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História Como (não) ser popular - Ilusão a primeira vista


Escrita por: inosukie

Notas do Autor


Amanda: 700 favoritos e 200 comentários. Eu to assim: CARA NÃO PODE SER REAL.

Enfim, capitulo ficou meio grande estou com medo disso, vocês gostam de capítulos grandes? Espero que tenham facilidade para ler, escrevemos ele de acordo com o que eu tínhamos planejado e, eu pelo menos, estou insegura quanto a isso.

Vão lá ler :3 Acho que vocês vão amar o final, até quem não shippa o couple que vai aparecer :v

Capítulo 3 - Ilusão a primeira vista


Fanfic / Fanfiction Como (não) ser popular - Ilusão a primeira vista

2 de fevereiro de 2016.

Algo vai dar errado, eu estou sentindo isso.

 

05:46?

Realmente não sei que horas são, estou com as luzes do meu quarto apagadas, o diário encostado nas minhas pernas e usando a luz do celular para escrever.

Meus pais iriam me matar se descobrirem que passei a noite acordado assistindo Netflix. Mas eu não consegui dormir, por uma série de fatores.

Começando, é claro, por Hoseok. Eu o ameacei e só agora, na calada da noite, eu percebo a puta encrenca que estou me metendo. Vale lembrar que ameaçar Jung Hoseok é como desafiar o Messi para uma partida de futebol, e só com muita sorte você conseguiria ganhar, e com muita eu quero dizer uma sorte quase impossível. E eu não tenho sorte, aliás, a sorte me odeia. Talvez eu tenha feito algo para ela numa vida anterior, tipo ganhado umas 500 vezes na bilheteria dos tempos das cavernas?

Uma luz se acendeu no corredor, consigo ver pela brecha inferior da porta do meu quarto. Provavelmente meu pai já deve ter acordado. Não sei se fico feliz ou com medo, acabei de assistir o episódio 7 de Stranger Things, e graças a isso evito olhar para o papel de parede do meu quarto.

Eu sei, estou atormentado, mas você ficaria assim depois de ter provocado Hoseok, passado a noite sem dormir, e assistido Stranger Things. Não que eu tenha medo, só que duvido você conseguir ser corajoso depois das três da madrugada.

Escuto minha mãe e meu pai conversando.

— Então vamos deixar o Yoongi passar o fim de semana na casa de Namjoon ou podemos deixar ele aqui? — Meu pai pergunta.

— Não sei, ele se vira, não vai morrer se passar sábado e domingo sem a gente.

— A última vez que viajamos para ver sua mãe, ele quase colocou fogo na casa.

— Por causa do Namjoon e da Nayeon.

— Isso é o que ele diz.

— Por que você está se preocupando tanto com ele? Nós iremos viajar a negócios e você preocupado com um adolescente de dezessete anos?

— É justamente isso, um adolescente de dezessete anos que, apesar dessa idade, parece um velho rabugento de oitenta que não aguenta levantar um galão de água.

Nossa, valeu pai. Para que inimigos quando se tem meu pai?

Eles continuam a discussão em outro lugar porque a última coisa que consigo ouvir é que eles irão ir sem mim e eu que me vire.

Bom, acho melhor parar de escrever e ir fingir que estou dormindo até dar umas seis horas, daqui meia hora o Namjoon irá aparecer aqui para irmos para escola, minha mãe talvez nos de carona como ontem, mas caso o contrário teremos que correr até o ponto de ônibus no final da rua, o que inclui ir para escola no mesmo ônibus que Hoseok.

06:12

Dessa vez eu sei a hora.

Bebi tanto café que poderá ser considerado um milagre se eu não tiver tido uma overdose até as nove horas da manhã.

Agora estou trancado no banheiro tentando dar um jeito nas minhas olheiras. Estou tão arrumado que não acreditariam que eu estou indo para escola se não tivesse o emblema dela no meu uniforme.

Pego um pouco de um liquido que está dentro de uma espécie de pomada onde tem escrito “base liquida” e passo sobre minhas olheiras, é da minha mãe, eu e ela temos quase o mesmo tom de pele, porém, ando mais branco que ela já que nas férias eu só sai três vezes.

O resultado da base não é muito bom, mas dá uma suavizada. Se Namjoon descobrir que estou de maquiagem, ele iria me zoar até quando estivéssemos nos formando.

Quando vou para sala não há nenhum sinal da minha mãe, provavelmente ela já foi. Meu pai, por outro lado, está quase caindo no sono deitado em sua poltrona.

 — Velho, acorda — Ele não pode mesmo chegar atrasado para abrir a loja, terça-feira costumamos ter bastantes clientes.

Ainda não contei, mas minha mãe trabalha na delegacia da cidade como escrivã e meu pai é dono de uma loja de artigos para pescaria — um dos sustentos da cidade — e com o trabalho deles conseguem dinheiro suficiente para morar em um dos bairros mais seguros e confortáveis da cidade.

Isso não quer dizer que moro em um bairro rico e cheio de casonas.

Infelizmente, ainda não cheguei a esse ponto.

 Meu pai balança a cabeça um pouco confuso e levanta da poltrona. Namjoon aparece atrás de mim, juro não saber como o desgraçado entrou em casa, e provavelmente estava querendo me assustar. Mas sou mais rápido e me viro em sua direção, quem se assusta no final é ele.

