História Como irmãs g!p - Capítulo 1

Com certeza esse vai ser o ano, mais fodido da minha vida. A entrada no colegial, to neuvosa admito.

- Porra! - falo, quando acabo de bater o pé na quina do sofá.

- Karla Camila! Olha essa boca garota, te orienta!

Minha mãe grita comigo, com as mãos na cintura, me ameaçando com uma colher de madeira.

- Desculpa mama, é que eu to atrasada e não acho a chave do cadeado da minha bicicleta. - falo tudo embolado, tentando encontrar inutilmente a porcaria daquela chave.

- Você vai com a sua tia Clara, Laur também vai estudar na mesma escola que você hija. - o som de buzina preenche nossos ouvidos.

- Por favor mama não, não, não! Deixe me ir de bicicleta! - choramingo, batendo o pé no chão, fazendo birra.

Só o fato de Lauren fucking Jauregui, estar tão perto de mim, me faz pirar. A janela de seu quarto, fica de frente para a minha, nós nos falávamos frequentemente literalmente todos os dias. Nossas famílias são grandes amigos, desde que chegamos a Miami os Jauregui nos acolheram de braços abertos, sem contar, que nossos pais trabalham juntos e são sócios. Mas tudo mudou a duas semanas atrás, nas férias eu diria. Eu me lembro de cada detalhe visto naquele dia.

“ - Camila pegue sua câmera lá em cima no seu quarto, quero mostrá-la a Clara. - concordo com a cabeça, logo me virando para subir as escadas.

- Tia Clara cadê a Lo? - pergunto, estranhando ela ainda não estar ali conosco - Ela não é de atrasos.

- Lauren foi ao campo ontem com sua prima Dinah, chegou agora a pouco Mila, ela deve estar se arrumando, não se preocupe.

- Que bom que a Lo se resolveu com a Dinah, aliás saudades, já volto!

Subo as escadas logo entrando no meu quarto. Começo a procurar a tal câmera, nunca fui organizada e minhas coisas somem e aparecem do nada. Dona Sinu que sempre me ameaça por causa da desorganização.

- Inferno! - resmungo quando sem querer, encosto na minha caneta de choque.

Levo meu dedo a minha boca tentando aliviar a dor do choque. Me viro olhando para a janela vendo Lauren arregalo os olhos em espanto. Sua persiana estava aberta. Ela usava apenas calcinha e sutiã, tento respirar em vão, parecia que o ar tinha sumido do meu quarto naquele momento. Sinto meu membro dar sinal de vida, enquanto observo Lauren se abaixar, pegando uma blusa caída perto da cama, levo uma de minhas mãos ao meu pau, o apertando por cima do short que eu usava, ele rapidamente fica rígido, solto um gemido baixo, com a visão da bunda de Lauren. Ela coloca um short e sai do quarto. Desperto de meus pensamentos, e olho para baixo, vendo um volume nada discreto.

- Mi hija Lauren chegou! - escuto meu pai falar.

Droga ela vai subir aqui. Merda merda!

Caminho até a porta e grito dali mesmo.

- Lauren! Me espere aí em baixo!

- Por que Camz? Para de ser boba, eu sei que seu quarto é uma bagunça, eu vou subir.

- Não! Não! Não! Eu tenho uma surpresa pra você.

- Você comprou um presente pra mim?

- É...é... é.... só espere Lo! - falo toda embolada.

- Ok, mas vem logo.

Respiro em alívio, trancando a porta do meu quarto com pressa, olho para baixo e tento pensar em diversas coisas broxantes. Sempre quando estou em casa não uso short de compressão, mas depois dessa cena, meu deus. Merda merda! Vou a passos rápidos para o banheiro.”

E aí você já sabe né fiquei meia hora batendo uma pra Lauren, acho que nunca gozei tanto na minha vida, pensei nela de diferentes maneiras, de quatro, lambendo meu pau, eu dentro dela, seus gemidos em especial. Desde esse dia só foi piorando, porque, toda vez que eu via Laur, meu amiguinho aqui, já ficava mais duro que tudo, até parecia ser feito de ferro, meu deus. Então tentei, e até a alguns minutos atrás, fiquei evitando ela a qualquer custo, de todas as formas e desculpas que encontrei. Só faz duas semanas que esse episódio aconteceu.

- AÍ! - minha mãe me dava tapas, um atrás do outro, enquanto me empurrava pra fora de casa. - Para de me bater!

- Karla eu não to de graça, anda logo infeliz! - agora ela me batia com o pano de prato.

- Eu já to indo TÁ? - falo elevando meu tom de voz, e rapidamente arregalo os olhos, mas era tarde.

- Te orienta garota! - ela puxa minha orelha, falando em um tom ameaçador no meu ouvido - Se você gritar de novo eu arranco teu pau fora garota, me respeita!

- Desculpa mama! - choramingo, tentando me ajeitar, esfrego minha orelha freneticamente por causa do puxão. Essa porra arde.

Minha mãe ignora todas as minhas desculpas, indo em direção ao carro de tia Clara, com um sorriso maior que o mundo. Nem parece que tava me xingando agora pouco. Bufo, revirando os olhos.

