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História Construíndo sentimentos - Sermão, concelhos, pedido de desculpas


Escrita por: gabriella8

Notas do Autor


Hellooo. Pessoal eu entrei na minha conta spiritfanfics para postar um capitulo novo, mas bem triste e depressivo, como vocês vai perceber assim que lerem o capítulo, e encontro uma messagem da ~_zSol, uma nova amiga ( a quem recomendo que vocês leiam as histórias dela, que só para constar, são boas) que me fez uma nova capa tão bonita para fic, mesmo sem eu ter pedido. Muito obrigada sol-chan. espero que vocês amem a nova capa assim como eu amei. Eu sou designer, mas não faria melhor, acreditem eu falo a verdade, pois a combinação de cores e a frase que ela tirou da sinopse e os locais em que ela encaixou tudo e as forma das letras...? Obrigada querida, de verdade...me sinto motivada a cada vez mais continuar com essa historia

Capítulo 13 - Sermão, concelhos, pedido de desculpas


 

A campainha sou firme e forte. A pessoa do outro lado parecia ser paciente pois, tocou-a uma única vez em um intervalo de tempo grande. Dois minutos depois, foi tocada novamente, e ela teve que decidir descer as escadas para ir atender a porta, já que, sabia que seus pais não se encontravam em casa no momento presente, afim de fazer isso para si.

Saiu da cama, onde estava abafada pelos cobertores, se remoendo de culpa.

A pessoa que tocava a campainha tocou mais uma vez. A terceira vez, o mesmo prometeu a si próprio que seria a última vez que tocaria, e se ninguém viesse atender, seria sinal para ele ir embora, uma vez que sabia que tinha gente em casa.

Esperou com paciência.

Alguns minutos depois a porta foi aberta por uma figura cansada, com uma expressão esgotada. 

A garota ficou surpresa com a visita e ao mesmo tempo preocupada. Sabia que não iria ter missões essa semana por estar focada e ser responsável pela pesquisa de um antídoto nesse momento. Entretanto, não comentou nada. Esperou que o outro se prenunciasse:

— Posso entrar? —  o moreno nem viu necessidade de cumprimentar a moça a sua frente, pois não valeria a pena, uma vez que ela parecia acabada.

A garota de olhos esmeraldinos deu-lhe passagem para que ele pudesse entrar, sem questionar sobre suas intensões acerca daquilo tudo… sem questionar o motivo da visita.  

Todavia, já começara a desconfiar de um motivo para as ações do rapaz estrategista, que entrava na sua casa em passos lentos e firmes, com as mãos nos bolsos da calça numa postura tediosa e descontraída, agindo de modo frio com ela, sem mostrar empatia.

Foram seguindo para sala, sendo ela a guia do moreno que somente olhava as costas da rosada sem desviar seus olhos para os lados, porque não lhe interessava saber como a casa dela era, mas sim, resolver um problema que estava a atingir a ele também de uma certa forma, visto que o amigo loiro deles, se encontrava estranho e diferente por conta das palavras que a garota usara a poucos dias atrás, numa ocasião em que deveria ser de comemoração e alegria, mas acabou sendo incómoda.

O moreno não queria a pessoa a quem ele prometeu fidelidade, jurando que iria o ajudar sempre que pudesse, com aquela aura pesarosa sempre que loiro ia a sala do Hokage ter consigo para tirar dúvidas.

Já na sala, a rosada se sentou em um sofá de cor rosa clara e ele permaneceu em pé, agora com um braço cruzado sobre o peito e, o outro braço erguido, cujo a mão segurava o queixo.

Não se encaravam.

Como bom estrategista, pensou na melhor maneira de começar essa conversa. Contudo decidiu começar do seu jeito mesmo, ao em vez de ter que escolher palavras de conforto ou de repreensão. Iria falar somente o que lhe viria à cabeça, doa a quem doer ou conforte a quem confortar.

 

— Não vou te perguntar se estás melhor porque vejo que não estás…, então eu seria sínico te perguntando isso. E visto que não estás melhor, isso significa que ainda não falou com ele…, o que é um saco…. Estou certo…, Sakura? —  a olhou enquanto ela continuava com o olhar vazio.

— Hai…, Shikamaru —  A Haruno respondeu com a voz exausta e exalando vergonha.

O Nara não se importou.

