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História Construíndo sentimentos - Novos sentimentos: sonhos e confuso


Escrita por: gabriella8

Notas do Autor


No último capitulo Shikamaru teve um flash back de uma conversa com Naruto da qual eu não apresentei e ele disse que o loiro se encontrava devidido e confuso em pensamentos. Pois bem, eu decidi acrescentar esse acontecimento nesse capitulo, que vai mostrar como Naruto começou a ter desejos da qual ele intitula desrespeitosos e desnecessários com uma morena de olhos bonitos. Só queria mesmo que vocês entendessem como ele começou a ter essas vontades por ela, já que no ultimo capitulo foi tudo muito de repente

Capítulo 11 - Novos sentimentos: sonhos e confuso


 

 

Flash back on

Acordou suado e ofegante.

Não foi a primeira vez, mas dessa vez foi o limite que ele pôde aguentar.… Foi real demais…. Ele pôde sentir a mão dela passado por seu corpo, e a boca dela beijando sua pele, lambuzando a cartilagem da orelha.

Mas que raios estava se passando consigo?

“Mas que droga, ttebayo.” Praguejou passando a mão pelo rosto freneticamente e quando parou engoliu em seco. Estava completamente molhado e sua camisa de dormir comprovava isso, uma vez que estava colado ao corpo por conta do suor…

Já estava exagerando nesses sonhos das quais não deveria ter. Não sabia como conseguia agir normalmente com ela, sem ficar envergonhado ou coisa do tipo depois dessas coisas. Estava a ultrapassar as barreiras do permitido e do respeito que tinha pela pessoa. Mesmo que não fosse alguém a quem considerava, seria desrespeitoso na mesma proporção. Nunca teve sonhos desse tipo…, tão intensos.

“Maldição, maldição.” Só podia ser isso mesmo.

Maldição.

Pegou uma toalha. Tinha que tirar aquele suor todo do corpo, não só pelo incómodo que isso o era, mas também porque a existência disso o fazia se sentir culpado. “Ero-sennin, não vale…, eu realmente não posso.” Choramingou em pensamentos.

Tinha acabado de chegar de uma missão em que passou seis dias fora da vila, sendo que nesses seis dias, ele não conseguia parar de pensar nela… Parar de pensar naqueles olhos e a forma como eles o olham…. Naquela boca…, na forma como ela sorrir para ele e para ninguém mais, pois passou a reparar nesses detalhes mesmo que sem querer…. Nas suas feições, que estava sempre com um tom avermelhado quando ele falava com ela, destacando ainda mais o jeito meigo e fofo dela…. Naqueles tiques, que mesmo pouco ela tinha, quando brincava com os dedos afim de sair, ou melhor, aguentar uma situação constrangedora, principalmente quando ele a encarava sem desviar o olhar ou dizer nada…. Naqueles lábios que a cada dia o atraiam mais e mais, a ponto do último dia ele ter fugido de um treinamento com ela, para não agir por impulso e atacá-los.

Sentia falta dos abraços que dava nela e ela tremia, o fazendo a agarrar mais. Não entendia porque tinha esses sentimentos com relação a tal pessoa, tendo em conta que, estava ficando louco a cada dia.

“É só saudades…. Sim…, somente saudades.”

Tentava se convencer.

Mas não podia negar, precisava pedir ajuda a alguém para tirar esses pensamentos da cabeça. Eles eram impuros e indecentes, para além de desrespeitosos. Ela era somente sua amiga e gostava de alguém, que mesmo ela o tendo dito que não gostava mais, ele sabia que gostava sim, pelo jeito que a voz dela falhava e a forma que ela mudava e desviava o olhar, mostrando certa tristeza nesse mesmo olhos que refletia a lua.

Já sabia identificar quando ela mentia e quando não. Não era tão difícil assim conhecê-la.

Saiu do banho e foi se trocar. Ainda era madrugada e ele tinha que dormir mais um bocado porque estava cansado. Na parte da manhã iria passar o dia com ela. Sem treinamento.  Somente iriam estudar e relaxar depois disso, apreciando a natureza e o sol que provavelmente iria brilhar nesse dia.

