Justin Bieber
Os ferimentos de Chris eram tão profundos que me fez me lembrar daquela noite. Um pavor se entalou na minha garganta e o frio na espinha era inevitável. Ele estava pior do que da última vez que isso aconteceu, e é tudo culpa de Alaska. Se ela não tivesse abrido aquela linda boquinha eu não teria acabado com a raça do meu melhor amigo, mas em compensação, ela iria dormir comigo nos próximos quinze dias. De qualquer modo a preocupação não me deixava sair do lado de Chris, que já havia acordado e pegado no sono duas vezes. Ele choramingou na primeira vez, já na segundo eu o entupi de remédios para amenizar sua dor, e agora ele dormia como um anjo.
Os ferimentos profundos em sua bochecha desciam até o queixo, já outros estavam com sangue pisado, por mais que eu tentasse limpar diversas vezes com gazes e água oxigenada. O roxo começara a aparecer em seu supercílio, assim como em diversas partes de seu rosto. Seu lábio superior estava se inchando aos poucos, e um corte tremendo atravessava a maçã de seu rosto, além de outras partes começarem a ter elevações mostrando-nos um novo inchaço.
Quando Alex voltou com mais remédio seus ombros desabaram ao ver o amigo dormindo, e eu o olhei de relance.
— Você deveria contar para ele...
Meus olhos se arregalaram.
— Claro que não! Nem cogite essa ideia.
— Toda as pessoas já sabem sobre isso, só tem... medo de admitir que sabem.
— Ninguém sabe disso, Alex. Apenas aquelas pessoas.
Ele deu de ombros, se sentando na beirada da cama para continuar a molhar locais que passaram despercebidos.
— Cara... — ele ri baixinho — eu não acredito que você bateu no Chris por causa dela.
— Por causa da aposta.
Ficamos em silêncio e eu me ajeito desconfortável na cadeira, de cara fechada.
— Você jurou que nunca mais bateria em ninguém — ele diz.
— É, mas desta vez foi diferente. — revirei os olhos, e ele me olha com atenção — O que foi?
— Você já está até revirando os olhos que nem a menina — riu.
Lancei um olhar para Alex, e ele se encolhe, mas não tira o tom risonho.
— Ela é linda pra caralho, eu tenho que admitir — mudou de assunto.
— É porque você ainda não viu ela pelada... — ele volta a olhar para mim, e eu penso um pouco — Na verdade, seminua.
— Você não disse que nunca transou com ela?
— Nunca fodi ela, mas já a vi seminua — soltei um pigarro, tentando afastar a imagem de Alaska da minha mente.
— Não acho uma boa ideia. Nenhuma menina nunca ficou aqui por mais de uma noite — negou com a cabeça, apertando o algodão que despeja o líquido absorvido no Tupperware.
— Vai ser estranho, mas a gente se acostuma... — deixei um sorriso se espalhar.
— Eu acho que você... — Alex foi interrompido pelo som da campainha, me levantei ao mesmo tempo.
— Nada de gracinhas com ela, entendeu? Alaska não vai dormir contigo, sem cantadas, se tentar nem fale com ela.
— Como é? — ele ri pelo nariz, desacreditado
— Ela é meio retraída, sei lá, só... só não fala merda. — falava tão rápido que nem eu mesmo conseguia acompanhar minhas palavras.
Saio tropeçando na bagunça do apartamento que nem me dei o trabalho de arrumá-lo por mais que quisesse. Ao contornar o sofá, giro a maçaneta e me dou de frente com a loira. Ela desvia a atenção de seu celular moderno para mim, me encarando com a maior desdém do mundo. Ela trocara de roupa para uma mais justa, que destaca todas suas curvas. Me impressiono quando percebo que usa uma saia, porém, abaixo desta está uma meia calça, e a saia preta parecia ser de um tecido macio. A blusa listrada está com o comprimento certo em sua cintura, contudo, as mangas parecem ser um pouco maiores, e eu me sinto um leigo na moda feminina. Por cima da blusa listrada preta e branca ela usa uma jaqueta preta, e a bota que vai até a metade de sua coxa parece ser bem quente. Alaska estava linda, sexy e bem vestida.
— Que bom te ver aqui, baby-doll — o meu melhor sorriso desbrota, e ela nega com a cabeça.
