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História Coração de Lua - E os dias passam


Escrita por: Jessicaviude

Notas do Autor


Oiii maravilhas que leem minha história. Aqui está mais um capítulo incrível para vocês apreciarem, u.u ... Boa leitura. Beijos.

Capítulo 19 - E os dias passam



Erick foi para a escola na segunda-feira, todo ansioso. Queria ver a cara de pau de Nancy. Queria ver Beca atrair olhares curiosos dos garotos e dos professores – nunca se sabe o que fará a seguir – Ele encontrou apenas Matt no trem, ele estava sozinho. Enquanto falava com ele, Erick avistou Beca com fones de ouvido com a cara virada pra janela do outro lado do vagão. Ele não falou com ela já que ela estava com uma cara de mau humor terrível.
- ...Ai o zelador foi embora e percebeu o que havia acontecido. Não é hilário? – Matt terminou a piada que Erick nem tinha ouvido. – Cara, você esta na Terra? – Ele perguntou acenando a mão na frente dele.
- Estou... Só não paro de pensar na festa de sábado.
- Ah é verdade! Você saiu correndo não é? – Matt riu.
- O que aconteceu depois que eu saí?
- Nossa você perdeu! Rebeca ficou doida de vez e foi falar um monte pra Nancy lá em cima do palco mesmo. Nancy perdeu a linha também e derrubou a loca de cima do palco e acabou quebrando a perna do Calvin, e ai quando Rebeca se levantou pegou Nancy pelos cabelos e afundou a cara dela no ponche. – Matt não se aguentou e começou a rir ao lembrar-se da situação – Aí... Nancy deu uma cabeçada na Rebeca e ela caiu no chão, e antes dela se levantar de novo Nancy jogou o ponche todinho em cima da cabelos cor-de-rosa. Ela deu um grito tão forte que entupiu meus ouvidos, cara. Aí a Rebeca pegou o bolo todinho e jogou em Nancy, os caras começaram a tirar o sarro das duas e Vinci foi tentar ajudar Nancy que deu um fora tremendo no cara em frente a todo mundo e acabou com o namoro em público.
- Por isso ele não veio hoje. – Erick notou sua falta.
- E duvido que venha o resto da semana.
- Ué, mas e o treino para o jogo?
- O treinador é tio dele, e outra ele treina em casa. Vinci tem seu próprio campo de futebol.
Eles foram até a escola e Matt sentou perto de Erick pela primeira vez. Ele sempre sentou perto de Vinci, Nancy, Taylor e as amigas de Nancy no outro canto da sala. Mas ele não se importou. Beca sentou no mesmo lugar de sempre chegando um pouco depois dos dois. Ao entrar na sala ela atraiu olhares da sala toda. Erick não sabia dos detalhes de sábado, mas era o suficiente para explicar o ponche no vestido de Beca no hospital, e os olhares e cochichos na sala. Beca era indiferente á isso, olhares e cochichos irritantes não pareciam incomodá-la. Ela sentou e tirou seu material da bolsa com uma expressão séria. Era deprimente para Erick vê-la daquele jeito.
- Muito bem turma, todos em seus lugares. – O professor entrou na sala.
Nancy não estava na sala assim como Vinci. Erick foi convidado por Matt para lanchar no refeitório junto com uns amigos. Ele não havia notado que o refeitório era tão grande, nunca notou antes, pois sempre olhava para Beca ou Lua. As mesas vermelhas davam um destaque maior, e a multidão de alunos enchia o espaço. Matt dividiu seu sanduiche mega grande com os dois amigos além de Erick, que estavam na mesa. Erick sentiu falta das meninas, Lua com sua delicadeza e Beca com suas piadas sem graça. Mas os meninos também eram divertidos, Jack contou seu final de semana, e Oliver contou sua viajem ao Taiti.
O dia passou rápido depois disso. A noite chegou como um furacão. Erick foi direto para o hospital depois da escola para ver como estava Lua. Ele também não falou com Beca o dia todo, mas a viu no hospital. Ela estava falando com uma enfermeira e depois saiu andando com a cabeça baixa. Erick não pôde ver Lua, mas foi informado pela enfermeira de que ela estava melhor. Ficou meio triste, mas foi para casa assim mesmo. Afinal que mal faria esperar mais alguns dias.