 

 

O despertador suou, o acordando. Já eram nove horas e como já havia tomado banho a pouco tempo, só iria escovar os dentes e ir ter com ela sem tomar o café da manhã, já que a mesma sempre levava algo para ele comer de manhã e de tarde.

E hoje não seria diferente, tendo que ela nunca falhou.

Vestiu seu casaco completamente laranja por cima da blusa preta e da bermuda cinza, pegando uma das mochilas que estavam em cima da mesa, em seguida saindo pela porta.

Sabia que iria chegar cedo, mas que seria a horas pois ela sempre chega cedo demais, mesmo dizendo para ele que havia acabado de chegar quando ele comentava que ela havia chegado cedo, sempre sorrindo para si.

Chegou, parando um pouco distante do lugar. Estava meia hora adiantado, e como havia previsto, lá estava ela, sentada num banco com uma mochila em cima das pernas.

Ele fechou os olhos suspirando logo em seguida, voltando a andar se aproximando dela. Sentou-se no banco e ela o olhou em surpresa por ele já está ali, mas sorriu logo em seguida como sempre fazia para o saudar.

— Ohayo, Naruto-kun — ele até então olhava para o chão, mas voltou seu olhar para os olhos dela, retribuindo o sorriso.

— Ohayo, Hinata — Naruto respirou fundo, desviando o olhar para o chão novamente, pois não queria presenciar com seus olhos quando Hinata mentisse para o mesmo quando fosse comentar: — Chegaste bem cedo. — Comentou somente por comentar, pois já sabia qual seria a resposta dela. Não entendia porque ela chegava tão cedo. E muito menos porque ela o dizia que havia acabado de chegar.

— Iie, N-Naruto-kun…, — ela também desviou o olhar envergonhada.

Chegava cedo porque acordava cedo demais por conta da ansiedade de o ver, principalmente quando ele saia em missões e ficava tantos dias fora, o que era normal, mas a deixava ainda mais saudosa. Não gostava de mentir para o loiro o mínimo que fosse. Mas como iria ter coragem de o dizer que, ela não dorme direito por sentir-se ansiosa demais para poder se encontrar com ele!?

 — ...acabei de chegar. E ainda bem que eu fiz isso, j-já que t-também chegaste bem c-cedo hoje. — Naruto acabou por sorrir para Hinata, mesmo ela não vendo já que a mesma também olhava para baixo.

 O que ela não sabia, é que ele sabia que ela estava mentindo…. Que ele sabia que ela sempre chegava cedo demais. Contudo, não iria revelar isso para não a deixar ainda mais envergonhada. Guardaria esse segredo consigo.

Levantou, pegando a mochila do colo dela e a oferecendo sua mão direita para que a azulada pudesse se levantar…, o que ela de fato fez. Mas como sempre, o loiro aproveitava para a abraçar forte, a qual ela tremia e ele teria que a agarrar mais ainda por ela fraquejar nas pernas

— Não caias— e o Uzumaki pedia isso, para que a morena firmasse mais nos ombros dele. Se afastou do abraço a olhando. Mesmo ela estando com uma saia enorme amarela quase branco, por baixo um legging preto, uma blusa rosa e um casaco azul enorme, cobrindo o corpo todo dela, ele não deixava de a admirar — Estás muito linda, Hinata — sorriu descontraído para mesma.

Foi uma observação espontâneo, sendo que todos os elogios que fazia para ela eram feitos sem pensar. E como sempre, claro, Hinata corava abaixando o olhar, mas sorrindo feliz.

Começaram a andar e entrar na floresta e ele não largou a mão dela um minuto sequer, a qual ela se acostumara sendo segura por ele de vez em quando, a guiando pela mata a dentro em passos calmos. Vinte minutos depois, chegaram aonde queriam, num lugar onde eles começaram a treinar juntos, perto de um rio que passava por Konoha. Hinata pegou sua mochila que era carregada pelo companheiro e tirou de lá dentro uma toalha estendo-a perto do riacho profundo que era rodeado por grama verde e rica, e logo em seguida, se sentaram em cima da mesma.