— Você não se cansa de ser um babaca? — indagou, e aquilo pareceu um elogio.
— Entre — dei espaço, e ela mede o local com os olhos antes de entrar com sua imensa mala de rodinha — O que você carrega aí? Todo o seu ego? — perguntei ao fechar a porta.
— Não, as cabeças de caras que vivem dando em cima de mim — ela pisca, e aquilo soa como um charme, fazendo-me rir com a piada.
— Você está gostosa — desço o olhar para os seus peitos, apenas para provocá-la, pois ali não conseguia ver nada.
— Onde eu vou dormir, Bieber?
Engoli em seco, tinha medo que fosse embora após minha resposta.
— Comigo... — antes que ela pudesse continuar digo: — Eu durmo na sala de você preferir — quando percebo que fui muito desesperado continuei: — Sem pressão, você vai acabar gemendo em cima de mim de qualquer forma — coloco apenas os dedos dentro da jeans, erguendo um pouco o rosto.
Ela morde a bochecha do lado inferior, em seguida aperta os dentes com raiva, percebo o movimento contra a boca.
— Eu durmo no sofá — ela olha ao redor, e eu me sinto um pouco envergonhado com a simplicidade. Alaska deve ter conhecido meio mundo, creio que está frustrada com os móveis de preço baixo. — Deus sabe quantas meninas já gozaram na sua cama — ela joga no sofá, se abrindo nele — Até que é confortável... —completou.
— Na verdade... — andei até a sua frente — eu só como as meninas no sofá, nunca as deixaria dormir no local que eu durmo. — ela levanta rapidamente, se limpado — E não sou só eu que como as meninas no sofá, também tem o Chris e o Alex...
— Vocês são nojentos — ela quase grita, e eu rio.
— Me acompanhe — digo, e Alaska inclina a mala para vir juntamente. Dobrei um corredor, abrindo a minha porta do quarto. Continha uma cama de casal, um guarda-roupa preto ao lado, e as paredes repletas de posters da playboy e desenhos que eu havia feito, sem contar discos de bandas e letras compostas.
A boca dela se entreabre ao ver tudo aquilo; me retraio ao pensar que ela apenas se focou as mulheres peladas, porém Alaska estava olhando mais do que isso. Seus olhos não se desfocavam dos desenhos, das capas dos discos. Ela bateu seu ombro aos meus ao entrar, e então, parecia tão fascinada que nem ao menos falou nada. Peguei sua bagagem e a deixei próxima ao pé da cama enquanto ela passava seus dedos delicados pelos papéis.
— Você desenha? — finalmente falou algo depois de um tempo, e eu soltei um suspiro.
— Sim. Tenho um trampo de tatuador todos as segundas, terças e quintas. — caminhei até ela, ficando alguns passos atrás para observá-la.
— Você trabalha além da mecânica? Que legal — suas últimas palavras desapareceram no tom tão baixo, e eu me impressiono em ter ouvido.
— Era só um hobbie até uns caras verem minha arte. Fui contratado no mesma hora e recebi tratamento vip de como executar uma tattoo.
Quando ela se vira, a calmaria já não habitava seus olhos, parecia que toda aquela conversa fora jogada em um buraco, fazendo com que minha feição mudasse na mesma hora. A sua voz aveludada se torna seca ao dizer:
— Vou sair. Beber alguma coisa. — passou por mim, e eu tento acompanhá-la, confuso com a troca de humor.
— Onde você vai?
— E eu sou sua propriedade?
Fiquei em silêncio, pisando duro até ela, sem entender absolutamente nada. Ok, ela estava jogando seu jogo, e eu iria entrar e acabar com todas suas esperanças.
— Certo, não se esqueça de sua bolsa — girei os calcanhares, começando a retornar para o meu quarto.
Ela interrompe o passo, se virando para mim.
— Você não se importa?
— Não. Você não é nada minha, só estamos em uma aposta — tornei a olhar para ela, que ergue as sobrancelhas com minhas palavras, em seguida, fecha a porta.
Desgraçada. Ela realmente acha que me importo com que irá fazer? Essa merda de humor que vive mudando me incomoda, normalmente, já me acostumei com isso em outras garotas, mas Alaska consegue extrapolar os limites. Desde aquela noite jurei a mim mesmo em minha cama que nunca mais me irritaria, que nunca mais bateria em ninguém, e hoje mesmo quebrei meu paradigma.