Iria fazer o que foi fazer ali sem pensar duas vezes se estava sendo cruel ou não, pois ela também foi cruel quando falou aquelas coisas. Seria por bem de todos ele agir assim. Abaixou os braços, a olhando raivoso, tendo que ela sentiu essa raiva sobre si e o olhou sem entender o porquê daquela expressão.

—  O que deu em você, Sakura? — perguntou esbravejando e quase gritando

—  Não entendo— ela respondeu assustada e amedrontada— O que queres dizer Shikamaru? — Sakura entendeu a respostas que Shikamaru queria com aquela pergunta, mas a expressão raivosa do amigo, tirou-a toda a concentração.

O Nara suspirou, suavizando a face, se sentando a frente da rosada numa pequena mesa de centro de pernas curtas que estava de frente para o sofá, sem se preocupar se deveria ou não sentar ali.

Não se olharam novamente

Shikamaru de cabeça baixa, pensativo, se expressou:

— Olha, eu entendo que tu sintas ciúmes da atenção que Naruto dá a outra garota, ainda mais quando a pouco tempo atrás ele se arrastava atrás de ti, para ter um mínimo de atenção possível de você, sem que tu o socasses antes.

Shikamaru parou, mas continuou:

— Não vou mentir…, afinal…, eu também de vez em quando sinto ciúmes quando Ino dá mais atenção ao Chouji do que a mim, e…, vice-versa também acontece, mesmo nós desde de sempre termos a atenção dela dividida por entre os dois…. Digo isso, para você ter certeza que eu realmente te entendo verdadeiramente, ainda mais quando tu não tinhas a atenção dele dividida com ninguém — pausou, respirando fundo, pondo os cotovelos no joelho, cruzando as mãos e apoiando o queixo ali — Mas nem por isso eu vou passar a mão na tua cabeça…. Nem na tua, nem da Ino… E, para que não penses que estou a ser injusto, eu acabei de falar com ela antes de vir para cá.

— Entendo…, Shikamaru— a rosada já estava com os olhos marejados, mas não iria chorar. Merecia ouvir tudo aquilo. Pelo menos era o que a culpa que sentia a fazia pensar. O Nara mudou novamente de posição, sentando descontraidamente dessa vez— Podes falar, não vou te interromper.

—Que bom. Continuando: …. O que a Ino fez, foi muito inconveniente e desnecessário, mas o que tu disseste, Sakura — pausou — Tu dissestes que a atitude dele era cruel, sendo que não sabes o que ele está sentido. Por isso a tua atitude acabou sendo mais cruel ainda por insinuares aquilo — a mesma balançou a cabeça em concordância— Eu não deveria te dizer isso, mas, para que entendas o que Naruto está sentido e não te metas nisso e muito menos atrapalhes… — falou mais firme — eu vou te contar. Ele tem sim sentimento por ti, mas ele ti vê como irmã agora. Na verdade, acredito que ele já começou a ti ver dessa forma muito antes, só que não percebeu isso.

Dessa vez, Sakura olhou nos olhos de Shikamaru, o vendo com o olhar distante, mas complemente presente.

— Mas já pela Hinata…, — O Nara sorriu satisfeito— ele está completamente atraído por ela…. Ele nem parece o Naruto baka que conhecemos quando fala do que sente por ela…. E as expressões que ele faz quando fala dela…, as mudanças de emoções!?— Shikamaru riu divertido — Naruto está crescendo agora Sakura, não só fisicamente, mas mentalmente também. Ele está amando Hinata profundamente— a rosada arregalou os olhos surpresa com o que o Nara dissera — Mas, mesmo esses sentimentos sendo óbvios para mim, para ele não é. Ele ainda está com dúvidas, mas principalmente porque não quer amar a Hinata não tendo certeza que ela o ama, pelo menos…. Não que ele a esteja usado para te esquecer. Ele já te esqueceu, Sakura…. Naruto já esqueceu esse sentimento romântico que ele tinha por ti faz tempo.