— O-oque vais estudar hoje, Naruto-kun? — ela continuava tirando algumas coisas de dentro da mochila e ofereceu algo ao portador de olhos safira, a qual ele recebeu, abrindo aquilo.

Era uma marmita dividida em três secções com leite cereais e frutas cortadas em cubinhos.

Naruto riu curto com aquilo. As vezes a morena o tratava como se fosse uma criança, mas não poderia reclamar, seu coração se aquecia com a forma que ela o tratava.

— Arigatou, Hinata — e mesma fez um movimento com a cabeça indicando que ele não precisava agradecer —  Dessa vez, Shikamaru me deu um livro de estratégias e acredita se quiseres, ele disse que vou ter que jogar esses jogos de tabuleiro chatos, para melhorar minha paciência — o loiro fez uma careta desgostosa, mostrando as coisas que falara.

Seu amigo estava querendo “tirar uma” com a cara dele, só podia. Hinata como sempre não deixou de abrir mais o sorriso pela careta do rapaz que se sentiu indignado.

— Hinata isso é sério, não rias de mim porque isso tudo é muito chato, ttebayo —  ele repuxou os lábios para frente, amuado.

Ela deixou de rir, mas continuava com resquícios, respondendo a ele com a mesma voz contida e suave de sempre

— Shikamaru-san só quer que você fique mais relaxado e menos impulsivo nas missões. É uma boa maneira de suavizar essa tua característica — o loro a olhou prestando atenção, mas ergueu uma sobrancelha, cruzando os braços, como quem achava que ela estivesse falando besteira, por isso perguntou assim que a Hyuuga  acabou de falar.

—  Queres que eu mude quem eu sou? — Hinata arregalou os olhos aflita com essa pergunta e reflecção do loiro, respondendo atrapalhadamente sem pensar duas vezes, afim de tirar essa ideia absurda da cabeça do homem quem amava.

— Nada disso, Naruto-kun, isso nunca. Tu seres assim, como és, é que te torna ... — ela pausou respondendo agora com mais calma, sem mais olhar nos olhos dele, abaixando a cabeça—...e-especial, e… e ... e que te f-faz ser c-como o s-sol para m-mim — Naruto a encarou estático pelas palavras da Hyuuga, e ela abaixou o olhar para suas mãos que começaram uma disputa ente seus dedos de tão nervosa que ela ficou.

“Essas coisas que dizes Hinata, só piora minha situação.” Pensou, mas não se deixou afetar.

O loiro sorriu com essa atitude a perolada, mas não disse mais nada. Apenas acabou de comer e em seguida deitou-se com sua cabeça nas pernas dela, que estava sentada com as penas juntas e o joelho dobrado para lateral do corpo.

Uma mania que o Uzumaki desenvolveu desde da primeira vez que fez isso: gostava de deitar nas pernas da Hinata, que em consequência fazia movimentos carinhosos no cabelo dele depois de um tempo.

A princípio, Hinata se encabulava bastante quando Naruto do nada se deitava com a cabeça apoiadas nas pernas dela, mas se acostumou com isso no decorrer do tempo.

— Toma Hinata, esse foi o último resumo que eu fiz durante a missão — disse ele, entregando um pergaminho para a morena que pegou, começando logo a ler.

Um tempo depois, ela percebeu que o loiro se virou para ela, deitando de bruços. Sorriu. “Apanhaste no sono, Naruto-kun? Estás a dormir” ela aproveitou para fazer carinho no rosto dele, mas um tempinho se passou, também adormeceu deitando com cuidado para não o tirar do seu colo e acordá-lo em seguida.

Uma hora e poucos depois, os olhos cor de perola se abriram novamente, e depois de ficar vagando os mesmo pelo lugar sem se mover, ela lembrou-se da situação em que se encontrava, por isso se levantou com todo o cuidado que possuía, se agitando para ficar direita e esticar um pouco as pernas sem tirar o amado do seu colo.

Pegou o pergaminho, voltando a lê-lo e inconscientemente, brincando com os fios dourados do amado com a outra mão.

