1. Spirit Fanfics >
  2. Conselheira Amorosa >
  3. Capítulo 18

História Conselheira Amorosa - Capítulo 18


Escrita por: TamyFranco

Capítulo 18 - Capítulo 18


 

Quando o elevador abre vejo Philip de longe, me aproximo e ele me vê e vem em minha direção, todo elegante num terno preto, uma camisa impecavelmente branca e uma gravata da mesma cor que meu vestido. _ “Ownt que fofo!” _

-Uau que mulher maravilhosa essa donzela na minha frente! – Philip sorri radiante.

-Para Phil, você me deixa com vergonha! – sorrio sem graça.

-Não deveria, pois estou dizendo a mais pura verdade. – ele beija minha mão como se fosse um cavalheiro “O que ele é com certeza!”

-Você também está muito elegante! – digo.

-Minha simples elegância não se compara a sua beleza! – Philip não para de me elogiar.

-Ta bom, to vendo que você não vai para com essa baboseira tão cedo, então vamos logo comer, assim você para de falar enquanto come! – digo brincando.

-É... To com fome mesmo. – ele confessa.

Pegamos um taxi e nos dirigimos para um restaurante chiquetérrimo, a recepcionista confere nossa reserva que Philip fez e nos leva até uma mesa de canto, mas que da pra ver o restaurante todo de onde estamos, Philip puxa a cadeira para eu sentar. “Ele incorporou mesmo um cavalheiro!­” O garçom se aproxima com uma garrafa de vinho e nos diz o cardápio, Philip escolhe por nós dois, até porque não faço ideia do que seja esses pratos que ele disse!

-E como foi com a Rachel hoje? Conseguiu sobreviver? – Philip ri.

-Ah não foi tão mal assim! – “Tirando o fato que ela desmontou por um cara milionário!” – Foi até divertido.

-Não sei como!

-Mas acabamos voltando logo após o almoço, Rachel não se sentiu bem.

-Ela cansou de carregar sacolas de compras foi isso? – Philip não perde oportunidade.

-Ela disse que estava com dor de cabeça. – dou de ombros.

-Ainda bem que foi pouco tempo então. – Philip toma um gole de vinho.

Fico tentada a lhe contar o que realmente aconteceu, mas não acho que tenho direito de fazer isso, ainda mais porque sei que ele odeia Rachel, não quero dar mais um motivo pra isso. Logo nosso jantar chega e nos deliciamos, ele me conta como foi com os fornecedores, e confessou achar bom o Andrew ter vindo, ele conseguiu fazer negócios ótimos que sozinho ele talvez não conseguisse.

-No fim das contas então foi bom o Andrew ter vindo, mesmo que sem querer. – digo tomando um gole de vinho.

-Pois é, foi sim, mas... Não vou dizer isso pra ele ficar se achando depois.

-Não acho que ele faria isso. – solto.

-E porque acha isso? Conhece ele melhor que eu? – Philip levanta uma sobrancelha.

Engulo em seco.

-Não... Magina... Falei por falar! – fico sem graça.

-Pior que ele não faria mesmo, mas... Não há necessidade né?

-Você quem sabe.

Philip termina seu vinho.

-Gostou do jantar? – ele pergunta.

-Amei, estava uma delícia!

-O que acha de dar uma esticadinha?

-O que planeja? – pergunto curiosa.

-Você só vai saber se vier comigo! – Philip ama me provocar.

-Vamos lá senhor mistério!

Ele me estende o braço e seguimos para fora do restaurante, não demora nada e estamos numa balada de Londres. “Sensacional!” Nem bem chegamos e Philip me puxa para a pista de dança, nos envolvemos com a música, uma batida gostosa, quando a música acaba vamos em direção ao bar, avistamos Andrew de longe, quando ele nos vê acena pra irmos até ele.

-E ai maninho! – ele nos saúda. – Oi Hanna!

Aceno com a cabeça, percebo que está sozinho.

-Onde está Rachel? – pergunto.

-Ela foi ao banheiro, mas já deve estar voltando. – ele responde. – Mas sentem ai, estamos só nos dois mesmo.

-Vou buscar uma bebida pra gente Hanna, o que vai querer? – Philip pergunta.

-Batida de vinho branco com morango. – Andrew responde por mim.

“Ele acabou de lembrar da minha bebida no dia em que a gente se conheceu!” -Uma sugestão. – ele da de ombros.

-Pode ser. – digo um tanto desconcertada.

Philip sai e me deixa sozinha com Andrew, isso me incomoda um pouco, ele me encara.

-Como você está Hanna? – ele pergunta descontraído.

Penso antes de responder tentando ler nas entrelinhas.

