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História Conselheira Amorosa - Capítulo 19


Escrita por: TamyFranco

Capítulo 19 - Capítulo 19


 

Quando acordo no outro dia o quarto está vazio, procuro Philip em todo lugar mais nada, resolvo mandar uma mensagem de texto.

-Onde você está Phil?

Nada de resposta, resolvo me arrumar e descer pra tomar café, já que hoje ele não me mandou uma cesta suculenta, começo a estranhar seu comportamento, de um dia pro outro ele está mais frio e distante, será que é porque estraguei o clima ontem? Será que ele percebeu algo entre mim e Andrew? Procuro tirar esses pensamentos da cabeça, vai ver ele ficou abalado com a história da Rachel, que por sinal... Nem notícias, será que ela foi atrás do Vicent? Será que foi atrás de sua felicidade? Espero com toda sinceridade que sim, qualquer um merece, com a Rachel não seria diferente.

Depois de arrumada vou até o restaurante do hotel e me toco que é a primeira vez que entro nele de verdade desde que cheguei aqui, é tão suntuoso quando resto do hotel, escolho uma mesa em um canto perto de uma janela que dá de frente pra rua principal, como sempre, começo a observar o movimento, logo um garçom se aproxima para anotar meu pedido, e peço um café comum, coisa que faz dias que não tomo, e sinto falta, ele sai e fico aguardando perdida em meus pensamentos.

-Bom dia Hanna! – Andrew diz me dando um susto.

-Ai que susto Andrew! – digo colocando a mão no coração.

-No que estava pensando posso saber? – ele pergunta se sentando à minha frente.

“Folgado! Quem te convidou?”

-Nada de seu interesse! – resolvo dar de ombros.

Ele fica em silêncio só me observando, isso me irrita, me incomoda.

-Sabe onde está Philip? – resolvo perguntar pra quebrar o clima.

-Vi ele hoje cedo saindo do hotel, não me disse aonde ia e nem quando voltava. – Andrew toma um gole de seu café.

O garçom se aproxima deixando meu café na mesa à minha frente e se retira.

-Aconteceu algo entre você e meu irmão ontem? – Andrew pergunta curioso.

-Não que eu saiba. – tomo um gole do meu café.

Andrew me encara.

-Hanna, conheço meu irmão mais do que você, e quando algo o incomoda... – Andrew olha pela janela.

Não gostei dele ter me dito isso, agora realmente sinto que tem algo de errado com Philip, tomo mais um gole do meu café.

-Eu realmente acho que a história da Rachel e a confusão de ontem deve ter mexido com ele, até comigo mexeu, cheguei tão chocada que... – paro antes de dizer algo que não devo.

-Que o que? – mas Andrew é curioso demais.

-Fiquei esgotada... Cansada, acabei dormindo logo, pelo menos tentei... – tomo mais um gole de café para disfarçar meu nervoso.

Andrew começa a rir, claro que ele entendeu o que eu quis dizer.

-Entendi. – ele me lança um sorriso bobo.

-E a Rachel, mandou notícias? – resolvo mudar de assunto.

-Ela me mandou mensagem hoje cedo, disse que estava com o Vicent e que não era para me preocupar, que ela não voltaria comigo para Springwood, o que não é nenhuma surpresa.

-Realmente não mesmo! Estou feliz por ela! – digo sendo sincera.

-Também estou! – Andrew também é sincero.

-Bom dia flor do dia! – Philip se aproxima. – Que saudades!

Ele se aproxima para me dar um beijo, que achei que fosse rápido, e, com certeza, não foi, ele me beija de verdade, na frente de seu irmão e de todo restaurante, e acho que até quem estava passando na calçada parou para olhar, Andrew pigarreia.

-Ah, oi irmãozinho, desculpa ai, estava com saudades, sabe como é né! – Philip soa provocador.

Eu não faço a mínima ideia do que deu nele, mas ele parece realmente feliz, isso é bom... Eu acho!

-Percebi. – Andrew termina seu café. – Bom... Vou deixar o casal a sós, vou arrumar minhas malas pra voltar pra casa, até mais!

Andrew sai e Philip senta no lugar dele.

-Ta tudo bem? – ele pergunta segurando minha mão por cima da mesa.

-Ta sim, e você? – acho um pouco estranha sua pergunta.

-Queria te pedir desculpas... – ele começa.

-Pelo que? – ergo uma sobrancelha sem entender nada.

-Por ontem à noite, insistir por algo que... Você não queria... Por ficar um pouco bravo...

