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História Coração de Fada - Descobertas-parte 2


Escrita por: BrunaR05

Capítulo 15 - Descobertas-parte 2


-Eles vão acordar se você ficar reclamando- era voz de homem, então já fiquei um pouco mais atenciosa a conversa.

-Eu já disse que você tem que ser mais cauteloso, se Lucy ouvir ela me mata, pesando bem, sei me proteger.

-Ela deve estar dormindo que nem uma pedra, não vai perceber- e eu pensei “Você quem pensa, estou ouvindo tudo perfeitamente”.

-Acho que deveríamos ir cada um para nosso quarto, é melhor. Amanhã nos falamos.

-Está bem, mas essa vez está pendente.

-Ei vocês, dá pra calar a droga das suas matracas, estou tentando dormir, já não basta o ronco do Gray-era a voz de Natsu-vão deitar.

E o silêncio prevaleceu, só que eu fiquei acordada e escrevi algumas coisas. Tentei entender tudo que estava se passando. Levy continuava a mesma, eu precisava conversar mais com Gray, Natsu estava querendo falar algo comigo, e Erza, mais Jellal, provavelmente estavam juntos agora, o que era altamente perigoso. Mas quis que ela errasse uma vez para aprender, porque falar não iria adiantar. Acordei decidida de que agiria como e não soubesse de nada e que eu não quisesse saber de meu passado.

-Bom dia gente!-falei ao sentar na mesa, era o dia de Levy cozinhar.

-Bom dia!- Todos disseram em coro.

-Hoje é final de semana, vocês vão fazer alguma coisa?- eu disse e sorri friamente.

-Eu vou tentar não arrumar encrenca com certas pessoas-disse Natsu olhando pra Gray que usava o pão duro como entrerimento.

-Oi? Vou descobrir o que colocam nesse pão pra reclamar no Conselho- Gray disse.

-Eu estou encarregada de varrer a casa, então já sabe, gritarei com os manés ai sentados- disse Levy.

-Eu, eu vou na cidade, não é Jellal?- disse Erza e eu tentei não desfazer meu plano.

-Sim, a gente queria conhecer mais alguns lugares, já até ligamos para aquela tal de... Juvia, lembrei.

-Ela vem, Natsu se disfarce de mim- Gray falou.

-Objetivo não alcançado- Natsu disse em relação ao seu plano para o dia.

-Eu vou tentar conhecer os vizinhos, talvez devêssemos nos socializar mais- eu disse.

-Onde você estava ontem?-Natsu perguntou.

-Eu estava comprido uma missão que peguei -eu respondi.

-Por que você voltou daquele jeito?

-Eu não recebi os iens corretos- disfarcei e depois sussurrei pra ele, o que eu sempre fazia pra disfarçar para Erza e Gray que eles não percebecem que estava na hora de fugir, quando não estávamos no refúgio e eles eram menores-Depois te conto, depois-ele entendeu.

-Então pessoal, precisamos ir- Erza falou- não sei se volto hoje.

-Você quem sabe- virei para o rosto dela e fiz uma cara de: “Vá, depois diga que eu não avisei”.

-Gray! Vem aqui!- ouvíamos a voz de Juvia de longe, o que fez Gray levantar meio desanimado.

-Bem, preciso começar a arrumar as coisas- Levy disse passando por nós.

Natsu terminou de comer e eu também, ele recolheu o pratos e foi lava-los pra ajudar Levy. E eu fui até na casa de um vizinho para falar com a família dele. Conheci outros refugiados, os que já na nasceram lá, cientistas que desistiram de ficar nos laboratórios e pessoas importantes que precisavam ficar em segurança. Quando voltei, Juvia estava tentando fazer com que Gray fosse mais ela a uma cafeteria e Levy estava começando a faxina, Natsu estava no quintal olhando o desenho dele de novo. Fiquei um pouco tensa por ir falar com ele porque da última vez que eu vi esse desenho não foi nada legal, mas tomei coragem e fui.

-Olhando isso de novo?- falei e toquei no ombro dele pra que olhasse onde eu estava.

-Sim, lembrando das coisas, até hoje não acredito que estou aqui.

-Nem eu, ainda me sinto um pouco desacostumada com a ideia.

-Eu também, chegamos aqui, mas ainda temos problemas. Por que nada é simples e alegre?

-Nem eu sei- falei e olhei para o chão e pensei em falar com ele sobre meu pai- Natsu!

-O que foi?

-O motivo de eu estar estressada ontem foi que eu encontrei meu suposto pai.

-O que? Como? Por que você não me contou?

-Eu estava tão entusiasmada que nem liguei pra nada. Esses dias eu estava vasculhando algumas coisas e acabei achando o endereço dele.