— Por que você está sempre com essa cara de cu mucho? — Namjoon pergunta enquanto caminhamos para saída. Será que ele sabe como é de fato um cu mucho?

— Você está sempre com essa cara de bunda e nem por isso fico enchendo seu saco, me deixa em paz.

Antes de passar pela porta, me olho no espelho para verificar se estou tão horrível assim.

Vejo que é apenas implicância do Namjoon. Sério, se cantassem a música da Barbie para mim hoje, eu não me surpreenderia, eu estou quase um boneco Ken. Só preciso de bermudas e gel no cabelo.

Mas ainda sim, um boneco Ken.

Em todo o meu histórico escolar, essa é a primeira vez que eu me arrumei de verdade para ir ao colégio.

— Ah, vendo bem você até que está bonitinho, de longe, fica aceitável — Namjoon comenta, me olhando pelo espelho também, e faz dois chifres na minha cabeça. Percebo que o desgraçado está muito mais alto que eu, ele sempre foi, mas agora a diferença é absurda — Olha, eu até te pegaria se você não fosse meu amigo, e um idiota.

— Vai dar.

— Se eu tivesse um macho eu ia.

Não, Namjoon não é passiva, só é carente.

06:43

O dia está bem ensolarado, odeio dias quentes. Namjoon por outro lado parece estar mais animado ao mesmo tempo muito pensativo, aí tem coisa só que prefiro não comentar sobre isso, ainda não é o momento, vou esperar mais um pouco para ver no que da.  

— É sério, caramba! Stranger Things é muito foda. — Comento, enquanto andamos pela rua.

— Está todo mundo falando dessa série, já está me dando nos nervos.

— É uma das melhores séries originais da Netflix.

— Eu vi o trailer, essa série é com crianças, Yoongi. Prefiro ver LazyTown.

— Não me surpreendo — revirei os olhos com certa impaciência, mas logo achei uma semelhança em Namjoon na qual nunca achei que notaria — Sabe, olhando assim de perto, você até que parece o Dustin.

— Quem é esse? Para de me comparar a alguém que não conheço, assim não vou poder me defender.

— Começa a assistir a série que você vai entender. — Sei que isso vai motiva-lo a assistir — Aliás, que horas o ônibus sai?

— Acho que eles esperam até 6h40.

— E que horas são agora? — Assim que pergunto e ele enfia a mão no bolso, retirando de lá seu celular nada humilde para ver as horas.

— 6h45. — Posso ver o desespero surgindo em sua expressão segundos antes de começarmos a correr.

Senti meu peito doer enquanto corríamos. Não sei se era medo de perder o ônibus ou se era meu sedentarismo me lembrando de que eu não nasci para fazer exercícios, muito menos correr.

A dor aliviou quando cruzamos um pouco a esquina e avistei o ônibus parado há alguns metros, virado em nossa direção. Senti que hoje realmente estava com sorte, até que ele começou a andar.

— Aí, merda.

— Espera, espera! — Namjoon gritou, balançando os braços que nem um boneco inflável de um posto de gasolina.

O ônibus começou a se aproximar e nós dois ainda estávamos no meio da rua. Pensei que morreríamos atropelados, mas então o motorista freou, e meu coração também.

— Você é retardado? Qual o seu problema? — Tive que dizer isso, eu me vi no enterro do Namjoon.

O desgraçado começou a rir, enquanto andava até a porta do ônibus. Assim que entramos tivemos que ouvir um longo sermão do Sr. Jorge, o motorista.

Eu deveria estar bravo com a situação, mas só de lembrar a cena do Namjoon desesperado eu não pude me conter. E graças a minha breve gargalhada, tivemos de ouvir mais uma vez outro sermão.

Quanto finalmente pudermos nos sentar, Hoseok e Jin já estavam lá. Hoseok segurava um celular na mão e SeokJin estava quase colado nele para tirarem uma foto, vi Namjoon revirar os olhos.

O ônibus já estava praticamente cheio, e graças a isso tivemos que nos sentar ao lado deles. Eu fiquei na beira do corredor, do lado de Hoseok. E só para piorar, o sorriso dele se fechou quando me viu, provavelmente estava me matando pela milésima vez em sua cabeça, não quero nem pensar em quantas maneiras ele já deve ter me torturado em sua mente, só sei que devem ter sido horríveis o bastante.

— Seu bosta — ele murmura — Me encontra hoje no banheiro feminino, assim que bater o sinal e não tiver mais ninguém, você entra e aguarde lá, já tenho algo para você.

Não sei o que responder, então só balanço a cabeça aliviado, ele parece estar com raiva, contudo, não vai me matar.

— Seu bosta — Namjoon repete zombando — Espero que você esteja comigo na aula de educação física, odeio ter que jogar tênis com o William.

— Eu estarei, não esquenta, boneco de posto.

7:22

Cheguei ao colégio segurando a empolgação. Segundo dia de aula, e novamente vislumbrando as chamas do inferno queimando sobre os corredores daquela escola, repleta de demônios tacadores de bolinhas de papel espalhados pelos armários. Mas isso não importa, logo todos eles se curvariam diante de mim.

