anne: acho que voce nem vai ver essa mensagem
anneÇ mas eu queria dizer que
anne^voce eh a pessoa mais importante na minha vida
anne: quem me deu motivos para continuar e quem me impedia de morrer
anne: voce foi uma droga, pela qual eu me viciei e nao podia mais viver sem
anne: bom, eu ainda tomo os remdios
anne: eu nao vou a aula ha quase tres semanas
anne: mike quase nao sai de casa
anne: eu tambem nao
anne: eu nao tenho mais o que comer ha duas emanas
anne: bom, eu nao tenho motivos para continuar
anne: voce nao esta mais comigo
anne: eu sei que ha diversos post it na minha porta
anne: e eu nunca descobrirei de quem sao
anne:mas caso vc queira saber
anne: meu apartamento esta aberto
anne: a chave reserva esta no mesmo lugar de sempre, dentro do pote de m&ms
anne: eu so te peço para que fique com o mike e cuide bem dele
anne: eu te amo jack, nunca se esqyueça disso
anne: eu nunca deixei de ter amar
anne: eu nunca esqueci do som da sua risada
anne: e nem do gosto dos seus beijos
anne: eu sempre me lembrarei que voce foi meu primeiro
anne: meu primeiro amigo, meu primeiro beijo, minha primeira vez, meu primeiro namorado
anne: mas nao foi o ultimo e nem o primeiro a me decepcionar
anne: mas nao pense que isso ~e culpa sua
anne: mensagens nao descrevem o que eu sinto por voce
anne: voce foi a luz do fim do tunel, jack
anne: eu te amo
anne: eu te amo muito
Eu mal tive tempo de olhar o celular esta manhã. No caminho de volta para casa, fui pego de surpresa por uma tempestade. Cheguei em meu apartamento com as roupas encharcadas e nariz escorrendo, minhas folhas de anotações estavam borradas, assim como os livros molhados. Suspirei frustrado, me jogando sobre meu velho sofá. Em questão de segundos meu celular foi bombardeado por mensagens, e todas elas vinham de um número desconhecido.
Eu li atentamente cada mensagem que aparecia em meu telefone. Sentia como se meu corpo estivesse grudado no estofado. Era dificl explicar meus sentimentos naquele momento, pois nem eu mesmo conseguia compreender, confusão e com medo, era o que podia me descrever. Por algum momento eu esqueci como se andava. Meu peito estava tão apertado, e eu sentia meu rosto molhado, por conta de lagrimas que nem havia percebi, minha boca se secou e aquela sensação desconfortável dentro do meu peito só aumentava.
Fui cortado dessa linha de pensamentos por latidos altos vindo do andar de baixo, não havia cachorros no prédio.
Exceto Mike.
Quando vi, jã estava correndo pelos corredores e pulando os degraus da escada, o elevador demoraria muito para chegar ao meu andar. Dei uma olhada rápida pela porta cheia de post it coloridos e abri-a. O que eu via era uma cena de completo caus. Nada, absolutamente nada, dentro daquele comodo estava inteiro. Tudo estava quebrado e estilhaçado pelo chão, o mesmo que estava molhado. Mike estava parado no corredor dos quartos, olhando em minha direção e latindo alto, ele também tinha o pelo molhado.
Na pequena suite, no final do corredor, era possivel se ouvir baralho de alguma torneira aberta e algo transbordando. Abri vagamente a porta, com muito esforço, pois algo - eu torcia, desesperadamente, para não ser alguém. - estava atrapalhando a passagem. Por uma fresta, consegui ver a banheira cheia, alagando toda a casa. Potes de remédios estavam espalhados por todos lados, o que fez meu coração se apertar ainda mais e as lagrimas descerem violentamente.
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