-Como ele é? Um ex-soldado, ou era daqui?

-Ele era um dos cientistas do laboratório que eu estava.

-Como ele pode fazer isso?

-Eu também não sei, ele nem sequer me salvou naquele dia da explosão.

- É... eu estava lá.

-Eu já te agradeci por isso?

- Acho que não.

-Obrigada, se você não tivesse obrigado o idiota do Jellal a me aceitar eu nem sei o que seria de mim.

- De uns tempo pra cá, você nunca falou nós, sempre Jellal ou Erza, ou Gray ou Levy, até Juvia. Lembra do dia em que fomos capturados?

-Como não esquecer.

-Depois disso você ficou um pouco egoísta e rancorosa, você não é a mesma Lucy de antes- ele falou e entrou na casa, enquanto eu fiquei lá onde estávamos, olhando pra o horizonte.

Por que ele estava assim? Se tingisse o cabelo, perdesse o olho e fizesse uma tatuagem nele estaria igualzinho ao Jellal, só que antes de vir pra cá. Ele me ignorava, me respondia como quem quer acabar a conversa e nunca mais gritou: “Lucy!” e sorriu. Ou eu estava esquecendo de tudo o que aconteceu. Me lembrei quando eu perguntei a ele, se ao chegar ao refúgio não íamos mais se ver, mas acabou que eu mesma fiz isso acontecer.

-Lucy!- alguém gritou, eu pensei que era o Natsu, mas era o Gray e depois ele veio se aproximando- use esse pano, a grama vai fazer mal a sua pele.

-Obrigada. Cadê a Juvia?

-Chamaram ela pra trabalhar hoje, e ela disse que quer juntar dinheiro pra construir uma casa pra que ficássemos nós dois. Ela é louca.

-Você devia ficar feliz e ajuda-la- falei rindo-ela gosta tanto de você.

-Não sei não, no jornal disse que uma mulher matou seu marido porque ele passou muito tempo fora e ela tinha a mesma personalidade que Juvia.

-Ah, vai, ela é boa sim, ou pelo menos eu acho que é.

-Mas só ela está feliz por aqui, primeiro vejo Erza triste, depois Jellal, depois você, e agora Natsu. E a Levy nunca fala nada.

- Fazer o que? E você está feliz?

-Não. Você não está feliz. Você sabe que há um instinto humano de ficar triste quando seus pais estão tristes.

-Você me entende, eu devia ter dado mais atenção a você.

- Você fez o que pode, mas outra pessoa está precisando da sua atenção. Ainda há tempo.

-Obrigada Gray, você é um bom...

-Não precisa falar, irmã- e ele sorriu.

 Eu entrei em casa e vi Levy carregar minhas plantas desajeitadamente e ajudei ela, se ela deixasse cair e espatifar tudo no chão eu iria chorar um dia inteiro. Depois fui a sala onde estava Natsu, a televisão estava ligada e ele estava assistindo, mas eu peguei o controle e desliguei-a.

-Precisamos conversar- eu falei.

-Salvou-se uma alma do purgatório.

-Porque você não contou que estava incomodado com a situação, eu teria mudado, tentado arranjar um jeito de ser menos responsável por tudo, eu fico assim porque sempre acho que eu sou a culpa de tudo, então devo mostrar que posso fazer o mesmo por vocês.

-Você acha que eu sei ler, acha que sei aonde tudo se localiza, que poderia conversar com um chefe de algo muito respeitado. Eu sou sei soltar esses poderes e arrumar encrenca. Estar aqui já é uma forma de você me agradecer, eu e Jellal nunca tivemos um nível de inteligência que nem o de vocês, se não, nada tivesse acontecido estaríamos dando giros no mesmo lugar sem saber onde estávamos.

- Mas você tem a voz de mandar, sabe proteger as pessoas, e eu nem posso usar minha inteligência porque eu não sei para que serve, aliás, eu sei, é pra montar armas e atirar em pessoas, e explodir lugares do mesmo jeito que explodiram alguns locais onde passávamos, eu sou um monstro que pensa e que tem rostinho bonito.

- Nós estamos brigando?

-Sim, estamos.

-Desculpe, é porque desde que nós chegamos você só pensa em Erza com Jellal, seus pais, e Gray? Levy? E eu?

- Eu sei, eu acabei percebendo esses dias que eu não tenho parado pra conversar com ninguém. Mas eu queria entender porque você está tão estressado assim.

-Porque eu pensei que quando chegássemos aqui tudo iria melhorar, Levy iria achar um trabalho que ela se encaixasse, Gray iria parar de pegar no meu pé, Erza iria ficar menos agressiva e nós iriámos para Fairy Tail e ser um equipe que sempre acaba sorrindo no final, mesmo com algumas perdas nas missões. E que você gostasse de mim.