Caminho diretamente até meu armário, disposto a preparar todo o meu material e meu kit de sobrevivência, que nada mais é do que fones de ouvido, e nesse momento Hoseok veio até mim.

— Não se esqueça, no banheiro feminino. — Ele sussurra se afastando, Jackson, que estava do lado dele, pareceu ter perguntado algo sobre mim, porém, infelizmente, não consegui escutar a resposta.

Será que ele vai me apresentar alguma garota? Isso não é bom, não é dessa fruta que eu gosto.

Namjoon, que estava por perto, me olhou com desaprovação, ou melhor, inveja, afinal, eu já estava conseguindo papo com Hoseok, enquanto ele tinha que se contentar com no máximo emprestar borracha para SeokJin.

— Você sabe que está se metendo em confusão, não? — E lá veio ele com a inveja disfarçada. Ontem à noite eu contei sobre o vídeo e a proposta a ele, e desde aquele momento o mesmo vem achado essa ideia horrível. Ignorei, afinal, ele não conseguiu ter uma ideia melhor.

— Cala boca.

— Depois não diga que eu não te avisei.

Sempre que ele diz isso acontece merda, parece até praga de mãe, mas eu já fiz minha escolha, vou me arriscar. Pode ser que ele está falando isso apenas por ciúmes, ou porque não quer ir para sala sozinho e ficar ao lado de SeokJin, que parece intimidar ele em alguns momentos.

Eu já falei? Acho que esses dois vão acabar se pegando.

Façam suas apostas.

07:31

Decidi não desperdiçar a oportunidade e esperei todas as garotas saírem do banheiro após o sinal. Nem havia avisado Namjoon quando decidi ir, ele deve ter visto, além de tudo ele é um cuzão inteligente, não vai morrer sem mim.

Fiquei apoiado na parede ao lado do banheiro, já que sempre quando achava que estava vazio, alguma garota saia de lá. Não sei como pode caber tanta gente naquele banheiro e nem porque demoram tanto. Talvez tenha um trampolim lá dentro, uma máquina de churrasco, não sei. Não é possível que demorem tanto. Mas ainda assim, essa é uma das dúvidas que irei tirar quando todas as madames decidirem que estudar é melhor do que acampar lá dentro.

Quando todas elas saíram, o que me pareceu ser um milagre, entrei no banheiro e aguardei por Hoseok. Era a primeira vez que estava no banheiro feminino, e ele é totalmente o contrário do que eu imaginava. É todo rosa e tem cheiro de chiclete e maquiagem. Nem parece um banheiro.

Será que elas cagam aqui dentro?

Depois de averiguar o local, ativo meu senso de alerta, qualquer coisa que escutar já me preparo para me esconder em uma das cabines — estou ficando bom nisso.

A aula provavelmente já começou e Hoseok ainda não deu sinal de vida. Não acredito que ele tenha se esquecido de vir aqui, o babaca me avisou duas vezes para ir, então, essa opção está fora de cogitação. O que poderia justificar essa demora?

A opção mais óbvia: é uma armadilha.

Escutei alguns passos, e juro que por um momento quis que fosse a Bloody Mary, a Samara, a Carrie, ou qualquer outro espírito de filme de terror, até mesmo aquela coisa de Stranger Things, mas que não fosse, em hipótese alguma, Hoseok me trancando lá dentro.

E então eu ouvi o barulho da tranca soar pelo banheiro vazio. Eu estava certo, Namjoon estava certo.

Eu estava trancando para sempre, fui mandado para o Limbo, eu iria morrer trancado nesse banheiro feminino com cheiro de chiclete e paredes rosas.

Como eu fui tão burro?

Já consigo imaginar Namjoon falando “eu avisei” e então me vejo socando a boca dele e fazendo ele engolir todos os dentes, indo parar na prisão e Hoseok indo me visitar com aquele sorriso filha da puta dele. Odeio Jung Hoseok, vou escrever o nome dele em um papel e costurar na boca de um sapo.

Não acredito que esse imbecil fez isso.

Mas não se preocupem, para ver Hoseok na bosta eu irei fazer qualquer coisa.

07:47

Consigo sentir minha alma saindo do meu corpo, eu vou morrer trancando aqui, posso ver meus pais continuando a vida deles sem nunca mais terem visto o filho. 

Vejo Namjoon saindo com Nayeon para o lago Netuno afim de se lembrarem dos dias que éramos crianças e ficávamos jogando comida para os patos e peixes, aí Nayeon chora e Namjoon apesar de não ser muito carinhoso com a irmã mais velha abraça ela e diz que eu devo estar em um lugar melhor.

E eu aqui desintegrando nesse inferno cor de rosa.

Não, eu não vou morrer aqui.

Vejo a luz e a minha solução saindo da janela, ela reluz chamativa para mim, está aberta e é grande o suficiente para eu passar por ela, só é um pouco alta, mas eu consigo com um pouco de esforço.

Ao que parece Hoseok não é tão inteligente quanto sua cabecinha miúda pensa.

07:52

Achei que eu estivesse conseguindo dar a volta por cima quando estava pulando a janela, no final eu estava é caindo na boca do leão.

 Quando desci da janela e me virei para trás, Charles, o pior e mais chato guarda da história mundial, estava lá me olhando como se eu fosse um frango recém assado e delicioso pronto para ser devorado.