-Bem, e você? – respondo logo.

-O que você acha? – ele da de ombros.

-Quem tem que me dizer isso é você! – resolvo jogar o jogo dele.

-Bom... A mulher da minha vida me abandonou, e estou com uma louca que descobri histérica e chorona hoje, como acha que estou? – ele solta.

Respiro fundo.

-O que aconteceu com a Rachel? – pergunto sabendo a resposta.

-Bem que eu queria saber! – ele respira fundo. – Cheguei no quarto de hóspedes e a encontrei jogada no sofá em pratos, me preocupei claro! Mas quando fui perguntar o porquê ela veio com tudo pra cima de mim dizendo que a culpa era minha! – ele parece nervoso. – Depois ela se trancou no quarto, sai beber no restaurante do hotel, logo ela vem atrás de mim com cara de paisagem, como se nada estivesse acontecido dizendo que estava me procurando, ai não entendi mais nada, perguntei se ela estava bem, ela disse que estava ótima e queria sair pra dançar, subimos, nos arrumas e aqui estamos! – ele sorri sem graça. – E pode acreditar, ela está normal!

-Ela deve estar assim por causa do casamento, deve estar mexendo com a cabeça dela. – tento ser racional.

-Vocês saíram hoje... Não percebeu nada de estranho?

“Ah sim claro! Sua noiva encontrou um cara que desestabilizou ela todinha!”

-Ela foi a Rachel de sempre o tempo todo. – tento soar sincera.

-Hanna! – ouço Rachel se aproximar. – Que surpresa te encontrar aqui! – realmente ela parece normal.

-Eu e o Phil resolvemos dar uma esticadinha depois do jantar. – digo.

-Pronto Hanna, aqui está sua bebida. – Philip senta-se do meu lado.

-E ai me conta como foi o jantar? Onde vocês foram? – Rachel fica curiosa.

-Alain Ducasse at the Dorchester. – Philip responde. – Conhece?

-Ah sim claro! É um restaurante incrível!

-Você nunca me disse isso Rachel! – indaga Andrew.

Sinto Rachel suar frio.

-Foi naquela temporada em que estive aqui antes da gente se conhecer que e te falei, lembra? - Rachel tenta soar descontraída.

-Mas você me disse que odiou os restaurantes daqui! – Andrew insiste.

Rachel entra numa saia justa.

-Bom... Esse em particular eu gostei bastante! – ela ri sem graça. – E que diferença faz isso agora? Você gostou Hanna? – ela joga a bola pra mim.

-Ah sim, amei! Um lugar realmente incrível! – digo sendo sincera.

-Ah não, mas olha quem eu encontro por aqui! – ouço uma voz masculina se aproximar. - E ela não me é estranha!

-Vicent! – Philip diz.

Levanto o olhar e vejo quem eu suspeitei que fosse... O Vicent.

-O que faz perdido por aqui cara? – Andrew pergunta.

Rachel fica imóvel, não consegue nem olhar pra cima.

-Não sou só um cara de negócios né! – Vicent diz.

-Senta ai cara! – Philip diz.

Vicent se acomoda e nota a minha presença e de Rachel, ela tenta disfarçar de todos os modos que se encontra ali.

-Essa é minha namorada, Hanna! – Philip me apresenta.

-Olá Hanna! Parece que te conheço de algum lugar... – ele diz.

-Vai ver já nos esbarramos por ai! – digo.

-Pode ser, Londres só parece grande. – ele sorri. - E essa deve ser sua noiva Andrew? – Vicent olha em direção a Rachel, mas não a reconhece.

-Sim, é sim... – Andrew olha para Rachel que está mexendo no celular. – Rachel, conheça um dos fornecedores mais importantes do restaurante e nosso amigo, Vicent Raymond!

Lentamente Rachel levanta a cabeça, sinto Vicent tenso quando a reconhece.

-Rachel! – ele exclama. – É você?

-Vocês já se conhecem? – Andrew pergunta confuso.

-Já fomos...

-Amigos! – Rachel corta Vicent. – Nos conhecemos da temporada que passei aqui, né Vicent? – Rachel parece implorar pra ele concordar.

Ele percebe a situação.

-Isso, nos conhecemos há alguns anos. – ele sorri sem graça.

-Nossa que mundo pequeno! – Philip diz.

“Nem me fale!”

-Então você é um fornecedor do restaurante, que legal! – tento quebrar o clima.

-Ele é O fornecedor Hanna! – Philip me corrige.

-Ele é dono da maior loja de bebidas de Londres, ele vai nos fornecer as especiarias, cerveja Ale, cidra, gim e toddies! – Andrew completa. – Mas me conta ai como conheceu minha noiva Vicent? – Andrew fica curioso.

