiada. Will gozou logo em seguida gritando uma mistura de letras ao tentar falar meu nome.

 

 

Ficamos ali parados por alguns minutos até nossas respirações se acalmarem, ele ainda dentro de mim.

— Nossa, Clark, você não sabe como eu precisava disso.

— Eu também, Sr. Traynor.

Ele sorriu e então deu um passo para trás, saindo de dentro de mim. Suas mãos continuaram em minha cintura enquanto meu corpo deslizava pela parede, até meus pés se encostarem-se ao chão. Ele fechou a braguilha da calça jeans, ajeitou a camisa e tirou plumas inexistentes dos ombros. Depois olhou para mim e sorriu.

— Vem cá. — Puxou-me delicadamente pela mão. — Me deixa arrumar esse cabelo de quem acabou de dar uma trepada sacana.

Trepada sacana! Não pude evitar um sorrisinho, apesar de sentir minhas bochechas queimarem. Will passou as mãos por meus cabelos e tive que olhar pelo espelho, por debaixo de seus braços, para confirmar se ele estava realmente arrumando ou me fazendo uma caricia. Era delicioso demais ter suas mãos em mim, não importa como. Depois ele levou as mãos até embaixo e ajeitou minha saia, tentando deixa-la o menos amarrotada possível.

— Pronto. — Disse, satisfeito, e me deu um beijo na testa. Depois se virou rapidamente e clicou no botão da parede outra vez. O elevador voltou a subir. Ele olhou para mim de novo. — E aí, como eu estou?

Magnifico! E também com cabelo de quem acabou de dar uma trepada sacana, mas eu não quis dizer isso a ele. Eu gostava de vê-lo assim, mais arrepiado do que o normal, e gostava ainda mais de saber que fui eu quem fez isso durante nossa transa.

Ficamos de frente para as portas do elevador e ele pegou minha mão. Parecíamos tão normais que ninguém imaginaria que acabamos de transar aqui dentro. Reprimi um sorrisinho quando as portas se abriram. Como o prometido, Sawyer e Jason estavam esperando-nos na porta do apartamento.

 

 

 

Deitar na cama queen de Will com Londres inteira brilhando à meus pés através da parede de vidro me deixava completamente apaixonada. Eu nem andei pela cidade — exceto pelo nosso pequeno percurso até aqui de carro —, mas já sinto meu coração saltitante. Não é como se sentir sufocada num lugar minúsculo como Stotfold.

— Gail vai vir aqui amanhã. — Will disse, deitando-se ao meu lado. Estava apenas com a calça do pijama.

— A dermatologista?

— Não. Essa é Elena. Gail é ginecologista.

O que? Olhei para ele com a cabeça ainda sobre os travesseiros. Ele encarava o teto. O contraste de seu cabelo caramelo com a fronha branca me deixava sem fôlego. Mas precisava conversar.

— Por que chamou uma ginecologista na sua casa?

— Você toma anticoncepcional?

— Sim.... Hm... Quer dizer...

Fiz uma pausa. Como assim? Eu estou este tempo todo transando e nem sequer me lembrei das pílulas. E não usamos camisinha hoje. E nem da outra vez... Espera, como eu pude me esquecer?

— Eu já imaginava. — Ele disse. — Ela vai receitar a você o melhor método.

De repente meu estômago embrulhou.

— Will, eu posso estar...

Não consegui terminar de falar. Ele ergueu o corpo e se apoiou no cotovelo. Seu rosto me analisava de cima.

— Grávida? — Terminou ele.

Engoli em seco. Como eu não havia pensado nisso antes? Porra, Louisa! Quando foi a minha última menstruação? Hmm... Semana passada, eu acho. Não lembro. Estou confusa. Como eu pude me esquecer?

— Transamos algumas vezes sem camisinha, Clark. — Ele disse calmamente. — Mas isso não quer dizer que esteja grávida. Além do mais, se estivesse, acho que teria acontecido alguma coisa com você quando...

Ele não terminou. E nem precisava. Tem razão. Se eu tivesse um bebe dentro de mim eu o teria perdido no momento em que Patrick me agrediu. Ou quando levei o susto na festa de 10 anos da empresa dos Traynor. Respirei aliviada.

— Tem vezes que você me deixa louco. — Revelou, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Seus olhos estavam ternos enquanto me examinava. — E eu nem me lembro da camisinha. Eu só tenho vontade de entrar em você logo.

— Isso é irresponsável, Will.

Tentei manter o rosto sério, mas foi inútil quando ele me olhou de esguelha. Abri um sorrisinho tímido.

— Tudo bem. — Admiti. — Eu sei que deveria lembra-lo também.

— Por isso Gail vai vir aqui amanhã. Não vamos precisar nos preocupar mais.