Vi um pequeno sorriso nos lábios dele, era quase demoníaco. É até mesmo capaz dele se auto manda para a direção algum dia simplesmente porque ele é uma pessoa, e pessoas são seres que odeia profundamente.

Faz sentido? Não, mas ele é o Charles.

E ninguém tenta entender o Charles.

 — Me siga.

Não tento nem correr, já sei que estou ferrado. Quando chego lá, Jefferson está conversando com Regina, essa aí me dá um sorriso desgraçado e parece muito feliz em me ver nessa situação. Começo a imaginá-la morrendo em alguma cena de Jogos Mortais e a olho com a pior cara que poderia fazer. Foi questão de segundos para a megera desmanchar o sorriso e pedir licença ao diretor, se retirando da sala.

— Pela segunda vez aqui na direção, Yoongi, e ainda no segundo dia de aula?

O diretor Jefferson é um dos únicos nessa escola que sabem meu nome porque vivo indo para lá.

— Peguei ele pulando a janela do banheiro feminino, provavelmente estava tentando espiar algumas meninas — Charles resmunga com aquela voz de catarro preso na garganta.

— Obrigado, Charles. Pode ir, se encontrar Regina no corredor diga a ela que amanhã poderá usar a sala de dança, esqueci de avisar.

Charles balança a cabeça, me lança um olhar feio — se é que algum dia na vida ele já teve algum olhar bonito — e sai da direção.

— É curioso sabe... — Jefferson começa aqueles discursos tediosos enquanto pega meu arquivo escolar e uma caneta — Eu sempre acho que conheço bem meus alunos e acabo vendo que vocês são difíceis de entender...

Suspiro, ele não podia simplesmente escrever logo tudo de uma vez no computador e no meu arquivo, me entregar o papel para assinar, e me mandar para a próxima aula?

— Eu jurava que você não gostasse de garotas, não me leve a mal, mas veja só... Pego tentando fazer sabe se lá o que no banheiro feminino.

— Hoseok me pediu para ir lá porque queria falar comigo, ele me trancou lá! — Tento explicar.

— Hoseok? — Ele solta um riso meio sarcástico. — Acredito mais na possibilidade que a minha avó seja virgem do que na possibilidade que Hoseok ande fazendo bullying com alunos.

— É a verdade! Ele não é o santo que você acha que ele é, não.

— Minha vó tem sete filhos sabe...

— Jefferson... — suspiro, tentando controlar a minha raiva e minha vontade de meter uma voadora na cara desse Woody trinta anos mais velho.

— Aceita um pirulito? — Ele abre uma gaveta e tira de lá um.

— Aceito — Sei que é uma tática para desviar meu foco, só que aceito, já que ele ofereceu né.

— Então me diga a verdade.

— Eu já falei.

Ele deixa o pirulito em cima de mesa e se encosta na cadeira com os braços cruzado, faço o mesmo que ele, posso ficar o dia inteiro nessa até que ele acredite em mim, e pelo jeito ele também.

Jefferson é jovem e calmo, posso ter exagerado um pouco quando comparei ele com uma versão idosa do Woody, do Toy Story. Mas ele é um bom diretor, o melhor que a escola já teve, tem um ótimo relacionamento com os funcionários e com os alunos. Além disso, é extremamente bonito e enquanto estou nesse joguinho com ele posso admirar sua aparência charmosa. Ele não faz meu tipo, mas tem um rosto harmonioso, é gostoso de reparar. Na verdade, Jefferson provavelmente faz o tipo de todo mundo.

— Você não estava tentando espiar nenhuma garota, né? — Agora ele parece estar acreditando em mim.

— Já falei que não, caralho. Por que eu iria espiar as garotas sendo que o banheiro já estava vazio? Que merda, velho!

Ele se recolhe um pouco assustado, não sei se é pelo fato de eu ter xingado ou quase gritado, até eu mesmo me assustei um pouco com a minha agressividade repentina.

Mas não dá para ficar tranquilo quando se diz a verdade e ninguém parece acreditar em você. Estão vendo? Essa coisa de ser do conselho te deixa realmente imune de ser o vilão ou o errado de alguma coisa.

— Bom, seja lá o que estava aprontando no banheiro feminino e como ficou trancando lá, se é que ficou, você não vai levar advertência dessa vez. Porém, se você vier parar aqui de novo esse mês, fique sabendo que eu vou repor essa advertência, e ainda serei obrigado a convocar os seus pais.

Pensei em pestanejar um pouco. Um mês é um prazo muito grande para não ir para a direção. Mas, por fim, concordo e me levanto, ele me entrega o pirulito e me manda ir para a próxima aula. O sino acaba de bater e já posso ouvir o movimento pelos corredores.

Só quando fecho a porta da direção me toco de que ele acreditou em mim apenas porque sabe que sou gay.

Não sei se fico feliz ou triste.

Talvez os dois.

08:27

É aula de Filosofia, o professor Robb já está na sala fazendo palhaçada imitando uma galinha para alguns alunos que chegaram mais cedo.

— E quem é esse aluno que parece está prestes a matar alguém? — Robb se dirige até mim.

