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História Crawling Into the Unknown - Duas Simples Palavras: Parte II


Escrita por: lanastoltz e elevar

Notas do Autor


Olá, crianças! Tudo bem, tudo bom? 😊 Mais um capítulo pra vocês, meus pequenos. Neste terá uma pequena participação da banda favorita da personagem principal (que também é uma das minhas). 😄

HAPPY BIRTHDAY, BIG BAD BRAD!!!!! MEU URSÃO!!!!

Boa leitura, meus pequenos

Capítulo 5 - Duas Simples Palavras: Parte II


MIKE'S POV

 

- Meu Deus! — Emily exclamou, parando de andar no meio do estacionamento que eu estacionara o carro, me fazendo parar também e olhá-la com um ar de preocupação. 
- O que houve? — Perguntei, me aproximando a uma distância razoável, ainda a olhando preocupado. Seu olhar estava perdido em algum lugar no chão mais à frente do estacionamento. 
- Você... não tem ingresso. Como vai entrar? — Disse, levantando, finalmente, seu olhar para cima, encontrando o meu. Sorri aliviado. 
- Ah, isso? — Perguntei, voltando a andar, mas ainda a olhando. E, como se tivesse entendido meu gesto silencioso para que voltasse a caminhar, ela voltara.
- Esqueceu que sou Mike Shinoda? Com algum suborno e umas selfies, serei capaz de ficar na pista premium. — Disse, com um sorriso convencido nos lábios, olhando para frente dessa vez enquanto caminhava com Emily atrás. 
- Ah, é! Esqueci que você é o rei da cocada preta. — Disse sarcasticamente e, como eu não queria mais estresse na minha cabeça naquele dia em diante, então resolvi rir do seu comentário clichê. Com certeza ela rolara os olhos.
- Correção: rei da cocada branca. — Enfatizei a última palavra e começamos a rir. Quando chegamos em frente ao local do show, as pessoas já estavam entrando e já podíamos ouvir gritos eufóricos vindos do lado de dentro. Passamos sem problema algum pelos atendentes que recebiam os ingressos. Nada como umas boas selfies com o rei aqui. Mas Emily fizera questão de entregar seu ingresso, pois gastara toda a sua mesada — que não era nada pouca — com o ingresso mais caro. Ou seja, pista premium com direito a conhecer a banda pessoalmente depois da apresentação. Bem, Emily já conhece, mas sempre parece a primeira vez.
- Ai, meu Deus! Lá vem eles! — Disse euforicamente, me sacudindo pelo braço, já que eu estava ao seu lado, quando o primeiro dos quatro integrantes — o vocalista — aparecera, sendo seguido pelo restante, logo dando início à apresentação. Ri com sua reação. Emily cantava e pulava alegremente no meio de tantas pessoas. E eu era incentivado a fazer o mesmo.
- Aaaahh! Minha músicaaaa! — Por incrível que possa parecer, eu pude ouvir e entender o que Emily gritara ao meu lado.


Shut your mouth
'Cause I can see through the lies
We're only getting sicker
From the secrets we hide


Todos cantavam e jogavam os braços para cima de acordo com a música. Até eu!


Disaster is our master
As we lie here burning in bed
But something tells me
I cannot give up on you yet
I will not give up on you today


Se estava uma loucura, ficou insano quando o refrão chegou.


I will forgive and forget 
'Cause I know that it will set me free 
But all that's left
Is the emptiness inside of me
You murdered my heart
Broke my trust and watched me fade away
Now I see, now I see
That you're just as broken as me


- You're just as broken as me! — Repeti junto ao vocalista com Emily fazendo o mesmo, me olhando e sorrindo. Parecia gostar de saber que o tio também gostava da sua banda favorita. Eu sempre gostara.


You aways play the victim
And you just can't decide
If the vicious way we loved each other
Fucked up our lives


O vocalista desceu do palco e foi em direção do público, justamente para o local onde Emily e eu estávamos. A menina quase teve um piripaque.


When we're standing in the aftermath
Our emptiness is what's left
And if you really love me
Will you love me to death?


- I will love you until the end! — O homem colocara o microfone para nossa direção e nós — além de alguns fãs — gritamos no mesmo. Ele olhara para mim e pareceu me reconhecer, pois surgira um sorriso maior nos lábios e acenara com a cabeça em minha direção, se virando e caminhando para o palco, continuando a cantar em todo o trajeto.