Adentrei o quarto de Chris, e a primeira pessoa que vi foi Alex. Ele estava sentado na cadeira da escrivaninha com as pernas apoiada na mesa do notebook, totalmente despojado, sem camiseta, apenas uma bermuda. Ao me ver, ele deixa aquela risadinha irônica se espalhar pelo seus lábios, era óbvio que havia escutado toda a minha conversa com Alaska.
— Cara, você está tão na dela...
— Vai tomar no cu — gritei, fazendo Chris resmungar, Alex se encolhe.
— Então tá bom — voltou a olhar para a tela luminosa.
— Eu preciso provar que não ligo para ela.
— E você liga?
— Mas é claro que não. Da mesma forma, acho que ela pensa que eu me importo, mas não me importo — ele me olha confuso, o que eu disse não foi claro — Só quero comer ela.
— Então come outra menina para provar a ela que não se importa.
•••
Do outro lado da calçada, observo as luzes fluorescente piscar uma após outra. As ruas asfaltadas cobertas por neve não fora um obstáculo para todos os jovens daqui irem a balada mais próxima. De uma forma ou outra a bebida e droga sempre vencia. São poucas as vezes que o Red Carpet fica vazio, essa é a boate mais frequentada por todos aqui, e isso se deve ao fato das bebidas serem extremamente boa, de ótima qualidade. E, o que mais me impressiona é: por mais que eu venha aqui todo o final de semana, sempre há carne fresca. Opto por sempre foder com as mulheres que não conheço, e, quando realmente não há opção agradável, deixo com que as outras provem novamente o meu gosto. Não faço questão de lugar, porém sempre escolho a dedo quem irá me acompanhar na noite. A felizarda nunca recusa, elas se sentem como um prêmio, como se eu sempre a desejasse. Mesmo que eu não as ligue no dia seguinte, e as expulse pela manhã, quando eu volto nos sábados e domingos elas sempre voltam aos meus pés, ignorando o coração partido.
O ar branco que saia da minha boca começou a diminuir ao entrar dentro do local. O cheiro de álcool, droga e suor já não é mais novidade, já havia se tornado o aroma peculiar dali. Impressiono-me com as pessoas que estavam esperando na fila lá fora, e me orgulho por ser tão respeitado e poder ultrapassar todos eles com um belo dedo do meio imaginário. Alguns me mandam ir me foder, já outros conhecem minhas origens e o que causou minha ‘má fama’ aqui. Todos acham que me orgulho por ter essa patente, contudo, ninguém sabe –além de Alex– o quão mal me sinto por aquela noite.
— Qual será a de hoje, fodão? — riu Camila, começando a preparar o meu drink.
— Nem sei, viu, Cami. — neguei de leve com a cabeça, jogando-lhe meu charme.
— Nem vem, Bieber. Tenho namorado, e você sabe que o Trent não atura suas gracinhas — ela revira os olhos.
— Mas eu não fiz nada — coloco a mão no peito, referindo a mim mesmo — E outra, o Trenton é meu amigo, pô. É meu chefe lá no estúdio. — dou risada.
— Fez sim. Esse seu sorriso é típico, qualquer garota se desmorona, ainda mais quando... — ela foi interrompida por uma garota que se joga no balcão, rindo e se embolando ao dizer:
— E aí, gracinha. Me vê mais um desse negócio que você meu deu?
Esquivo-me ao ver seu estado, ela batia em mim freneticamente enquanto pulava em sintonia a música, mas quando percebo que atrás daqueles fios loiros era Alaska me encolho um pouco, desviando o olhar para a pista. Ela agarra seu copo, e, quando se vira, seus olhos se encontram aos meus.
— Que porra, Bieber. Você não cansa de me seguir? — ela grita, e eu creio que não era por conta da música, e sim por raiva.
— Eu não estou te seguindo baby-doll — desabrocho um sorriso, e ela, como se costume, me lança sua desdém.
— Vá se foder. — disse, se virando e partindo para o mar de gente.
— Wow... — Cami volta a me olhar, e eu me pego encarando o fundo do meu copo cheio — Se sentindo ofendido porque a menina te rejeitou?