Tento sorri para ele, Robb é meu professor favorito e eu provavelmente sou um dos alunos favoritos dele, contudo, hoje não é o dia, então meu sorriso sai falso e ele percebe, faz uma expressão chateada e volta a entreter outros alunos. É aí que eu vejo um Hoseok desgraçado sentado no meu lugar com os braços cruzado atrás da cabeça e os pés em cima da carteira.

Ele me encara e sorri, com aquele sorriso desgraçado que parece não sair de sua cara. Na minha cabeça, vejo todos os dentes dele caindo e o mesmo entrando em desespero sujando-se de sangue e começando a chorar, e todos da sala rindo da cara dele. Inclusive eu.

Mas a realidade é bem diferente, os dentes dele continuam lá, perfeitos e certinhos, e a única coisa que se vai é a minha dignidade quase inexistente, quando vejo que a única carteira livre é a que fica na frente da dele (ou melhor, minha).

E então eu vejo Namjoon conversando com SeokJin, ambos parecem muito felizes. Queria que a felicidade fosse um papel nesse momento, eu me levantaria, iria lá, pegaria o papel deles, rasgaria em mil pedaços, colocaria fogo e faria eles comerem. Fim.

— Professor Robb, o que você acha de alunos que tentam espiar meninas no banheiro feminino? — Hoseok fala bem alto para que todos possam ouvir a minha humilhação.

Eu quero matar ele e ir para o inferno e matar ele lá no inferno também.

— Algo bem infeliz, não? — Robb responde confuso.

— Ouvi dizerem que o senhor aqui da frente foi parar na direção por causa disso.

Professor Robb me encara mais uma vez no dia, dessa vez parece ser decepção. Estou prestes a me responder quando Regina abre a boca para me enterrar de vez.

— Ah, é verdade, eu vi ele sendo levado até a direção pelo Charles.

Namjoon se vira para mim e bem vocês já sabem.

— Eu avisei.

Vou preso. Brincadeira, me afundo o máximo que posso na minha cadeira e começo a esperar a aula passar enquanto escuto vários cochichos que sei que são sobre mim, e recebo vários olhares de desgosto do professor Robb.

O dia hoje está pior que minha mãe de TPM.

09:32

Estou vivo, mesmo depois de passar a aula recebendo bolinhas de papeis do Hoseok. É uma péssima ideia sentar na frente dele, nunca façam isso, ele não se contenta apenas com as bolinhas, ele puxa algumas mexas do meu cabelo umas quatro vezes. Eu odeio ele.

Deus sabe o que faz quando me deixa andar armado.

09:40

Namjoon vem até mim acompanhado de Hugo. Ele parece feliz, mesmo com esse diabo do Hugo do lado dele, a peste dá um sorriso forçado para mim e Namjoon dá um sorriso de quem está aprontando algo.

— Você foi um idiota hoje — Namjoon comenta —, mesmo assim, irei te ajudar.

Ava, ele me ajudar? O que ele pensa que vai fazer? Acerta um soco na cara do Hoseok? Kim Namjoon não tem força nem para segurar um controle remoto.

— Como você pretende fazer isso?

Namjoon olha para o Hugo, que sorri orgulhoso, achando que irei me ajoelhar perante ele só porque irá me ajudar. Vai passar o resto da vida achando, porque nem sob pena de morte eu faria isso.

— Hoseok nunca me deu atenção, vamos mostrar para ele com quem ele está mexendo — Hugo fala com aquela voz forçada.

Aí eu percebo o erro da coisa toda. Envolver Hugo nisso, vai incluir contar para ele sobre o namoro de Hoseok com Taehyung, contar sobre o vídeo, e se ele souber disso, não vai ser mais uma carta na minha manga. Eu não deveria nem ter contado para o Namjoon, então minha pequena felicidade por causa dessa suposta vingança vai embora.

— Namjoon, você contou para ele? — Minhas mãos começam a soar.

Imagine só, você consegue ter um segredo que te diferencie de todos os outros e então simplesmente descobrem esse seu segredo e você volta a ser só mais um fracassado. É tipo você achar uma maleta com um milhão de reais e descobrir que tem uma bomba nela prestes a explodir.

Hoseok seria a bomba.

Fode com tudo ao seu redor.

— Ainda não, Hugo precisa que você fale sobre isso — Namjoon responde e então eu vejo que o olhar dele está tentando me passar alguma mensagem.

— Sobre o que? — Eu realmente não estou entendendo qual é a do Namjoon, ele poderia ir tomar no cu uma hora dessas.

— Sobre a suposta namorada do Hoseok e a suposta namorada do Taehyung, aquelas que você viu no banheiro, iremos publicar no jornal — Namjoon responde.

Aí eu entendo tudo.

Não é exatamente para ferrar o Hoseok, é para intimidar, algo que eu achei que sabia fazer, mas na verdade não sabia, tanto que Hoseok se atreveu a me trancar no banheiro feminino porque não tem medo de mim nem do meu vídeo. Isso se ele ligar de verdade para esse vídeo, talvez ele nem se incomoda se a escola toda souber que ele está saindo com o Taehyung, e eu preciso descobrir isso, então o jornal é a melhor saída.

