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História Como eu era antes de você - (Hot Version) - Segunda Temporada - Capítulo 6


Escrita por: geezerfanfics

Capítulo 37 - Segunda Temporada - Capítulo 6


— Bom dia, Srta. Clark.

A Sra. Charlotte estava na cozinha preparando um café da manhã muito cheiroso. Sentei-me num dos bancos da bancada. Dois pratos estavam postos ali em cima, mas não havia nem sinal de Will.

— Bom dia, Sra. Charlotte. Sua comida está cheirando muito bem. — Sorrio, olhando em volta. — Onde está William?

Ela me olha, mas continua o que está fazendo no fogão. Seu rosto é tão gentil que me aquece.

— No escritório, Srta. Clark.

— Me chame de Louisa, por favor.

— Certo, Louisa.

Levanto do banco alto e me dirijo até o escritório de Will, bem perto da cozinha. O que será que ele está fazendo lá tão cedo? Alguma coisa dentro de mim me diz que é algo relacionado com Patrick ou o homem que me ajudou. Que horas ele acordou? Será que descobriu mais alguma coisa? Sinto meu estômago embrulhar. Olho para minha sandália preta. Estou usando uma saia azul e uma camisa da mesma cor com um cinto dourado. Will faz com que eu queira me vestir bem. Tentei passar maquiagem para melhorar o look, mas o machucado em meu supercilio ainda dói. Na boca, nem tanto. Estão cicatrizando rapidamente.

Bato à porta do escritório que está apenas entreaberta e coloco metade do corpo para dentro. Will está divino em um terno preto com os botões do casaco aberto. Está usando uma gravata prata, a minha preferida. Ele tampa o bocal do celular e me lança um sorriso terno. Meu coração se derrete.

— Bom dia, Clark. — Ele diz e depois me olha da cabeça aos pés. — Aonde você vai assim?

— Tenho duas consultas privadas hoje que meu namorado maravilhoso agendou. — Digo, sorrindo de volta. Por que é tão bom vê-lo? — E depois quero ver Treena.

Ele parou de sorrir e destapou o bocal.

— Laurence, ligo para você daqui a alguns minutos. — Disse secamente e desligou o telefone, largando-o sobre a mesa. Depois me encarou com uma sobrancelha arqueada. — Vai ver Treena?

— Sim. Descobriram mais alguma coisa sobre o homem que me ajudou?

— Não. Laurence ainda está trabalhando nisso.

Seu tom de voz é frio. O que há de errado?

— Tem um maluco a procurando e você quer simplesmente fazer uma visitinha para sua irmã?

Engoli em seco. Ele nunca falou assim comigo antes — não que eu me lembre. Tudo bem, ele tem razão.

— Pensei que um dos seguranças podia ir comigo. — Menti. Eu nem havia pensado nisso. Estar aqui com ele me faz sentir tão segura que me esqueço de todas as outras coisas. — Além do mais, estou com saudade dela e de Thom.

— Você só está segura aqui, Clark. Não vai sair.

— Eu não os vejo desde... — Minha voz falhou. Respirei fundo. — Desde que eu fui embora.

Ele hesitou por um momento. Parece que se lembrar disso não traz boas lembranças a ele.

— Não. — Balançou a cabeça negativamente. — Você não vai sair daqui.

Abro o restante da porta e entro no escritório. Seus olhos se iluminam quando vê meu corpo inteiramente naquela roupa, mas depois ele reconquista o olhar duro de novo. Cruzei os braços.

— Não vou deixar de ver minha irmã e meu sobrinho.

— Eles podem vir aqui.

— Ela estuda um turno e Thomas fica o dia inteiro na creche. Ela não pode simplesmente largar tudo e vir para cá.

— Então não. — Ele ficou em pé e ajeitou o casaco. Porra, como ele é lindo. Afastei o pensamento. — Está decidido. Você não vai.

— Não pedi permissão, Will.

Falei isso antes de pensar na gravidade. Ele inclinou a cabeça para o lado, me observando melhor, e depois suspirou. Um suspiro pesado e que dizia “você não é nem um pouco fácil de lidar”. Lá no fundo, meu inconsciente concordou.

