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História Conselheira Amorosa - Capítulo 14


Escrita por: TamyFranco

Capítulo 14 - Capítulo 14


-Sim Mary, agora é oficial. - conto pra Mary sobre o almoço com Philip e seu pedido de namoro.

-Uhu ai sim hein! - diz ela do outro lado da linha. - Estou feliz por você de verdade! E você está feliz?

Sua pergunta me incomoda, por quê? O Philip não é um bom rapaz? Claro que é! Mas felicidade é uma expressão muito forte pra descrever o que estou sentindo.

-É... - respondo.

-Hanna, esse seu "É" não é uma boa resposta.

-O Phil me faz bem, combinamos em muitos aspectos...

-Mas ele não é o Andrew. - Mary me corta.

-Não ele não é, mas ele é o que é, e ta tudo certo. - tento parecer convicta.

-Se ele te fazer bem basta pra você então não sou eu quem vai te julgar. - Mary respira fundo. - Só toma cuidado pra não machucá-lo e não se machucar, ok?

-Eu to bem Mary, finalmente arrumei um namorado, olha o milagre! - tento parecer engraçada. - Eu sei me cuidar, relaxa que ta tudo certo!

-Ta, mas qualquer coisa sabe onde me encontrar, agora tenho que ir, mamãe precisa de mim, beijos e se cuida!

-Pode deixar, manda um beijo na sua mãe por mim.

-Ok, tchau!

-Tchau!

Desligo o celular e vou fazer alguma coisa pra comer, assim que abro a torneira alguém toca a campainha, vou ver quem é, pelo olho mágico vejo que é Andrew... Só de roupão.

-Em que posso te ajudar? - pergunto ao abrir a porta.

-Desculpa te incomodar Hanna, mas... Meu chuveiro queimou e...

-Você veio saber se pode usar o meu? - termino a frase por ele.

-Exatamente! Se não for atrapalhar claro!

-Tudo bem, entra. - Andrew passa por mim. - Fique à vontade, qualquer coisa estou na cozinha.

-Obrigado.

Andrew segue até o banheiro e eu vou terminar meu jantar, lasanha de microondas, enquanto espero ficar pronta ligo a TV, cruzo os braços procurando um canal, ouço barulho do chuveiro. Ter o Andrew em meu AP é estranho, ainda mais no meu banheiro, belo vizinho que fui arrumar! De repente ele começa a cantar, Secrets do One Republic, bom gosto pra música ele tem, tem partes que ele desafina e começo a rir, de repente sinto cheiro de fumaça, quando olho pro microondas ele está pegando fogo.

-AI MEU DEUS! - grito. - FOGO! - fico desesperada.

-O que foi? - diz Andrew saindo do banho... Só de cueca. - Meus deus! - Andrew vê o fogo na cozinha.

-FOGO! - eu grito.

-Hanna calma! - Andrew se aproxima de mim. - Vai abrir a porta da sacada pra sair a fumaça, vou ligar para os bombeiros.

Saio correndo até a porta, desesperada e tossindo forço a chave para abrir, de repente metade da chave está na minha mão.

-Droga! - digo.

-O que foi? - pergunta Andrew.

-Quebrei a chave, não consigo abrir a porta! - mostro o pedaço da chave.

Andrew passa as mãos no cabelo.

-Os bombeiros já estão a caminho. - Andrew começa a tossir. - Vamos pro meu apartamento, aqui com essa fumaça não da pra ficar.

Andrew me puxa pela mão em direção ao seu AP, chegamos lá tossindo, sento no sofá e Andrew vai buscar um copo d'água, ele volta e senta-se ao meu lado e me entrega o copo.

-Vai ajudar a passar a tosse. - diz ele atencioso.

Enquanto bebo água paro pra lembrar que Andrew está só de cueca ao meu lado, inevitavelmente observo seu abdômen definido, seu cabelo ainda úmido depois do banho, sem perceber me afogo com a água.

-Vai devagar ai! - Andrew pega meu copo e da um tapinha de leve em minhas costas.

Ele se aproxima mais, e esse tapinha vira carinho.

-Você está bem? - pergunta ele baixinho.

Apenas aceno com a cabeça hipnotizada por seus olhos, ele se aproxima mais, Andrew tosse e se afasta.