— Faz o favor, eu sou a porra do Justin Bieber — me gabei, sem tirar o sorriso do rosto.
— Ela não parece ter se derretido com esse seu sorrisinho — jogou a verdade em meu rosto como um balde de água fria — Está ofendido, é?
— Claro que não. Já fui rejeitado várias vezes — dei de ombros, pressionando a borda do copo contra os lábios.
— Na quarta série não conta — ela ri — Você também é idiota. Está dando em cima da Alaska Collins.
— Como você sabe o nome dela? — inclino-me para enxergá-la melhor.
— Porra, Bieber. Você não conhece a Alaska Collins? — minhas sobrancelhas se juntam, e ela continua: — Ela é filha da Candace Collins, que faz aqueles filmes fodas tipo: ‘Matar ou morrer’, ‘ CSI Atlanta 2’ e etc. Alaska é aquela garotinha que tem uma puta voz e já fez uns filmes legais, tipo ‘ABC do amor’.
Engasguei-me com a bebida.
— O que?
— Você não percebeu? Eu realmente não deveria ter me mudado para essa cidade, que gente desatualizada — enquanto ela falava a minha mente martelava forte — Como você a conheceu?
— Aqui mesmo. Ela está passando uns dias na minha casa por conta de uma aposta. — tentei afastar a imagem da garotinha loira por quem eu era apaixonado quando assistia a televisão ligada no ‘The Voice Kids’.
— Que foda! — Cami responde, e então sai de perto quando é chamada por um homem há alguns passos de mim.
Viro-me para pista, bebericando o meu copo com coquetel e observando meticulosamente as garotas com roupas curtas, e caras que a secam o tempo todo, até que meu olhar cai sobre uma ruiva de olhos castanhos. Ela seria o meu prêmio por ter passado alguns dias sem foder nenhuma garota. Aproximo-me com gentileza, dançando suavemente, e começando a sentir o pequeno efeito que o álcool estava causando. Ela percebe minha presença, parecia que seus olhos transbordavam desejo quando me mediu de cima a baixo. Continuei a encarar seus seios fartos e as coxas imensas. Com toda certeza malhava, por isso era extremamente gostosa. A música se intensificou, e o suor já começara a escorrer por sua tempora. Tratei de chegar mais perto, cansado daquele jogo de sedução. Quando nossos narizes se tocaram era inevitável não querer atacar aqueles lábios carnudos.
O beijo foi feroz, ela me puxou para mais perto, e eu agarro em sua bunda com força. Sua língua lutava contra a minha, e eu não estava conseguindo acompanhar a sua dança.
— Qual é o seu nome? — consegui sussurrar no pé de seu ouvido, percebendo que se arrepiou, portanto, trato de afundar mais ainda sua bunda contra minha mão.
— Isabella — sua voz soou doce e instigante.
Isabella se vira e rebola em meu pau, pressiono mais, sentido o amigo ficar duro. Ela estava gostando da situação, e parecia estar ficando molhada com aquele minishort. Enquanto ela se esfregava contra o meu corpo e eu aproveitava cada espaço para sentir sua pele. Algumas pessoas esbarravam em nós, e, quando parei para olhar ao meu redor, o que a garota fazia em mim era decente perto das outras. Todos já estavam pra lá de bêbados, e isso se devia ao fato de se passar da meia noite.
Vejo ao longe Alaska, beijando um homem de uma forma tão intensa que senti inveja por não ser eu. Quando se afastam, ele a encoxa, então seus olhos dançaram pela multidão e cai sobre mim. Um sorriso malvado se formou em seus lábios, ela havia me visto antes de eu vê-la, por isso estava com aquele homem. O mesmo sussurra algo em seu ouvido fazendo-a se inclinar para frente para rir, forçando mais sua bunda no pau dele. Ela estava na mesma posição de Isabella, só que mais confiante de seus atos.
Bato na bunda de Isabella, fazendo um estalo alto que acaba sendo abafado pela música alta. Puxei-a novamente para virar pra mim e a beijo com força. Ela não entende de início, mas logo se acostuma. Era impossível não manter meus olhos abertos para lançar a Alaska o meu olhar, e ela nos observou com os dentes trincados.
— Precisamos ir, não aguento mais ficar aqui. — segurei no queixo da garota para afastarmos.