— Não posso deixar com que você corra risco outra vez, Clark. Não vou deixar esse maluco ter outra chance como a que teve.

— Mas eu vou estar com um dos seus seguranças!

— Não importa. Vai estar na rua. Isso é perigoso demais.

Faço cara feia pra ele. Por que tem que estar sempre no controle de tudo?

— Não adianta me olhar assim. Não é não.

— Você não pode mandar em mim, William!

Ele se inclinou sobre a mesa, as mãos escoradas na madeira, o corpo tenso. Acho que estou o irritando. Seu maxilar trincou. Como ele pode ser tão lindo assim? Está sexy. Engoli em seco, tentando me concentrar outra vez.

— Eu prometi a sua mãe que você estaria melhor aqui do que em qualquer outro lugar do mundo. Você não vai.

E há como discutir com ele? Fiquei olhando com cara feia e cinco segundos depois dei as costas. Eu quero ver Treena e Thom. Estou morrendo de saudades. Contudo, ele tem razão. Eu não posso me arriscar novamente. Patrick ainda não foi encontrado. Além do mais, será que alguém sabe sobre o homem que me ajudou no beco? Penso em voltar e perguntar, mas não volto. Vou direto para a cozinha e tomo meu café da manha sozinha enquanto Will continua enfurnado no escritório.

 

 

Gail, a ginecologista, está sentada em minha frente. Já passa das nove horas da manhã e me pergunto quanto essa consulta particular está custando. Depois do café da manhã aproveitei os minutos que tinha para pesquisar sobre ela — a ginecologista mais renomada de Londres — e Elena, a dermatologista — formada em Harvard. Will pode ser irritantemente controlador, mas tenho que admitir que sua preocupação comigo é admirável. Gail está vestindo um tailleur azul celeste. Acho que têm uns quarenta anos, mas não parece. O corte de seu cabelo loiro é caro e a deixa muito jovial.

— Gail, está é a Clark. Louisa Clark.

Ela me estende uma mão de unhas vermelhas e grandes. Sinto a mão de Will na minha cintura.

— Olá, Gail. Prazer em conhecê-la.

— O prazer é todo meu, Srta. Clark.

— Por favor, sentem-se. — Will diz, tirando as mãos de mim. Subitamente sinto falta de seu toque.

Ela sentou-se em um dos sofás creme e eu em outro. Era uma mulher refinada, isso era óbvio. Gail colocou uma maletinha no assento ao seu lado e abriu-a, revelando vários utensílios. Depois ergueu os olhos e sorriu sem jeito quando viu que Will ainda estava em pé no sofá ao lado.

Gail olhou para mim. Tentei não expressar nada, mas sou completamente incapaz disso.

— Sr. Traynor, me desculpe, mas você poderia...

— Dar o fora? — Completei.

Ela riu. Eu ri também, embora, no fundo, eu ainda esteja muitíssimo irritada com ele. Will abriu aquele sorriso largo e satisfeito e ergueu as mãos, se rendendo.

— Tudo bem, senhoritas. Estou saindo.

Will girou nos calcanhares e saiu da sala de estar. Gail me olhou ainda rindo.

— Muito bem, Srta. Clark. Vamos começar.

 

 

 

Estávamos a mais de meia hora sentadas no sofá da sala de estar e o tempo todo respondi várias perguntas.

— Primeiro eu preciso que você urine aqui. — Ela disse, entregando-me um potinho pequeno depois de anotar todas as minhas respostas.

Peguei-o e franzi o cenho.

— É um teste de gravidez.

Engoli em seco.

— O que?

Ela sorriu e ergueu as mãos, se desculpando.

— Oh, me perdoe. Não estou dizendo que está grávida. É que precisamos disso antes de dar algum remédio para você.

Respirei aliviada. Olhei para o potinho e não desejei quebra-lo como quando ouvi o que ela disse. Meus ombros relaxaram.

— Tudo bem. Com licença.

