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História Coração de Fada - Mirrors


Escrita por: BrunaR05

Notas do Autor


Olá pessoal! Como eu disse anteriormente, quando algum personagem aparecer na história e não estiver listado, eu vou avisar, então hoje tem um novo personagem, mas não posso contar porque dá spoiler. Obrigada ao pessoal que favoritou a fanfic.

Capítulo 13 - Mirrors


-Ainda bem que eu não vou ficar no lugar de ninguém, por isso amo minhas espadas-disse Erza.

-Se vasculhássemos os registros nos computadores do Conselho, talvez conseguiríamos saber se é verdade. Às vezes, eles podem esconder algo de nós-Levy falou.

-E não é só isso, eu poderia saber do meu passado. Da minha “família”. Pra mim sempre foram vocês, mas e meus pais, nunca conheci- eu disse.

-Eu também queria conhecer meu pai- disse Gray- Não é Erza?

-Pois é, nem tudo são flores pra ninguém aqui-ela respondeu.

-Enfim, as coisas acontecem, e nós precisamos ficar ligados, qualquer vacilo e eles percebem a mentira- eu disse, para poder mudarmos de assunto, isso era muito perturbador pra mim.

-Que mentira?-disse Juvia com seu jeito sombrio.

-Nós vamos fazer uma festa surpresa pra Natsu, shiu, não conta pra ele- Gray falou.

-Você falou comigo! Juvia está tão feliz agora, Juvia quer te abraçar, posso?- disse Juvia, confirmando que Gray conseguiu nos despistar.

-Pode, você é a única que me pede isso-ele falou e abraçou, o difícil foi sair do abraço, mas alguém a chamou e ela teve que sair.

Depois de ficarmos parado observando o espaço, Natsu e Jellal voltaram, eu fiquei com aquela sensação ruim de novo. Nós pegamos um táxi e voltamos para casa. Eles não falaram nada sobre o mestre ter aceitado ou não Jellal, mas pra mim era um pouco desinteressante, e eu estava vigiando Erza que parecia um pouco tensa, ela tentava fixar os olhos na janela, mas sempre acabava olhando pra minha cara. Eu já estava ficando preocupada e aflita, eu sentia que alguma coisa iria acontecer cedo ou tarde, mas que não tínhamos como evitar.

Como havíamos chegados há um pouco tempo, arrumei uma lista de afazeres de todos, incluindo a construção do quarto de Jellal, que foi aceito pelo mestre. Primeiro ao acordar um dos moradores iria preparar o café, um a cada dia, eu tinha certo receio nas vezes dos meninos, mas eles me surpreendiam. Depois todos íamos para Fairy Tail, na volta nós lanchávamos, por chegar no meio da tarde e depois continuávamos a construção, Levy não mexeu muito com as ferramentas, ela ficou como a engenheira do projeto, o que nos rendeu um bom dinheiro. Nesse meio tempo até o quarto ficar pronto, Jellal não agiu mais daquele jeito arrogante, mas ainda era meio frio comigo, do mesmo jeito que eu o respondia com respostas curtas, como: Sim, pois é, não mesmo e etc. Depois Juvia e algumas pessoas de Fairy Tail nos ajudaram no transporte e montagem dos moveis. No fim tudo acabou bem, pelo menos ao que parecia. O nosso segredo sempre perturbava minha cabeça. Assim que acabamos de fazer as coisas, eu e Natsu estávamos no sofá descansando.

-Até que não foi tão mal deixa-lo aqui-disse ele.

-Pois é, mas eu ainda sinto que tem algo vindo por ai- eu disse.

-Depois de tudo que passamos, não, algo pior do que isso, nunca.

-Esqueça isso.

-Digo o mesmo.

-Não consigo, toda vez que vejo Erza ou Jellal eu me lembro.

-Em algumas coisas você é muito boa pra lembrar, já outras...-ele disse, e saiu para cozinha.

Já outras? O que ele estava dizendo? Essa é a primeira vez que os papeis se invertem e eu é que não entendo nada, mas eu não estava com vontade de saber, já tinha algo me preocupando. E pra aumentar minha preocupação eu vi Erza e Jellal falando um com o outro, ela estava rindo, e eu sabia que ele não era sincero com ela e ela também sabia disso, por isso me acalmei um pouco, então eles passaram por mim e falaram comigo.

-Oi Lucy!-disse Erza, eu já perdi as esperanças de que ela me chame pelo nome mais adequado.

