Chloe Adams
Nunca pensei em me casar aos 20 anos, muito menos passar por uma situação dessas. Um casamento de fachada! Ótimo Chloe , você é a mulher mais sortuda do mundo! Hoje é a primeira vez que vou sair com Harry, e para melhorar minha situação, será um jantar a dois. Espero "meu futuro marido" sentada no sofá de casa. Eu estava vestida com um vestido branco tubinho que marcava todas as minhas curvas e um blazer. Havia feito cachos nos cabelos com uma maquiagem básica acompanhava todo o look. A campainha toca. Me levanto do sofá deslocando-me a porta com minha bolsa em mãos, abro a mesma dando de frente com Harry. Seus cabelos estavam soltos, ele usava uma camiseta social mas sem largar de lado a calça com rasgos nos joelhos. Qual o problema dele em usar calças normais? Os rasgos são realmente necessários? Ou agora os joelhos sofrem de claustrofobia?
-- Wow -- Harry me fita de cima a baixo -- Vamos para a igreja? -- zomba
-- Seus joelhos sofrem de alguma fobia? -- revidei
-- Vamos mesmo discutir? -- perguntou
-- Claro que não, meu amor. -- sorri demonstrando toda a falsidade que transbordava em mim naquele momento.
-- Então vamos, docinho -- esse apelido me causou náusea.
Harry abre a porta para mim em um gesto de cavalheirismo. Pelo menos uma qualidade. Adentro o carro, calada. No caminho escutamos algumas músicas do albúm 21 da Adele. Rolling In The Deep nos manteve entretidos por um bom tempo, em minha surpresa cantei junto com o rapaz ao meu lado. No final da música rimos pela surpresa dos dois.. até que a noite pode não ser tão tediosa como pensei.
-- Curte Adele? -- pergunto
-- Claro que sim. E esse é seu melhor albúm! -- diz animado
-- A voz dela é forte tanto quanto as letras de suas músicas. -- comento -- Ela é maravilhosa!
-- Poucas pessoas no mundo sabem fazer música hoje em dia, a maioria não tem letra. São apenas batidas com estrofes repetidas diversas vezes.
-- Concordo plenamente apesar de não conhecer muito de música. -- o fitei, ele estava concentrado na estrada respirando calmamente. Presto atenção nas suas mãos ao volante, elas eram coberta por tatuagens. -- Posso te fazer uma pergunta? Claro, além dessa -- rimos
-- Fique a vontade -- respondeu simpático
-- Por que cobre seu corpo com tantas tatuagens?
-- Não sei. Acho que por gosto dos desenhos.. -- sua expressão facial fica confusa
-- E doeu para fazer? -- percebo estar fazendo perguntas demais mas Harry não se priva em responder nenhuma delas
-- Não tanto. É mais como um incômodo. -- Harry estaciona o carro na vaga do restaurante anunciando que chegamos.
O rapaz sai do carro dando a volta no mesmo, antes que eu pudesse abrir a porta ele fez o mesmo pegando em minha mão. Harry fecha o carro sem desgrudar suas mãos da minha e então começamos a caminhar para a entrada do restaurante. Percebo não ligar para o seu toque, é estranhamente confortável andar de mãos dadas com ele. Sentamos em uma mesa perto da grande janela de vidro, logo flashes de paparazzis são lançados em nós.
-- Não olha. -- ele avisa
-- Eles são bem rápidos, não acha? -- comento
-- Não. Esses não são paparazzis de verdade, são contratados da empresa para as notícias começarem a correr. -- explica
-- Ahh... entendi.
-- Nunca se envolveu com algum famoso mesmo? -- pergunta com um ar de curiosidade bem perceptível.
-- Não. Nunca pretendi ter um relacionamento com nenhum famoso até esse contrato.. que além de "namoro" vou ter que me casar. -- suspirei me afundando na cadeira.
Harry se manteve calado até o garçom chegar perguntando por nossos pedidos. O jantar correu normalmente, não conversamos mais sobre nenhum assunto, apenas comemos. No final do jantar Harry fez o favor de me proibir de pagar a conta; o que me deixou bem estressada por ter meu próprio dinheiro e poder pagar essa conta tranquilamente. Saímos do restaurante seguindo para o carro mas dessa vez sem as mãos dadas, o que surpreendentemente me fez procurar o seu toque levando as minhas mãos até a sua. Consegui ver um leve sorriso brotar nos lábios de Harry, porém, ele não diz nada, apenas continua andando ao meu lado. Ao chegarmos no carro ele não abre a porta, na verdade; Harry me vira encostando minhas costas sobre o carro, pegando em minha cintura e encostando seu corpo sob o meu.
-- O que esta fazendo? -- pergunto assustada
-- Apenas algumas fotos mais ousadas.. -- diz calmamente e aproxima seu rosto do meu.
Conseguia sentir a sua respiração calma bem perto do meu rosto, quando nossas bocas estavam raspando uma na outra eu dou impulso para cola-las o mais rápido possível dando início a um beijo. E que beijo. Seu beijo era calmo mas ao mesmo tempo transmitia sede de desejo. Parecia ter beijado tantas bocas que a prática levou a essa perfeição. Os flashes foram lançados por alguns minutos, nos separamos do beijo ao perceber que já estávamos tempo demais naquela cena ridícula. O clima ficou meio pesado entre nós mas nada que não pudéssemos aguentar até o fim daquele "passeio".
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