Fiquei em pé e fui até o banheiro do primeiro andar. Meu coração ainda pula disparado mesmo com a tentativa de Gail de me acalmar. Será que posso estar grávida? Eu e Will transamos sem preservativo algumas vezes. Engoli em seco. Não posso estar grávida. Nós nem somos casados! Além do mais eu conheço ele só há algumas semanas — dois ou três meses, talvez? Espanto-me com a forma como o tempo pareceu ser bem maior desde que eu o conheci. Parece que tanta coisa já aconteceu e que estou com Will há muito tempo.

Balanço a cabeça, mandando os pensamentos embora, e me concentro no que estou fazendo.

 

 

Quase dez minutos depois estou de volta. Gail permanece no mesmo lugar, porém agora está segurando elegantemente uma xícara de chá decorada. Sento-me no sofá ao seu lado e coloco o potinho na frente dela, meio constrangida. Afinal de contas, ela está bebendo chá!

Gail pega uma caixinha já aberta e tira de lá algo comprido parecido com um termômetro. Ah, o teste de gravidez... Eu lembro muito bem disso. Estava com Treena quando ela fez o dela e deu positivo. Fico olhando-a. É sério que ela não tem nojo de fazer isso enquanto toma chá?

— Se tiver duas tirinhas é porque..

— Estou grávida. — Termino sua frase. Ela me olha com as sobrancelhas bem feitas erguidas. — Ah, desculpa. É que minha irmã já usou um desses.

— Ah, claro.

Comecei a arranhar os joelhos com as unhas. Estou aflita. Acho que nunca senti medo de estar grávida antes — até porque sempre tomei anticoncepcional. Por que eu parei? Fico olhando nervosa para o teste. Arrependo-me imediatamente de ter mandado Will sair da sala. E se esse teste der positivo? Tirei os olhos dali e fitei meus dedos arranharem minha pele, deixando uma trilha vermelha por onde minhas unhas passavam. Eu não posso ser mãe. Não tenho condições para isso agora. Como eu vou educar uma criança?

— Negativo. — Gail diz de repente.

Solto um suspiro longo, sentindo todos os meus músculos relaxarem. Era isso o que eu precisava ouvir. Acho que ela notou e pareceu até meio surpresa. Será que ela acha que eu posso dar o golpe do baú em William?

— Bom, devido à sua rotina, acredito que a melhor opção de anticoncepcional seria a injeção. — Ela disse, terminando de anotar uma última coisa na minha ficha. Depois ergueu os olhos escuros para mim. — É apenas uma opção. A escolha é sua.

— Tudo bem. — Dou um sorriso amarelo. Não sei se fico contente com a situação ou desconfortável pela fortuna que isso tudo está custando. Eu poderia ter ido numa clinica. Mas de qualquer forma não consigo esconder o alívio em meu rosto. — Vamos fazer a injeção, então.

 

 

 

Sentei-me na sala de estar com a televisão imensa. O controle pendia na minha frente enquanto passeava por canais aleatórios sem prestar atenção. Fiquei surpreendida com minha reação hoje com o teste de gravidez. Até agora não sabia que tinha tanto medo assim. Ainda bem que agora está tudo certo. O alívio dentro de mim é incontrolável. Porém, por outro lado, meu corpo ainda irradia irritação. William não tem o direito de me prender aqui. Eu preciso ver a minha irmã. Mas depois do que eu fiz será mesmo que ele não tem direito? Além do mais, ele prometeu para minha mãe que eu ficaria bem.

— O almoço está quase pronto. — Ouço a voz de Will e isso basta para que meus pensamentos cessem.

Olho para o lado e dou de ombros. Ele está escorado na parede com os braços cruzados e sabe que ainda estou brava. Seus olhos me estudam por alguns instantes antes de ele vir em minha direção. Acho que pelo meu rosto deve ter deduzido que eu não ficaria sem falar com ele. Tentei me recompor. Preciso parecer irritada o suficiente.

— Como foi com Gail?

— Legal. Estou usando o anticoncepcional injetável.

— O que achou dela?

— Ela é boa no que faz.

Ele pareceu se sentir aliviado.

— Que bom. Eu estava pensando... Hm... De deixa-la como sua ginecologista sempre.

Engulo em seco.

— Quanto essa consulta custou?

— Não importa.

