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História Coração de Fada - Força e sentimentos


Escrita por: BrunaR05

Capítulo 5 - Força e sentimentos


Naquele local onde ficamos era muito perigoso, porque os soldados tinham bases por lá, então era cercado, não tinha por onde fugir, existiam algumas grutas, mas lá não tinha o que as casas abandonadas tinham, nós tínhamos que revezar para COCHILAR. Sorte nossa que eu já estava disciplinada e já sabia me virar, não como ele ainda, mas muito melhor que antes. Aprendi várias coisas com Natsu nesses seis meses, não a aprender a ler e escrever, pois ele também não sabia, mas se caso um dia nós fossemos chegar o refúgio, sem a sua orientação seria percebida facilmente. Algo como dizer quando alguém faz algo pra você, o que você fala pra pedir que ele faça, para que dê espaço, enquanto fala, enquanto caminha. Era impossível acreditar que ele sabia disso, mas não devia fazer questão de praticar.

Era noite, nós tínhamos que fugir dos soldados, eles tinham percebido algum barulho, fomos parar numa gruta bem distante dali.  Era desgastante isso, assim que parávamos num lugar ficávamos ofegando, e não era assim, nos distanciávamos da área e continuávamos a andar. Às vezes eu ficava me tremendo de medo, mesmo acostumada com a situação, quase tive um AVC uma dessas vezes.  Mas desta vez só ficamos ofegando. Quando tudo se acalmou fomos tentar cochilar, mas não deu muito certo, eu deitei, mas fiquei sem sono e Natsu nem tentou dormir, estava vendo algo velho, um tipo de desenho de criança. Assim que vi, me levantei para observar o que era no desenho e para conversar com ele.

-O que é isso?-perguntei.

-Um desenho que eu fiz quando criança, meus pais tentaram me colocar no colégio, mas diziam que eu era estranho e que não podia ficar lá. Sorte sua já nascer sabendo.

-Não é tão bom quando eu não sei com que usar minha inteligência. E quem são eles?

-Eu ouvi falar que no refúgio existem pessoas que possuem magia como nós, e tem uma academia lá, chamada Fairy Tail, eu sempre quis ir pra lá, mas é preciso chegar, o que não é muito fácil.

-Deve ser realmente muito boa essa academia, e seria perfeita pra gente. Espero que consigamos chegar até lá.

-Isso que eu estava pensado agora, olhando para o desenho.

-Você acha que não vamos conseguir? Sou eu, já sei, tenho que melhorar em algo.

-Não, não é isso, você melhorou bastante durante esse tempo todo, mas mesmo assim, a força de alguns soldados podem ser mais fortes do que nós, como aconteceu com Jellal. Ainda não acredito que ele está lá no exercito, ele pode até estar morto.

-Não, ele deve estar vivo, ele consegue se virar. Mesmo eu o odiando por ser tão arrogante, eu quero que ele viva ainda.

-Você também me acha arrogante?

-Não, muito pelo contrário, ao menos que você esteja me obrigando a fazer algo, mas acho você uma boa pessoa.

-Muito obrigada Lucy, você também é uma boa amiga. Talvez seria difícil chegar até aqui sem sua ajuda.

-Vocês falam tanto que eu ajudo vocês a chegarem ao refúgio, então quando chegarmos lá não vamos mais se ver, é isso?

- Não, provavelmente eles no colocarão direto na academia, e teremos uma casa fora, que é claro que vamos dividi-la, você pensa que é tudo por interesse? Gosto da sua companhia.

- Eu também gosto da sua, é como um estivesse protegendo o outro. Que isso não aconteça, mas se você morrer eu não vou saber se ainda quero continuar.

-Não Lucy, se eu não conseguir, pelo menos você consegue, você tem potencial.

-Não é caso de força, e sim do coração- eu peguei sua mão e coloquei perto do local onde ficava meu coração.

- Lu-Lu-Lu Lucy, o que está fazendo?- ele puxou a mão dele de volta.

-Eu não sei, mas sempre tive vontade de te dizer isso.

-Melhor você dormir, você deve estar alucinada de tanta sonolência.

- É, eu devo estar mesmo- fiz bico e fui tentar cochilar de novo, mas de raiva eu só fingi que fechei o olho.

Enquanto eu estava “dormindo”, ele estava falando alguma coisa.

-Lucy não poder ter um ponto fraco, não posso dizer o mesmo a ela. Jellal sempre reclamava sobre isso, por isso não tínhamos laços com pessoas.  Mas eu sempre continuarei protegendo-a.

Ele virou para olhar o meu rosto, assim eu fechei meus olhos rapidamente, e continuei a fingir, fiquei lá até não aguentar mais. Depois era a vez dele de cochilar, eu fiquei olhando o deserto que tinha ao redor, era verão, mas à noite era frio, sem nada pra fazer, eu peguei a chaves e fiquei observando-as por um bom tempo, não me atrevi a balançar porque iria fazer barulho e a base do exercito era bem próxima ao esconderijo, ali fiquei um bom tempo, até a única e somente faísca de sol que tínhamos apareceu, e eu acordei Natsu, essa manhã era a mais perigosa de todas.

Nós saímos com cautela, mas acabamos chamando atenção de um soldado, que chamou os seus companheiros para irem atrás de nós.  Fui nessa hora que a tensão começou, era hora de esquivar, atacar, fugir, tudo ao mesmo tempo. Eu acabei atirando no braço de um dos soldados e uma bala passou de raspão no meu braço. A localização estava muito difícil de entender, não sabíamos se estávamos cercados, então corremos até onde podia, as grutas já estavam ocupadas e eles já tinham capturado outras pessoas. Foi tudo tão rápido, eles cercaram a gente e tentamos ataca-los, mas não deu certo. Eles lançaram um gás que nos fez desmaiar, e eu só conseguia enxergar de relance. Natsu sendo capturado, eles me puxando arrastando no chão, os outros jovens gritando por socorro. E depois apaguei. 

 



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