— Você tem um lugar, gato?
— Tenho sim — seguro-a mais firmemente na mão, tirando-a dali.
Quando saio do lugar que cheguei a menos de vinte minutos, arrasto Isabella por quarteirões. Parecia que a garota estava no cio, pois toda hora me parava para socar a língua em minha garganta, ou para tocar no meu pau. Na quarta vez que a interrompi para continuar a andar, ouvi passos de salto atrás de mim. Uma risada estridente soou, e eu sabia de quem era. Tratei de segurar Isabella com mais força impedindo que aquele surto bêbado continuasse, e evitando ao máximo que seus dentes em meu lóbulo não enfeitiçasse-me.
Ao ver a entrada do meu apartamento, dei graças a Deus. Subi as escadas com pressa, e continuei a ser ligeiro ao ouvir novamente a risada de Alaska e murmúrios do cara que a acompanhava. Girei a maçaneta, sendo engolido pela escuridão da sala. Seria ali mesmo; eu estava com o pau estralando.
Isabella pressiona seus lábios aos meus e eu a jogo com brutalidade no sofá, ela pinga e para, estática. Desabotoo minha calça, e tiro minha jaqueta, seguida pela blusa de baixo, ficando seminu. Ela já começara a tirar sua camiseta e deixou caminho andado quando jogou o sutiã no meio da sala. Tratei de ficar dentre suas pernas, pressionando meu pau em sua calcinha. Isabella me puxa para um beijo, e eu estico a mão para encontrar minha caixinha de camisinha que sempre deixava em um local fácil para quando estivesse nesses momentos. Ao tocar na embalagem metálica, ouço os murmúrios do lado de fora, que me fez descolar meus lábios dos dela e fingir ignorar as pessoas lá fora. Quando a porta da frente foi aberta e fechada, as mãos de Isabella hesitou em minha bacia, e o som das bocas era extremamente desagradável. Alaska passa por nós tropeçando e rindo; quando vejo seu rosto com a meia luz do poste que refletia dentro do local, percebo que ela me lança um olhar divertido, como se me desafiasse.
Rasgo a embalagem com os dentes, colocando em meu pênis. Escuto as roupas sendo tiradas no corredor, ela nem se deu o trabalho de ir ao meu quarto, e se fosse, eu iria ficar muito puto.
— Quem são eles? — Isabella perguntou baixinho, assustada.
— Uns amigos, não se preocupe. — dei-lhe um selinho, e ela relaxa.
Afasto sua calcinha com os dedos e sinto o líquido pegajoso de sua excitação. Penetro com facilidade por conta da lubrificação que ela mesma causou, e o gemido alto de Isabella invadiu o local. Ela não é apertada como as outras, com toda certeza já passou na mão de vários caras, de qualquer modo eu não ligava. Precisava me sentir dentro de alguém. Agarro seus seios, e aumento a velocidade, o que ocasiona o aumento de seus gemidos. Meu prazer estava alto, mas já esteve melhor. Ela estava enlouquecendo, agarrando o sofá e gritando, implorando por mais.
Logo os gritos de Isabella se juntaram com o de Alaska. Consigo ver de forma embaçada os seus seios pulando enquanto uma de suas pernas estavam erguidas para melhorar a penetração. Meus dedos afundaram nas coxas da morena, e parecia que cedo ou tarde ela gozaria. Alaska e Isabella pareciam estar disputando quem mostrava estar mais satisfeita, e com toda certeza Isabella estava na frente. Seus olhos estavam fechados com tanta força que formava ruguinhas, e os nós de seu dedo ficavam brancos. Senti uma onda se expandir em meu interior e todo o meu líquido ser jorrado para dentro da camisinha.
Os gritos de Isabella se acalmou aos poucos, e eu me jogo para o outro lado do sofá, sendo obrigado a atuar os gemidos de Alaska que logo se acalmaram também.
Então, o silêncio tomou conta de uma forma tão bruta que fez com que meu corpo doesse. Ouço Alaska e o suposto cara conversarem algo baixinho, após isso, as roupas masculinas estavam sendo recolhidas.
— Acho que está na hora de você ir... — digo baixo, para Isabella.
— Mas já?