— Tudo bem. Isso é um alívio.

Ele ergueu as sobrancelhas.

— É?

— Sim, claro. Pra você não é?

— Não sei...

— O que você quer dizer com isso?

Ele voltou a deitar no travesseiro. Fiquei olhando para onde seu rosto estava antes, agora encarando a imensa parede de vidro.

— Eu penso em ter filhos, Clark. Você não?

Engulo em seco. Acho que nunca pensei nisso. Nem quando estive com Patrick por sete anos. Exceto pelo dia em que voltei para Stotfold e vi um homem de cabelos escuros com sua filha, Callie, e imaginei que talvez nunca tivesse isso com Will.

De repente me sentei na cama. Meu Deus, como eu não me dei conta disso antes?

 Olhei para Will com os olhos arregalados e ele também se sentou.

— O homem que me ajudou no beco... — Murmurei, sentindo minha voz falhar aos poucos. — Eu o conheço.

 

 

Permaneci sentada na cama, aflita, cruzando os dedos sobre as pernas. Will saiu do quarto há uns quinze minutos e disse que ia falar com Laurence ou Tyler que estão em Stotfold. Como eu não pensei nisso antes? Aquele corpo jogado no chão com Patrick, trocando chutes e socos, era familiar. Meu Deus. Será que alguma coisa aconteceu com ele? Engoli em seco. Ele parecia tão feliz há uma semana voltando para sua esposa. Parecia que eles tinham passado por tanto sufoco em Brighton e pensar que eu posso ter arruinado com aquela linda família era angustiante. E pior ainda era pensar que talvez a pequena Callie possa ter ficado sem o pai...

— Passei os dados que você me deu sobre ele. — Will disse entrando no quarto.

Eu não tinha muitas informações sobre ele — sabia que a filha dele se chamava Callie, que era de Brighton e que a esposa estava a algum tempo trabalhando em Stotfold. Espero que isso ajude de alguma forma.

 — Agora já está tarde. — Ele disse, deitando-se ao meu lado e me puxando para perto de si. — Vamos dormir, Clark.

Estava incomodada demais para sentir sono. Mas Will estava muito cansado. Então deixei que ele me abraçasse por trás e fechei os olhos, sentindo o coração acelerar-se à medida que eu lembrava daqueles rostos que encontrei no trem.

 

 

 

Acordei com um sobressalto, assustada. Rolei os olhos rapidamente pelo lugar. É o apartamento de Will. Respirei aliviada. Estou sentindo calor. Muito calor. Olho para baixo e vejo as pernas de Will entrelaçadas em mim. Ele estava me agarrando tão forte contra si que meu corpo inteiro suava. Ouvi um gemido. Olhei para cima, na altura dos nossos travesseiros, e a expressão de Will era de dor. Outro gemido. Foi por isso que acordei.

— Will — Sussurrei, lutando-me para livrar de suas pernas e braços. Fiquei sentada sobre a cama. — Will!

Outro gemido. Puta merda. Ele está tendo um pesadelo.

— Will! — Agarrei-o pelos ombros e comecei a sacudi-lo.

Seus olhos se abriram arregalados. As pupilas dilatadas de medo. Ele piscou e ficou olhando para mim.

— Está tudo bem. — Murmurei.

— Louisa!

Foi a única coisa que ele disse antes de segurar minha cabeça com as duas mãos e me puxar para ele, nossos lábios se encontrando. Will começou a me beijar com urgência, como se isso fosse a última coisa que ele faria na vida. Fechei os olhos e me entreguei ao beijo. E de repente ele girou o corpo por cima do meu. Suas mãos desceram do meu rosto e foram até a barra da minha camisola. Ele a ergueu e arfou satisfatoriamente quando colocou a mão sobre o meu sexo. Em um segundos éramos dois apaixonados nos beijando e, no outro, dois loucos um pelo outro. Ergui a pélvis para ele. Não sei porquê, mas repentinamente ele precisou demais de mim. Do meu corpo. E como eu posso negar esse homem? Abri os olhos quando ele afastou a boca da minha e começou a beijar meu rosto, meu pescoço, meus ombros, minha clavícula, e voltou a beijar tudo de novo. Sorri com sua carícia em meio a nossa malícia. Enterrei os dedos por entre seus cabelos macios e inspirei fundo. É um cheiro gostoso. Cheiro de William. Fiquei aliviada quando as mãos dele arrastaram para baixo a minha calcinha de renda. Lutando embaixo dele, movi minhas pernas até me livrar do tecido. Uma pontada surgiu lá no fundo do meu útero. Arfei.

— Ah, Clark, sempre tão pronta. — Ele disse os dedos por meu sexo.