 

 

O tempo passou e já chegava a ser meio dia e meia, quando ele sentiu seu cabelo sendo acariciado. Deu um sorriso com os lábios, mas não abriu os olhos. Queria apreciar o momento daquele jeito. Só deu uma espiadinha, para perceber que a garota que ultimamente tem o deixado com sessações estranhas, estava concentrada a ler alguma coisa, logo, voltou a fechar seus olhos.

Hinata sentiu alguém pegar no livro, que no momento lia e jogá-lo no chão.  A mão dela foi pega pela mão de outra pessoa.

No primeiro momento, assustou-se por estar totalmente imersa no que lia, mas quando percebeu que era seu Naruto, — que ainda não sabia que era seu como é óbvio— quem pegou na outra mão dela, a que não estava em contacto com ele, a morena suavizou a expressão, mas logo voltou a corar visto que ela brincava com o cabelo dele e o loiro brincava com mão dela de olhos fechados.

— Tu és a lua, Hinata — prenunciou do nada, quando entrelaçou seus dedos nos da Hyuuga. A morena o olhou sem entender nada e Naruto sentindo isso, abriu os olhos, vendo o olhar dela sobre o seu em confusão.

— O-o quê? — A mesma parou o que estava fazendo, mas ele não. Desviou o olhar do dela, voltando a brincar com os dedos da morena, fazendo movimentos aleatórios na palma e nas costas da mão dela.

— Tu dissestes que eu sou o sol para você… — deu uma pausa— ... então, estou dizendo que és a lua para mim — Hinata abriu e fechou os lábios algumas vezes, tentando prenunciar alguma coisa.

— P-por-porque dizes i-isso, N-Naruto-kun?— ela olhava para o nada mesmo prestando atenção no que o loiro fazia e dizia.

— Os teus olhos parecem duas luas, mas com um brilho mais intenso que a mesma…. Só que, não é só por isso que eu digo que representas lua para mim, Hinata — a encarou, a olhando nos olhos e ela automaticamente fez o mesmo sem prenunciar nada, apenas o olhando surpresa com o comentário dele— Digo isso porque, o sol precisa da lua para quando não puder mais brilhar, já que ele não pode mostrar seu brilho a noite. E eu sei que sempre que eu não consigo brilhar, tu estás lá para brilhar por mim, e tirar a escuridão que está no meu coração, até que eu possa brilhar novamente. Mas… ao contrário da lua…, você não brilha para ser admirada ou porque quer ser contemplada ou agradecida depois…, mas sim, porque queres ajudar os outros para encontrarem seu caminho de volta para onde pertencem.

Hinata já chorava de emoção com o que Naruto dizia. Ele se levantou enquanto sorria sereno para mesmo, sem desviar os seus olhos do da moça. Limpou algumas lágrimas dela. Voltou a entrelaçar novamente a sua mão com a dela levantando-o até seus lábios e beijando as costas da mão dela dessa vez sem a olhar.

Naruto sentiu seu coração apertar no peito, e um calor gostoso o envolvendo, fazendo-o suspirar longamente. Abraçou apertando o corpo feminino no seu.

Hinata não conseguia fazer nada. Estava hipnotizada e paralisada pelas ações dele, sendo que ele poderia fazer ou pedir a ela o que quisesse agora, que a mesma iria aceitar de bom grado, sem pensar sequer. Continuou:

— Eu sempre encontro meu caminho quando brilhas por mim, então…. Obrigado por seres minha amiga e estares sempre por perto quando eu preciso de você…, Hina-chan — foi ai que Naruto percebeu porquê que seu peito doía sempre que a chamava de amiga ou ela o chamava de amigo.

Porque ele realmente não queria ser chamado de amigo dela.

Mas então, o que ele queria ser chamado? Naruto-kun!? Também o suava insuficiente.

Foi aí, a primeira vez que a deu esse apelido, que ele percebeu que seu coração batia em um ritmo diferente quando estava perto da Hinata. Alarmou-se por um segundo. “Meu Kami, tenho que falar com Shikamaru… como posso sentir essas coisas pela Hinata quando eu não gosto dela desse jeito?” Ficou confuso, se afastando do abraço, segurando a menina pelos ombros, sorrindo para a morena, com o primeiro sorriso alegremente angustiado que ele deu para ela

— H-Hinata…, importas-te se formos embora agora? É que, e-eu esqueci que tem algo q-que eu tenho que falar para Shikamaru… e-e-e é urgente — Hinata não disse nada.