— Sim, amanhã acordo cedo para trabalhar — fitei o teto por um tempo, até me empertigar e vestir minha box.
Ela respira fundo, e seu peito parece que iria explodir pelo ar que sugou. Fico olhando enquanto Isabella vestia sua roupa, e, novamente a luz do hall de fora entrou e saiu rapidamente da sala quando o homem que acompanhava Alaska zarpou.
Bati de leve na estante da frente, tocando no controle da televisão e no cinzeiro, encontrando o maço. Tiro um tubinho e deixo entre os dentes, acendendo e tragando forte.
— Vou deixar o meu número aqui — Isabella fala, e eu solto o ar dos meus pulmões em forma de fumaça.
— Não precisa. Apenas vá. — coloquei um braço atrás da cabeça, usando-o como travesseiro enquanto deixava o cigarro entre os dedos.
Ela não questiona, apenas agarra sua bolsinha e se vai.
Novamente, o silêncio. Conseguia ouvir a respiração de Alaska do outro lado da sala. Vejo seu corpo se levantar depois de um tempo, e adentrar no banheiro. Não perco tempo em apertar a bituca na madeira da frente e seguir seus passos.
Antes de abrir a porta, ouço a encanação reclamar e a água caindo sobre o piso. Entro, e a primeira coisa que vejo naquele lugar pequeno são suas roupas jogadas no chão, menos sua calcinha e sutiã. Abro o box de vidro filmado, e me dou de cara com seu corpo pequeno sendo encharcado pela água que caia. Seus olhos me acompanham, e desviam para as tatuagens que completam cada parte de meu corpo. Ela abraça sua cintura, e morde o lábio inferior. Observo sua pupila se dilatar, e acredito que a minha fez a mesma coisa. Alguns respingos batem em meu peito, e eu aguardo os seus xingamentos; mas ela fica em silêncio.
Entro debaixo da água morna junto a ela, que pressiona o corpo contra o meu. Deixo meu queixo apoiado no topo de sua cabeça enquanto abraço-a de leve. Sinto a mistura de aromas: hortelã, perfume doce e nossos suores compilados. Ela estava completamente sexy com aquele rímel borrado abaixo de seus olhos e lingerie molhada.
Por que eu me sentia tão confortável naquela situação que nunca me ocorreu? Por que eu me sentia em casa?
Seus dedos finos dançaram sob minha tatuagem, e eu fecho os olhos, sentindo o momento.
— Por que você nunca me disse que é filha da Candace Collins?
Ela se enrijece.
— Porque nunca achei que... que fosse necessário — titubeou na fala, e eu me afasto um pouco para encará-la nos olhos, porém esta olhava ao piso.
Silêncio novamente; seus cabelos estavam em sua face, e ela já não me abraçava mais, apenas brincava com os dedos nervosamente. Suas bochechas estão coradas, os olhos não focavam em nada, o corpo completamente tenso.
— Por que você é assim? — soltei, eu havia segurado há muito tempo essa pergunta. Ergo seu rosto com os dedos, forçando-a a me olhar.
— Assim como? — seus lábios se movem lentamente, e fora impossível não encará-los por um tempo.
— Troca de humor muito fácil, imprevisível.
Ela suspira, olhando para os cantos.
— Sou um beco sem saída, Justin. Você não gostaria de se perder.
— Mas eu quero. — toco em sua bochecha, olhando tão profundamente em seus olhos que consigo distinguir sua íris. Ela se envergonha, e desvia rapidamente de mim, mas era impossível que eu fizesse o mesmo. Sou atraído a ela como um magneto.
Seguro mais firme em seu rosto, segurando-me para não beijá-la.
— Me deixe perder-me em você.
— Tenho coisas que seguro que não posso te contar.
— Você não precisa — balancei de leve a cabeça, tocando meu nariz ao dela.
Alaska fecha os olhos, e eu faço o mesmo, tocando nossas testas. A água cai sobre nossos rostos e contornam entre nossa maçã do rosto. Puxo-o para mais perto, e ela recua.
— Sou tão corrompido quanto você, baby-doll. Sou tão fodido quanto você — minha voz embarga.
— Você não pode me provar. Eu teria que ir embora.
— Eu não quero que você vá embora — murmurei, acariciando sua bochecha com o polegar.
— Então não me deixe ir.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.