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História Como fazer um lobo mau se apaixonar por mim? - O bom senso foi para o lixo e com ele veio a loucura..


Escrita por: Koikoi-chan

Notas do Autor


Olá como vão? Eu sei que muitos de vocês querem me matar e com razão, afinal quanta demora hein? Me desculpe por ela não foi por querer... Eu tenho algo chamado a Faculdade e ela estava sugando minha alma esses dias por isso não tive tempo para escrever. - Desculpem viu.
Mas agora as semanas terríveis passaram e cá estou de volta com a reta final dessa estória ;) Sim mais dois capítulos e acho que acabamos kkkk
Outra coisa obrigado pelos comentários eu amo demais todos eles ;) sempre me incentivando, obrigado ;)
Por fim, boa leitura e um beijão.

Capítulo 50 - O bom senso foi para o lixo e com ele veio a loucura..


-O-Olá P-Peter... – Tinha algo errado com minha voz. – V-Você... – Por mais que tentasse falar nada coerente e com sentido escapava de meus lábios, talvez por isso resolvi ficar quieto e me contentar em observar o estado lastimável que aquele homem se encontrava. 

Para descreve-lo usaria uma única e significativa palavra: "acabado". – Literalmente acabado. Em péssimas condições para ser exato. – Seja suas roupas que curiosamente ele não usava nenhuma, sim eu estou sendo obrigado a encarar esse ser nu e além disso seu corpo estava sujo de terra principalmente as mãos, tinha algumas manchas pretas pela pele que poderiam ser sujeira ou um tipo de hematoma (O que de certa forma era impossível, por conta do poder de cura e tudo mais), porém seu rosto era o mais prejudicado.  

-V-Você... – Seus cabelos loiros estavam longos e sujos espetados para todas as direções, suas feições eram puramente maliciosas, mas em um determinado minuto ficavam indiferente e levemente confusa. Ele tinha olheiras profundas que davam um aspecto doentio para sua expressão, já seus olhos intensamente azuis faiscavam num brilho frio e feroz. 

Diria que o mais horrível daquilo tudo era sua barba que mais parecia um ninho de passarinho, estava repleta de restos que deduzi ser de comida e grama, talvez? – Um nojo – Além disso Peter estava com um cheiro terrível resultando em um fedorento e sufocante odor.  

Sem esperar alguma reação de minha parte ele se aproximou ficando rente com meu rosto quase encostando em meu nariz, me observou com curiosidade e fungou meu cheiro. – Tencionei meus músculos e consequentemente parei de respirar, mas quando seu nariz tocou em uma das minhas bochechas acabei me afastei bruscamente de seu corpo e nesse processo caí de bunda no chão. 

-De todos os idiotas que Derek poderia mandar veio justo você? – Perguntou se abaixando e ficando na ponta do pé o que o deixou com minha “altura”. – Porque você não morre? – Levantou uma de suas sobrancelhas e contraiu os músculos de seu braço. 

-Não sinto vontade. – Disse confiante com um sorriso sarcástico em meus lábios que só aumentou quando a veia de sua testa pulsou nervosa. – Sabe como é... A lua não estava na posição certa e eu... bem... – O tom de minha voz era divertido e o mais engraçado de tudo era que não sentia medo, ao contrário me sentia corajoso e amava essa sensação. – Não estava afim. 

-E agora está? - Riu cutucando um de meus joelhos com o seu dedo indicador.  

Admito eu estava diabólico, na verdade o certo seria "Eu me sentia diabólico" – Não sei ao certo que tipo de sentimento era aquele só sei que por incrível que pareça chegava a ser divertido. – Me sentia ansioso com a possibilidade de ataca-lo, afinal Peter Hale merecia uns bons e satisfatórios tapas. 

-Não e você está pronto? - Perguntei dando uma leve bofetada em sua mão tirando-a de meu joelho. 

-Também não. – Resmungou com desgosto desistindo de ficar naquela posição e se sentando no chão com as pernas cruzadas. – Veio até aqui sozinho?  

-Talvez. – Respondi balançando minha cabeça de um lado para o outro tentando transparecer incerteza, mas na verdade era um meio para me controlar. – Ficou tão velho que não consegui sentir Derek muito menos aquela mercenária? 

-Velho? Para sua informação a casa dos 40 não é... – Coçou seu queixo pensativo. – Vá a merda Stiles! - Disse tacando um montinho de grama que havia achado em seus fios.  

Eu apenas ri e foi uma risada gostosa e confortável. – O que foi uma surpresa para mim, já que esperava estar nervoso. 