- Clara minha linda, como vai as crianças e Mike? - se debruça no vidro do carro, a cumprimentando com um meio abraço, devido o carro barra-las.

- Sinu todos estão bem, Alejandro e Camilinha? E Sofi? - minha mãe se vira pra mim, que estou ao seu lado.

- Ale está bem, Sofi cada vez mais bela, e esse embuste? - ri sarcástica - Só me dá trabalho Clara nem sei o que eu faço.

- Devem ser os hormônios Sinu.

- Uhum os hormônios. - Olha com desconfiança, me mexo em desconforto - E Lauren onde está?

E falando na dona dos meus pensamentos, e do meu coração. Ela aparece ao lado de minha mãe, o lado oposto do meu, linda, com o uniforme azul das líderes de torcida, esses que realçavam cada vez mais seus olhos esmeraldas, com o brilho que sempre teve, eu usava a mesma roupa que ela, mas parece que essa roupa foi feita pra ela e somente ela. Eu só entrei nessa coisa de líder de torcida, por insistência de Lauren e Dinah. Porque essa seria a última coisa que eu gostaria de estar fazendo.

- Oi tia Sinu, como está? - abraça minha mãe e sorri.

Sinto minhas pernas bambas, aquele sorriso, que eu me convenci de ser o mais lindo da face da Terra, quando eu tinha apenas oito anos. Eu sempre tive uma queda por Lauren, mas devo admitir que desde de duas semanas atrás, tudo se intensificou. Eu queria beija-la, tocar cada canto do seu corpo, eu a queria, pra mim, só pra mim e nada mais.

Seus olhos caem sobre mim, a vejo morder o lábio inferior em análise a minha vestimenta. Meu corpo começa a se esquentar. Calma Camila, pensa no tiozinho da escola depilando aquela mata enorme que ele tem nas costas. Ew, faço uma cara de nojo só com o pensamento, as lembranças de vê-lo sem camisa, vindo à tona, ele parecia um gorila de tão peludo. Minha mãe me encara.

- Não vai cumprimentar a Laur Camila? - a olho e vou em direção a minha vizinha, nesse pequeno percurso minha mãe me olha com malícia, a ouço falar com tia Clara.

- Sapatonas.

- Isso é amor encubado Clara!

Fico com vontade de sumir dali, que vergonha.

- Oi. - digo em voz baixa, tão baixa, que nem eu, me ouvi direito.

Ela me encara sorrindo, e me abraça forte, logo no automático correspondo. Abraço da saudade. Minhas mãos em volta de sua cintura, e a suas em meu pescoço. Afundo meu nariz naquele pescoço, que tem um cheiro natural um cheiro dela. Escutamos buzinas, e solto uma risada ali naquele lugarzinho bom, sinto a pele dela se arrepiar com a minha risada. Nos separamos, e entramos no carro ficando no banco de trás.

- Eu senti sua falta Camz. - a encaro e noto sinceridade em seus olhos - Não sei o que aconteceu mas por favor, não fica longe de mim! Somos uma família, lembra?

Ela fala olhando para nossos anéis. Eu sorrio.

- Sim somos.

Ela também sorri, e encosta a cabeça em meu ombro, segura minha mão a entrelaçando com a sua. Eu suspiro com o toque.

Logo chegamos a escola, descemos do carro e nos despedimos de tia Clara.

- Pronta? - a pergunto me virando para olhá-la.

Linda como sempre.

- Camz? - vejo que ela olhava pra baixo, me preocupo.

- Aconteceu algo Lo?

- Me promete uma coisa?

- Tudo e o mundo Lo, o que foi? To ficando preocupada.

Ela me encara com aquelas duas esferas imensas, e intensas.

- Não fique de graça com a Alexa ok? - franzo o cenho.

Alexa foi a minha primeira namoradinha, ela foi meu primeiro beijo. Será que ela vai estudar aqui? Resolvo perguntar a Lauren.

- Ela vai estudar aqui? - pergunto com uma certa alegria em minha voz, que até eu me surpreendo.

A garota a minha frente fecha a cara, e anda a passos largos pra dentro da escola.

- Lo! Lo! - consigo alcançá-la, seguro em seu braço - Ei o que foi?

- Nada Camila! Nada! - se desvencilha de mim, e sai indo em direção a Dinah.

Resolvo ir atrás.

- Ei.

- Sai Camila!

- Eu prometo que não vou ficar de graça com ela tá? Se isso te incomoda, não vou arrumar papo com ela.

Ela olha para o outro lado, não querendo me encarar. Viro o seu rosto a obrigando a me encarar.

- Olha para mim.

- Desculpa Camz, é só que eu não gosto dela você sabe.

Dou uma risada e a abraço.

- Sim sei, lembra no sexto ano que você parou de falar comigo, só porque eu tava namorando com ela?

Lauren faz um biquinho adorável e sorri.

- Eu me lembro.

O sinal toca, e graças aos céus, todas as nossas aulas eram juntas.

- Vem. - ela me puxa e vamos em direção a sala.