Shikamaru agora olhou Sakura desapontado. Ela que não falava nada, até porquê, ele não a dava chance para isso. Não foi lá para ouvi-la. Foi lá para ser escutado. E desapontado falou:

— Até parece que não conheces o Naruto. Ele não tem maldade o suficiente para fazer isso…, de usar alguém para o beneficio próprio. Ele chega a ser ingénuo demais para pensar nisso. Mas ele continua hesitante para aceitar o que está sentindo pela Hinata porque…, afinal, um coração partido uma vez já basta, não é? — Sakura acenou confirmando com a cabeça. Não tinha coragem de olhar Shikamaru, ainda mais ouvindo aquelas coisas todas. Estava sentindo além da culpa — A Hinata está o fazendo muito bem desde de o dia que você e o Sasuke se acertaram… e eu aposto que tu nem percebeste o sofrimento em que ele se encontrava… ao contrário dela, então só te peço uma coisa, não atrapalhe a felicidade que Naruto está perto de construir com a Hinata por um ciúme compreensível, mas totalmente idiota — Shikamaru finalizou mais alto, repressor e firme.

Sem dizer mais nada, Nara levantou-se e saiu dali, deixando uma Sakura ainda mais arrependia e sem saber exatamente por onde começar a se desculpar. Pois ouviu e absorveu muito bem o que Shikamaru disse, sendo que uma coisa ficou presa na garganta dela

“…A Hinata está o fazendo muito bem desde de o dia que você e o Sasuke se acertaram… e eu aposto que tu nem percebeste o sofrimento em que ele se encontrava ao contrário dela…”

Essa frase ecoava na cabeça de Sakura vezes sem conta, pois, ela não sabia que o melhor amigo sofreu por aquilo, até porquê, foi Naruto quem a incentivou a falar com Sasuke, e ela tinha certeza absoluta naquela época que, aquele amor infantil que o Uzumaki tinha por ela, já tinha dissipado, ou pelo menos diminuído ao ponto do loiro não se importar com o fato de ela ficar com o Sasuke, ao em vez dele.

Deixou as lágrimas escorrem, sem saber por onde começar a pôr as coisas de volta no lugar.

Sakura queria seu amigo de volta e feliz, mas não o afastar da felicidade dele, que ela mesma sempre teve certeza, ser Hinata. Por isso sempre incentivou indireta e diretamente a morena Hyuuga, a se declarar para o amigo.

Deitou-se no sofá, remoendo formas de fazer tudo voltar ao normal.

 

 

………

 

 

 

 

 

Eles a abraçaram, lhe passando conforto.

Ela acabou que agradeceu pela visita dos mesmos porque, estava precisando muito ver seus amigos para mudar o foco dos seus pensamentos. A Hyuuga acabou por os levar ao seu quarto, afim de terem mais privacidade para conversarem sem serem interrompidos.

Não seria algo certo a se fazer para uma menina, mas ela já estava acostumada com eles indo lá, por isso não se envergonhava tanto.

— Então…, foi dessa flor que Ino falou? — indagou o Inuzuka, apontando e olhando fixamente para a planta em um vaso bem decorado e cuidado, em cima do criado-mudo, perto da janela do quarto da Hinata.

Ele estava em pé perto da porta. A azulada se constrangeu com a observação do amigo, mas assentiu que sim com a cabeça, desviando o olhar com as bochechas escarlates em constrangimento. Se sentou na cama.

— Porque não contaram a ninguém que vocês então juntos, Hinata? —  o mesmo  agora perguntou com a feição zangada. Ela o olhou sem entender a pergunta.

— Han? N-Não entendi, Kiba-kun — a azulada perguntou com a voz baixa de sempre, pois realmente não havia intendido ao que o amigo se referia.

— Que você e Naruto estão namorando…, não é!? —  Kiba esclareceu, agora olhando ao redor.

Hinata ficou ainda mais envergonhada, mas respondeu, sem gaguejar, firme, mas sem olhar nos olhos do rapaz. Como ela queria dizer sim, que estava namorando com Naruto, mas isso não era verdade, então, não poderia iludir seu coração, se enganando dessa maneira, afirmando isso.

Negou:

— Iie, nada disso Kiba-kun…. Eu e Naruto-kun… nós somos somente amigos. Ino-san que falou e insinuou o que não deveria.

— Aah..., entendo — o moreno abaixou a cabeça e coçou a mesma, olhando novamente para planta— Mas o vaso e a flor são realmente bonitos. Tens certeza que foi o Naruto que te ofereceu? — Kiba não acreditava que o Uzumaki tinha assim tão bom gosto, afinal, ainda considerava o rapaz seu rival e não iria admitir que loiro fosse melhor que a si, oferecendo algo tão meigo e gentil para a amiga Hyuuga.