I will forgive and forget
'Cause I know that it will set me free
But all that's left
Is the emptiness inside of me
You murdered my heart
Broke my trust and watched me fade away
Now I see, now I see
That you're just as broken as me


- You're just as broken as me! — O vocalista gritara, se curvando para frente, fazendo todos, todos, gritarem juntos.


I've been a slave
You've been a slave
I've been a slave to the hatred in you, in me
I see you're just as broken as me


- I will forgive and forget 'cause I know that it will set me free but all that's left is the emptiness inside of me. — Ele levantara o braço, erguendo o microfone para o público os deixando cantar boa parte do trecho e depois levara o objeto novamente à frente de sua boca, gritando as últimas cinco palavras. Olhei para Emily e notei seu semblante molhado. Ela estava chorando de emoção. E quem não se emocionaria num show de sua banda favorita?


You murdered my heart
Broke my trust and watched me fade away
Now I see, now I see
That you're just as broken as me


- You're just as broken as me! — Berrou no microfone, cantando normalmente — como na versão de estúdio — em seguida. 
- ... just as broken as me. — Emily, e toda a multidão ao redor, gritaram eufóricos após o término da música. O show foi seguindo com várias outras músicas de sucesso daquela banda. Eu admito, eu sempre gostara daquela banda desde que ouvira pela primeira vez uma música dela na rádio, há uns dezesseis anos atrás.
- Los Angeles! — O vocalista gritara após a última música. A multidão e Emily gritaram eufóricos em resposta. Inclusive eu.
- Vocês foram incríveis essa noite! — Mais gritos. 
- Mal posso esperar pra tocar nesse palco novamente, pra esse povo maravilhoso! Nós te amamos, L.A.! — Nem preciso dizer que o público foi ao delírio, não é mesmo? Até eu! Eu parecia um adolescente rebelde em meio de tantos outros.


[...]

 