-Oi!-disse Jellal e tentou forçar um sorriso.

Natsu passou pela sala e olhou para mim e chamou Jellal para ver como ficou as coisas, era um sinal pra eu conversar com Erza, mesmo que eu quisesse resistir.

-Venha sente-se, deixe aqueles bobocas lá- eu disse.

-Você está bem, não está com a cara de lerda de sempre-Erza falou, mas eu fiz que ignorei o último comentário.

-Eu quero conversar com você sobre uma coisa, isto está me deixando apreensiva.

-O que foi, a-a-a aque-aquele galho da planta da varanda não foi eu que quebrei, foi sem querer, eu esbarrei.

-Sim eu vi, você queria jogar em Gray, mas não é isso, é mais sério, ignorando o fato que minhas queridas plantas-parei dramaticamente atuando- serem arrancadas com tanta força brutal é uma coisa terrível, só Levy respeita o espaço delas. Mas vamos voltar ao assunto principal. Eu não quero que você ande com Jellal. Desde que conheço ele, não é muito bom confiar nele.

-Eu sei, mas não dá...

-Como não dá, é tão fácil, é claro que você sempre dará um “Bom dia, tudo bem?”, mas manter contato é muito perigoso.

-Mas...

-Não, não fale, espere. Eu tive um pesadelo em que ele estava te machucando e isso é muito doloroso pra mim, nem tive como ajudar.

-Lucy...

-Não insista, você sabe muito bem como ele me odeia e como ele pode fazer qualquer coisa em um momento de loucura, principalmente querendo me afetar.

-Chega Lucy- ela sacou a espada e colocou no meu pescoço- deixe-me falar ou é você que nunca mais vai conseguir possuir essa proeza. Eu não posso, eu não consigo, eu gosto dele- ela largou a espada que fez um barulho ao encontrar o chão.

-Não! Eu sabia que isso iria acontecer.

-Por que você me trata assim, tem medo de mim, foge das minhas ameaças e fica me impondo regras impossíveis de cumprir. Veja, eu não te atrapalho em nada, procuro ser uma amiga boa. Desculpe, mas não posso obedecê-la-ela virou-se e olhou paro o chão e pegou a espada.

- Erza, faça o que você quiser então, mas quando tudo tiver caindo aos pedaços não diga que eu não avisei, consideramos essa conversa, como nunca existida.

-Concordo.

E sai pela sala, fui ao meu quarto e foi olhar algumas coisas que eu escrevi, além do mais, eu tinha começado a escrever algumas coisas, fiz um diário de bordo do local. Depois deitei pra ver se as ideias ficavam no lugar enquanto os outros riam na sala, e novamente peguei no sono e mais uma vez, o que estava me irritando, tive um sonho.

-Filha!-alguém de longe gritava.

-Olá!-eu gritava pra que a pessoa viesse ao meu encontro.

-Seu nome deve ser Lucy- disse uma moça atrás de mim- meu nome é Layla, sua mãe.

-Mãe?-eu disse olhando espantosamente pra ela, ela parecia muito comigo.

-Lucy, não tenho muito tempo para conversar com você. Por isso só posso te dizer algumas coisas- os olhos dela se encheram de lágrimas- Você precisa falar a verdade para o Conselho, ou ela pode te ferir um dia. Você foi boa em falar com Erza, mesmo que ela não entenda, você tem um pouco de razão, só um pouco. Fique de olho nos outros também, Natsu, nuca mais você conversou com ele sem ser um assunto sério, talvez ele esteja mais preocupado que você. É apenas isso, até outro dia, tenho que ir- e ela sumiu como milhares de pétalas rosa bebê.

-Não mãe, volte, volte- fui correndo em direção as pétalas, mas acabei acordando.

Já era meia-noite, como eu não perco o costume, vigie todos, todos dormido, fiquei na sala assistindo um filme baixinho pra ninguém ouvir, mas alguém acabou acordando. Era Natsu, ele estava meio sonolento ainda e coçando os olhos, cerrou os cílios para poder enxergar a claridade que vinha da sala, foi na cozinha, voltou mais desperto com um copo d’água na mão.

-Pesadelo?

-Na vida real sim, mas eu dormindo foi um sonho mesmo.

-Como era?

-Com minha mãe, ela parece tanto comigo.

-Meus sonhos com meus pais são raramente bons, às vezes nem consigo ver os rostos deles direito.

-Pois é, nunca sonhei com meu pai, também queria saber quem é.