Descrevo a suposta namorada de Hoseok com os traços de Taehyung e a suposta namorada do Taehyung com os traços do Hoseok. Digo que vi durante a primeira aula Taehyung se pegando com a menina no banheiro masculino e na última aula flagrei Hoseok.

Hugo anota tudo achando que está sendo útil e tem uma bomba na mão, quando na verdade não passa de um mero peão nesse jogo, e isso também ajuda no jogo de Namjoon. Se Hoseok falar que o Hugo esta outra vez inventando boato para afetar os outros, o diretor pode repensar se Hugo merece mesmo o cargo, ele já quase o perdeu uma vez, não duvido que o cargo dele ainda esteja ameaçado.

O plano parece perfeito, só falta aplicarmos ele e torcer para que Hoseok se sinta ameaçado.

Me sinto um caçador de veado. Só torço para que minha mira seja boa e eu consiga acertar o alvo.

12:35

Passei as últimas horas ignorando as provocações e ofensas de Hoseok, uma hora quase mandei ele ir chupar um pau, mas Namjoon me falou para usar a inteligência e explicou que aquilo não era ofensa para ele, e muito menos para mim, então acabei o ignorando.

Agora ele está conversando com o Jackson, caminhando para o refeitório, até que Regina aparece e puxa o Jackson. Hoseok fica sozinho, deixo Namjoon de lado e vou até Hoseok.

Não sei o que tenho na cabeça, só sei que não é noção.

Puxo a praga até o banheiro masculino. Ignorei seus xingamentos e tentativas de se livrar de mim, estou pouco me fodendo pra ele. Ainda não sei o que vou fazer quando chegar lá, só sei que vou deixar as coisas bem claras para ele entender sua situação, ou eu entender a minha, na pior das hipóteses.  

— Eu preciso ir almoçar dá para me deixar em paz? Na verdade, esquecer que eu existo? O que você acha disso cara? — Ele não para de falar.

Chegamos ao banheiro, antes que ele consiga sair correndo fecho a porta sem trancar, até porque não quero ficar preso mais uma vez. Faço sinal para ele olhar todas as cabines do banheiro, ele obedece de cara feia e vai verificar o perímetro — sempre quis falar isso.

 Quando nos certificamos de que não tem ninguém, Hoseok vem para cima de mim e me prende contra a parede segurando a gola da minha blusa.

— Me solta, porra! — Na boa, o que eu tenho na cabeça para ficar sozinho com Hoseok?

— Você tem algum probleminha, já pensou em ir em um psiquiatra? — Ele me solta, ao menos isso, mas continua me olhando feio e me dando medo.

Minhas pernas estão moles.

— Eu achei que tínhamos um acordo — tento lembrar ele disso, porque parece que ele esqueceu.

— Tenho um novo acordo para você — Ele ri, mas é uma risada nervosa — Que tal você desaparecer daqui, me deixar em paz, e assim eu não quebro tua cara?

Ótima ideia.

Por um momento penso realmente em aceitar esse acordo aí, mas então a expressão de Hoseok oscila, percebo que ele não tem coragem de bater em ninguém e é tudo pressão. Ele não vai me bater, ou vai?

Decido arriscar.

Já to fazendo muito disso ultimamente, o que custa mais uma?

— Nada feito.

Ele fica com cara de leite azedo. E bingo! Um ponto para mim, mesmo que ele já tenha uns 10 pontos a mais.

— Você não tem coragem de mostrar o vídeo — Ao que parece alguém está ficando sem argumentos, e eu estou levando a melhor.

Ele está certo, eu não tenho coragem de mostrar o vídeo, no entanto, ele não precisa saber disso, eu tenho que mostrar para ele que eu tenho coragem de fazer o que for pra ver ele se foder.

— Além do mais, eu não estou nem aí se você resolver mostrar o vídeo — ele faz aquela típica expressão de desinteresse que ele tem, quantas vezes já não quis socar a cara dele quando ele fazia essa cara, realmente, já perdi as contas.

— Não faz a egípcia, Hoseok.

Nesse momento Jackson entra no banheiro. No mesmo segundo em que a cara dele assume uma expressão de confusão, Hoseok volta aquela expressão de leite azedo misturado com ovo podre.

Eu sou ótimo com comparações, eu sei.

Começo a ir em direção de Jackson com a mão no bolso, mesmo que meu celular não esteja de fato nele e eu tenha o esquecido dentro do armário, antes que eu alcance Jackson, que está de costas para a gente lavando o rosto na pia, Hoseok segura meu braço e balança a cabeça negativamente.

— Ok, eu aceito, dessa vez de verdade — ele fala baixinho e me puxa para mais longe de Jackson — Prometo não armar mais nada para você e te ajudar.

— Como posso ter certeza disso?

— Você tem o vídeo, se você mostrar o vídeo para todo mundo da escola e esse vídeo chegar nas mãos dos meus…

Eu não sei o que ele iria dizer, mas se a palavra mágica for “pais”, ele acabou por me dar uma ideia triunfante.

Mas ele não termina de falar porque Jackson se aproxima de nós.

— Hoseok, faz quanto tempo que você está namorando? Por que você não me contou? — Ele pergunta.

Hoseok olha para ele confuso e depois olha para mim, vejo a morte nas pupilas dos olhos dele. Meu coração acelera que nem escola de samba.