Já entendi o que ele quis dizer.

-Relaxa Philip...

-Nem dormi direito essa noite, fiquei preocupado de ter te magoado, hoje acordei e fui pensar, vi o quanto idiota, egoísta e mesquinho fui, você me perdoa?

-Ei Philip, já disse pra você relaxar, esquece isso, eu que te devo desculpas, essa viagem era pra gente namorar...

-No fim o Andrew e a Rachel apareceram e estragaram tudo! – ele cruza os braços chateado.

-Tambem não íamos imaginar que essa confusão toda ia acontecer!

-Você tem razão, no fim a Rachel acabou se revelando e todos saíram contentes, porque meu irmão se livrou de um casamento indesejado.

-Verdade, ele me disse mesmo, antes de você chegar, que estava feliz por ela.

-E o que mais vocês conversaram? – Philip usa um tom um pouco acusador.

-É... Sobre a Rachel mesmo, sobre o ocorrido de ontem... Foi bem... Surpreendente, você não achou? – sorrio pra disfarçar o nervosismo.

-Com certeza. – ele apenas concorda.

Ficamos em silêncio.

-É... Vamos embora hoje? – resolvo perguntar.

-Ah, sim, esqueci de te falar, mas já resolvemos tudo o que tinha pra resolver por aqui, então... Infelizmente teremos que voltar.

-Mas voltar pra casa é sempre bom também... – olho as horas no celular. – E precisamos voltar pra nossa vida né? Minhas clientes devem estar doidas!

Philip ri.

-As desesperadas por amor em Springwood! – ele zoa.

-Não fale assim delas Phil! Elas sofrem de verdade ta! – o repreendo.

-Não ta mais aqui quem falou. – Philip joga as mãos no ar. – Acho que podemos arrumar nossas coisas já, o voo sai daqui duas horas! – ele confere as horas no celular.

-Ótima ideia!

Nos levantamos da mesa, seguimos até nosso quarto de mãos dadas, isso é um bom sinal, no corredor encontramos Andrew falando ao celular.

-É nossa mãe. – ele sussurra ao passar por nós.

-Manda um beijo pra ela! – Philip diz. – Vamos arrumar nossas coisas, nos encontramos no saguão daqui a pouco.

Andrew faz um jóia.

-Sim mãe... – E sai andando.

No quarto, já de malas prontas olho no guarda roupa pra ver se não me esqueci de nada e encontro as sandálias que a Rachel me emprestou ontem à noite, fico pensando onde ela está agora, resolvo ligar pra ela.

-Oi Hanna! – ela diz do outro lado da linha.

-Rachel! Tudo bem com você? – pergunto.

-Tudo ótimo! Que bom que ligou, precisava te agradecer... – ela parece feliz. – Obrigada mesmo por tudo ontem à noite, se não fosse por você não teria tido coragem de ir atrás da minha felicidade!

-Isso quer dizer que você está com Vicent? – pergunto curiosa.

-Sim! Estamos no apartamento dele, já conversamos e nos acertamos! – percebo que ela sorri. – Ai Hanna estou tão feliz!

-Eu imagino! Estou super feliz por você também! – Philip se aproxima. – Rachel liguei pra avisar que sua sandália está comigo.

-Nem me lembrava dela! – ela ri.

-Como faço pra te devolver? Deixo na sua casa em Springwood ou você pega comigo quando voltar?

-Voltar? – ela da uma gargalhada. – Não vou voltar Hanna!

-Wow! Estão é sério mesmo! – me surpreendo.

-Seríssimo!

-Mas e sua sandália?

-Fica pra você, considere como um presente, ficou melhor em você do que em mim mesmo!

O que duvido muito porque Rachel não compra nada que não tenha ficado espetacular nela, bom... A antiga Rachel era assim, essa nova... Já não sei!

-Puxa, obrigada!

-Não tem de que, é o mínimo que posso fazer por tudo o que você fez por mim!

-Não fiz nada demais, só te dei uns conselhos, achei que era o certo a ser feito!

-Parabéns viu!

-Pelo que? – não entendo.

-Pelo profissão maravilhosa que você tem, realmente você é muito boa no que faz!

-Obrigada! É o que dizem por ai, bom... Minhas clientes sempre ficam satisfeitas. – sorrio.

-Bom saber, quando precisar te ligo pra pedir uns conselhos!