-Bom...

-Amigos em comum, andávamos com os mesmos amigos e acabamos virando amigos também. – Rachel interrompe de novo.

Vicent percebe o joguinho de Rachel.

-Você se lembra da Rochelle? – Vicent pergunta a Rachel. – Aquela namorada que tive? Alias... Noiva! – Rachel fica branca, Vicent continua a encará-la. – Aquela que prometeu fugir comigo?

-Que história é essa Vicent? – Philip pergunta.

-Ela era super amiga da Rachel... – Rachel engole em seco. – Nos conhecemos e nos apaixonamos, só que como na época eu era só um barman os pais dela proibiram nosso namoro, porque eu era pobre, e não tinha nada a oferecer a ela, mas ela prometeu fugir comigo numa noite, ela jurou que me amava e que era comigo que ela queria viver o resto da vida! – Rachel já mudou de cor tantas vezes que perdi a conta. – Na noite do combinado, ela simplesmente me deu o bolo, não apareceu! – Vicent encara Rachel. – Fui atrás dela e descobri que tinha voltado para os Estados Unidos, sem chão fui até o bar onde trabalhava e descobri um bilhete maroto que ela me deixou...

“Sinto muito, mas precisei te deixar, com dor no coração, era o certo a fazer, não queria te prejudicar, mas sempre te amarei... Príncipe do meu coração!”

 

-Príncipe do meu coração? Que coisa mais cafona! – Philip diz terminando sua bebida.

-Você me chamou disso uma vez Rachel... – quando Andrew olha pra sua noiva ela está chorado. – Rachel, você... – Andrew olha para Vicent que continua encarando Rachel.

-Você não podia ter feito isso! – a voz de Rachel sai como um sussurro. – Você não tinha o direito de destruir minha vida desse jeito!

-Mas Rachel... – Andrew fica extremamente confuso.

-E que direito você tinha de destruir minha vida como você fez hein? – Vicent fica nervoso. – E nosso filho? Cadê ele?

“Filho? A coisa ta ficando séria!”

-Filho? – Andrew agora está assustado.

-Eu abortei! – Rachel está com a maquiagem toda borrada. – Meus pais me obrigaram a tirar quando descobriram!

Vicent fica pálido.

-Mas era nosso filho Rachel... Meu filho! – ele fica chocado. – Como você pôde?

-Não tive escolha! – Rachel passa as mãos no cabelo.

-Você tinha sim, era só ter fugido comigo como havíamos combinado!

-Eu não podia, não podia Vicent... – Rachel chora ainda mais.

-Eu te amava Rachel! – Vicent enxuga uma lágrima.

Rachel o encara e depois Andrew, sem saber o que mais dizer ela sai correndo, Vicent fica arrasado, Andrew chocado, Philip sem palavras e eu... Me sinto num cenário de novela mexicana.

-Vou atrás dela! – digo me levantando.

Encontro Rachel chamando por um taxi, vou até ela.

-Rachel! – chamo.

-Vai embora! – ela diz sem olhar para mim.

-Vamos conversar. – digo.

-Não tenho nada pra falar!

-Vamos apenas caminhar pode ser? – sugiro.

Sempre que não queria falar, minha mãe me levava pra caminhar, ficávamos alguns minutos só andando pelo parque perto de casa, até que eu resolvia me abrir, e eram sempre as melhores conversas. Rachel atravessa a rua em direção ao Hyde Park, caminho ao lado dela, aos poucos ela vai se acalmando, ela senta-se em um banco em frente à fonte, me sento ao lado dela.