Algo que ele sabia que combinava perfeitamente com Hinata. Ele que deveria ter essa ideia.

Shino que até então estava também sentado na cama, sem dizer nada, se intrometeu na conversa. Kiba já estava passando dos limites da inconveniência. Iria calá-lo agora, pois Hinata não era obrigada a ouvir comentários desnecessários, ainda mais agora.

— Kiba, fica calado — repreendeu sério, como sempre dele, mas com a voz serena — Viemos saber como a Hinata está se sentindo, visto que ela não compareceu no treino já a uma semana, e não para saber da vida particular dela. — Kiba acabou que ficou envergonhado e emburrado, mas logo mudou de expressão fazendo a pergunta chave para um início de uma nova conversa, dessa vez mais esclarecedora, acerca de como a morena estava se sentindo.

— Então Hinata, como te sentes…. Ainda chateada e envergonhada pela situação do jantar? — A Hyuuga abaixou a cabeça novamente, respondendo desse mesmo jeito a pergunta do amigo

— Estou bem Kiba-kun, Shino-kun. Não se preocupem comigo — claro que eles não acreditaram.

Eles se conheciam a bastante tempo para saberem quando o outro estava a mentir ou não. Mas em vez de tentar enfrentar a amiga para que ela revelasse seu verdadeiro estado, resolveram apenas conversar e passar algumas novidades para ela, afim de passar tempo e deixá-la mais animada, já que ela não saia de casa e poucas vezes sai do quarto.

Hinata estava realmente deprimida.

 

 

 

 

………

 

 

 

— Ino?  — perguntou surpresa, e mais surpresa ainda com a segunda presença ali, ao lado da loira— Sai? O que fazem aqui?

— Só vim acompanhar a Ino, Sakura. Já me vou embora pois tenho uma missão importante daqui a pouco. Ja ne — dando as costas com a mão levantada ao alto em sinal de despedida, sai foi embora sem esperar nada ser dito.

Sakura olhou a figura do moreno sumindo com uma expressão de estranhamento, voltando-se para amiga com um olhar interrogativo, sobrancelha levantada para dar ênfase ao olhar…, ao que a Ino não estava afim de explicar o porquê da presença do rapaz, pois, tinha coisas mais importantes de se tratar a seguir, do que falar das pesquisas emocionais de um garoto estranho e sem sentido.

— Esquece isso, temos coisas mais importantes para com o que nos preocupamos— Sakura a olhou novamente com uma sobrancelha arqueada em questionamento, mas nem deu tempo de fazer a pergunta em voz alta, já foi logo arrastada por uma loira com uma expressão decidida e determinada— De hoje não passa da gente pedir desculpas para o Naruto e para a Hinata … e Sakura…, estou muito arrependida pelo o que eu fiz. Sabias que eles ainda não se falaram e que Hinata esta trancada no clã deprimida? Quando o Shino me disse isso, eu me senti um monstro.

Ino falava. Ino andava apressada. E Sakura somente se deixava ser arrastada, enquanto escutava:

— Hinata não merecia e não merece passar por isso. Shikamaru também me disse que Naruto está começando a acreditar no que você disse, por isso está sem coragem de ir ter com Hinata no clã dela, já que ele não a vê nas ruas da vila…. A gente transformou Naruto num covarde e numa pessoa tímida, nada a ver com o Naruto que conhecemos— Ino falava tudo sem respirar. Estava desabafando com a rosada, o que estava dando certo até então.

 A Haruno não sabia exatamente como agir decorrente a ação da Yamanaka. A loira parou de andar e consequentemente Sakura acabou indo de encontro com as costas dela, que olhou nos olhos verdes da amiga com tristeza.

— Sakura, o que nós fizemos?... Destruímos algo que deveria nos dar orgulho no futuro e acabamos com as chances da Hinata se declarar para Naruto, pois ela agora está acreditando no que você disse pelo o que a Tenten me contou… — os olhos marejaram em tristeza — Hinata acredita que Naruto não te esqueceu ainda, por isso ele estava passando muito tempo com ela para te evitar e esquecer esse suposto sentimento que o mesmo ainda tem por ti…. E ao que Shikamaru me contou, não existe mais sentimento algum…. NÓS SOMOS MONSTROS — esbravejou, com a voz embargada.

