História Coração de Lua - Para sempre

Um final feliz pra sempre não existe de verdade, com certeza existem problemas nos quais resolvemos com uma boa conversa. Depois disso, Erick e Lua se tornaram o casal mais feliz e grudento da escola Olivan High. Nancy não provocou nem mexeu com eles por um bom tempo, porém isso não inclui Beca que sempre arrumava briga com ela. Vinci conseguiu sua dignidade de volta sendo o capitão do time, e tendo todas as garotas da escola atrás dele... Bom quase todas elas. Beca começou a namorar Matt, e tendo muitos encontros de casais com Lua e Erick. O irmão de Erick entrou para a Olivan High um tempo depois como “o menino prodígio”. O pai de Erick fez as pazes com ele, Lua meio que ajudou na reconciliação dos dois. A mãe dele virou praticamente “irmã” de Lua depois que soube do namoro, as duas amavam passar o tempo na cozinha ou no jardim falando da natureza. Lua e Erick se ajudavam nos deveres e provas da escola, como Beca sempre dizia “os nerds se entendem”. Nas férias de inverno, Erick viajou com a família e a mãe dele insistiu para Lua ir junto. Depois de horas de insistência para Lauren deixá-la ir, a mãe de Erick se trancafiou no quarto de hotel com Lua para que eles não fizessem nenhuma “besteira”. Depois do baile de primavera, Erick começou a ficar preocupado com o futuro e a profissão que escolheria. Um dia ele levou Lua á um parque fora da cidade, numas colinas ao norte. Estava um sol forte, mas um vento bom. O céu azul e com poucas nuvens lembrava-o dos olhos profundos de Lua. Ele a via mais bonita a cada dia, vê-la vestir diferentes roupas – roupas que não fossem o uniforme da Olivan – ou prender os cabelos de formas diferentes fazia com que ele se apaixonasse cada vez mais.
- O que está olhando? – Ela perguntou dando-lhe um empurrão com o cotovelo.
- Estou hipnotizado pela sua beleza. – Ele revirou os olhos. Ela riu.
- Está bem, então... Onde estamos indo? – Ela disse curiosa.
- Mais alguns passos e chegaremos. – Ele fingiu suspense.
- Como está aguentando esta camisa preta neste sol?
- Você faz muitas perguntas, agora chega.
- Ah, então quando o assunto é moda você se estressa não é? – Ela riu.
Ele riu também e negou com a cabeça. Eles subiram mais um pouco a colina, sentindo o vento no rosto. Estavam de mãos dadas e Lua balançava o braço de impaciência.
- Ok moçinha você venceu! Chegamos. – Disse ele soltando de seus dedos e abrindo os braços.
- Chegamos? – Ela franziu a testa – Nós só subimos a colina.
- Não seja criança. Vem sente-se aqui.       
Ele se sentou na grama verde, e fez sinal para ela fazer o mesmo.
- Vamos gravar nossos nomes na árvore depois?
- Não sei se podemos fazer isso, mas sim. Vamos sim.
Lua estava de jeans, mas isso não a impediu de sentar-se no chão. Eles estavam embaixo de uma árvore grande, numa sombra fresca e agradável. Olhando para a paisagem da cidade, Erick suspirou e disse:
- Lua... Eu estava pensando... Decidi me formar em medicina. Quero ser um médico.
Ela virou-se para ele com os olhos brilhando.
- Não me diga que é por causa...
- Isso influenciou um pouco também. Eu estava um pouco indeciso sobre isso, mas andei pensando bem. E também, biologia é a matéria que mais gosto.
Ela sorriu serenamente, e baixou os olhos.
- Ficou chateada?
- Nem um pouco. Na verdade estou muito feliz. Você tem um objetivo na vida e um ótimo futuro pela frente.
- Meu futuro é estando ao seu lado. – Ele segurou a mão dela novamente.
Ela olhou nos profundos olhos esmeralda dele. Seus lábios trocaram mais um doce e terno beijo. Depois voltaram a observar a paisagem.
- Você já decidiu? – Indagou ele.
- Eu estou pensando em ser professora. – Ele olhou para ela – O que? Eu sei que não dá muito dinheiro, mas é que eu gosto de crianças.
- Menos do meu irmão. Ninguém atura aquele pirralho.
- Eu aturaria.                                                  
Ele virou o corpo para ela.
- Esta insinuando que quer ter filhos? – Ela arregalou os olhos e ficou vermelha na hora.
- Não disse isso!... – Ela pensou um pouco. – Mas se bem que uns dois...
- Lua! – Ela riu.
- O que? Seria divertido!
Ele deitou na grama. Ficou olhando as nuvens de diferentes formatos passarem. Os dias passaram tão rápido, até um tempo atrás ele estava ansioso para falar o primeiro “oi” para Lua, e agora eles já estavam pensando no futuro e nos filhos. “A vida é uma loucura mesmo, como uma caixinha de surpresas” pensou Erick. Ele não sentia mais como se a vida fosse previsível, não sabia o que esperar, e não estava preocupado com o que iria acontecer, contanto que estivesse com Lua estaria bem. Ele a olhou e começou a lembrar de como ela estava na primeira vez que a viu na escola. Seus longos cabelos chocolate eram soltos e o uniforme perfeitamente colocado em seu corpo magrinho e o brilho que os olhos dela exalavam. Agora, seus cabelos estavam presos numa trança caída no ombro, usava uma camiseta salmão de mangas compridas – “não sei o que ela estava falando da minha preta” pensou ele – um jeans azul escuro e tênis all star preto. Ela percebeu que ele a observava, riu e deitou de bruços apoiada nos cotovelos.
- No que está pensado agora?
- No quanto você é linda. – EL corou e riu.
- Quer parar de dizer o quanto sou bonita, dá vergonha sabia?
- Não passarei um dia se quer sem dizer o quanto você é linda.
- E eu não passarei um dia se quer sem dizer o quanto amo você.
Ela estava ao contrário dele, mas deu-lhe um beijo de ponta cabeça mesmo. Ele riu.
- Agora eu quem estou sem graça.
- Agora sabe como é.
Eles se ajeitaram e ficaram um ao lado do outro deitados na grama macia da colina. Eles se beijaram de novo.
- Como você é linda, Lua Moor.
- Como eu te amo, Erick Herris.
E se beijaram novamente. Eles podiam sentir que se amariam para sempre, que ficariam juntos para sempre.