[...]
No dia seguinte a mãe de Erick o acordou e disse que foi ao hospital mais cedo e os médicos disseram que a Lua havia acordado. Erick pediu para ir vê-la, e sua mãe o levou de carro. Ao passarem pela recepção Erick sentiu um calafrio. Porém ao andarem pelo corredor das salas cirúrgicas ele sentiu o coração bater cada vez mais forte, cada vez mais rápido. A ansiedade de ver sua linda Lua era grande demais. Ao entrar pela porta do quarto Erick vislumbrou a beleza de Lua mais uma vez, e seu coração quase saiu pela boca quando ela olhou para ele com aqueles incríveis olhos azuis piscina. Ele sorriu tão feliz, porém Lua inclinou a cabeça e franziu as sobrancelhas.
- Quem é você? – Disse a voz doce de Lua.
- Esse é o Erick querida, não se lembra? – A senhora Moor estava ao seu lado.
Erick sentiu uma tristeza tremenda, um desespero imenso. Como assim ela não se lembrava dele? Ele estava pasmo.
- Sou eu Lua. Não se lembra de mim? – Ele disse já com lágrimas nos olhos.
- Mãe... – Ela começou a ficar assustada.
- Qual é Lua, sou eu vai. Você não pode se esquecer de mim! – Erick se aproximou.
- Filho, eu acho melhor voltar depois. – A mãe de Erick o segurou. – Vamos conversar ali fora.
Ela o arrastou para fora do quarto. Ele não tirou os olhos de Lua, olhando sua expressão de confusa. A mãe de Erick o afastou do quarto quase que a força.
- Não, espera aí! Ela precisa de mim! Ela esta confusa...                                               
- Filho entenda, ela acabou de passar por uma cirurgia no coração, não pode sofrer fortes emoções.
A mãe pôs as duas mãos nos ombros do filho. Ele abaixou a cabeça.
- Por favor, querido. Precisa dar espaço á ela.
[...]
No dia seguinte Erick estava com uma enorme dor de cabeça. Não foi á escola, mesmo tendo prova. Ela passou a tarde toda na cama, tentou ler um livro, mas ao olhar para a estante para escolher um, ele apenas via o livro “Moby Dick” e virava para o outro lado. Ele não queria ver ninguém, expulsou seu irmãozinho quase á tapas. Foi um dia estressante. Seus pensamentos giravam em torno de Lua, ele não queria que fosse daquele jeito. Não era para ser daquele jeito, mas a pergunta que ele se fazia era “por que ela não se lembrava dele?”.
Erick estava tão deprimido que nem almoçou, teve uma leve briga com a mãe por causa disso. Seu pai era indiferente a qualquer coisa que acontecia com ele, e isso o afetava de alguma forma. Mas foi então que sua mãe chegou no quarto e disse:
- Filho você não pode ficar assim para sempre. Precisa esquecê-la.
- Isso é a única coisa que eu não faria. Jamais vou esquecer a Lua.
- Vem comigo. – Ela pegou no braço dele – Vamos filho venha comigo.
Ele estranhou, mas foi assim mesmo. Sem vontade nenhuma, seguiu a mãe até os fundos da casa. Ao ver o lago, os olhos de Erick se encheram de lágrimas.
- Eu vi o quanto você estava feliz aqui perto do lago um dia. Mesmo não podendo ver, eu sabia que ela estava feliz também. Era tão bom ver você daquele jeito, mesmo que eu achasse que você estava doido. – Erick riu.
- Mãe...                                    
- Por isso, eu entendo. Se você não quer esquecê-la não esqueça. Se ela nunca mais lembrar-se de você, ao menos você teve o prazer da companhia dela. E mesmo assim, você pode começar de novo, pode conhecê-la novamente sentir tudo de novo. Pode haver uma saída nesse nevoeiro em que esta entrando. Apenas tenha paciência. – Erick sorriu.
- Senhora Herris: a melhor pessoa do mundo. – Ele riu e abraçou-a.
- E nunca se esqueça disso. – Brincou ela.
Os dois caíram numa rápida choradeira perto do lago. Depois sua mãe se recompôs e brincou dizendo:
- Agora vamos voltar pra realidade, pois a louça não se lava sozinha.
Erick teve um minuto de silêncio, e de repente, veio-lhe uma súbita ideia de fazer uma coisa para se lembrar de Lua. E saiu de casa, foi até uma marmoraria e comprou, com o dinheiro dos pais, muitas das melhores tábuas que eles tinham. Depois disso, Erick marchava direto para casa depois da escola, e trabalhava perto do lago a maior parte do tempo. Louis veio visita-lo dois dias depois que ele viu Lua no hospital, e acabou ajudando-o no trabalho que estava fazendo. A mãe de Erick viu os dois se matando para martelar e serrar as madeiras e disse:
- Meninos, o que vocês estão aprontando ai?
- Ah! Mãe, você pode nos ajudar com uma coisinha?
- Claro filho, se você prometer não cortar seu pulso com este serrote.
- A Margaret ainda te deve um favor? – Ela acenou a cabeça – Ótimo então é hora de cobrar. As flores dela são as melhores nesta época do ano.
A mãe ficou sem entender nada, mas estava disposta a ajudar o filho no que fosse. Erick e Louis trabalharam dois meses diretos no lago, o irmão de Erick também ajudou, já que seu pai quase nunca estava em casa e era sempre muito ocupado ficaram apenas eles trabalhando. Todos ajudando para que Erick se sentisse melhor. E durante esse tempo todo ele não viu Lua nem na escola. Mas voltou a lanchar com Beca no terraço. Ela insistiu para ajudar no que ele estava trabalhando, mas ele não deixou. Beca visitava Lua com frequência e sempre dizia a Erick como ela estava e as coisas engraçadas que falavam. E isso fez Erick se sentir um pouco melhor. Beca era uma pessoa muito legal. Matt também não saiu do seu lado, mesmo Vinci tendo se afastado ele não ficou sozinho. Nancy parou de mandar e-mails ameaçadores, e deixou de ser a mais popular da escola por causa da festa. E também não seduziu mais o Erick e voltou-se para os outros jogadores do time da escola. E falando no time, Erick teve seus dois primeiros jogos no campeonato da Olivan High. Beca conseguiu ser animadora de torcida e foi torcer por ele no segundo jogo. Erick estava bem, mas sentia que faltava alguma coisa, um brilho na sua vida. Algo que ele precisava desesperadamente para voltar a sentir alguma coisa real de novo. Talvez não “algo”, mas “alguém”: Lua. Ele quase voltou a ver a vida das pessoas como uma coisa previsível, mas Beca lhe impedia de pensar assim. Ela sempre fazia alguma coisa inesperada. Como numa das aulas de química que ela explodiu o experimento nos dois, ou na aula de arte que jogou tinta no professor sem querer e todos começaram uma guerra de tinta, a sala ficou realmente colorida. Nancy sempre discutia com Beca por qualquer coisa. Talvez sempre fora assim, mas agora era pior. As duas saiam no tapa na maioria das vezes. Erick estava ficando com um físico melhor cada vez mais que trabalhava no lago. E recebeu muitos elogios das garotas da escola, e três declarações de amor fora ás duas cartas misteriosas em sua mochila. As pessoas eram estranhas naquela escola.
Até que no começo de Maio, ele terminou seu trabalho. E no mesmo dia em que terminou de arrumar tudo, sua mãe foi até lá para ver como tinha ficado e disse:
- Uau. Meu filho despreocupado-com-a-vida fez tudo isso mesmo? – Ele riu.
- Não sou mais assim. – Ela suspirou.
- Pois é, meu bebê já é um homem. Ah, e você tem visita. – Ela sorriu empolgada.


Erick olhou para trás e viu Lua.
 


Notas Finais


Humm.... sei o que vocês estão pensando, passou tudo rápido demais não é? kkkk Mas foi a melhor forma que eu vi de escrever essa parte da história, na minha cabeça as coisas ficam tudo bagunçadas, e na hora de por pra fora fica assim. kkk Obrigada por ler.


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