-Mudando de assunto, o que foi aqueles gritos na sala de tarde? Eu ouvi até o barulho da espada da Erza.

-Ela enlouqueceu, e particularmente eu acho que ela não quer que você saiba, ou sei lá, não vou contar.

-Que ela gosta do Jellal, eu já sabia a mais tempo que você. Ela não me contou, mas eu percebi. Durante esses dias você não está com uma percepção muito boa.

-Desculpa, é porque é essa história de maga celestial, o pesadelo, o sonho, isso tudo que aconteceu me enche totalmente a cabeça.

-E você está parecendo uma adulta, deixa a vida levar, é claro que vamos errar, mas fazer o que?

-Vou tentar relaxar. E ai, já fez algum amigo lá na academia?

-Até agora só vocês mesmo, é porque ainda não começou as coisas por lá, só no início do ano.

-Entendo, eu conheci Juvia, a motorista do táxi que nos trouxe.

-Ela é meio estranha, fica falando dela na 3ªpessoa, ela também fica muito calada.

-Que nada, ela é boa pessoa. E há de convir que quando Gray não está brigando com você ele também não fala nada. O mesmo comigo e Erza, se bem que ela anda socializando até demais.

-Relaxe, eu fique de olho em Jellal, se ele tentar alguma coisa eu te aviso.

-Obrigada, e ai, algum problema lá com o mestre?

-Bem... eu estou tentando guardar o segredo, mas está ficando difícil, ele está fazendo perguntas demais.

-Ele deve estar desconfiado, se você ver que já não consegue segurar as rédeas, me avise.

-Eu...deixa pra lá-Natsu disse, e eu acabei dormindo no sofá-amanhã-*suspiros*-é um grande dia.

O ruim da sala é que ela ficava na direção do nascer do sol, mas poder perceber que não estava mais vendo aquele show de horrores me privava de ficar irritada com o sol. Sorte minha não ser o dia de fazer algo, então liguei a televisão pra assistir o noticiário. Com o tempo todos foram acordando, todos faziam suas coisas sem dizer um bom dia, eu era quem iniciava as reverências, mas nesse dia não estava nenhum um pouco afim de cumprimentar alguém, então fui me arrumar também. Já estava ficando entediada com Fairy Tail, eles tinham poucas coisa pra fazer por lá, e se aparecesse algo interessante já era pego por outro mago, mas ganhar uns iens não faz mal a ninguém.

-O trio em ação- disse Gray, que estava a sentado no mesmo lugar que eu e estava a se referindo aos outros, exceto Levy que estava resolvendo algumas coisas.

-Deixe eles, são muito próximos.

-Você também é próxima de alguns, porque não está com eles?

-E você, porque sempre fica calado?

-Se eu não tenho nada pra falar, eu vou fazer o que, ficar falando merda.

-Desculpe. Eu não sou do grupo forte sabe, sou o cérebro.

-E eu? Porque Levy com certeza também é o cérebro.

-Com sincera palavras, eu não sei explicar, mas você também é o máximo.

-Mas você só fala isso porque é minha...- ele parou de falar como se fosse isso mesmo que ele queria dizer.

-Não, ninguém aqui é mais eficiente que ninguém, apenas se esforce e consiga o que quer.

-Eu provavelmente iria ignorar, mas veio de uma pessoa que conseguiu passar por todas essas tragédias.

-Obrigada, converse mais comigo assim, você vai se sentir muito melhor.

-Está bem.

-Gente, vamos logo- eu disse.

-Já vamos, estamos discutindo algumas coisas-disse Erza, que não parecia chateada comigo.

Nós fomos a Fairy Tail novamente, já estávamos começando a se familiarizar com o lugar. Eu me afastei um pouco dos outros e fui procurar moça do cabelo cinza pra saber sobre os registros de Fairy Tail e achar algo sobre minha mãe. Ela foi educada e mostrou alguns papéis, tentei agir discretamente e então a disse que me interessei pela história porque também sou uma maga celestial.

Tinha uma foto dela numa pasta, com nome, magia, função, todas informações daquele tempo, ela ainda era jovem, um pouco mais velha que eu, e com mais experiência, tinha um papel falando sobre seu sumiço. Os outros magos tentaram procura-la, mas era perigoso ficar longe da barreira, logo após desistiram. Mas eu achava que como Levy falou, poderíamos sim achar algo sobre ela se vasculhássemos o computador do Conselho, mas como?



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