Será que eu quero mesmo saber? Não me sinto nada confortável usando o dinheiro dele.

— Que horas é a consulta com Elena?

— No primeiro horário da tarde. — Falou, sentando-se ao meu lado.

Voltei a olhar para o visor da televisão e agora comecei a realmente prestar atenção. Preciso achar algo de interessante para me entreter enquanto Will está do meu lado. Quero ser fria o suficiente. Ainda não concordo com as medidas que ele está tomando.

— Estava pensando em ir para Aspen amanhã. Quer ir?

Isso me chamou tanto a atenção que me obriguei a olhá-lo com os olhos arregalados, abismada. Como ele consegue falar tão normalmente assim como se estivesse indo para o bairro vizinho?

— No Colorado? — Perguntei só para ter certeza.

— Sim. O que acha?

Ainda estou brava com ele.

— Eu tenho escolha?

— Tem. Se não quiser podemos ficar aqui.

— Tanto faz.

Ele contraí os lábios, achando graça. Faço cara feia. Ele está mesmo rindo de mim?

— O que foi, William?

— Você fica um amor quanto está brava. — Disse, segurando meu queixo com os dedos.

Fiquei olhando furiosa para ele, mas à medida que o sorriso dele aumentava, sentia que tinha que me esforçar ainda mais para não rir também. Ah, ele é fascinante!

— Ah, William, não seja besta!

Levantei-me do sofá. Acho que ainda preciso parecer chateada o suficiente, pois parte de mim acredita que talvez ele ceda e me deixe ir ao apartamento de Treena.

 

 

 

A Dra. Elena é bem diferente de Gail. É muito mais jovem — no máximo uns trinta anos. Usa um vestido social preto bem apertado no corpo cheio de curvas. A maquiagem é impecável. Realmente, muito bonita. Mas a presença dela ali me deixa desconfortável. Desde que chegou ela não para de rir demais e olhar demais para Will — que, aliás, não pediu para ele se retirasse. Acho que nunca vou me acostumar com as mulheres se rendendo aos encantos do meu belíssimo namorado.

— Os ferimentos são leves. — Ela disse ao terminar de examinar minha pele. Havia passado um algodão molhado com algum liquido e minha pele estava refrescante.

— Eu falei que não era tão grave assim. — Disse, olhando para Will que estava sentado no sofá de frente para nós duas. Seu olhar não desgrudou de mim desde que se sentou ali — o que me deixa muito contente.

— Posso recomendar a você uma pomada para passar duas vezes ao dia. — Ela disse, escrevendo rapidamente na minha ficha. Seus longos cílios dançavam encantadoramente enquanto ela falava. — Vai ajudar a secar seus ferimentos. Acredito que não vai ficar marcas na sua pele, não há com o que se preocupar.

— Ótimo.

— Mas eu recomendo uma visita pelo menos uma vez na semana para saber como estão indo as coisas. Não queremos correr o risco de deixar nenhuma marquinha aí, não é mesmo? — Disse, sorrindo de maneira exagerada, depois virou o rosto para Will. — E claro, se o Sr. Traynor aceitar.

Ele balançou a cabeça.

— Claro. Qualquer coisa para cuidar dela.

Elena continuava sorrindo e fazendo charme. Você não ouviu, não? Qualquer coisa para cuidar de mim!

— E por você tudo bem, Srta. Clark?

— Tudo bem, sim.

Ela fez mais algumas anotações e depois me entregou o papel. Uau! Ela tem uma caligrafia linda, preciso admitir. Depois ela ficou em pé, equilibrando-se no longo salto, e estendeu a mão de unhas enormes e vermelhas para Will, que ficou em pé também.

— Obrigada, Sr. Traynor. — Ela sorriu graciosamente. De novo! Reviro os olhos sabendo que nenhum deles podia me ver. — É sempre um prazer vir aqui.

O que? Meu inconsciente revira os olhos também. Ela já esteve aqui? Por quê? Elena se volta para mim.

— Foi um prazer conhece-la. Sra. Clark.

Já eu não posso dizer o mesmo.

— O prazer foi todo meu. — Resolvi mentir.