-Foi a pior decisão da minha vida que já tive que tomar... – ela começa. – Primeiro abandonar o amor da minha vida e depois tirar a única coisa que me faria lembrar dele o resto da vida, um pedacinho dele... – ela se abraça. – Vi meu mundo desmoronar, me senti a pior pessoa do mundo, sem chão, sem ar e sem vida... – ela respira fundo. – É uma dor que nunca ninguém vai conseguir apagar, meus pais foram mesquinhos e egoístas, eles destruíram minha vida, tudo por causa de dinheiro, “ele é um Zé ninguém que não tem onde cair morto!” minha mãe disse quando conheceu o Vicent, “vai querer virar faxineira vivendo de migalhas?” meu pai me perguntava, muito burra acabei cedendo a vontade dos dois, deixei minha felicidade para trás e voltai para Springwood. – Rachel enxuga uma lágrima. – Mas eles não sabiam que eu estava grávida, tinha um pedacinho do Vicent comigo, prometi guardar esse segredo comigo, mas chegou uma hora que a barriga começou a aparecer e não consegui mais esconder, minha mãe ficou histérica, meu pai queria vir cassar o Vicent aqui em Londres. – ela passa a mão na barriga. – Na semana seguinte ele foi tirado de mim, foi bem difícil, pois ele já estava grande, minha recuperação foi lenta e dolorida, mas do coração nunca mais me recuperei, até conhecer Andrew... – ela sorri sem graça. – Achei que poderia sentir o que e sentia pelo Vicent de novo, tentei com todas as minhas forças, mas todas as vezes que via um cara parecido com ele meu coração disparava, quantas e quantas vezes eu via um garotinho de cabelo preto correndo e imaginava nosso filho... – ela volta a chorar. – Eu gosto muito do Andrew, mas sei que ele não me ama, e não o culpo, pois eu tambem não o amo... Nunca amei e nunca vou conseguir amar, meu coração vai ser sempre do Vicent, hoje só provei isso quando nos vimos novamente, mas... Nunca poderemos viver juntos, nossa história se foi com nosso filho...

-Não diga isso Rachel! – resolvo me manifestar. – Sua história realmente é muito trágica, é difícil até de processar, ainda mais pelo tempo que te conheço, eu nunca imaginei...

-Sou uma mentira Hanna! – ela me olha. – Eu sei o que você, Sophia, Ariel e Mary acham de mim, uma patricinha metida e sem cérebro...

-Rachel...

-Tudo bem, tambem não as culpo, vocês conhecem a mentira que sou, a verdadeira Rachel, sonhadora e feliz do passado ficou no passado, enterrei ela junto com meu filho, criei essa que sou agora pra continuar, sei lá...

Sobrevivendo.

Pela primeira vez na vida vejo Rachel sendo 100% sincera, chego a sentir sua dor, como pode seus próprios pais fazer isso com ela? O que leva alguém a destruir a vida da sua própria filha?

-Eu sinto muito! – única coisa que me vem à mente pra dizer.

-Tudo bem, não há nada que se possa fazer! – ela da de ombros.

-Pra tudo tem um jeito Rachel!

-Não pra minha vida. – ela abaixa a cabeça.

-Isso não é verdade! – pego suas mãos na minha, ela me olha. – Sabe essa Rachel que você diz que é uma mentira? Eu tenho certeza que parte dela não é!

-Como assim?

-Seu lado positivo está nela, atirada, extrovertida, meio sem noção às vezes, mas ela é seu lado bom! – respiro fundo. – Vicent te ama, percebi logo na primeira vez que vi vocês dois juntos no restaurante no shopping.

-Sério? – ela me lança um meio sorriso.

-De amor eu entendo! – “Na teoria!” – Acho que ta na hora de você enfrentar seus pais e viver sua vida, você merece ser feliz!

-Mas...

-Mas nada, você vai sim ir atrás do Vicent e resolver essa situação! Ou você vai deixar sua felicidade ir embora de novo? Tem certeza que você quer olhar pra trás e perder essa segunda chance que a vida está te dando?

Rachel fica pensativa, ela morde o lábio inferior, olha pra fonte e depois pra mim.

-Você tem toda razão! Ta na hora de eu viver minha vida e não a dos meus pais!

-É assim que se fala garota!

-Mas e o Andrew? – ela pergunta preocupada.

-O Andrew vai entender! Ele é homem suficiente pra isso! – pareço confiante.

-Tem certeza? – ela fica apreensiva.

-Absoluta!

-Sabia que ia encontrar vocês aqui. – Philip diz se aproximando. – Andrew quer conversar com você Rachel.

Rachel se levanta apreensiva.

-Vai na paz! – Philip a tranquiliza.

Ela sorri, me olha em sinal de gratidão e sai.

-Que noite! – Philip senta-se ao meu lado.

-Verdade! – me recosto no banco.

Olho pro lado e vejo Rachel conversando com Andrew, ele parece calmo.

-Vicent contou pra gente o que rolou entre ele a Rachel. – Philip diz.

-Rachel tambem me contou.

-Eu achei que essas coisas só aconteciam em livros e filmes.

-A fantasia está a nossa volta em forma de realidade Phil. – reflito.

-Profundo isso! – ele sorri e me encara.

-Acabei de inventar! – me gabo.

Ele se aproxima e me da um beijo na testa, olho pro lado novamente e vejo Rachel abraçando Andrew, eles trocam um olhar de compreensão e Rachel segue seu caminho, Andrew se aproxima de nós.

-Pra sua felicidade maninho, estou oficialmente solteiro! – Andrew ainda consegue brincar.