-Esse seu cheiro... É um lobisomem agora? Não me admira que esteja todo impotente com esse olhar irritante. – Resmungou coçando o lado esquerdo de sua cabeça bagunçando os cabelos (Não sei se era possível bagunçar mais do que já estava, mas o deixou com um aspecto desengonçado). 

Apenas revirei os olhos para ele e me concentrei em meu plano de vingança. Deveria dar um nome melhor para isso... Que tal: Modos criativos de matar e esfolar Peter Hale? – Enfim não poderia simplesmente pular no pescoço dele seria suicídio, mesmo ele estando naquela pose de “O ser vulnerável” que não passava de atuação. 

-Parece que você não estava me ouvindo certo? – Disse brincando com os fios de sua barba sorrindo maldoso. – Sabe eu tinha esquecido de você e até mesmo do meu sobrinho... O sentimento havia sumido, mas agora ele voltou não é engraçado?  

Não o respondi apenas deixei a minha mochila deslizar pelos meus ombros. 

-Eu não estou feliz. – Disse franzindo as sobrancelhas, seu olhar estava distante e pensativo. –Essas vozes me deixam confuso, mas de uma coisa estou certo... Stiles Stilinski eu vou te matar. 

Ele riu um pouco de sua loucura e continuou. 

-Agora será definitivo... Mesmo que torturar seja divertido não quero correr o risco de você sair vivo de novo, então o que acha de arrancar seu coração?  – Suas palavras eram frias e tinham um tom assustador que arrepiaram todos meus pelinhos, o pior de tudo era o sorriso alegre dele.  

Não dava para evitar sentir medo quando alguém fala daquele jeito e sorri com aqueles caninos assustadores, por isso me concentrei em qualquer outra coisa. – Como por exemplo a distância da minha frigideira para onde estávamos não era um gênio da matemática, mas sabia calcular aquela distância além disso eu contava com minha super velocidade então não seria tão complicado. 

Ignorei Peter que não calava a boca e fechei meus olhos sentindo minha respiração acelerar, os batimentos de meu coração enlouquecerem, meus músculos já tensos consequentemente fizeram meu corpo ficar duro demais para que pudesse cumprir com o que desejava. – Os relaxei principalmente minhas pernas e foquei toda a força que possuía em meus pés, precisava ser rápido.  

Não sei bem como aconteceu mais de um segundo para o outro estava de pé correndo na verdade dois pulos bastaram para chegar até a arma(frigideira). Peter continuou na mesma posição talvez o tivesse surpreendido o que duvidava, mas teria essa pequena e ilusória esperança.  

Segurei o cabo da mesma com uma das mãos. – Sei que essa panela não pode ser considerada uma arma e pareço um louco ao segura-la, contudo, a ideia de ter algo mais "poderoso" em mãos era assustador afinal eu sou o sinônimo do “ser desastrado” e com uma arma de fogo me torno o "perigo" em pessoa. – Enfim o utensílio entre meus dedos era leve e flexível o que facilitaria muito os golpes que pretendia dar em Peter... Seriam muitos (HAHAHA...). Sem esperar que ele levantasse ou tivesse alguma reação caminhei em passos rápidos encarando suas costas nuas que tremiam devido à sua risada estranha.  

-Pelo visto é mesmo um lobisomem. – Afirmou rindo, mas não chegou a me olhar estava focado em uma mesa qualquer. – Acha que vai me machucar com essa panela?  

-Não vou te machucar seu maldito... Eu vou te estraçalhar. – Bem lá no fundo algo esquisito começava a transparecer mostrando-se em meu sorriso.  

Eu não conhecia a voz que pronunciava muito menos os pensamentos ruins que tomaram conta de minha mente. – Era uma sensação engraçada chegava a formigar e por conta disse abri mais meu sorriso girando a panela entre meus dedos numa espécie de dança, parei a dois passos de seu corpo e o fuzilei com os olhos. – Havia duas coisas estranhas acontecendo a primeira era que agia friamente não sentia absolutamente nada para com a pessoa sentada a minha frente talvez raiva ou pena, já a segunda coisa era que sem nem pedir sentia meu corpo se alto transformar como se esperasse por uma luta.  

Os pelos em lugares indevidos sempre me incomodavam, mas o mais agonizante de tudo era o alongamento das unhas, a mudança dos dentes e as “pontinhas” tímidas em minhas orelhas, enfim meu corpo se controlava sozinho e resolvi seguir o instinto que ele determinava afinal não podia ser tão ruim, né? 