Não conseguiria prenunciar nada depois desse momento do qual o loiro sentiu-se obrigado a sair por ficar confuso.  

Simplesmente balançou a cabeça confirmando que sim. Como havia dito, Naruto podia pedir e fazer o que quisesse dela agora, porque com certeza, ela concordaria sem pensar.

Hinata literalmente se encontrava hipnotizada por Naruto.

Tanto que ela fez tudo no automático, pois não conseguia forças para pensar, arrumando as coisas. E ele fez tudo meio as pressas não percebendo o estado catatónico da Hyuuga, pegando na mão da morena que não fez objeção nenhuma, saindo dali apressado para levá-la para casa.

 

 

 

 

 

Meia hora depois ele estava no corredor do prédio Hokage, a qual abriu a porta devagar, por conta dos pensamentos que estavam a mil, quando ouviu a voz de Kakashi que prenunciou:

— Ela precisa ser escoltada de vol…— o grisalho havia parado de falar quando percebeu a porta sendo aberta — Naruto? O que foi que foi que aconteceu? — Shikamaru olhou para trás assim que ouviu o nome do loiro sendo prenunciado pelo Rokudaime.

O Hokage havia feito essa pergunta, pois percebeu que o loiro estava com um semblante aflito e angustiado. O loiro voltou seu olhar para Shikamaru, fazendo uma careta, para que o Nara entendesse o que ele queria sem ter que prenunciar nada.

— Vai lá…, vou acabar aqui e te encontro— e o moreno percebeu que o Naruto ia falar algo. O interrompeu na hora— E não te preocupes, demoro no máximo cinco minutos.

—H-Hai — a voz de Naruto saiu trémula, mas ele assim o fez como ordenado e saiu dali sem mais nada dizer. Já o Nara deu um longo suspiro. Sabia que o que estava a afligir tanto assim o loiro seria algo chato, para o mesmo está com aquela cara angustiada.

— O que se passa com ele, Shikamaru? — perguntou mostrando preocupação por conta do tom menos calmo que usou.

— Eu vou lá descobrir e aproveito, dou essa missão para ele. Acho que ele vai precisar — o Hokage apenas fez um movimento balançado de cabeça a qual Shikamaru entendeu como confirmação para ele prosseguir com ideia “que saco” — Eu vou lá.

  E lá ele foi.

Shikamaru deu as costas ao grisalho.

Foi andando com passos bem mais apressados que o normal seu, e em pouco tempo apareceu atrás do Uzumaki que estava sentado em cima de uma cabeça esculpida, que no caso seria a cabeça do seu pai, o Yondaime Hokage. Sentou-se ao lado do loiro sem prenunciar nada.

Quando Naruto quisesse, começaria a falar, assim como sempre tem acontecido desde o dia que teve uma conversa franca com o loiro, dizendo que ele poderia contar consigo, contar as coisas mais absurdas e pedir concelhos a si para resolver os problemas mais chatos, pois assim eles teriam maior confiança um no outro quando o loiro fosse Hokage e ele, seu concelheiro.

Depois de um tempo, o silêncio foi quebrado

 

— E-eu… eu tenho tido sonhos estranhos… — Shikamaru o encarou, mas o loiro sequer se moveu, continuava com a cabeça baixa. Todavia, percebeu que Shikamaru queria que ele se explicasse melhor —  Com a Hinata — agora ele olhou para Shikamaru querendo ver qual seria a reação do amigo, enquanto o moreno fez uma expressão pensativa.

— Sonhos estranhos!? —  Shikamaru entendeu que tipo de sonhos o loiro falava, mas queria saber em que nível de estranheza chegava.

— É Shikamaru, s-sonhos estranhos das quais eu não deveria ter— Naruto exasperou-se e levantou-se andando de uma lado para o outro, com uma mão na cintura e outro na boca enquanto mordia a unha do polegar, em sinal de puro nervosismo.