Sakura e Ino agora choravam juntas no meio da rua. As pessoas que andavam por ali e vinham a cena, acabavam por estranhar, afinal, o que duas kunoichi de alto nível estavam fazendo no meio da rua, ainda mais naquela situação, nada… comum!?

— E-eu fui a p-pior de todas Ino…. A pior de nós as duas. Tu somente os deixastes envergonhados e e-eu… e eu…— Tremulou Sakura sem conseguir terminar de falar, derramando lágrimas que tentou segurar por um tempo abraçando a amiga— F-falei algo que não deveria dizer. Imagina como é que Hinata está se sentindo!?... Deve estar pensando besteiras agora…. Ela está pensando besteiras agora e… e… e a culpa é toda minha por ser uma amiga horrível.

— É, tens razão— Ino acabou confirmando com a voz firme, enxugando as lágrimas voltando a andar arrastando a rival-amiga, como se nada acontecesse, a ponto que nem percebeu que acabou concordando com a rosada que se auto desprezava, a deixando ainda mais deprimida— E vamos resolver isso agora— Declarou urrando em determinada.

 

 

………

 

 

Ele estava sentado no único sofá pequeno e verde amarelado da sala, lendo um livro sobre taijutsu. Estava gostando das informações que ali continham, mesmo a sua expressão cansada e tristonha não mostrando esse gosto meio peculiar e novo dele, pela leitura.

Ouviu alguém bater na porta.

Não se importou.

Se fosse importante iriam bater de novo, e aí sim, ele levaria adiante a ideia de ir atender a porta, então se levantaria para isso.

E bateram de novo… e de novo… de novo… e de novo… e…, prontos ele se cansou. Realmente era importante, logo, teria que ir lá atender quem quer que fosse, mas já começava a amaldiçoar a pessoa por o fazer desviar atenção da sua leitura.

Levantou-se lentamente indo atender a porta em passos pesados e tediosos enquanto ainda insistiam na batida. Abriu a porta lentamente como se fosse o bicho preguiça, mas tudo por falta de animo mesmo.

Quando viu as figuras a sua frente não expressou nada, simplesmente deu passagem para que elas pudessem entrar, sendo que assim se sucedeu.

Foi logo atrás delas sentando num banco a frente do sofá, enquanto elas se sentavam no mesmo. Ficaram um tempo em silêncio, onde ele era encarado pelas duas figuras a sua frente, mas seu olhar estava divagando para o canto da sala.  A loira suspirou pesado, teria que ter coragem para começar falando:

— Naruto-kun, eu e a Sakura viemos aqui pedir desculpas pelo nosso comportamento a duas semanas atrás, naquele jantar— disse firme tentando transparecer ser o mais verdadeira possível. O que estava mesmo sendo, pois, para ficar duas semanas sem ver o rapaz se remoendo de culpa, é porque estava realmente envergonhada.

Ino sabia que era culpada pela situação em que seus amigos agora se encontravam.

Dizem os mais sábios que é difícil uma pessoa, mesmo arrependida, passar por cima do seu orgulho e da vergonha, para admitir a culpa por algo de errado que fizera. Então, se ela demorou assim tanto tempo, é porque agora está sendo verdadeira no seu pedido de desculpas.

— Tudo bem. Foi só um momento nada importante que já passou e eu já esqueci — O loiro falou com a feição desinteressada, não dando atenção aos olhares das duas.

Sakura ia retrucar alguma coisa, e mesmo Naruto não olhando para elas, percebeu a intensão da rosada, por isso ele a interrompeu com um sorriso meio triste, olhando nos olhos das duas dessa vez.

— É sério Sakura-chan, Ino-chan…, eu já perdoei vocês. Não precisam se preocupar quanto a isso — elas suspiraram e se entreolharam pelos cantos dos olhos, não porque não acreditaram no loiro, mas porque acreditavam que mereciam que Naruto fosse mais orgulhoso e dificultasse um pouco as coisas para elas.

Queriam ter trabalho para merecer o perdão do amigo.

— Ino, podes ir lá fora um instante? Preciso falar com Naruto a sós — Ino assim o fez, mas antes foi até o Uzumaki, mesmo um pouco acanhada, o dando um abraço e um beijo na testa, o que deixou o rapaz vermelho, por ter se sentido constrangido com a ação da loira.