-Me estraçalhar? – Sua risada foi alta e barulhenta. – Vá a mer... – Antes que o mesmo pudesse completar a frase joguei a frigideira na cabeça dele ouvindo um resmungo de dor sair de seus lábios.  

Em um primeiro momento pensei em bater nele com ela, mas aquela risada sádica me irritou tanto que quando vi já jogava a panela na cabeça dele. Peter apoiou suas mãos nos joelhos levantando-se sem pressa sorriu deixando todos os seus dentes a mostra e caminhou em minha direção com os olhos brilhando na mais pura fúria. 

*** 

Uma ardência incomoda se espalhou pela minha bochecha acompanhada de uma dor irritante eram pontadas sutis, mas que me deixavam desconcentrado. – O soco de Peter era forte e preciso, além disse ele contava com dotes especiais por isso não era à tona que sentia um nível elevado de dor. – Levei a ponta dos dedos até a parte que pulsava e fiz um singelo carinho, talvez assim passasse um pouco.  

Enquanto tentava ter ideias, Peter se preparou para dar mais um soco seu corpo se virou e com uma agilidade fora do comum acertou com destreza meu queixo me jogando para trás e consequentemente acabei me desequilibrando, mas não o bastante para me fazer cair ao invés disse chutei suas costelas e pude ouvir o barulho delas se quebrando. – Admito que tal som foi prazeroso – Seu corpo curvou em direção ao piso se encolhendo devido à dor, com certo desespero levou uma de suas mãos até a região de suas costelas resmungando palavrões e rosnando. Tocou em sua pele com cuidado e quando por fim decidiu me encarar sorria diabolicamente.  

O ignorei pronto para chuta-lo novamente, porém antes que o fizesse fui segurado pela gola da minha camisa e bruscamente puxado de encontro com o seu corpo mais precisamente de encontro com seu joelho que vibrou com o impacto em meu rosto. – Acabei ficando desorientado e por conta disso fui empurrando com facilidade para o chão. Meu nariz queimava e doía pra caralho além disso ele jorrava muito sangue. – Por sermos lobisomens a força e a destreza em que nos socávamos acabava de fato nos ferindo, enfim mesmo com o gosto amargo na boca fiz meus pés ficarem firmes.  

A expressão nojenta dele se resumia naquele sorriso (estranho e maníaco) e em olhos azuis gélidos e impetuosos podia dizer que seus lábios estavam meio retorcidos por conta da dor, mas era difícil saber com a loucura que o mesmo transmitia. – Acordei de meu transe momentâneo e me joguei contra seu corpo dando um soco em seu maxilar e recebendo o mesmo, consequentemente a tortura e a náusea me deixaram com a guarda baixa e a joelhada em meu estômago foi o bastante para me desorientar.  

-Para alguém magricela como você até que está se saindo bem. – Falou massageando seu abdômen e mostrando seus caninos. 

Sua transformação estava visível em seu rosto, seja, os pelos, o nariz meio “puxado”, as orelhas pontiagudas e os olhos azuis que de algum modo pareciam me comer vivo. – Ele caminhou como um predador se aproximando cada vez mais de sua presa que nesse caso sou eu, ainda estava tonto por isso não me defendi como deveria e quando vi estava sendo arremessado contra uma mesa o barulho que se estalou pelo salão foi estrondoso e a própria mesa se estraçalhou em mil pedaços.   

Apoiei minhas mãos no chão tentando levantar e continuar com a briga, mas antes que o fizesse um pé nada higiênico me empurrou para baixo pressionando meu peito contra o chão e acabei perdendo o ar nesse processo, além disso minhas costas já doloridas ficaram ainda piores.  

-Sinceramente olhe só para você! – Riu apertando mais suas unhas do pé contra minha pele. – Parece um filhotinho... Aí! – Gritou se afastando aos pulos.  

Seu calcanhar sangrava e podia ser visto marcas profundas de garras, minhas garras, me coloquei de pé estiquei meus músculos e corri até ele acertando seu maxilar com um pedaço de madeira fazendo-o dar dois passos para trás (Havia pegado do chão mesmo, já que tinha vários pedaços embaixo de mim). Aproveitei para sufoca-lo com minhas duas mãos fincando minhas unhas em seu pescoço o empurrei desajeitadamente em direção à parede ele soltou um grito abafado por conta do impacto e se agarrou em meus braços os arranhando com violência, reprimi um gemido de dor, afinal naquele momento nem ligava para ela me atentei apenas na sensação delirante de enforca-lo. 