-Você sabe que meu problema era com a Rachel e não com seu estado civil! – Philip responde.

-Da quase na mesma! – Andrew da de ombros. – Acho que podemos ir embora, certo?

-Ótima ideia! – digo me levantando. – Ai droga!

-Que foi Hanna? – Philip pergunta.

-Esqueci minha bolsa na balada!

-Vou buscar, já volto! – Philip sai me deixando sozinha com Andrew... De novo.

Assim que Philip está longe Andrew começa.

-Agora estou solteiro! Loucura isso! – ele coloca as mãos no bolso da calça.

-Pois é! E você não parece nada triste. – ressalto.

-Pela Rachel sim, tambem não sou tão insensível assim! – ele joga as mãos no ar. – Mas não estou mais noivo, isso sim me deixa feliz e você sabe por quê! – ele me encara.

Prefiro nem responder.

-Hanna... – ele começa.

-Mas eu ainda estou com seu irmão! Esqueceu disso? – corto ele na hora.

-Eu ouvi um “ainda”? – ele provoca.

-Você sabe o que estou querendo dizer! – cruzo os braços.

Ele se aproxima e me toca, fico arrepiada na hora.

-Mas nada mudou entre a gente. – sua voz é um sussurro.

-Como pode ter tanta certeza disso? – quase engasgo.

-Você ainda fica arrepiada quando te toco...

-Posso estar... Com frio! – fecho os olhos quando seus dedos passam pelo meu rosto.

-E você fecha os olhos quando me aproximo...

-Estou interrompendo algo? – Philip nos pega no flagra.

-Pronto! Saiu! – Andrew diz. – Uma folhinha da árvore caiu no rosto da Hanna, estava ajudando tirar. – ele sorri na maior cara de pau.

Philip não é bobo, ele percebeu algo mais que isso.

-Obrigada Andrew! – me afasto. – Vamos Philip, estou com um pouco de frio. – digo olhando de relance para Andrew.

-Sim, vamos, já peguei sua bolsa. – ele responde.

Entrelaço meus dedos nos seus e seguimos até a rua para chamar um taxi, Andrew vem logo atrás, enquanto Philip acena para um taxi olho de relance para Andrew, ele faz sinal de frio e ri, mostro a língua pra ele, o taxi chega e logo seguimos caminho para o hotel, nos despedimos de Andrew e entramos em nosso quarto, Philip fecha a porta atrás de si, ele vem em minha direção e me beija, sei o que ele quer, mas tudo o que aconteceu hoje me deixa sem clima algum, aliás, saber que Andrew está sozinho me atormenta.

-Philip… – digo tentando me afastar dele.

Ele continua beijando meu pescoço.

-Philip não...

-Algum problema? – ele pergunta me encarando.

-Não to no clima. – sorrio sem graça.

-Mas... – ele parece confuso. – Isso tem alguma coisa a ver com Andrew? – ele é direto.

-Tambem... – ele se afasta ainda me encarando. – A história da Rachel mexeu comigo, com ele e até com você... – entrelaço minhas mãos uma na outra. – Desculpa! – faço a carinha do gato de botas.

“É tiro e queda!”

Philip se aproxima e me abraça.

-Tudo bem, essa noite foi bem desgastante mesmo. – ele diz compreensivo.

Ele me da um beijo na testa e vai até o quarto, resolvo ir até a sacada para lhe dar privacidade, respiro fundo ao olhar para o céu.

-Hanna. – ouço alguém me chamar.

Quando olho pro lado vejo Andrew em sua varanda, reviro os olhos.

-Rachel voltou? – pergunto sabendo a resposta.

-Nós dois sabemos que ela não vai voltar. – ele responde. – Cadê o Philip?

-Está no quarto. – respondo.

-Você sabe que ainda não acabou né?

-Não acabou o que?

-Nossa história. – ele se apoia no parapeito me encarando.

-Não tem NOSSA história! – cruzo os braços.

-Eu não teria tanta certeza disso. – ele sorri.

-Pois eu tenho certeza! – soo firme.

Encaro Andrew e entro, vou até o quarto e encontro Philip recostado na cama.

-Achei que já tinha dormido. – observo.

-Estou meio sem sono. – ele responde sem me olhar.

Pego meu pijama e vou até o banheiro me trocar, logo que saio me deito ao lado de Philip, olho pro teto e fico repensando na noite de hoje e principalmente nas palavras de Andrew,“nossa história!” Me viro pro lado e fecho os olhos, Philip acha que dormi, ele se vira para o outro lado e tambem dorme... Eu acho. Sem conchinha essa noite!


Notas Finais


Que revelação hein!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...