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História Como fazer um lobo mau se apaixonar por mim? - Incerteza


Escrita por: Koikoi-chan

Notas do Autor


Olá como vão?
Me desculpem a demora. As lições da faculdade estão me matando kkkk - Mas está melhor agora, eu espero.- Enfim depois desse capitulo vamos ter mais dois ou três (Ainda não sei) E é claro vamos ter três especiais, mas só quando terminar a estoria que ainda não sei se vou concluir em dois ou três capítulos.
Admito eu estou triste com o fim do meu bebe. - Chorosa~
Mas obrigado pelos seus lindos comentários e pelos novos favoritos eles sempre me deixam feliz ;)
Boa leitura.

Capítulo 51 - Incerteza


-Stiles!?  

Meu lobo gritava para que minha atenção voltasse para Peter que continuava a gemer irritantemente e por conta disso acabei apertando mais minhas unhas contra seu pescoço. – As lufadas de ar que ele buscava só faziam com que o aperto se tornasse mais firme, ele voltou a levar as mãos meladas contra meu rosto arranhando minha pele de forma desesperada. – Me sentia nojento com toda aquela sujeira queria ir para casa, mas a cada novo som meu nível de irritação aumentava e acabava nem ligando para toda a sujeira em meu rosto.  

Não dei a devida importância para os machucado e também resolvi ignorar meu lobo, preferi observar Derek – Por mais concentrado que estivesse reconheceria aquele homem em qualquer lugar – O mesmo esmurrava a grade que separava o refeitório do corredor e por mais que batesse, socasse e chutasse ela continuava sem nenhum arranhão.  

Derek parecia não estar raciocinando bem, afinal para que servia a sua super força se ele nem a usava? Além disso pelas suas mãos tremulas diria que ele estava extremamente nervoso e sua voz não era das melhores também, os gritos que eram dirigidos a mim eram incompreensíveis. – Seu lado ranzinza apareceu quando por fim teve êxito em destruir a porcaria da porta e vim correndo em minha direção. 

A distância de onde estava para a "porta/grade" não era muito grande, por isso Derek em poucos segundos estava ao lado gritando mais palavras desconexas. – Admito que me sentia perdido com aquela montanha russa de sentimentos, isso foi meio clichê eu sei, mas dá para entender certo? Era como se a raiva, a irracionalidade e o ódio estivessem dando voltas e mais voltas e consequentemente me deixando cego para o que estava a minha volta. – A única coisa que enxergava era Peter e passou a ser apenas ele quando voltou a arranhar mais uma vez minhas bochechas deixando-as doloridas e meladas com sangue.   

-Você terá duas opções. – Rosnei as palavras aproximando meu rosto de uma de suas orelhas. – A primeira, você morrerá sufocado e pelo que sei é uma morte dolorosa. – Nessa hora sussurrava. – A segunda, posso quebrar seu pescoço e sabe essa é uma morte rápida... Eu recomendaria. – Sussurrei de forma provocativa (Deixei esse meu lobo descontrolado e revoltado tomar conta, era o foda-se mesmo) – Qual escolhe? 

-Vai a merda! – Gritou cuspindo, seja sangue ou o que for, em meu rosto. – Vá a merda!  

Por conta do impacto havia fechado meus olhos, mas os abri logo depois com um sorriso digno de um louco. – Havia decidido ignorar Derek que tentava chamar minha atenção com as mãos ou com puxões em minha camisa rasgada – Levei meus dedos até meu rosto retirando o excesso daquela nojeira e voltei a encara-lo e mesmo morrendo o infeliz tinha um sorriso presunçoso nos lábios, mas como disse o louco dessa vez era eu... E como um bom louco resolvi rir assustando todos presentes naquele refeitório. 

A risada escandalosa deixou Derek em choque e por conta disso não se moveu quando comecei a falar.  

-Eu escolho por você Peterzinho. – Disse levando minha mão direta para seu pescoço também testei o aperto e contornei meus dedos contra sua pele, era uma boa sensação. – A vencedora será...  

Não sou uma pessoa vingativa e muito menos gosto de machucar alguém mesmo com um motivo aparentemente forte, para ser sincero prefiro uma boa conversa, mas sei que tem momentos que você precisa passar do limite. E esse passar do limite pode ser tanto ruim quanto bom, você decide o melhor para seguir. – O meu antigo "eu" aquele que não era um lobisomem optaria para um caminho "bom" um caminho que tanto o vilão e o herói sairiam beneficiados (Esses benefícios são unicamente: Ninguém morre), mas agora o "atual eu" aquele que precisa controlar um nível hard de agressividade, raiva, ódio, ciúmes e muitos outros sentimentos explosivos as vezes acaba indo por um caminho ruim.  