-Esse cheiro de fumaça acabou com meus pulmões também. - ele ri.

Cheiro minha roupa e faço careta.

-Até nossas roupas ficaram com cheiro de fumaça. - olho pro Andrew. - Bom... Pelo menos a minha roupa.

Andrew cai em si que está só de cueca.

-Desculpa, quando você gritou peguei a primeira coisa que vi e vesti. - ele fica encabulado. - Já volto.

Ele vai até seu quarto, a campainha toca, vou atender.

-Que bom que chegaram! - digo quando vejo dois homens com roupa de bombeiros.

-Pelo cheiro de fumaça aqui no corredor creio que o fogo é no apartamento ao lado. - diz um deles.

-Sim. - responde Andrew aparecendo ao meu lado, só que agora vestido decentemente.

-Então vamos lá antes que esse fogo se espalhe pelo prédio todo! - diz o outro bombeiro.

Andrew os leva até lá, volto pro sofá e fico esperando. Justo hoje isso tinha que acontecer, e claro... O Andrew que tinha que me socorrer, também seu chuveiro tinha que queimar e ele tinha que tomar banho em casa, mas... Se ele não estivesse lá poderia ter me queimado...

-Pronto, fogo apagado! - Andrew interrompe meus pensamentos. - Você só não vai poder voltar pra lá porque o cheiro de fumaça continua, fora que sua cozinha não está com uma aparência muito agradável...

-Fazer o que né, mas tudo bem, ligo pra Mary avisando que vou dormir lá... - me levanto do sofá.

-Pensei de você dormir aqui. - Andrew me interrompe. - Afinal você já está aqui... - ele tenta justificar a ideia de repente.

-Magina Andrew, não quero te incomodar! Dormir na Mary pra mim não vai ser problema nenhum!

-Hanna jamais você será um incomodo, e pra você ir pra casa da Mary vai ter que voltar lá pro seu AP pegar roupa pro trabalho amanhã, e vai ter que enfrentar o cheiro de queimado...

-Nessa parte você tem razão...

-Fica aqui, minha cama é confortável...

-Não vou dormir na sua cama! Ta doido? - me espanto.

-Calma! Não disse que ia dormir junto! - Andrew sorri. - Você fica com minha cama e eu com o sofá, sem problemas pra mim!

-Mas é problema pra mim! Então você fica na sua cama e eu com o sofá, assim fica melhor. - coloco as mãos na cintura sorrindo.

-Mas Hanna, o sofá é tão desconfortável...

-Tudo bem, eu ligo pra Mary! - me encaminho até a porta, Andrew segura meu braço.

-Vocês mulheres e seu poder de persuasão invencível! Você fica com o sofá. - Andrew faz careta.

Sorrio e volto pro sofá, cheiro minha roupa e faço careta.

-De qualquer jeito vou ter que voltar pro meu AP, preciso de uma roupa limpa, porque essa aqui ta com cheiro de fumaça. - digo saindo do sofá novamente.

-Não se preocupe com isso... - Andrew vai até seu quarto e volta uma camiseta... Dele. - Pronto, veste isso aqui. - ele me estende a camiseta.

-Obrigada, mas não custa nada ir até ali do lado. - seguro a camiseta.

"Ta recendendo o cheiro dele!"

-Só que ali do lado ta cheirando a fumaça, e quem sabe até suas roupas não estão...

-Pelo amor de Deus! Não me diga uma coisa dessas! - entro em pânico.

-Eu fechei a porta do seu quarto, relaxa, mas... Veste isso ai por hoje, não custa nada vai!

-Ta. - vou pro banheiro.

Tiro meu pijama de flanela e coloco a camiseta de Andrew, me olho no espelho e a camiseta fica um pouco pra cima da minha coxa, me sinto como se estivesse mostrando pedaço de pele demais, mas acabo inalando o perfume de Andrew.

"Ah vai assim mesmo, afinal o cheiro dessa camiseta ta ótimo!"

Saio do banheiro e sinto outro cheiro bom, mas agora vindo da cozinha.

-Hum! O que ta fazendo de bom ai? - pergunto me aproximando.

-É... - Andrew para no meio da frase e me olha de cima a baixo... Bem devagar.

Puxo a camiseta um pouco pra baixo. Pensando bem... Não sei se foi uma boa ideia colocar essa camiseta! Corro até o banquinho em frente ao balcão da cozinha.