-Creio que você não vai precisar, mas... Estarei à disposição! E não só pra dar conselhos, mas pra saber de você tambem e dessa sua nova fase da vida! Faço questão de saber hein!

-Ah pode deixar, não vou perder o contato com a salvadora da minha vida nunca!

-Salvadora? Ta bom! – começo a rir, Philip se preocupa com as horas. – Rachel tenho que ir, meu voo sai daqui a pouco.

-Vai lá amiga! Faça boa viagem!

-E você curta muito sua felicidade!

-Pode deixar, beijos!

-Beijos!

E desligo.

-Tudo isso que eu ouvi é verdade? – Philip pergunta.

-Tudo o que? – pergunto guardando minha sandália que ganhei de presente.

-Esse love todo com a Rachel! – ele ri.

-Só estou feliz por ela oras! – dou de ombros.

-Parece até mentira que até um tempo atrás você tambem não ia com a cara dela.

-Ela mudou, nada mais sensato que ela ter uma segunda chance, tanto minha quanto da vida.

-Amo esse seu lado poético! – Philip se aproxima e me da um beijo.

Ele me abraça e aprofunda o beijo, ficamos sem fôlego.

-Eu acho que vamos perder o voo. – sussurro quando ele beija meu pescoço.

-Deixa ele ir. – Philip responde.

-Bem que eu queria, mas... O dever nos chama! – finalmente consigo me afastar dele.

-Droga! – ele faz biquinho.

-Vamos embora menino emburrado! – provoco.

-Não me chama assim, porque você não sabe o que esse menino emburrado é capaz de fazer!

Sinto meu rosto ficar vermelho.

-Então vamos nessa antes que esse menino resolva se manifestar! – pego minha mala e sigo em direção a porta.

Philip vem logo atrás de mim, no saguão encontramos Andrew folheando uma revista.

-Achei que não vinham mais! – ele diz guardando a revista.

-E quase não vinha mesmo! – Philip me lança um olhar travesso.

Andrew olha pra mim e depois para seu irmão e depois pra mim de novo.

-Bom... Acho que devemos ir, ou vão mesmo querer perder esse voo? – Andrew pega sua mala.

-Não, precisamos ir mesmo. – respondo.

-Partiu né pessoas! – Philip pega sua mala.

Logo estamos a caminho do aeroporto, já na fila de embarque Andrew confere as passagens, e logo estamos no avião.

-Hanna onde é seu lugar? – Philip pergunta.

-Aqui, na poltrona B16, perto da janela! – repondo.

-Estranho... – ele confere a sua. – A minha é a D12.

-Deixa eu ver... – pego a passagem dele para conferir. – Verdade, está D12 mesmo, que estranho... Quem comprou as passagens? – pergunto.

-Foi o Andrew. – Philip responde procurando seu irmão.

-Tudo certo pessoal? – Andrew se aproxima.

-Andrew porque vou ter que sentar longe da Hanna? – Philip pergunta chateado. – Ela vai sentar da poltrona B16 e eu na D12.

Andrew confere a passagem de seu irmão.

-Verdade, ah... Sei lá, eles que escolheram na hora! – Andrew da de ombros.

-Onde você vai sentar? – resolvo perguntar.

Ele olha sua passagem.

-Na B17. - ele responde.

-Ao lado da Hanna. – Philip soa sarcástico.

-Poxa verdade mesmo, a dela é B16 né? Poxa que coincidência! – Andrew se finge de desentendido.

-Vocês podem trocar de lugar, Andrew você senta no lugar de Phil, ai ele pode sentar do meu lado! – sugiro querendo sair dessa situação.

Andrew me encara e já sabe que percebi qual é seu jogo.

-Infelizmente sinto em dizer, mas... Não podemos trocar de lugar! – diz ele. – Ordens da companhia! – ele ergue as mãos no ar como se não pudesse fazer nada.

-E quem disse isso? – Philip contesta. – Não li isso em nenhum lugar!

-Aeromoça! – Andrew chama uma moça de uniforme que passa ao seu lado. – Os passageiros podem trocar de lugar, sentar em outro que não seja o lugar marcado em sua passagem? Que eu saiba não, mas... Meu irmãozinho aqui acho que ainda não sabe disso.

-Infelizmente não meu senhor, são regras do voo, cada um sentar na sua poltrona numerada! – a aeromoça responde educada. – Algum problema com seu lugar senhor? – ela pergunta para Philip. – Se tiver com algum problema técnico na poltrona podemos procurar outro lugar para o senhor mais para o fundo do avião! – ela sugere toda sorridente.