Não chega a ser nossa culpa é apenas complicado demais para se lidar para controlar esse ser revoltado e impaciente. 

Eu tinha noção que se colocasse mais força em meus dedos acabaria matando Peter, eu sabia hipoteticamente o que estava fazendo... Não era tão tapado, mesmo estando cego para as consequências.  

Meu Lobo dizia que sufoca-lo seria uma boa escolha, seria seguir por um melhor caminho, contudo por mais que ele dissesse que era o certo então porque Derek ou até mesmo Braeden continuavam a gritar comigo? Eu não os entendia... Era confuso... Perturbador... 

-Me ajude... – Peter pedia para quem quer que fosse, mas tais palavras me deixaram apenas com mais raiva. 

Seu corpo tremeu se contorcendo a procura de ar, seus lábios já roxos começavam a ficar pálidos e os olhos reviravam deixando à mostra a parte branca deles. Suas mãos desesperadas me arranharam com mais força seja nos braços ou no rosto e a dor que veio junto com os cortes acabou me desconcentrado e foi nesses poucos segundos que comecei a sentir medo para ser sinceiro estava aterrorizado. 

Mas antes que pudesse pensar em qualquer outra coisa recebi um belo de um tapa tão mais tão forte que meu rosto girou e acabei soltando Peter que caiu no chão como uma boneca. 

Por instinto levei uma de minhas mãos ao local atingido tocando-o com cuidado, afinal minha pobre bochecha tinha sofrido demais por um dia aquela região ardia pra caralho. – Resmungando pela dor inclinei um pouco meu rosto encarando o causador daquilo e lá estava ele com os seus olhos verdes que estavam mais escuros e difíceis de se ler. – Eu diria que ele está bravo, mas estou na dúvida sobre isso. 

-Braeden, prenda Peter com as algemas de prata e de para ele o maldito comprimido. – Sua voz por incrível que pareça estava neutra a única coisa tempestuosa nele eram os olhos. – Ande logo.  

A Morena que tinha ficado parada em um canto estática piscou algumas vezes olhando Peter depois Derek e por fim a mim. Ela parecia confusa, mas fez o que lhe foi pedido mesmo estando desorientada. – Enquanto a mim me encontrava quase no mesmo estado que Braeden só que pior, já que em nenhum momento Derek tirou os olhos de mim e a cada segundo que passava ficava preocupado com o que ele faria. – Der não disse nada apenas deu três passos ficando de frente comigo me encarando de cima para baixo seus olhos se focaram na mão que protegia minha bochecha e depois mordeu seus lábios ao notar as feridas em meu rosto.  

-Derek é melhor voltamos para a balsa. – Disse Braeden chutando a perna de Peter para que ele “acordasse”. 

-Hmn... Ok. – Resmungou me deixando de lado e caminhando em direção à minha mochila segurando sua alça. – Consegue caminhar Stiles?  

Balancei minha cabeça positivamente o seguindo em direção à saída, Braeden e um cansado Peter vinham logo atrás – Vale ressaltar que ele ainda estava nu, uma desgraça – Não nos importamos em limpar a bagunça, na verdade a morena apenas limpou o sangue que tinha pingado no chão, tirando isso as cadeiras e as mesas continuaram destruídas e espalhadas pelo refeitório.  

A chuva havia parado, mas as nuvens acinzentadas continuavam no céu como a névoa que ficava mais intensa. A caminhada de volta para a balsa foi feita em um quase silêncio, porque um quase? Peter que em algum momento tinha despertado começou a gritar ofensas para todo mundo, principalmente para mim. – Tentei seguir a calma de Derek e da mercenária que não ligavam para o que ele dizia, mas as palavras “fracassado, idiota e panaca” acabaram me tirando do sério e pulei em seu pescoço mais uma vez. 

Se antes sentia dor por todo meu corpo agora eu estava à beira da morte. – Havia feito novos machucados pelos braços, pelo meu rosto, minhas pernas e um pouco em minha barriga eram hematomas que sumiriam logo, mas até lá tinha que aguentar a maldita dor que só aumentava e tudo isso culpa do idiota do Peter que só fazia reclamar. – Chegamos na balsa segundos depois e sentamos nas cadeiras que estavam dispostas lá e mais uma vez o silêncio prevaleceu. 