-Ta fazendo omelete de novo? - pergunto tentando tirar a atenção de Andrew de mim.

Andrew coça a garganta.

-Não, to fazendo lasanha. - ele ri.

-Sem graça! - faço careta.

-To fazendo macarronada. - ele me encara. - Gosta?

-Bastante, minha mãe faz uma macarronada sensacional!

-Macarronada de mãe sempre é sensacional, essa daqui é receita da minha, prova. - Andrew me estende a colher e provo o tempero.

-Hum! Que delicia! - digo lambendo os beiços.

-Dei uma aperfeiçoada, mas a base da receita é da minha mãe.

-Então já sei de onde herdou todo seu talento.

-Posso dizer que sim, sempre gostei de ver minha mãe cozinhar, desde pequeno, ficava auxiliando ela no almoço, jantar e etc... - Andrew também prova um pouco da macarronada. - Hum! Está bom mesmo, mais alguns minutos e já está pronto!

Andrew vai até a geladeira e pega uma garrafa de vinho, depois duas taças no armário e me serve um pouco.

-Não acho uma boa ideia, afinal é dia de semana ainda, amanhã tem trabalho... – começo.

-Só uma taça Hanna, não tem nada demais! - Andrew me interrompe.

Tomo um gole sem pestanejar, fecho os olhos provando o gosto do vinho.

-Você tem razão, só uma taça não vai fazer mal, e esse vinho está tão bom! - digo tomando mais um gole.

-Eu sempre tenho razão! - ele pisca.

-Ahan, com certeza! - reviro os olhos.

-A macarronada está pronta!

Ele me serve e senta-se ao meu lado no balcão da cozinha, logo estamos saboreando essa macarronada incrível e conversando, falamos sobre nossas vidas, sobre a infância e adolescência, muitas coisas engraçadas.

-Eu não acredito que você fez isso? - pergunto chocada.

-Foi uma aposta Hanna, perdi e tive que pagar.

-Mas sair correndo vestido de mulher no meio do corredor da escola foi um mico e tanto! - começo a rir. - Fico até imaginando sua cara de vergonha.

-Confesso que até curti, foi bem divertido, pelo menos ninguém esqueceu de mim na escola até o fim do ano! - Andrew da de ombros. - Mas e você Hanna, qual foi seu mico na escola?

-Ah nem tenho, sempre fui muito na minha.

-Duvido! Todo mundo já pagou mico na escola! Vai conta ai!

-Bom... Teve uma vez que minha amiga do ensino médio me chamou do outro lado do pátio, eu muito retardada sai correndo pra falar com ela, e justo quando fui subir a escada levei um escorregão e cai com tudo no chão, e como se não bastasse tentei levantar depressa, e quando subi os três primeiros degraus da escada, escorreguei de novo e cai de joelhos, ai me levantei e corri pro banheiro, mas pense... A escola toda me viu pagar esse mico e caíram na gargalhada, não esqueceram disso por um bom tempo também!

Andrew cai na gargalhada e entro na dele.

-Não dá pra saber quem foi pior, eu ou você! - diz ele tomando mais um gole de vinho.

Olho pra garrafa e já está na metade.

-Ei vamos assistir a um filme? - sugere Andrew.

-Filme... Pode ser.

Vamos até o sofá, Andrew procura um DVD de filme.

-Que tipo de filme gosta? - ele pergunta.

-Não sendo terror assisto qualquer coisa.

Ele escolhe um e coloca no DVD.

-Acho que esse você vai gostar. - ele senta-se ao meu lado.

-Que filme é?

-E o vento levou.

Começo a rir.

-Você ta falando sério?

-Ahan, olha minha cara de que sou viciado nesse filme. - Andrew faz careta e também ri. - To brincando, coloquei Tron.

-Jura? Aff que filme chato!

-Ah sério que não gosta?

-Ahan seríssimo! - me levanto e vou até sua coleção de DVDs. - Ta difícil um filme bom aqui.

-Você disse que tirando terror assistia a qualquer um. - Andrew cruza os braços.

-Terror e esses filmes patéticos de ficção científica, e pelo jeito só isso que você tem pra assistir. - faço careta. - Ah achei um! - mostro pra ele como perder um homem em dez dias.