- Ai, estou tão nervosa. — Emily dissera enquanto caminhávamos pelo corredor que dava acesso ao local onde os integrantes da banda estariam dando autógrafos e tirando fotos com os fãs que adquiriram o ingresso mais caro das três opções de compra. Dei um meio sorriso com sua revelação. 
- Você já devia estar acostumada com esse tipo de coisa. — Disse, avistando um agrupamento de pessoas no final do corredor. Com certeza eram os fãs. 
- E estou acostumada, mas não com o P-Roach. Já fui à M&Gs de várias bandas como Shinedown e Thirty Seconds to Mars, mas sempre que vou à um deles eu fico meio perturbada da cabeça. — Disse, apontando o indicador em direção ao grupo de fãs, como se estivesse indicando os integrantes da banda, em seguida pondo uma mão na cabeça ao pronunciar a última parte da frase. Ri do seu gesto. 
- Meio? — Falei e gargalhei dessa vez. Emily me fuzilou com o olhar. 
- Se você fosse outra pessoa, eu arrancaria sua cabeça fora com um único golpe de uma única mão. — Ri mais ainda de sua suposta ameaça e disse:
- Seria a mesma coisa, já que a personalidade seria a mesma. — Emily revirou os olhos e nada disse até chegarmos em nosso destino.
- Onde estão os meninos? — Emily perguntara à uma fã assim que paramos ao seu lado. A menina estava recostada na parede mexendo em alguma rede social no celular e vestia uma camiseta da banda, assim como Emily.
- Ainda estão se aprontando no camarim. Estão tirando a essência natural pra não nos envenenar quando formos abraçá-los. Como se fosse adiantar de alguma coisa. — A menina dissera com um por cento de malícia na voz, erguendo seu olhar para nós na última frase. Pareceu que a garota fora para outro planeta e vira um extraterrestre quando ela pôs os olhos em mim. Emily olhara dela para mim e rolara os olhos com desdém. Parece que encontramos uma fã da minha banda. 
- M-M-Mike S-S-Shinoda? — Sorri e Emily dissera com ironia antes que eu emitisse alguma resposta:
- Não, é o Mestre dos Magos, só que sem magia.
- Meu Deus, Mike Shinoda está aqui! — A menina nem sequer dera atenção ao que Emily dissera, falando alto o suficiente para que as outras pessoas ao redor logo ouvissem e se aproximassem para tirarem selfies. Às vezes é difícil ser Mike Shinoda.
- Eu esperava ter, no mínimo, umas dez pessoas aqui hoje. Agora não vir ninguém já é maldade total. — Ouvimos um dos integrantes dizer ironicamente, mas com ar de brincadeira, ao ver os fãs agrupados num canto tirando fotos comigo. Assim que os fãs ouviram aquela voz, logo me abandonaram como se eu fosse um Zé Ninguém e correram em direção aos caras que já estavam sentados em seus lugares para darem autógrafos.
- Não é nada disso, Jerry. É que a atração principal já não proporciona mais oxitocina nas fãs. — O vocalista dissera com um pequeno sorriso olhando para mim de braços cruzados enquanto eu me aproximava com uma Emily quase em transe ao meu lado, entrando na brincadeira do amigo guitarrista, logo arrancando risadas dos outros três. Além dos fãs e eu, é claro. 
- Que bosta, cara. — O baixista dissera e todos riram novamente. Após risadas e alguns autógrafos e selfies, todos descontraíram jogando conversa fora. Um fã dissera que veio do interior do Nebraska pegando carona nas estradas apenas com o ingresso, a roupa do corpo e a mochila com a muda de roupas que ele estava usando no show e coisas de banho como um sabonete líquido, shampoo, creme para pentear e um frasco de perfume. Além do dinheiro para se alimentar. Todos ficaram impressionados com sua coragem de se aventurar num mundo tão perigoso que é esse que vivemos. Quando a hora de ir embora chegou, todos os fãs foram, ficando apenas Emily e eu com a banda. Emily parecia a menininha de há dez anos atrás: meiga, falante, amigável, muito simpática... Bem, simpática ela sempre fora, só que agora é um pouco menos. 
- Pois é, cara. O Shinoda aqui estava quase pondo os bofes pra fora no vídeo que saiu na TV hoje mais cedo. — O baterista dissera apontado o polegar em minha direção enquanto falava, se referindo ao meu ataque no hospital. Eu não acredito que filmaram. O povo não perde tempo mesmo.
- É, eu vi. Shinoda doidão. — O vocalista dissera e rira, fazendo os outros rirem, inclusive eu. Bem, eu me esforçara para rir.
- Tio Mike teve motivos para "ficar doidão". — Emily interrompera as risadas, fazendo aspas com os dedos. Pelo tom de sua voz, ela estava séria.
- Estão vendo isso aqui? — apontara para o inchaço acima da sua sobrancelha direita — Eu bati a cabeça hoje de manhã e a primeira coisa que esse doidão aqui fez foi me levar à um hospital. — Os outros homens se entreolharam e depois olharam para mim, em seguida para Emily quando a mesma voltara a falar.
- E sabe o que encontramos quando chegamos ao tal do hospital? — O vocalista e o baixista balançaram a cabeça negativamente em uma resposta muda de que não sabiam. Eu apenas observava.
- Várias pessoas doentes e nenhum médico para atendê-las. — O guitarrista erguera as sobrancelhas em sinal de surpresa ao ouvir o que Emily dissera. 
- Ficamos quase duas horas naquela espelunca, à espera de algum médico me atender e nada, daí o motivo do doidão aqui enlouquecer. — Emily disse, pondo uma mão em meu ombro e me balançando de leve, me fazendo sorrir levemente.
- Mas, cara, não precisava disso. Lá é um hospital. — O baterista dissera e Emily sorriu.
- Foi exatamente isso que o médico disse depois que finalmente resolveu aparecer. Mas não usando as mesmas palavras, claro.
- Mas mesmo assim. Cara, você parecia um doido. — O vocalista dissera, olhando para mim dessa vez, e quando me prontifiquei para dar uma resposta, Emily logo tomou minha frente.
- Tenho certeza que se algum filho de vocês estivesse nas últimas em um hospital que não há nem um médico para atendê-lo, vocês fariam o mesmo. — Os homens concordaram prontamente, a olhando. Emily manteve um sorriso satisfeito nos lábios. Meu sorriso, apesar de ser despercebido por eles, era idêntico ao do Coringa tamanho orgulho que sentia por Emily ter tomado minhas dores, apesar de que não era preciso já que eu sabia muito bem o que dizer em situações como essa. Não que eu já tenha passado por uma antes.
- Todos temos um lado perturbado, só esperamos o momento certo para expô-lo. — Disse e deu uma piscadela para os homens presentes, os fazendo sorrir.
- Então todos os momentos são certos. — O guitarrista comentara e todos olharam em sua direção, confusos.
- Como assim? — Perguntei e ele sorriu.
- Esse ser aqui está sempre, sempre, pondo seu lado perturbado pra fora. — Ele respondera, bagunçando o cabelo lotado de laquê do vocalista. Ao entendermos o que ele realmente quis dizer, caímos na gargalhada, fazendo aquele clima tenso que formara enquanto Emily fazia seu discurso em me defender evaporar.