— Como assim? — Ele não tira os olhos de mim, um passo em falso e eu estou morto.

Mentalmente, comecei a rezar, a citar uns versículos, e até uns salmos.

— Saiu no jornal que você foi visto beijando alguma garota, e Taehyung também está saindo com alguém, ou vocês estariam saindo com a mesma garota? Não li direito o jornal, mas está todo mundo comentando sobre isso. — Jackson parece estar gostando de falar isso para Hoseok.

Eu também estaria se eu estivesse no lugar de Jackson, imagine alguém contar para você que vazou um podre seu e esse alguém ser uma pessoa que você supostamente só anda junto para manter um equilíbrio na escola. Eu iria amar isso.

Dia difícil para o Hoseok.

Ainda bem que eu não sou ele.

— Depois eu te explicarei tudo — Hoseok assume uma expressão natural, ele é até bom atuando, já o vi atuando ontem com aquele choro falso — Agora preciso falar com ele, o diretor me pediu para dar uns conselhos.

Jackson não parece acreditar muito, ele me olha de um jeito estranho e se afasta, Hoseok vai até a porta verificar se ele foi embora de fato e volta até mim.

— Hoje na hora da educação física, vá até a quadra de futebol e me encontre lá na porta do vestiário no final da aula, sem trapaças dessa vez, irei te apresentar alguns amigos meus — Ele não espera eu responder e sai andando. Não precisaria nem esperar, a resposta ia ser sim.

A única coisa que eu quero saber é quem não pode ver esse vídeo de Hoseok, será que são os pais dele mesmo? Se for, eu tenho realmente uma arma na mão, e não só um segredo.

Repetindo, dia difícil para Jung Hoseok.

Minhas peças estão perto de seu rei.

Quase um xeque-mate.

Vocês devem estar me achando idiota por estar confiando em Hoseok outra vez, mas eu lhe digo, não estou confiando em Hoseok, estou confiando no meu vídeo.

13:38

Nossa última aula hoje é educação física, temos que trocar de uniforme no vestiário, só que eu nunca troquei porque eu e o Namjoon geralmente matávamos aula, ou pedíamos para o professor nos deixar fazer exercícios mentais e não físico. E então pegávamos o tabuleiro de xadrez e íamos jogar.

Hoje, pelo que vejo, terei que trocar o uniforme. Eu odeio a cor dele, é um vermelho meio laranja, e eu fico ridículo com ele, só não fico pior que o Namjoon. Ele já está com o dele, e Hugo está ao seu lado todo sorridente se achando a pica de ouro da escola.

Tadinho, cavando a própria cova.

A coisa do jornal funcionou mesmo.

Hoseok ficou quieto durante a aula, o que é super estranho, já que a praga costumar falar para caralho.

Uma vez um aluno se levantou da cadeira, olhou bem feio para Hoseok e gritou para ele calar a boca porque não aguentava mais a voz dele. Todo mundo da sala ficou em silencio e assustado, aquele dia foi para história.

Mas relaxem, eu também entrarei.

Taehyung, por outro lado, está sorridente como sempre. Ele é meio bobo, para não dizer otário.

O negócio é que ele cagou para a noticia, não sei se é porque ele é de fato um idiota, ou porque ele está planeando algo.

Acredito mais na primeira opção.

Hoje também parece ser um dia que vai entrar para a história, está todo mundo cochichando, ninguém mais se lembra de mim.

Se Namjoon não fosse escroto, eu beijava ele agora.

Decido deixar os agradecimentos para depois. Vou me trocar no vestiário da quadra principal, e passar o resto da aula ansioso para conhecer os amiguinhos de Hoseok, que por sinal, não passa a aula com o resto da turma, já que ele é do time de futebol.

Já eu chamo de Time das Hienas.

É sério, eles parecem umas enquanto jogam.

14:25

Estou derretendo e vermelho. Eu não lembrava que as aulas de educação física eram tão pesadas assim.

Eu já nem precisava fazer essa aula hoje. O pequeno tempo que corri hoje de manhã fora o suficiente para que ficasse na cama pro resto da semana.

Enfim nada disso importa agora, estou indo para a quadra de futebol me encontrar com o Hoseok, pedi para Namjoon me esperar no portão da saída.

Hoseok está lá na porta de fato, então fico mais tranquilo quanto aquilo ser uma possível trapaça para ele me ferrar mais uma vez.

Ele parece impaciente, deve que estava me esperando há mais tempo.

— Por que demorou tanto?

— Bom, ainda não é nem o final da aula.

— Tanto faz, me segue — ele entra no vestiário da quadra de futebol, eu nunca estive dentro dele antes, então entro com receio.

Não é muito diferente do vestiário da quadra principal, só muda a cor, esse é verde e branco, já o da quadra principal e azul e branco.

Posso escutar o barulho da água saindo das cabines de banho, tem pelo menos uns quatro garotos tomando uma chuveirada. Jackson está passando desodorante, evito olhar para ele por dois motivos:

1) Ele está sem camisa

2) Ele tem um corpo lindo.

Hoseok não se incomoda com isso, ignora completamente o garoto. Chris parece dar uns tapinhas no ombro de Hoseok, lança um olhar meio indecifrável para mim e sai do vestiário.