— E o que tem, teres sonhos estranhos? Isso deve ser porque estás a passar muito tempo com ela — o loiro estancou no lugar, sem prenunciar nada. O Shikamaru ergueu uma sobrancelha em desconfiança…. Tinha mais coisa. — Não é só os sonhos que te atormenta, pois não? — Shikamaru o olhou e Naruto fez o mesmo voltando a se sentar, apertando e fechando as mãos pelo nervosismo.

— N-Não Shikamaru…. Eu não paro de pensar nela e comecei a ter vontades das quais eu não deveria ter. Eu não deveria mesmo ter. — era nítido para o Nara que Naruto estava se martirizando.

— Qual é o teu problema, isso acontece não? — tentou mostrar o quanto o assunto era simples e comum.

— Não Shikamaru, não quando é a Hinata. Ela não merece que eu pense nela desse jeito e além do mais… eu… eu ainda gosto da Sakura — ele fez uma careta de quem não tinha mais certeza daquilo que dizia na última frase.

— Tens certeza disso? — Shikamaru percebeu a dúvida no olhar do loiro. Eles voltaram a se encarar.

— Isso não importa. O que importa é que, eu não quero ter o coração partido mais uma vez. Eu não quero gostar de alguém desse jeito tão cedo sem ser pelo menos correspondido. E além do mais, eu sei que Hinata gosta de alguém — Shikamaru arregalou os olhos por um segundo, voltando a feição de antes, mas essa mudança foi percebida pelo Uzumaki — Você sabia disso, não é? De quem ela gosta, Shikamaru? — por um momento Shikamaru quis dizer a verdade, mas ficou somente no pensamento mesmo, pois percebeu que herói shinobi estava confuso, logo ele mesmo teria que arranjar a solução sozinho

“Ela gosta de você seu baka, eu tenho quase certeza disso pelo modo que ela te trata.”

— Eu não sei de nada, só fiquei surpreso por teres dito isso— Shikamaru manteve-se sério. Naruto era lerdo, mas ele não acreditou nem um pouco na desculpa do Nara e isso só o fez ter mais certeza que a morena gostava de alguém, sendo assim, ele não poderia ter sentimentos estranhos por ela— Mas foi só isso que te deixou aflito? Pois acredito que estavas com ela até agora.

— Iie… agora a pouco eu estava, sim, com a Hinata e tive… tive vontade de… vontade de…— ficou ainda mais nervoso e Shikamaru percebeu que ele estava corando, por isso o olhou outra vez com a sobrancelha levantada o incentivando a falar. Naruto desviou o olhar, virando o rosto, afim de responder sem se envergonhar tanto. — Eu tive muita vontade de beijar a Hinata do mesmo jeito que no sonho e… —  pausou. Deu uma olhada rápida para o Nara voltando a ficar ainda vermelho. Fez um bico de lado e respondeu bem baixinho— …e e-eu senti algo estranho… Vo-você sabe?... A-aquilo…

Shikamaru parou por um momento tentando entender o que Naruto quis dizer, e assim que entendeu caiu em gargalhada. Não aguentou mais. Está certo que deveria ajudar o loiro em vez de rir dele, mas agora entendeu todo o nível da coisa.

Por isso o amigo estava angustiado daquele jeito.

“Que coisa… tu és problemático Naruto… e um pervertido inocente… quem diria? Tsc.” pensou enquanto gargalhava. O loiro o olhou indignado

— Shi-Shi-SHIKAMARU, — ele o reprendeu, gritando o nome do moreno— É suposto você me ajudar e não zombar da minha cara. Kurama você também — pois é, nem Kurama se aguentou da lerdeza do jinchuriki, logo, enfiou-se na gargalha assim como o Nara.

Shikamaru ficou sério outra vez

— Muito bem, falemos sobre isso depois. Vou te dar uma semana para pensares melhor e depois eu quero saber o que estás a sentir pela Hinata e pela Sakura, já que estás confuso. Depois de pensares vais me dizer o que sentes quando pensas nelas, tudo bem?