-Ta falando sério?

-É o único que presta por aqui dessa sua coleção!

-Esse filme nem é meu, deve ser a Rachel que deixou ai, é o estilo dela esse filme!

De repente caio em si, Rachel, Phil e eu aqui com Andrew como se fosse a coisa mais natural do mundo.

-Rachel tem bom gosto pra filme! - tento disfarçar meu nervosismo.

Andrew se aproxima, pega os filmes da minha mão e os guarda.

-Quer saber, deixa quieto os filmes. - diz ele indo pra sacada. - Vem aqui.

Vou até onde ele está, diferente da minha sacada que da de frente pra rua a dele da para os fundos de uma casa grande, ao encostar na grade observo um velhinho do lado de fora da casa, sentado em sua varanda, ele parece tranquilo, mas pensativo.

-No que será que ele está pensando? - pergunta Andrew.

-Deve estar pensando na sua vida, em tudo que vivei e passou, talvez nos filhos que hoje já estão todos casados e com seus próprios filhos... - respiro fundo. - Também deve estar lembrando da sua amada esposa, de como a conheceu, como ele lutou para conquistá-la... - Andrew ri. - Talvez ela fosse uma moça difícil, com um pai rígido, no qual ele teve que conquistar primeiro, mas ele sabe que valeu cada segundo, pois quando ele colocou olhos nela pela primeira vez ele sabia que ela seria seu amor pra vida toda... - de repente aparece uma velhinha, com uma expressão agradável e sorridente. - E hoje ele olha pra ela... - sorrio quando o casal de velhinhos trocam um olhar apaixonado.

-E tem absoluta certeza que a vida dele foi a melhor que ele poderia ter. - concluí Andrew.

Ficamos em silêncio apenas observando o casal de velhinhos.

-Agora entendi. - Andrew quebra o silêncio.

-Entendeu o que?

-Como imagina sua vida no futuro. - Andrew olha pra mim. - Você quer um futuro como o deles.

-Ah... Acho que é o que todo mundo quer. - olhos pra Andrew. - Afinal um final feliz é o sonho de qualquer um!

Andrew se aproxima e coloca sua mão em cima da minha na grade, me arrepio com seu toque.

-Você não é feliz Hanna? - pergunta ele.

Engulo em seco, não esperava uma pergunta dessa.

-Você está feliz com Phil? - ele reformula a pergunta.

-Phil me faz bem, nos damos bem juntos, ele é um bom rapaz...

-Você imagina sua vida como a daquele casal com Phil? - Andrew é insistente.

-Andrew... - fico sem saber o que dizer.

-Hanna eu sei que a resposta a essa pergunta é não... - Andrew segura meus dois braços e me faz virar de frente pra ele. - Você sabe que não pode ser feliz com Phil Hanna, ele apenas te faz bem, mas sua vida como a daquele casal no futuro não é com ele que você vai viver... - suas palavras me afetam.

Afinal, querendo ou não Phil é meu namorado, como ele pode ter tanta certeza que não posso ser feliz com Phil?

-Como pode ter tanta certeza disso Andrew? - o interrompo cruzando os braços.

Ele se aproxima mais.

-Porque só quem pode te dar esse futuro feliz, que vai sentar numa varanda avançado da idade e refletir sobre a vida que viveu, lembrar dos filhos e da sua amada esposa e cada segundo da sua vida feliz com ela... - ele me olha fundo nos olhos. - Sou eu Hanna. - ele sussurra.

Antes de eu dizer qualquer coisa Andrew me beija, um beijo doce e quente, ele me abraça, me deixo levar pelo momento, sei que isso está errado, mas não consigo evitar, é mais forte que eu, envolvo seu pescoço com meus braços o beijo se intensifica, estamos ofegantes, mas queremos mais, Andrew beija meu pescoço, fecho os olhos de prazer.

-Te amo Hanna! - ele sussurra.

-Andrew... - minha voz é quase inaudível.

Andrew me encara nos olhos, sorri e volta a me beijar, minhas mãos passeiam por seu cabelo, não quero que esse momento tenha fim. De repente o celular toca, relutante Andrew me solta, ele vai até a sala atender, fico onde estou anestesiada, ainda sinto o gosto de seu beijo, resolvo sair do meu transe e volto pra sala, assim que entro percebo que Andrew está falando com Rachel.

