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História Coração de Fada - Último auxílio


Escrita por: BrunaR05

Notas do Autor


Olá pessoal! Se o capítulo estiver chato, foi porque minha lerdeza fez com que eu deixasse de fazer as atividades e todo santo dia tem, então entrei meio tarde hoje.

Capítulo 18 - Último auxílio


Eu a retirei e depois me virei pra entrar no carro. E cada vez mais eles se afastavam e cada vez mais uma lágrima descia, eu custava a acreditar que uma criatura de um laboratório pudesse amar, mas como disse Natsu, eu tenho o coração de fada. Quando sai do carro já estava dentro do terreno do casarão e Jude estava na porta para me receber.

-Oi filha!

-Oi- fingi um sorriso.

-Vou te levar até seu quarto. Deixei livros pra você lá.

-Obrigada, pelo menos isso você sabe sobre mim. Ah, não, esqueci, você me programou a fazer isso.

-Vamos, não seja rancorosa, aqui vai ser divertido.

-Ehh! Já estou me divertindo, se pelo menos minha mãe estivesse aqui.

-Ela está aqui.

-Seu burro, você a deixou morrer, como ela está viva?

-Sim, ela está morta, mas eu trouxe o corpo dela até aqui e o enterrei perto do jardim.

-Não me senti mais feliz por isso.

E chegamos no meu quarto, ele era grande, bem maior do que eu tinha, com a cama parecendo a de uma princesa com todos aqueles panos e uma cabeceira enorme, uma estante repleta de livros, uma penteadeira e um banheiro. Uma janela enorme, mas não iluminava nada. Ele me deixou sozinha ali, aproveitei para colocar algumas coisas minhas no lugar e fui dormir. Quando acordei, chovia, mesmo assim, decidi que iria ver o tumulo da minha mãe. Tomei banho, e fui até o jardim, peguei alguns girassóis e fui até o lugar. Tinha uma foto dela e a data que nasceu, e a data do ano passado.

-Mãe, eu sei que a senhora não está aqui, mas mesmo assim vim conversar. Eu queria que Jude entendesse que eu não quero ficar aqui, eu queria ficar com meus amigos, isso não é justo, eu fiz de tudo pra que tudo desse certo, desde o inicio. Eu queria estar com ele, estar com a senhora, até meu irmão que não vejo eu queria conhecer. Eu queria ir a Fairy Tail e completar missões, proteger o refúgio, não queria errar.

-Lucy, você consegue o que você quer sempre, você sabe o que tem que fazer, então faça- era ela, mas eu sabia que se fosse abraça-la iria sumir.

-Mas enfrentar meu pai não é uma atitude que vá tomar.

-Mas você está triste, você precisa fazer isso.

-Obrigada, mãe. Seus conselhos de antes funcionaram.

-Adeus Lucy, agora e com você, não posso mais vim ver você.

-Adeus!- acenei pra ela, enquanto o sol aparecia de novo e batia em meu rosto.

Fui até a mesa de jantar para tomar o café da manhã. Jude já estava lá, ele sorria como achasse que eu estava feliz.

- Bom dia!

-Bom dia.

-Outra coisa que vamos mudar em você são essas roupas.

-Jude, eu preciso te explicar uma coisa, você precisa estar calmo e apenas me ouvir.

-Está bem, estou ouvindo.

-Eu não quero ficar aqui, eu quero voltar, eu não me sinto bem aqui, só se passaram algumas horas e já estou me sentindo sufocada, eu não tinha essa vida, mas mesmo assim eu era responsável. Eu quero ficar na MINHA casa, com a família que eu admiro e considero, eu sei que geneticamente sou da família e que você gostava da minha mãe, mas... eu não quero isso, eu não quero estudar num colégio que não conheço, te obedecer eu posso passar a me acostumar com a ideia, mas a Fairy Tail era meu sonho, meu objetivo, por causa dela e de meus amigos que consegui achar coisas sobre minha mãe, sobre você. Você deve odiar crianças, já imagino como tratou meu irmão. Você  me tirou das minhas crianças, você sabe o que é isso?

-Lucy, eu...

-Erza pode ser desobediente ao extremo e Gray pode não ser que eu pensava que ele iria ser, mas eles são como parte de mim. Meu sofrimento, minha tristeza, minha alegria, minha amizade, também são deles. Levy E Jellal eu conheci com o tempo, no começo eu odiava ver a cara dos dois, mas agora eu entendo cada um deles e queria fortalecer essa amizade. E Natsu que ao contrário de você, me ajudou, está lá com os outros, triste, e eu também estou triste, eu gosto dele, ele sempre me ajudou, sempre disse: “Você consegue”. Ele nunca iria me aprisionar em um lugar em que eu me sentisse mal. E eu queria reencontrar todos, poder continuar a ficar na Fairy Tail. Mas falei isso tudo em vão, você vai me proibir de vê-los.

- Se você vir me visitar, eu não estou te prendendo, mas eu queria muito que você ficasse aqui. Mas se você está tão triste assim eu não ligo de você voltar. Mas venha me visitar às vezes, estou ficando velho e seu irmão com certeza não vai ligar pra mim, traga seus amigos para cá um dia desses.

-Pai! Você não sabe como me fez feliz agora, me deu vontade de te abraçar, obrigada.

-Eu te ouvi falar sozinha lá no jardim, eu não sabia que você ficaria tão abatida. Posso chamar o motorista pra você.

-Não, eu vou ficar, quero que você me mostre o resto da casa.

-Que bom. Agora vamos tomar o café.