— Cadê aquele pau no cu? — Hoseok pergunta para outro garoto que está no vestiário, o nome dele é Oliver e ele tem uma irmã gêmea chamada Sophia, são bastante populares. Não que isso me importe.

— Qual deles? — Oliver sorri torto.

Então Hoseok olha para outro lado e vejo um garoto saindo da cabine de banho. Parecia cena de filme, em câmera lenta e com alguma música sensual soando no fundo.

Não é simplesmente um garoto.

É o dono do meu coração.

O meu futuro marido.

Me vejo casado com ele, com dois filhos, um chamado Albert e outro Stephen e um cachorro chamado Bucky. Eu não acreditava em amor à primeira vista, até ver esse garoto.

Ele caminha na minha direção, sem camiseta, secando o pescoço, ainda tem algumas gotas de água em seu corpo. A barriga dele é definida, muito definida, eu não gosto muito, mas nele isso fica bem.

Muito bem.

— Esse é o Jimin — Hoseok me apresenta ele. Jimin sorri para mim.

Eu falei que ele tem cabelos laranja? Eles estavam molhados, caindo perfeitamente sobre seu rosto. Ainda assim a cor chamativa do cabelo não supera o sorriso.

— E esse é o... Qual é o seu nome mesmo, desgraça? — Hoseok olha para mim.

Eu esqueci meu nome, esqueci minha idade, esqueci o que eu estou fazendo aqui.

Hoseok estala os dedos na minha cara, eu dou um sorriso constrangido e paro de olhar para o meu futuro marido.

— Yoongi.

— Legal seu nome — Jimin estende a mão para mim.

Como eu nunca tinha visto ele na escola antes?

Aperto a mão dele, eu estou soando frio. Preciso que Namjoon veja ele, vou fazer inveja em Namjoon.

Nos segundos seguintes o meu sonho se acaba, por causa de outro pirralho.

Ele sai do banheiro e simplesmente abraça Jimin por trás, depositando um beijo no pescoço do amor da minha vida. E em seguida vira o rosto do garoto para a direção dele, e beija seus lábios.

Acho que as borboletas do meu estomago morreram.

Sinto as lágrimas chegarem.

— Esse é o Jungkook — Hoseok continua a apresentação — Ele e Jimin, assim como o Taehyung são do segundo ano e estão no meu time.

Olho para Jungkook, o veneno que matou as borboletas no meu estomago. Ele é mais alto que Jimin, tem um rosto bonito, o olhar dele é marcante, não conheço ele, mas já o odeio.

Duvido que Jimin vá ser tão feliz com ele quanto poderia ter sido comigo, eu ao menos sou inteligente, duvido que Jungkook já tenha lido algum livro na vida.

Eu sei que não devo julgar os outros, mas eu preciso acreditar que ele não é tão melhor que eu, dá para colaborar? Estou tendo minha primeira desilusão quase amorosa.

— Seu pai é dono de uma loja de artigos para pescaria que fica no centro do bairro? — Jungkook me pergunta.

Balanço a cabeça positivamente, não quero dar a ele o prazer de ouvir minha voz.

— Ah, já te vi lá — Jungkook fala animado.

— Legal — Esnobo ele.

Hoseok me puxa para longe deles e dá dois tapinhas nas minhas costas.

— Você não é o primeiro — Ele diz rindo, nem me faço de desentendido estou arrasado de mais para fingir algo, então apenas dou um sorriso forçado — Jimin e Jungkook estão planejando dar uma festa sexta à noite, então acho que você conhecer eles já é um passo importante.

— Sim.

— Então, de nada.

— Ah, está achando mesmo que eu vou agradecer? Vai tomar no seu cu.

Hoseok dá de ombros.

— Por que você quer tanto isso? — Levo uns minutos para entender sobre o que ele está se referindo.

— Porque cansei de ser um ninguém.

— Fique tranquilo, eu irei te ajudar.

Me ajudar? Ele tenta de todas as maneiras tornar nosso acordo suave. Ele não está me ajudando, ele é meu subordinado, quando ele vai entender isso? Eu estou prestes a deixar bem claro a situação, quando Jimin e Jungkook se aproximam de nós.

— Hey, Hoseok, você sabe algum lugar bom para darmos a festa?

— Não.

Eu não sei o que me deu, mas agi no desespero.

— Eu acho que sei um lugar bom — digo.

Jimin, Jungkook e Hoseok se entreolham esperando um deles assentirem.

— Que lugar? — Jungkook pergunta.

— Minha casa — respondo — Sabe é aquele clichê dos filmes, meus pais vão viajar esse final de semana.

— E onde você mora? — Agora é Jimin que pergunta.

— Na mesma rua que eu — Hoseok responde por mim.

— Só não pode ser sexta-feira, eles vão viajar no sábado, eu acho.

— Tudo bem — os três concordam.

Agora eu estou realmente nesse jogo de popularidade. Já vejo meu fã clube surgindo. Os demais alunos que me aguardem.

E mais uma vez, preciso fazer inveja no Namjoon.

Vai ter uma festa em casa sábado, caralho! E eu não sei nem o que isso quer dizer direito.

Ah, também preciso dormir, já que até agora eu não dormir e nem tive uma overdose.

Mas de qualquer forma, eu sou o cara


Notas Finais


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