As articulações dos meus dedos estavam pálidas devido à força que exigida ao apertar seu pescoço, além disso minhas unhas tinham o prazer de perfurarem sua carne e ainda podia ouvir os grunhidos doloridos e sofridos dele. – Meu corpo e minha mente estavam apreciando aqueles sons ou até mesmo os sentimentos de medo que se espalhavam por Peter era loucura sentir tais coisas ou um tabu por estar feliz com o sofrimento dele qualquer que fosse o caso não dei importância, afinal o foda-se estava piscando por todo meu corpo e decidi segui-lo. 

A razão tinha ido para o lixo e com o sumiço dela veio a irracionalidade e a loucura o pouco bom senso que me restava voltou quando senti o sangue escorrer por entre meus dedos, contudo foi algo de segundos logo voltei a sorrir cruelmente.  

-Está chorando Peter? Que fofo! Você está numa posição perfeita. – Disse irônico me recordando das frases que ele me falou quando me torturou. – Podemos tirar uma foto? Me diga um oi.  

Coloquei mais força em meus dedos sentindo sua carne escapar por entre eles, sua pele ficou roxa quase azul escura e foi nesse momento que suas unhas rasgarem mais meus braços seu intuito era me machucar, mas conseguiu apenas o contrário. – Inclinei um pouco meu rosto encarando seus olhos azuis que aos poucos voltavam a cor original e neles pude encontrar o pavor, estava disposto a quebrar seu pescoço e dar um fim em sua vida e acho que o Peter sabia disso. Não estava brincando quando disse que iria estraçalha-lo. 

Eu estava confuso nadando no puro caos não sabia o que fazia agia por instinto, talvez fosse o caso ou talvez estivesse louco... Vai saber. Sentia raiva, raiva e mais raiva era como se meu corpo estivesse obedecendo/seguindo aquele sentimento e por conta disso estava sendo jogado em uma tela preta fazendo coisas que sabia que meu eu normal não aprovaria. 

Meu lobo estava agindo por conta própria, me aprisionando em algum lugar e me dizendo que ele assumiria aquela missão estava cansado demais para contrariar. – Com um rosnado cravei com mais força minhas unhas em sua pele a machucando com mais intensidade, os resmungos doloridos dele passaram a ser gritos desesperados e aquilo me agradou de uma forma que chegava a ser sublime. 

Meus braços pareciam ter sido tirados de algum filme de terror. – A pele ou o que sobrou dela estava horrenda e enjoativa. (Eu poderia vomitar apenas por olhá-la é claro se tivesse no meu normal e como não estava apenas parei de encara-la). Havia muito sangue por eles e o barulho dos pingos ao bater no chão eram perturbadores, mas quem ligava para o estado de meus braços? Os pobrezinhos podiam estar em carne viva, mas liguei o dane-se para aqueles machucados. Não me importava. Simples. – Passei minha língua pelo meu lábio inferior mordendo-o em seguida e suspirando ao observar a expressão contorcida de Peter.  

O mesmo fechou os olhos franzindo as sobrancelhas à medida que roçava meus dedos sobre seu pescoço subindo com meu polegar direito para seu queixo onde arranhei deixando uma marca avermelhada e por conta de seu orgulho os lábios se contorciam para não deixar nem um som sair. – Com mais pressão e força fiz com que seu corpo não tocasse no chão deixando seus pés balançarem desesperados por um apoio ele tentou me chutar, mas uma joelhada em seu "bem precioso" foi o bastante para aquieta-lo. – Deslizei com minha mão direita pelos seus ombros indo para seu peito deixando marcas avermelhadas por todo o caminho, contudo seu peitoral foi onde fiz questão de marca-lo definitivamente rasgando sua carne como se fosse papel.   

-V-Você não é assim... – Gaguejou Peter levando uma de suas mãos ao meu rosto numa falha tentativa de se soltar.  

O seu toque estava frio e melado por conta do sangue o que consequentemente manchou minhas bochechas e minha boca, seus dedos deslizaram e depois “caíram” ao lado de seu corpo e talvez agora estivesse totalmente assustado. 

-Agora eu sou. 

Forcei meus dedos contra seu pescoço com mais destreza pronto para quebrá-lo, podia até ouvir o som dele se partindo, mas foi quando um cheiro familiar me chamou atenção. – Instintivamente meu lobo se acalmou e virou o rosto intrigado ouvindo a voz rouca que tinha efeitos terríveis sobre meu corpo.  

-Stiles!?


Notas Finais


Desculpem qualquer palavra errada viu.


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