- Eu também esperava por tudo isso, e eu gosto de você sim.

-Como amiga, claro.

-Não sei, Eu não tenho confiança no amor, mas eu me sinto bem ficar do seu lado mesmo que nada aconteça, as experiências amorosas as quais eu já vi e conheci não me ajudam muito, sempre tem uma tragédia.

-Tempo, talvez um tempo, e eu poderia mostrar que não vai haver nenhuma tragédia.

-Adorei a ideia, abraço?

E nós ficamos lá na sala abraçados, até que Gray chegou e falou:

-Ei, ia passar um filme hoje, agora vocês desligaram a televisão, chatos.

-Ah Gray seu idiota foi você que falou com ela, não foi-Natsu disse.

-Eu não disse nada, fiz como um psicólogo, apenas tentei fazer com que ela exercite seus pensamentos.

- Vamos fazer algo de divertido, vamos sair também. Chamar a Levy-eu disse.

-Mas ela está arrumando tudo, não vai dar tempo esperara- Gray disse.

-Vamos ajuda-la e assim acabamos mais rápido. Levy!-eu falei e a gritei.

-Oi Lucy!- ela gritou e parecia distante-Espere, já estou chegando ai- ela veio correndo-o que foi? Livros de novo?

-Não, por enquanto, vamos te ajudar, pra podermos sair todos juntos hoje, topa?-eu perguntei.

-Sim, vocês podem passar pano na cozinha e limpar os móveis, só falta isso.

Então começamos a arrumar também, talvez fosse uma boa ideia minha pra mostrar que eu não estou sendo correta demais, e já estava ficando cansativa essa coisa de procurar pistas. Em menos de duas horas nós acabamos, nos arrumamos e fomos para um espaço de lojas, não como shopping, era aberto e arejado, mas rodeado de stand de vendas e no centro tinha lanchonetes e coisas para se divertir.  Paramos numa mesa e ficamos tomando suco e conversando sobre como iriamos nos planejar para inicio de funcionamento de Fairy Tail, o que faríamos para o final do ano e piadas sobre Erza e Jellal.

-Ela deve estar gritando com ele, coitado, pior se o estoque de bolo de morango tiver acabado- Levy disse.

-Você está se divertindo mesmo, né?- eu perguntei-a.

-Sim, nunca sai assim, é bem legal, vamos sair mais vezes assim.

-E ai, juntos?- Gray perguntou olhando para Natsu.

-Por que você não é desagradável com Lucy também? Não, amigos- ele respondeu.

-Talvez Natsu, porque você ignorou-o toda a trajetória, do laboratório até o refúgio- Levy disse.

- Ah é, monstrinho- Natsu disse apertando a bochecha de Gray.

-Esse apelido de novo não, poxa, isso foi a uns meses atrás, olhe Lucy nem está mais doente.

-Ela pode ficar, pode, depende do efeito do remédio no organismo dela. Só testei nela e em macacos-Levy falou, o que me faz olhar bem na cara dela, sendo que ela já tinha dito isso e eu não prestei atenção na hora- podem ser reações diferentes e não só com ela, mas com todos da casa, menos eu. Podem surgir efeitos com todos afetados com as substâncias que foram expostos

-E como asseguram que os soldados não morram?- Gray perguntou.

-Eles não estão ligando pra nada, assim não sobram homens de guerra para se revoltarem e acabar destruindo o exercito- Levy falou.

-Então pode ser que a qualquer momento podemos morrer?- Natsu perguntou.

-Não, o menos provável é isso, o mais é que vocês fiquem com um tipo de, como posso dizer, vocês vão ficar meio idiotas temporariamente e isso repetidamente afeta o cérebro e acaba perdendo o sentindo de alguma parte do corpo, ou até pode ficar assim até o fim da vida, mas para não assustar vocês e porque amo todos eu já tenho estudado uma forma de combater isso, seja com remédios e ou com certo comportamento.

- O psicológico também ajuda?- eu perguntei.

-Sim, por exemplo, Natsu, ele não é experiência, mas foi afetado, se ele ficar muito triste, estressado demais, ansioso demais, existem mais chances dos sintomas aparecerem, já você é um caso mais delicado, porque seu cérebro já é preparado antes mesmo de nascer.

-Mas não vamos pensar nisso agora, vamos os divertir mais um pouco- Gray disse, ele já estava ficando irritado com o assunto.

 

-Senhorita Lucy. Por favor, o presidente do Conselho chama a senhorita e seus companheiros para uma conversa com ele- disse um cara bem alto e sem expressão.

 



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