O som do mar era relaxante, mas consequentemente me fazia pensar e não queria pensar, não quando estava coberto com sangue e com o cheiro daquele homem. – Eu tinha quase por meros segundos matado Peter e tal afirmação era assustadora. Nunca fui um assassino, contudo naquele momento em que meus dedos faziam pressão em seu pescoço e ouvia seu coração bater fiquei enlouquecido não sabia o que estava fazendo só que precisar fazer e por algum motivo a ideia de “matar” alguém não me pareceu tão má.  

-Deixe me ver seus machucados. – Pediu Der baixinho segurando minha mão esquerda com certo cuidado. – Eu vou limpa-lá ok?  

Derek havia me puxado para a cabine é dado uma privacidade para nós dois. – Não notei o momento em que ele levantou para pegar um pano, os antibióticos e um spray. 

-Vai arder, ok? – Disse espirrando um pouco do spray no pano e colocando-o em cima dos machucados e “mano do céu” aquilo ardeu pra porra.  

-Merda! Dói Der. – Falei choroso esboçando um biquinho  enquanto ele continuava o trabalho.  

-Isso que dá ficar se metendo em brigas.  

-Bem pelo menos dei umas porradas nesse infeliz, então valeu a pena. – Sorri divertido, porém Der não parecia no clima.  

-Hmn... – Continuou com o trabalho em silêncio girando meus braços para todos os lados possíveis e limpando com destreza cada corte.  

Pensei em estender o papo, contudo como já disse Derek não parecia estar no clima seu mau humor era tão visível que comecei a ficar ansioso e normalmente quando ficava ansioso não parava de falar, mas quando o pano áspero tocou em meu rosto e vi olhos tão brilhantes apagados e distante acabei falando o que me veio à mente.  

-Parou de chover né? – O tecido parou em minha bochecha e logo seguiu me ignorando. – Já pensou no que quer comer? Eu necessito de um McDonald’s urgentemente com uma batata grande. Você já testou colocar as batatas dentro do lanche? Fica muito bom e... – MEU DEUS! Ele tá chorando? – Derek? Ei, porque está chorando? Ei? – Toquei em seu rosto sentindo suas bochechas molhadas devido às lágrimas que não paravam de cair, além disso ele mordia seu lábio inferior segurando os soluços que consequentemente faziam seus ombros tremerem.  

O pano caiu no chão enquanto suas mãos se ocupavam em tampar seu rosto se escondendo de meus olhos. – Fiquei sem reação afinal Derek não era muito de demostrar o que sentia, normalmente ele sempre ostentava sua pose de fortão e vê-lo tão frágil era estranho para mim, porém tal fato não atrapalhou o momento em que puxei aquele corpão de encontro com meu peito o aninhando ali.  

Um abraço melhora tudo, por isso o deixei chorar à vontade enquanto fazia um carinho em seus cabelos negros.  

Depois de um certo tempo suas mãos me agarraram com tanta força que achei que fosse quebrar, mas o deixei me apertar mesmo que isso doesse um pouco. – Ele chorava tão baixinho e silenciosamente que quem visse nem notava.  

-Derek? – O chamei deslizando minhas mãos por suas costas ele saiu de seu “esconderijo” e apoiou o queixo em meu peito me deixando ver seu rosto molhado e vermelho.  

-Me desculpe... – Sussurrou seu pedido mordendo o seu lábio com o intuito de reprimir os soluços. – Sinto muito.  

Fiquei confuso com os seus pedidos afinal não havia motivos para eles, contudo reparei que seus olhos estavam concentrados em meus machucados como se pudessem extermina-los ou arranca-los da minha pele. – Uma ação impossível, mas que o verde selvagem parecia acreditar.  

Foi então que entendi o significado do choro e dos pedidos desnecessários, Derek se sentia culpado pelos cortes e socos que Peter havia me dado de "presente", porém sua principal culpa – Na minha opinião ele não tinha culpa de nada, mas vai entender o pensamento desse homem – foi ter me envolvido nessa confusão.  

-Der não preciso te perdoar por nada, então pare de dizer esses "sinto muito". – Disse tocando em uma das suas bochechas e com o polegar limpei uma das lágrimas que deslizavam perdidas pelo seu rosto. – Já acabou e estamos bem não a motivos para desculpas. – Limpei mais uma lágrima. – Esses machucados eu ganhei por uma decisão minha, você não tem nada a ver com eles... Apenas tive azar e tirando isso estou ótimo! E pronto para um SUPER BIG MAC, melhor preparar o bolso viu? 