Sakura continuou com a mesma expressão, não se importando com o ato da Yamanaka. Depois que se vira sós com o melhor amigo, ela começou:

— Eu sei que você já nos perdoou faz tempo, Naruto…, mas isso não tira a culpa que eu sinto pelo o que eu… — ela foi interrompida.

— Sakura-chan, você ...— ele pausou, a olhando nos olhos esmeraldas em duvida, voltando novamente o olhar para a mão que continha o livro, depois olhando o chão em seguida— Você realmente acredita no que disse? Que eu … que eu estou… que eu estava usando a Hinata para te…— ele a olhou com tristeza e aflição no olhar safira. Tinha medo da resposta — Acreditas mesmo que eu estava usando Hinata para te esquecer?

“O que eu fiz?” pensou Sakura em espanto, desespero e tristeza pela confusão do Uzumaki.

Logo ele que era tão certo de si!? Ela sustentou o olhar de Naruto, mesmo tendo muita vontade de desviá-los por conta da vergonha. Mas ele merecia que ela fosse firme e o ajudasse a tirar essa dúvida da cabeça. Essa duvida que ela mesma implantou.

— Eu até te responderia isso, Naruto—  falou o olhando com carinho e um mínimo sorriso, pegando na mão dele para passar confiança no que iria dizer a seguir— Mas, o importante é o que você sente que é verdade e não o que eu disse num momento de raiva, e muito menos o que eu acho disso…. Eu não tenho direito e nem credibilidade para ti responder isso…. Perdi-os no momento que fui eu quem disse aquilo

—Entendo —ele abaixou o olhar— Me desculpa, Sakura-chan..., por ter te afastado. — completou num tom triste e baixo que usou até então: — Eu não havia percebido que isso aconteceu…, foi muito natural que eu nem notei.

— Não tens que me pedir desculpas Naruto. Eu… eu que deveria ter falando para você o que eu estava sentindo, antes de me deixar consumir por isso, afinal… todo mundo sabe que você é lerdo demais para perceber essas coisas, não é? — eles acabaram por rir com o comentário, mesmo ela estando com lágrimas nos olhos.

Ficaram um momento em silêncio se encarando. Felizes por se entenderem sem precisar de muito. Naruto logo voltou a abaixar a cabeça.

— Sabe, Sakura-chan…, a Hinata a um tempo atrás disse que gostava de alguém que não a correspondia, e eu questionei ela mais duas vezes sobre esse assunto e ela deu a mesma resposta: “que eu não deveria fazer essa pergunta a ela.” Mas do jeito que ela falou, pareceu-me que ela ainda gosta dessa pessoa…, eu ao menos tive essa sensação e ainda tenho… s-sabes me dizer quem é? — Naruto ergueu o rosto, esperando realmente que Sakura o respondesse.

A mesma levantou-se, se pondo em pé sorrindo, o abraçando, logo respondendo antes de virar as costas e ir embora.

— Eu se fosse a ti Naruto-kun, não me preocuparia com isso e seria o mesmo Naruto de sempre…. O mesmo Naruto que luta pelo o que quer e não desiste fácil. Será que dessa vez a luta não valeria o esforço?

Naruto ficou ali sentado, numa postura pensativa. Estava começando a dividir melhor os acontecimentos e a forma que deveria lidar com eles. Sorriu meio sem saber o motivo para tal.

“É, eu devo não me preocupar.”

Apertou seu peito, torcendo o tecido da blusa no processo, numa tentativa de proteger seu coração de algo que o fosse atingir, mesmo não sabendo o quê exatamente

“Eu sou forte o bastante para aguentar…, então, serei eu mesmo, dattebayo”

 

 

 

 

………

 

 

 

 

 

Seus olhos perolados faiscavam de raiva. Estava se controlando para não saltar em cima delas e esganar aquelas duas.

“Falas besteiras, com línguas mais soltas que seus fios capilares.” Apelido esse que ela acabou de pensar por conta da raiva que sentia.

Até que fazia sentido, não é não?  

Grunhiu, afim de se controlar mais. Estava preste a explodir, olhando elas ali sem prenunciarem nada, a olhado como se ela fosse uma aberração.

Tá certo…, estava fazendo caretas para controlar seus sentimentos…, mas estava tão ruim assim? E se estava, qual o problema? Não tinham que olhar para ela daquele jeito, não. Até porque, a culpa daquela deformação toda, nada natural e involuntária no seu rosto, se devia presença das duas naquele preciso momento.