Então ela saiu rebolando pela sala e Sawyer a acompanhou até a porta. Faço cara feia às suas costas, cruzando os braços na frente do corpo como uma criança birrenta. Will se vira para mim.

— Por que essa cara, Clark?

— Eu não gosto dela.

— Por quê?

— Porque ela gosta de você.

Ele riu.

— O que?

Will parecia realmente achar isso muito absurdo.

— É, ela gosta de você. Não percebeu todos aqueles sorrisinhos e o charme com o cabelo?

— Não. Não percebi nada.

Reviro os olhos. Claro que ele percebeu. Qualquer um notaria aquela mulher.

— Você revirou os olhos para mim, Clark?

Dane-se.

— Ela já esteve aqui, não esteve?

— Sim.

— Por que?

Will hesitou por um momento.

— Quer mesmo saber?

Será? Faço que sim com a cabeça antes de pensar direito.

— Ela era a dermatologista particular de Alice. Você sabe... Ela era preocupada com tudo o que envolvia aparência. Coisas de mulher.

Ah! Acho que eu preferia não saber. Então algo me vem à mente.

— Não, eu não sei. Nunca tive dinheiro sobrando pra essas coisas.

Só de pensar que talvez William pense que sou como Alice faz meu estômago embrulhar.

— Eu sei que não. — Ele deu um passo a frente fazendo nossos corpos ficarem muito perto um do outro. — Por isso que eu gosto de você.

Ele ergue a mão e coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Abro a boca deixando o ar sair num suspiro. Seus olhos de repente se escurecem e a chama de algo a mais se ilumina em seu rosto.

— Gosto de você até quando revira os olhos para mim. — Seu rosto chega perto do meu e eu me desestabilizo. Ele está tentando me distrair. E consegue. — Aliás, você acabou de fazer isso, não fez?

Engulo em seco. Como suas palavras podem ser tão quentes e sensuais? Vejo o seu belo rosto se aproximar cada vez mais do meu e minhas pernas tremem quando ele roça nossos lábios. Eu tento não cair na tentação dele, mas não consigo. Will afasta milimetricamente o rosto do meu e abre um sorriso de canto — o meu preferido. Seu sorrisinho diz Você-É-Tão-minha e sei que a partir de agora não posso mais fingir que ele não mexe comigo. Porque mexe demais.

Ergo os braços e envolvo seu pescoço com os braços, puxando-o para perto até nossos lábios se juntarem. Invado sua boca com a língua notando que, de repente, estou sedenta por ele. Como podemos mudar de briguentos para amantes de um minuto para outro? Talvez essa seja uma das coisas que eu mais amo entre nós. Will passeia com as mãos por meu corpo e depois as leva até os meus braços e os tira dali.

Ele cessa nosso beijo. Fito-o, confusa.

— Você revirou os olhos para mim, Clark.

Não sei dizer se sua expressão é só luxuria ou se um tom de ameaça também passa por ali. Respiro fundo. Will, habilidosamente, me gira nos calcanhares e bate na minha bunda. Solto um gritinho de susto.

— Suba as escadas. Rápido.

Faço o que ele manda em silêncio. Vou em direção as escadas rebolando, ciente de que ele está me olhando. O que será que ele vai fazer comigo? Hm... Mal posso esperar para ver. Mordo os lábios e subo rapidamente os degraus. Todos os músculos abaixo da minha cintura se contraem. Quando chego ao corredor a mão de Will encosta-se no meu ombro e me faz parar.

Estamos na frente da porta do quarto dele. Ah, falta tão pouco! Então ele me puxa de repente e seus braços me envolvem. Sua língua procura a minha e em segundos somo só língua, excitação e desejo. Sua mão desce até a minha saia e a puxa bruscamente para cima, deixando-a encaixada em minha barriga. Sua boca se desvencilha da minha e ele se ajoelha na minha frente? O que?

— Fique parada. — Diz, puxando minha calcinha. Assim que a passa por meus pés ele a leva diretamente para o nariz e inspira profundamente. Seu simples ato se liga diretamente a minha virilha e é impossível não me contorcer. — Quieta, Clark.