Um sorriso se fez presente na expressão chorosa dele e posso ter ganhado o dia. Sorri de volta, encostando nossos lábios rapidamente afinal não queria suja-lo com sangue.  

-Eu não gosto de te ver machucado. – Sussurrou encostando novamente a testa em meu peito e agarrando minha camisa. – Sou um namorado super protetor o que posso fazer.  

-Estupidamente protetor, mas eu gosto. – Falei risonho puxando seus cabelos entre meus dedos roubando algumas risadas discretas dele. – Acredite em mim meu querido eu estou ótimo.  

-Meu querido? Essa é nova. – Resmungou voltando a me olhar com uma das suas sobrancelhas erguidas e um grande sorriso nos lábios. – Eu acredito em você é só que lá na prisão você não parecia você, me entende? 

-Sim, eu estava fora de mim literalmente e quando vi já tinha uma vontade sanguinária de matar Peter... Era uma sensação estranha e que não podia controlar. – Tudo que contava era verdade naquele momento realmente tinha saído do meu corpo e deixado lá alguém muito raivoso, foi uma experiência horrível. – Eu peço desculpas se te assustei. 

-Não vou mentir você me assustou, mas como disse nada de "desculpas". – Afirmou se separando e se ajeitando na cadeira, limpando seu rosto molhado. – Você fez o que tinha que ser feito. – Passou os dedos entre os fios negros tentando retomar a pose de "machão", mas os olhos inchados faziam seu plano ir por água baixo. – Era você ou ele, certo? Era morrer ou ser morto, então acredito que mesmo estando naquele estado fez o certo. 

-Acha isso? – Perguntei inseguro. 

-Com certeza. – Falou com convicção sorrindo mais uma vez, diria que estamos batendo o recorde de sorrisos em um dia. 

Em algum momento daquela viajem eu cochilei apoiado nas minhas pernas. – Graças aos deuses não fiquei enjoado – Acordei com os berros do ser infeliz que estava desesperado ao deixar ao barco havíamos chegado a baía de São Francisco novamente. 

Me levantei esticando meus músculos que ficaram ainda mais doloridos devido à posição em que dormia e caminhei para fora da cabine não encontrando Derek, nem Braeden e muito menos Peter, mas a voz agoniada do lunático ser me chamou atenção e acabei indo até eles subindo na ponte sem antes dar um tchau ao Bob.  

-Stiles? – Derek se aproximou de mim averiguando todo o meu corpo com os olhos e mãos, me tocando em todos os cantos e depois de notar que eu estava bem se afastou um pouco com um sorriso cativante nos lábios. – O sono te fez bem.  

Estiquei meus braços e vi que os cortes estavam se fechando uns demoravam mais que outros, mas a cura seguia rapidamente.  

-Já vão levá-lo? – Perguntei encarando Peter que se debatia com a ideia de voltar para aquele manicômio, ou seja lá como o chamam.  

-Sim, venha. – Derek entrelaçou nossos dedos e com sua outra mão segurava uma mochila. 

-Me escutem, ok? – Pediu Peter chacoalhando as algemas de prata. – Eu prometo não dar trabalho prometo me comportar, mas não me enviem para aquele lugar de novo. 

-As mesmas promessas sem fundamento. – Disse Derek me puxando ao caminhar. 

Tentei não ligar para os olhos pedintes que fuzilavam minhas costas apenas segui meu caminho ignorando aquele ser desprezível. – Me desculpem, mas não consigo perdoa-lo. Não consigo ficar com pena dele... Resumindo ele só me irritava e por conta disso era indiferente aos seus pedidos ou pensava que era, afinal às vezes sou muito burro.  

-Mais que merda. – Esbravejava Braeden que surtava com a falação dele. – Cale a maldita boca!  

Continuei a ignora-lo como todos os outros era o melhor a se fazer, mas chegou um momento que era impossível “ignora-lo” principalmente quando insistia em algum assunto. – Descemos uns dois lances de escadas chegando na parte em que as lojas eram distribuídas e ainda estavam fechadas devido ao horário, depois caminhamos mais um pouco virando e adentrando pelo meio de algumas lojas até que em um beco escondido por muros altos encontramos o carro da morena. – Por sorte estava escuro, porque se clareasse estaríamos ferrados (Peter continuava nu).  

Derek se afastou de mim e acompanhou Braeden até o carro arrumando as bagagem que havíamos trazido, enquanto isso Peter ficou do meu lado chutando algumas pedrinhas.  

-Eu estou curioso... – Falou tocando seu ombro com meu discretamente. – O que você viu em meu sobrinho?  