“O que vocês vieram falar dessa vez? Já não bastou o que disseram no outro dia a minha nee-san?”. Ameaçou voar nelas, mas se conteve assim que viu alguém passando.

Se fosse cometer uma loucura, não queria testemunhas, isso seria muito ruim para reputação dela e do clã Hyuuga.

Ok, não estava a aguentar mais. Estavam preste de se explodir por elas estarem somente a olhando com se ela fosse uma aberração…, quando:

 

— Viemos falar com a Hinata — prenunciaram juntas. Pronto, já tinha um álibi para poder explodir com classe ou sem classe…. Não importava…, iria explodir agora.

— MAS QUE PORCARIA VOCÊS DUAS TÊM NESSA CABEÇA ?— gritou. Tinha que admitir, sentiu-se um pouco aliviada por essa ação, ainda mais com o susto que as outras levaram— Decidiram fazer jus aos apelidos que deram uma a outra? — dessa vez questionou, urrando como um felino.

— Hã? — falaram novamente juntas. Aah…, se isso acontecesse outra vez, iria ter outro álibi para gritar. Agradeceria por isso…. E como agradeceria!!! Precisava se aliviar.

— Você, porca-chan… —apontou para loira— quanta merda tem na cabeça? — apontou para própria cabeça — E você, testuda? — dessa vez apontou para rosada— Tem assim tanta porcaria nesse teu cérebro, que não pensa direito antes de falar? — apertou a própria testa com o dedo indicador.

Ino queria retrucar, e isso aconteceria se não estivesse tão concentrada em ficar chocada com a fala da moça…, assim como a Sakura.

Que Kami as acuda…, quem era aquela ali?

Irmã de Hinata?

Não poderia ser.

Não mesmo.

Só se a azulada roubou toda a timidez e calma da placenta da mãe. Isso talvez explicaria um pouco da diferença suplicante e gritante entre as duas, com relação as suas atitudes e modo de agir.

— Arrrgggh— bufou tediosa e raivosa ao mesmo tempo, a morena Hanabi — Me façam um favor, onegai…. Entrem logo e consertem a porcaria que vocês fizeram e saibam que a pouca consideração que eu tinha por vocês duas, diminui bastante…, então não a façam zerar, falando mais porcaria para minha nee-san…. Entenderam? — dessa vez Hanabi falou com a voz calma e fria, em tom de ordem, fazendo Sakura e Ino darem um pulo em susto. Pois não sabiam o que era pior: ver Hanabi gritar ou falar com frieza —  Me sigam — foram entrando na mansão Hyuuga, aonde percorrem um corredor e outro. Pararam —  A façam sair do quarto que ela já está aí a tempo demais. — ordenou batendo na porta da irmã, ouvindo um “entre”. 

Assim fizeram: entraram naquele cómodo com passos tímidos.

Hinata arregalou os olhos em surpresa, já cogitando a ideia de sair da cama correndo para porta, e se possível, para o portão de entrada do clã, sumindo das vistas delas se tivesse um como.

 “Essa não.” Alarmou-se quando seus olhos perolas se cruzaram com os verdes esmeraldas e os azuis celestes.

As duas meninas se sentaram timidamente na cama uma de cada lado, olhando a azulada nos olhos.

 Hanabi agora se sentiu confortável para sair. Mais iria estar atenta caso a irmã derramasse uma única lágrima que fosse, de tristeza. Suspirou pesado e arrastou, fechando a porta, dando privacidade a elas de conversarem.

 —Hinat…— começou a rosada com a voz vacilante, mas foi interrompida

— Não precisa dizer nada, Sakura-chan. Você tinha razão…, ele só queria uma amiga que o fizesse esquecer de você — Hinata que olhava para baixo, hesitante ergueu o olhar a rosada…. Firme…, sem resquício que iria chorar.

Já desabafou muito com Tenten, Kiba, Shino e até mesmo Lee, mas principalmente com Hanabi, então já estava imune a lagrimas. Continuou:

—Mas se queres mesmo saber de uma coisa!?... Eu não me arrependo— sorriu feliz—  Esses meses com o Naruto-kun, foram os melhores da minha vida, nunca me senti tão feliz… Acredite… — Hinata sorria — Ele me tratou de um jeito muito especial— falou agora entre dentes, de tão intenso era a verdade daquelas palavras. Tao intenso que ela os sentia. E agora sim, as lágrimas lhe vieram

“Droga.” praguejou, pois achou que estava imune a isso.