Will levou uma das mãos até a calça do pijama e a arrastou, livrando seu membro ereto. Perdi o ar. Ah, como eu o quero! Sua cintura inclinou-se para frente, mas ele não me penetrou. Apenas encostou-se à minha vagina o suficiente para me faze delirar.

— Will... Não, não... Por favor...

Ele sorriu satisfeito. Depois, muito devagarinho, deslizou para dentro de mim. E saiu. Entrou novamente. Não pude evitar um “oh” de exclamação. Will colocou uma das mãos acima da minha cabeça e a deixou ali apenas para me manter parada abaixo dele enquanto ele se movimentava. Nossos narizes estavam colados num no outro e nossas respirações aceleradas e quentes se misturavam. Abracei suas costas, apertando o máximo que pude dos meus braços ali, e abri mais as pernas. É sempre uma delícia incomparável estar fazendo amor com Will. Ele ainda não mudou de ritmo. Permanecia no mesmo vai e vem lento e provocante. A boca dele selava os meus lábios de vez em quando. Meu coração não parava de disparar dentro do peito. Estava com tanta saudade disso. Dele, do seu corpo, do seu toque, da forma como ele me preenche. Acho que jamais conseguiria saciar minha vontade deste homem. Mantive os olhos abertos, fitando o dele, que também me fitava. As íris não estavam mais dilatas com o medo, mas sim brilhantes de luxuria. Sorri para ele e recebi o mesmo sorriso de volta; aquele torno, terno, que eu mais gosto.

Ah, não, Will! Eu não quero terminar agora. Não posso. É cedo demais... Mas uma pontada começou a surgir lá dentro de mim. Ele desceu o rosto, deixando uma trilha de beijos da minha boca, depois no queixo, no pescoço e, finalmente, entre meus seios. Perdi o ar. Ele usou o nariz para afastar o tecido de ceda da minha camisola creme e suspirou contra minha pele quando viu meu seio nu. Sem esperar ele o abocanhou e começou a suga-lo com força. Minhas costas saíram do colchão. Puta merda!

— Will, eu vou...

Não consegui terminar de falar. Ele sorriu, ainda chupando meu mamilo e, sem avisar, acelerou os movimentos. Seu membro duro e pulsante saiu de um ritmo suave para um rápido. O som das nossas peles se chochando começou a ecoar pelo quarto. Ah... Não pude aguentar mais nenhum segundo. Gozei intensamente abaixo do corpo dele, agradecendo muito por estar aqui.

Will gozou segundos depois emitindo um gemido vindo lá do fundo da garganta, abraçando-me com força e caindo em cima de mim.

 

 

Nossas respirações foram aos poucos se acalmando.

— Sonhei que você tinha morrido. — Will disse quando recuperou o ar para falar. Estava com o rosto enterrado no um pescoço. Ele ainda estava dentro de mim e sobre o meu corpo. Ele equilibrou-se nas mãos, uma de cada lado da minha cabeça, e sustentou boa parte de seu peso ali. Quando me olhou seus olhos estavam escuros e assustados. — Você estava morta... No chão... Tão fria... Não acordava.

Ao falar isso a voz dele soava tão triste que a única coisa que consegui fazer foi puxá-lo para perto de mim.

— Ei. Foi só um sonho. Está tudo bem agora.

Ele me abraçou de novo e começou a dar vários beijinhos no meu pescoço. Aos poucos saiu de dentro de mim, mas continuou sobre meu corpo.

— Não sei o que seria de mim se você não existisse mais, Clark.

Engoli em seco. Eu penso o mesmo. Como seria minha vida de Will simplesmente sumisse? Balancei a cabeça. Não quero pensar nisso. Já passou.

— Nada vai acontecer comigo, Will. — Sussurrei. — Estamos bem agora. Eu já voltei. Estamos seguros, não estamos?

— Sim, claro que estamos. — Ele ergueu a cabeça outra vez para me olhar. Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas fechou-a de novo. Um silêncio interminável se instalou no corpo.

Franzi o cenho. O rosto dele parecia cansado de repente. Will girou o corpo para o lado vazio da cama e saiu de cima de mim. De imediato senti falta de seu calor sobre minha pele. Olhei para ele, mas só agora notei que o quarto ainda estava escuro. Que horas são?

Will bocejou e virou o rosto para mim. Ah, ele é tão lindo!

— Louisa, você...

Ele parou.

— Eu o que?

— Nada.

— Fala, Will.

— Nada. Vem cá — Ele virou o corpo na minha direção e puxou-me para perto de si. — Vamos dormir de novo.

Ah, não... Odeio esse seu tom de voz. Ele está tentando me esconder algo. O que é será? Fiquei olhando para ele até vê-lo cair no sono novamente.

 

 

 



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