Olhei confuso para sua expressão cansada me perguntando o que diabos queria com aquela conversa. 

-Porque te interessa? – Perguntei reparando nas manchas de sangue que estavam em sua pele deixando-o com um aspecto mais perturbador, o sangue em si estava mais concentrado na região do pescoço e em seu peito.  

-Ele é meu sobrinho oras. – Afirmou como se fosse muito burro por não notar. – Devo zelar por sua vida é coisas de tio, sabe? 

-Não eu não sei. – Respondi irritado. – Sabe, pelo que vi até agora você se comporta como qualquer outra coisa menos como o tio de alguém.   

-Isso não é verdade. – Retrucou levantando uma de suas sobrancelhas e segurando minhas mãos como se tentasse passar a "verdade" pelo toque. – Eu deixei você vivo quer melhor prova de amor de um tio?  

Eu realmente não aguentei segurar o riso depois daquela frase. Como assim "prova de amor"? Esse homem é maluco?  

-Peter isso não é nenhuma prova de amor pelo contrário isso só demostra o quanto você odeia seu "amado" sobrinho. – Falei expressando toda minha confusão através das caretas que fazia. – Primeiro de tudo se você queria fazer as pazes não deveria ter me torturado e tentado me matar isso só deixou Derek com raiva de você. Segundo deveria ter pedido desculpas ou achado algum meio de se redimir. 

-Eu fui embora... Me escondi naquele lugar. 

-Se esconder ou fugir, que seja, não muda o que fez. – Sabia que o certo era ignora-lo, mas sou um idiota e por isso tentava ajudar mesmo que fosse burrice da minha parte. Não tinha como mudar meu ódio por ele, mas acho que ameniza-lo podia até dar certo. – Para ser sincero nada vai mudar, contudo dessa vez você pode deixar esse "Peter Insano" de lado e partir para algo mais.... "Peter, o bondoso", quem sabe? 

Ele riu e eu também, afinal "Peter, o bondoso" era uma bosta.  

-Quem sabe o Peter, o normal? – Falou rindo escandalosamente e acabei rindo também, só para constar eu ainda o odeio tá?  

-É uma boa. – Respondi com um sorriso divertido sendo acompanhado por ele novamente. 

-Antes de irmos poderia responder minha pergunta? Estou realmente curioso.  

-O que eu vi em seu sobrinho? – Peter confirmou com a cabeça. – Bem... – Observei Derek terminando de arrumar as malas e por mais concentrado que estivesse naquela tarefa sabia que o mesmo tinha escutado nossa conversa e que continuava a escutar. – Vai parecer idiota e talvez você não entenda, mas no momento em que o vi pela primeira vez senti medo e realmente acreditei que ele fosse me matar além de que o cenário não ajudava, a voz imponente não colaborava e principalmente seu jeito rabugento só me fazia correr, contudo num determinado tempo me apaixonei... Simples assim... Não sei ao certo como descobri apenas sabia, sabia que estava apaixonado e por mais que tal sentimento fosse confuso e doloroso não desistiria de senti-lo. 

Então como um passe de mágica Derek passou de um ser feroz e rabugento para um belo e caloroso pôr do sol... Quente e acolhedor. 

E acredite Peter não tem nada melhor do que vê-lo sorrir... Eu ganho meus dias com cada um deles. 

Eu sei é estranho.  

Amar é estranho, é confuso e ás vezes doloroso, porém bom demais para ficar sem. – Ao terminar de falar sorri para Peter de um jeito carinhoso e depois encontrei o dono das esferas verdes me observando surpreso.  

-Isso foi lindo, Stiles. – Disse Peter sorrindo de um jeito que nunca tinha visto antes, feliz/ gentil. – Sei que não adiantará nada e também não quero passar uma de bonzinho logo agora, mas me desculpe. 

Eu quase caí sentado no chão tamanha a surpresa. – Ele realmente estava sendo sincero e como sei disso? Seu corpo, seus batimentos e seu cheiro me diziam.  

-E obrigado por cuidar dele, por ama-lo... Posso não estar bom das ideias, entretanto não estou tão louco para não perceber que errei. – Disse encarando Derek como se aquela fosse a última vez que se veriam. – Enfim, acho melhor irmos estou congelando... 

Ele saiu andando em direção ao carro em silêncio e continuou assim até o fim na viajem. 

As palavras simplesmente sumiram. 

E quando vi ele já tinha entrado naquele lugar. 

E nós estávamos indo embora. 



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