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História Contato - Prólogo


Escrita por: MirellaVieira

Notas do Autor


Estou reescrevendo Contato, e o prólogo está com algumas modificações. Espero que gostem!
Para comemorar a volta, a fic está de capa nova e maravilhosa aliás feita pela Skye, obrigada pela capa tão linda!

Capítulo 1 - Prólogo


Emma havia se acostumado com a imagem que via todos os dias ao despertar preguiçosamente.

Bem... Quase todos os dias.

Esses encontros que antes eram espaçados começaram gradativamente a aumentar de intensidade.

E era sempre a mesma coisa.

Recebia curtas ligações, onde apenas o básico lhe era informado. Uma aura misteriosa cercava a morena de intensos olhos castanhos, olhos que diziam tudo e ao mesmo tempo nada. E Emma gostava tanto disso que foi se envolvendo naquele ciclo vicioso sem nem ao menos perceber.

De soslaio sem que Regina a notasse, Emma abria lentamente seus olhos verdes e a observava sentada na beirada da cama afivelando sua sandália preta de salto alto.

Sensual... Sempre sensual.

Sua sensualidade exalava naturalmente através de cada um de seus poros. Era uma característica inerente a sua personalidade. Nada ali era forçado, pelo contrário, a cada passo que dava pelo quarto de hotel fazia sua espinha arrepiar. Aquele fator certamente fazia parte de sua genética.

Emma, com seus olhos esmeralda sempre à espreita, pensava no tanto que a morena era metódica em tudo o que fazia. Chegava a essa conclusão com uma pequena análise pelo pouco que via de Regina ao acordar.

Tudo o que a morena fazia pela manhã sempre seguia o mesmo ritual. Não havia um dia sequer que mudasse sua rotina. Assim que acordava envolvia seu corpo nu no lençol e deslizava da cama indo em direção ao banheiro, sempre com um pedaço do ombro descoberto e uma parte do lençol arrastando pelo chão, deixando seu rastro por onde passava, fazendo Emma se questionar se ela fazia isso de propósito ou se aquilo era apenas um gesto displicente.

Sua altivez lhe chamava cada vez mais atenção, tanto que gostava de desvendá-la apenas a olhando de costas, onde conseguia reconhecer desde seu olhar irônico até o safado. Mas, o que mais lhe atraía nesse jogo de sedução o mistério que Regina carregava consigo mesma.

Em sua pequena análise de todas as manhãs, Emma tentava reunir suas próprias opiniões sobre Regina, e às vezes tinha a impressão de que montava um quebra cabeça interminável, e quando achava que tinha formado alguma imagem, uma daquelas peças não se encaixava mais, deixando no ar uma incógnita que lhe atraía cada vez mais.

Procurava desvendá-la por inteiro, descobrir a mulher por detrás de cada uma daquelas camadas.

Seus banhos também seguiam aquele mesmo ritual. Ficava deitada na cama com os olhos semiabertos ouvindo o barulho de água do chuveiro exatamente por trinta minutos. Aproximadamente vinte minutos depois Regina saía de lá vestida e com parte de sua maquiagem feita. Ela analisava sua roupa social pelo espelho e a atenção de Emma só conseguia ser atraída para a bunda levemente arrebitada da outra mulher, e a vontade que sentia era de levantar-se abruptamente da cama e puxá-la de volta, embrenhando-se com ela nos lençóis sedosos onde poderia fodê-la mais uma vez.

Emma sabia que tinha que controlar seus instintos carnais. Envolver-se com Regina, além de ser contra seu próprio código de ética, assemelhava-se como andar numa corda bamba, onde qualquer pequeno deslize poderia colocar tudo a perder.

Apesar da vontade cada vez maior de ter a morena acolhida em seus braços, Emma sabia que não era assim que a conquistaria. Alias, na verdade, ela não tinha ideia do que fazer para conquistar Regina, que sempre se mostrava tão inacessível. Ela tinha noção de que aquelas noites não valiam de nada para a morena.

Ainda sem tirar sua atenção do espelho ela passava seu batom de cor vermelha como um rubi. Ela sempre finalizava a maquiagem com os lábios, onde a cor de seu batom contrastava com a leve cicatriz que trazia acima de seu lábio superior.

Pegava suas sandálias de salto 15 e sentava na beirada da cama enquanto a afivelava. Levantava-se toda vestida e conseguia a façanha de parecer mais imponente ainda.

Era quando Emma escutava sua voz.

O timbre de voz rouco, exalando poder, ecoava potente pelo quarto. Repetia sempre a mesma frase, como se necessitasse de uma autoafirmação de suas regras. E mesmo assim Emma sentia arrepios em sua coluna e um desejo incontrolável de possuí-la novamente.

- Não. – sibilou curta e grossa. – Nem pense em se levantar e muito menos falar nada. – ajeitou seus cabelos curtos num espelho que ficava perto da porta. – Eu sei que está acordada. Pude sentir seus olhos me comendo desde que acordei. Sabe de nosso acordo, não é? – virou-se em direção a Emma e piscou um de seus olhos. – Sem palavras e sem contato.

Sem contato. Era a principal regra, e ironicamente a mais difícil de cumprir.

Dizendo isso, a morena vasculhava sua bolsa puxando várias notas e as deixava em cima da mesinha que ficava logo abaixo de um pequeno espelho perto da porta.

E Emma deixava o peso de seu corpo cair sobre a cama novamente, com seu corpo em chamas clamando por mais daquela morena um tanto incógnita.

Não sabia mais nada sobre ela. A não ser seu nome... Regina.
 


Notas Finais


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