Se estava imune, então… por que as lagrimas escapavam? “Sou tão fraca” se auto desprezou por isso, mas iria continuar falando com firmeza e sem vergonha alguma.

— Eu ainda sinto cada toque…, cada abraçado dele… e cada elogio — ela deu uma curta gargalhada feliz, limpando as lágrimas com delicadeza do rosto alvo— Então, para quê me arrepender e me lamentar se só me trouxe benefícios e, a chance de ter um gostinho de como seria minha vida se Naruto-kun me desse total atenção e reparasse nos meus sentimentos!?— perguntou ainda chorando, com o sorriso feliz no rosto.

Ino e Sakura também tinham lágrimas nos olhos. Se sentiam tocadas pela forma tão intensa que a morena havia descrito o que sentia, enquanto apertava a mão no peito, demostrando que ela viveu intensamente tudo aquilo. Foi tão… tão… elas não sabiam dizer o que sentiram exatamente. Mas chegava perto ser um pouco angustiante de tão feliz morena foi e acreditava não poder ser mais, por culpa delas.

—Hinata— disseram em lamento, a abraçando em conjunto.

— Gomenasai…, eu atrapalhei vocês…. Me desculpe, onegai— suplicou Ino, ainda chorando.

As duas se afastaram um bom tempo depois, agora sorrindo, mesmo com tristeza, olhando para azulada, conversando e pedindo desculpas com os olhos, já que suas bocas não conseguiam mostrar o quão arrependidas elas estavam, por terem agido com tanta infantilidade e levado seus amigos a se sentirem assim, tão deprimidos.

—  E eu ainda mais, gomen…. Hinata nunca me vou perdoar por isso, mas você merece um pedido de desculpas meu, então por favor, me perdoe — Sakura pediu sincera, demostrando toda a tristeza que vinha guardando para si, até então.

— Tudo bem meninas…, a-acontece, n-não é? — perguntou insegura, tentando fazê-las se sentirem melhor também, mas não conseguia olhar nos olhos delas para passar essa confiança porque, estava muito triste e envergonhada com a situação toda.

— Hinata, quando você estava com Naruto…, você se sentiu como se minhas palavras fizessem sentidos? —  Hinata somente abaixou ainda mais sua cabeça com a pergunta de Sakura.

Sakura não insistiu mais…, já sabia a resposta.

Iria deixar a morena refletindo. Lhe abraçou uma última vez, assim como Ino, mas não deixando de completar:

— Não deixe que minhas palavras sem nexo, te faça esquecer quem é Naruto de verdade. Você o ama, e você o conhecesse…, acho que até melhor que eu que convivo mais com ele do que com você, quem sabe? Só… não desista. Por você… e pelo Naruto também. Esse também é teu jeito ninja assim como é o dele, não é? — Após ter dito isso, Sakura saiu porta a fora, sem esperar resposta, pois sabia que não viriam.

Ino apontou para algo perto da janela antes de seguir a rosada e sair.

— Ele tem bom gosto, não é que realmente combina contigo? —  sorriu maliciosa, dando uma piscada, somente para deixar Hinata um pouco envergonhada e sair daquele transe em que ela se meteu por um instante.

Saiu porta afora também

 “É…, combina sim Ino. E eu não vou desistir, isso nunca Sakura, mesmo que ele continue a gostar de você. Eu vou querer ser usada por ele para te esquecer, mesmo que isso me magoe, arranjarei um jeito de arrancar você daquele cantinho especial, e no final… no final vou ser eu quem ele carregará no coração…, mas dessa vez, para sempre”

Sorrindo em determinação, Hinata deixou uma lágrima cair, levando a mão ao peito e fechando o punho.

“É uma promessa.” Concluiu decidida.

 

 


Notas Finais


bem, espero que tenham gostado, mas acreditem todo esse sofrimento desse capitulo de hoje, é por bem de todos os personagens envolvidos, principalmente do casal principal. por isso não fiquem depressivos assim como eu fiquei a escrever esse capitulo. boa leitura e mais uma vez, obrigada


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