-Sim Rachel, sei... - Andrew olha pra mim sem graça.

Minha ficha cai, vou pro banheiro discretamente, tiro a camiseta que ele me emprestou e volto a colocar minha roupa, pego sua camiseta e sinto seu cheiro, uma lágrima escorre pelo meu rosto, me sento no chão e me derramo em lágrimas. Andrew é o amor da minha vida, depois de hoje não posso mais negar, mas também não posso mais negar que não posso tê-lo, ele pertence à outra e eu estou com seu irmão, feliz ou não ele é meu namorado, dói pensar que esse amor pelo Andrew não pode ser vivido, e não duvido de maneira nenhuma que ele poderia ser aquele velhinho no meu futuro, mas ele não vai ser, tudo o que sentimos um pelo outro não pode existir e não vai existir!

-Hanna. - Andrew abre na porta.

Não respondo, não consigo, continuo chorando, Andrew abre lentamente a porta e me vê sentada no chão chorando.

-Hanna! - ele fica desesperado. - O que houve? Ta machucada? Ta com dor? Posso te ajudar...

-Não! - grito.

-Hanna... - Andrew se aproxima.

Me levanto de um salto.

-Não Andrew se afasta! - o empurro pro lado e saio do banheiro.

-Mas Hanna... - Andrew fica aturdido.

-Chega Andrew, não dá, não podemos, não... - as lágrimas e um nó na garganta me impedem de continuar.

-Hanna... - Andrew entende o que estou falando e se aproxima querendo me tocar.

-Não Andrew, por favor não! - minha voz é um mero sussurro. - Será que você não entende?

-Mas eu te amo Hanna, não há mais nada a entender!

-Isso é impossível Andrew, o que estamos querendo não pode existir! Será que você não vê? - passo as mãos pelo cabelo. - Eu estou com Phil, seu irmão e você tem a Rachel...

-Mas podemos resolver isso! - Andrew ainda tem esperança.

-Não, não podemos, isso não é justo com nenhum dos dois...

-E é justo deixarmos nossa felicidade de lado assim?

-Que felicidade Andrew? Você consegue ser feliz fazendo outra pessoa sofrer? Não dá! Não é assim que as coisas funcionam!

-Pare de pensar nos outros e pense em nós, pense... - Andrew respira fundo. - Pense em você!

-Você não entende Andrew, eu trabalho com isso e sei como funciona...

-Para Hanna, para! - Andrew fica aflito. - Isso não tem nada a ver com seu trabalho, isso é sua vida pessoal, você me ama e eu te amo, não tem como negar e você sabe disso...

-Mas não podemos ter isso! - minha voz está embargada.

-Sim podemos, mas você não consegue ver isso, a felicidade está na sua porta, mas você não quer deixar ela entrar!

-Para... - fecho os olhos. - Por favor Andrew não força a barra, isso é tão difícil pra mim quanto é pra você!

-Então vamos fazer ser fácil, porque é! - Andrew se aproxima rapidamente e me toma nos braços.

Sinto seu coração ao encostar minha cabeça em seu peito, ele está acelerado, sei que Andrew está sofrendo tanto quanto eu, ele acredita que isso pode ser fácil, e eu também queria que fosse, mas sei que não é, não consigo. Me forço a se afastar de Andrew.

-Eu sinto muito Andrew, mas não dá! - olho nos seus olhos. - Só entenda que isso não pode dar certo...

-Porque você não quer! - seus olhos estão suplicantes.

-Você sabe que isso é mentira, mas tem mais pessoas envolvidas... Eu não posso, não podemos! - tento ser firme.

Sigo até a porta, Andrew está com os olhos lacrimejados, sinto sua dor, e isso me deixa pior ainda.

-Sabe que se sair por essa porta nossas vidas vão mudar não sabe? - diz ele.

-Sei. - seguro a maçaneta da porta.

-Tem certeza disso?

-Não tenho escolha. - abro a porta.

-Você sabe que tem.

Encaro Andrew sem ter o que dizer, engulo o nó da garganta, me viro e saio fechando a porta atrás de mim.

 


Notas Finais


Só pra constar gente, esse mico da Hanna aconteceu comigo de verdade! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk


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