-Não, não, tudo bem com meu lugar. – Philip encara Andrew com raiva.

Andrew finge não se importar com a raiva de seu irmão.

-Relaxa maninho, é bom desgrudar um pouco de vez em quando! – ele provoca. – Eu cuido da Hanna pra você, pode deixar, não vou deixar ela pular do avião! – ele brinca.

“É mais fácil eu querer te jogar do avião!”

Philip ignora Andrew e vai para seu lugar emburrado, tambem resolvo ir para o meu lugar, logo Andrew senta-se ao meu lado, antes do avião decolar procuro Philip, e o vejo umas três fileiras para trás sentado entre um idoso e um gordão espaçoso. “Tadinho, ele ta todo espremido!”. Quando ele me vê sorri e faz sinal dizendo que vai degolar Andrew quando chegarmos, o que não duvido, lhe jogo um beijo, ele faz sinal de coração, logo o piloto anuncia para nos sentarmos e afivelarmos o cinto de segurança, me ajeito no meu lugar.

-Tudo bem? – Andrew pergunta como se nada estivesse acontecendo.

Reviro os olhos e resolvo não responder, olho pra janela.

-Se vamos passar um bom tempo juntos nesse voo, acho que não deveria me ignorar. – ele diz.

-Você sabe que estamos juntos por sua culpa! – o acuso.

-O Philip vai sobreviver. – ele da de ombros.

-O coitado ta todo espremido lá atrás. – digo irritada.

Andrew da uma olhada para trás procurando seu irmão.

-É... Realmente ele ta bem apertado lá... – ele me olha. – Se quiser posso trocar de lugar com ele assim que o avião decolar escondido da aeromoça! – ele sugere.

-Não! – respondo direto demais.

“Eu disso isso mesmo?”

-Quer dizer... A aeromoça já nos avisou que não pode, não vamos causar confusão. – tento me retratar.

-Tudo bem, já que insiste. – Andrew se faz de inocente.

Logo o avião já está no ar, olho pela janela e me despeço de Londres, vou sentir saudades desse lugar mágico, apesar dos acontecimentos malucos da última noite. Andrew vai em silêncio ao meu lado, mas só de saber que ele está tão perto meu coração acelera.

-Lindo né? – ele diz.

Quando viro meu rosto dou de cara com ele a apenas alguns centímetros do meu, fico sem ar, sinto sua respiração, me arrepio toda, ele me encara nos olhos, depois olha minha boca, morde seu lábio inferior, volta a me olhar nos olhos e sorri.

“Ai que sorriso!”

-Hanna? – ele interrompe meu transe.

-Ah... Oi! – é só o que consigo dizer.

Ele ri e percebe meu nervoso.

-Perguntei se você acha Londres linda daqui de cima. – diz ele se afastando um pouco.

“Ufa! Agora posso respirar!”

-Sim... Com certeza sim! É fantástica! – fico mais calma.

-Pensa em voltar aqui algum outro dia?

-E porque não? Não deu tempo de conhecer tudo mesmo. – sorrio.

-Quem sabe você não vem com uma companhia diferente na próxima. – ele sugere.

-Seria tudo trazer minhas amigas! – penso na Mary causando em Londres.

-Se quiser... Posso vir também... – ele me olha e sorri. – Conheço uns lugares bem legais!

Já sei onde ele quer chegar.

-Philip tambem conhece, certeza que ele vem na próxima! – sorrio triunfante.

-Mas duvido que ele consiga! – Andrew ama falar em códigos.

-Consiga o que? – não consigo não perguntar.

-Mexer com você desse jeito como eu consigo, apenas por estar ao seu lado! – agora quem parece triunfante é ele.

Fico sem palavras, até porque ele tem razão... Infelizmente.

-Haha! – faço careta.

-Eu sei Hanna, eu sinto. – ele me encara nos olhos.

E o arrepio começa a aparecer de novo.

-Quer saber, vou dormir, tchau! – me viro pro lado da janela e fecho os olhos.

Andrew resolve colocar um filme pra assistir, fico curiosa e espio, é um filme que conheço, muito legal por sinal, Pixel.

-Pode assistir comigo se quiser. – ele convida percebendo meu interesse.

Relutante coloco os fones de ouvido e começo a assistir junto com ele, rimos bastante, fazemos alguns comentários, nos divertimos, logo começo a ficar com sono e acabo dormindo.


Notas Finais


Esse Andrew não tem jeito mesmo kkkk


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