[...]


Estava um silêncio incomodador no caminho de volta para casa. Emily, que estava com a cabeça recostada no banco e o olhar para fora da janela, começara a cantarolar baixinho uma música da sua banda favorita para quebrar o próprio silêncio e eu sorri observando a pista à frente.
- ... You murdered my heart, broke my trust and watched me fade away, now I see, now I see that you're just as broken as me.
- Musiquinha pegajosa. — Comentei, virando à direita em uma rua menos movimentada. Emily sorriu.
- Verdade. — Disse, virando a cabeça em minha direção, — sem desencostar a cabeça do encosto do banco — suspirando ao voltar seu olhar para a rua. Olhei em sua direção pelo canto de olho e finalmente coloquei para fora o que estava entalado em minha garganta.
- Obrigado por aquilo lá no M&G. — Percebi Emily me encarar com surpresa no olhar. Talvez não esperasse por isso.
- Considere isso como uma retribuição por ter me socorrido hoje de manhã. — Disse sorrindo e virando o rosto de volta para a rua. Balancei a cabeça negativamente, o sorriso sem mostrar os dentes no rosto. 
- Tio Mike. — Ouvi sua voz após algum tempo e a respondi sem tirar os olhos da rua.
- Sim.
- Por quê você estava estranho hoje, lá no hospital? — Perguntou e a olhei, encontrando seu olhar.
- Você sabe o porquê de eu ter estado estranho hoje de manhã. — Disse, voltando meu olhar para a rua. Ela sabia muito bem o porquê de eu estar todo estranho naquele dia de manhã. O mundo todo já deve estar sabendo à essa altura. 
- Não sobre o ataque, tio Mike.
- Sobre o quê, então? — Virei o carro na rua da minha casa. Finalmente. Emily suspirara, impaciente. 
- Sobre você ter ficado estranho comigo o dia inteiro. — Emily me encarava, esperando uma resposta de minha parte, mas bufou segundos antes de eu virar na entrada da garagem e entrar com o veículo na mesma. Se ela não estava falando do meu surto, do que exatamente ela falava? Eu realmente estava muito confuso. Saímos do carro e segui para dentro de casa, sendo seguido por uma Emily bufante. O que há de errado com essa criatura? Ou melhor, o que há de mais errado com essa criatura?
- Eu preciso saber, tio Mike! E você tem que me contar! — Exclamou, me fazendo parar de caminhar e fechar os olhos. Eu já estava perdendo a paciência com a bipolaridade desse ser. Acho que ela esquecera de tomar os remédios.
- O que você quer que eu diga, garota? O quê que eu tenho que contar? Você já sabe de tudo! Para de me infernizar que já estou por aqui contigo! — Me alterei e Emily me encarara com os olhos levemente arregalados. Eu juro que me arrependi de ter gritado com ela, apesar dela ser o que é. Eu jamais gritara com alguma mulher antes, até mesmo discutindo com minha esposa. Continuei a encarando e só virei as costas quando ela fechara os olhos, se segurando para não dizer baixarias que eu sabia que ela diria. 
- Eu só queria saber o que eu disse ou fiz quando bati a cabeça pra você ter ficado me encarando daquele jeito em silêncio, me fazendo sentir a pior pessoa do mundo. — Parei bruscamente de andar, olhando para frente, sentindo o peso daquelas duas simples palavras que ela dissera naquela manhã caírem como uma bigorna em minha cabeça. Então era sobre esse ocorrido que ela estava falando o tempo todo? Eu estava tão distraído naquela noite que havia esquecido completamente daquelas duas simples palavras. Agora vai levar quase uma eternidade para esquecê-las novamente.
- Mas pode deixar. Não precisa dizer mais nada. Vou dormir que amanhã tenho trabalho de casa pra fazer. Tenha uma ótima noite! Esquisitão. — Falou, passando por mim, fazendo questão de esbarrar o ombro em meu braço, me deixando com cara de bunda mole na cozinha. Amanhã será um longo dia...


Notas Finais


Posso dizer? Eu AMO Papa Roach! 💙 Acho que já deu pra perceber. 😅

Música do capitulo: Papa Roach - Broken As Me https://m.youtube.com/watch?v=QgKkKhWtzrI

Obrigado por ler! 😊 Até o próximo, meus pequenos!

Dêem uma olhadinha na playlist oficial da história no 8Tracks: https://8tracks.com/roacher/crawling-into-the-unknown


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