Eu sorria, ele sorria, tudo estava as mil maravilhas, depois do café ele me mostrou algumas pesquisas que ele fez, como Levy faz também. Mostrou como funcionava os laboratórios e eu descobrir que o meu nome foi escolhido por minha mãe, o que me alegrou. Ele mostrou o espaço do fundo da casa, a cobertura, a cozinha e seus empregados, que eram bem tratados, alguns livros que ele queria me emprestar, já como garantia que eu iria voltar pra entregar e as coisas de minha mãe. Mais chaves pra mim, agora eu tinha todas do zodíaco, havia outras espalhadas por ai, mas não era de muita funcionalidade. No final do dia o motorista me levou até a casa, estava tudo escuro, eles poderiam estar dormindo, então decidi fazer uma surpresa. Coloquei minhas coisas no meu quarto e fui até o de Levy.

-Levy, não se preocupe eu estou bem. Apenas abra o olho, quatro olhos- falei com ela para que me ouvisse no seu sonho e acordasse.

-Lucy você não vai voltar, você disse- ela não abriu o olho e ainda virou para o lado.

-É né, então por que eu consigo fazer isso-puxei o colchão e ela caiu no chão. Assustada pegou seus óculos e veio pra cima de mim.

-Se afaste, você não é páreo para a baixinha aqui. Tenho ácidos escondidos... Lucy! Você voltou.

-Levy querida, pare de gritar enquanto dorme- Erza disse.

-Não Erza, é ela mesmo.

-O que?- Gray falou.

-Venham ver!- Levy gritou.

Eles correram e vieram me abraçar, só que me derrubaram no chão e eu dei aquele grito que qualquer pessoa que me conheceu nas fugas sabe quem está gritando.

-Lucy!- ouvi o som de levantar de duas pessoas das camas e cada uma vir de um lado e tentarem passar a porta ao mesmo tempo.

- Eu sabia, o grito é reconhecível- Jellal disse.

-Aha! Pra quem não ia voltar, nem demorou uma semana lá.

-Calem a boca e me abracem- eu falei e eles me obedeceram.

-Como você fez pra vir? Fugiu, desacordou ele?- Erza disse.

-Não Erza... eu apenas conversei  com Jude e ele me deixou ir, mas nós temos que ir um dia desses lá na casa dele como prometido. Mas ainda não vou muito com a cara dele.

-Os vizinhos vieram conversar com a gente depois de sair a notícia que fomos presos, sabe o que descobrimos?- Gray disse.

-Não, que eles nos odeiam e que vão nos desprezar ainda mais agora?

-Não. Maioria deles são fugitivos do laboratório e num casal a cada casa, uma pessoa é como nós- ele continuou dizendo.

-Agora façam o favor de sair do meu quarto- Levy disse.

-É engraçado como sua voz continua fina depois de um ano, e você continua do mesmo tamanho-Natsu disse.

-Saiam daqui, por favor.

-Melhor irmos dormir, amanhã nós nos divertimos, a não ser que o Conselho queira ferrar com a nossa vida novamente- Jellal falou.

E fomos dormir, deixei para arrumar as coisas no outro dia. Enfim aquela casa estava alegre, mas não tão alegre assim, o que aconteceu uns dias atrás mudou o clima entre duas pessoas, o que eu achava um máximo, mas não gostava nenhum pouco de ver discórdia. Todos acordaram tranquilos, afinal estava chegando o final do ano e estávamos de folga. Como o refúgio era laico e não fomos criados em crença alguma, não planejamos nada para o Natal. Mas para o ano novo tivemos várias ideias. O café da manhã foi muito mais participativo para todos esta manhã.

-Que tal se nós fomos ver os fogos no centro da cidade, vai estar cheia de gente, podemos conhecer mais pessoas- eu disse.

-Não, por que não ficar aqui e ver os fogos do quintal- Erza disse.

-Podemos chamar a vizinhança pra vir aqui- Natsu disse.

-Melhor ficarmos por aqui mesmo, só a gente, é mais tranquilo e evitamos mais confusões do que faremos se ficarmos aqui- Gray disse.

-O que você acha Levy?- perguntei a ela que estava com cara de preocupada.

-Hã?! O que? Desculpe, do que vocês estão falando?

-O que foi Levy? Sua cara não está muito boa- eu disse.

-O remédio, eu não consigo achar a fórmula exata, e o noticiário de ontem foi um pouco assustador.

-O que aconteceu?- perguntamos todos juntos.

-Eles disseram que nós estamos sendo atacados cada vez mais perto do refúgio e não se sabe se vamos aguentar isso.

-Lucy, se você quiser proteger o refúgio estamos todos com você- Natsu disse adivinhando que eu estava pensando nisso.

-Não sei direito ainda, vou resolver alguns problemas e me decido, afinal, é muita responsabilidade- eu falei.

-Precisamos nos divertir mais, até hoje eu só sai uma vez na minha vida.

-Meus pais costumavam me levar a alguns parques, mas foram destruídos com tempo, foi assim que eu conheci Jellal- Natsu disse.

-Bons tempos, ou não, eu conseguia enxergar o sol nascer, invés de nuvens cinzas- Jellal falou.

-Eu queria ter passado pela infância, mas tiraram isso de mim- eu disse. Sempre quis saber como é divertido ter imaginação e brincar e me divertir e não saber de tudo e de todas as coisas ruins que acontecem.

- Pois é- Erza disse.


Notas Finais


Se estiver chato mesmo, não parem de ler, no próximo capítulo terá Nalu *-*


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