E quando eu menos esperei sua boca estava em meu sexo. Ali, no meio do corredor, em pé e vestidos. Ah... Sua língua resvala pela parte interna da minha vagina e eu agarro seu cabelo com os dedos. É tão bom. Will sabe o que faz. Fecho os olhos e solto um suspiro. Não me importo se alguém pode nos ver aqui. Sua língua começou a fazer círculos em meu clitóris e meus músculos se contraíram mais ainda. Meu coração se disparava e eu não queria parar com isso nunca mais. A língua habilidosa me acariciava e provocava.

Mas então ele parou e ficou de pé outra vez.

— Isso é bom, Clark?

— É...

Eu estou sem voz. Uau! Will me puxa para um beijo de novo, devolvendo meu gosto. É salgado... Hum... É bom.

— Isso... — Ele murmurou, encostando nossas testas. — Esse gosto, Clark. É incrível. Você é deliciosa.

Sorrio, tímida de repente. Will abaixa as mãos até a minha bunda e a aperta com força. Depois, com o pé, empurra a porta.

— Entre. Agora.

Faço o que ele pede e vou rapidamente para o quarto. Quero continuar com isso o quanto antes. Acho que nunca vou me cansar desse homem. Minha libido encontra-se nas alturas.

Estou indo em direção à cama, mas Will me puxa de novo e me deixa contra a parede, minhas costas encostando-se com a parte da frente de seu corpo. O movimento foi brusco, mas incrivelmente não me machucou. Ele enrola as mãos no meu cabelo e puxa minha cabeça levemente para trás. Sinto sua ereção bater na minha bunda.

— O que você fez, Clark?

— O... O que eu fiz?

— É, o que você fez?

— Hm... Revirei os olhos para você...

— Muito bem.

A mão livre faz a volta no meu quadril e vai direto para meu sexo. Ele apalpa tão sensualmente que faz meu corpo inteiro tremer. Solto um suspiro longo. Seu dedo indicador escorrega por minha vagina.

— Hmmm... — Ele murmura. — Sempre tão pronta pra mim.

E de repente ele solta a mão do meu cabelo e puxa da minha cintura para baixo, fazendo com que eu ficasse inclinada e empinada para ele. Ouço-o abrindo a braguilha da calça e, sem delongas, está dentro de mim.

— Ah! — Gemo, jogando a cabeça para trás.

Will começa a investir rapidamente. Não foi como das últimas vezes onde começava lentamente. Assim eu não vou aguentar. Uma de suas mãos estava em meu ombro para que ficasse parada no mesmo lugar e a outra estava na minha cintura, apertando os dedos contra a minha pele. Apertei os olhos. Seu membro me preenche tão deliciosamente que sei que não vou resistir por muito tempo. Ele não para de entrar e sair; rápido, forte.

Minhas pernas começaram a tremer. Está chegando... Meu orgasmo está chegando. A agonia do prazer finalmente será aliviada. Mordo os lábios com força e me deleito com toda a sensação. Ser tocada e penetrada por ele é a melhor coisa. Então, quando senti uma pontada vinda lá do fundo, pronta para me fazer relaxar e ter a sensação magnifica do clímax, ele parou.

— Will...

Ele tirou o membro de dentro de mim. O que? Suas mãos me giraram de frente para ele.

— Sabe o que acontece você quando revira os olhos para mim, Clark?

Minha garganta está seca. Eu só preciso do orgasmo.

— Você não goza.

Ah, William! Contorço-me. Já recebi esse castigo uma vez. Acho que é mais uma vingança porque eu o abandonei e estava desrespeitando-o quando não tinha o direito de fazer isso. Mas porque é que ele começa e não termina?

Will fechou a braguilha da calça. Então nem ele vai terminar?

— Vou trabalhar. — Ele disse, entregando-me um beijo na testa. Depois, carinhosamente, colocou minha saia para baixo. — Não se toque. Se for uma boa menina, hoje à noite eu termino o que comecei.

Isso me prometia muitas coisas. Então, despedindo-se com um sorriso terno, ele se afasta e me deixa ali no quarto pensando no quanto eu o amo e desejo acima de todas as coisas. 



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