— Eu não estou confuso Shikamaru, só preciso tirar essas coisas da cabeça, ttebayo— emburrou-se e o Nara o olhou ainda mais sério que antes, fazendo-o suspirar e concordar a contra gosto — Tudo bem, estou confuso.

— Amanhã sairás em missão. Sei que voltastes ontem bem tarde de uma, mas acredito que precisas disso. Irás escoltar uma mulher para um vilarejo desconhecido por muitas pessoas. Ela te mostrará o caminho que deves seguir.

— Por que tenho que escoltá-la?

— Porque ela está sendo perseguida, e antes que perguntes… ela está sendo perseguida porque ela é como você e se duvidar tem ainda mais que tu.

—O que ela tem? — agora o loiro se mostrava ainda mais curioso

—Chacra Naruto…. muito chacra — ficou calado por um tempo— Mas ela não é ninja e está a ser perseguida por uma pessoa que tem uma tatuagem atrás da orelha e que sabe dessa característica dela, então está atrás da mesma por isso. Ela é uma Uzumaki assim como você—  olhou de soslaio para ver a expressão do loiro

“Tatuagem essa que pelas características são as mesmas que os homens que Sasuke está seguindo… tem que ter alguma coisa a ver com esse grupo” pensou, mas no poderia dizer nada a ninguém e isso incluía Naruto.

Já o loiro, ficou surpreso por saber que a mulher que iria escoltar era do seu clã. Com certeza uma raridade já que seu clã foi a muito dizimado. Sorriu. Assim poderia conversar com ela e descobrir mais sobre si… sobre seu antepassado.

— Tudo bem Shikamaru.

 

Flash back off

 

 

Naruto estava lutando com o seu declarado rival para o posto Hokage enquanto estava tendo lembranças desse dia. Foi a partir desse dia que ele começou a perceber o modo que encarava a morena Hyuuga.

O modo que a via de forma diferente

 

— É suficiente Konohamaru, eu tenho uma reunião com o pessoal e não posso me atrasar— O tempo havia se passado e o dia para a comemoração do braço novo de Naruto chegou. Meio tarde, eu sei…, mas chegou, isso que importa.

O loiro andava tendo conflitos em relação a algumas coisas que estava sentindo e havia conversado diversas vezes com Shikamaru, afim de entender melhor seus sentimentos, mesmo o moreno apenas o ouvir e fazer comentários superficiais para não o influenciar nas escolhas que ele faria.

— Aah, Naruto-nii-chan, não é justo. Eu quero um treino que demore mais tempo e não de apenas uma hora, kore  — se emburrou.

— Eu sei Konohamaru, mas depois discutimos isso está bem? Eu tenho que ir, não quero brigar com você como da outra vez —  fez uma cara triste, porque ter brigado com alguém que ele considerava um irmão mais novo, porque não o dava atenção suficiente, mexeu com consigo e não queria que isso se repetisse.

Não queria ver a cara de deceção instalada no rosto do Sarutobi e ficar petrificado sem fazer nada, a não ser, somente ver as costas do mais novo se afastando de si em passos irritados.

—Mas…— parou quando viu que seu amigo e mestre desapareceu num sunshin — Droga. Aah, mas tu vais tirar um dia para treinar comigo sem descanso, kore— riu traquina com os braços cruzados e uma mão no queixo — Aí se não vai!!! E eu vou resolver isso agora mesmo, kore.

— O que estás pensando em fazer, Konohamaru-kun? —   perguntou sua colega depois da mesma parar o riso em que ela e o Udon estavam, por conta da expressão que o Sarutobi fez quando Naruto desapareceu.

— Venham, vocês vão me ajudar a arranjar um bom plano para chatear alguém, afim dar mais folga ao nii-chan e assim ele terá mais tempo para nós.

— Konohamaru, vê se não vai nos meter em problemas. — Udon prenunciou, infelizmente, já prevendo problemas.

— Nada disso. Não se preocupem, que não farei nada de ruim. Só vou fazer um pedido a uma daquelas cabeças. — Konohamaru apontou para o monte Hokage, saindo de onde estava as pressas, sendo seguido pelos seus amigos.

 

 


Notas Finais


Espero que tenham aprovado a ideia de eu ter feito esse flash back :)


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