História Crazy In Love - The death

Eu odiava aquele homem, odiava e o amava, mas tudo tinha que chegar ao fim, pude ter achado um dia que tudo seria pra sempre, mas nada não passou de ilusão.

Depois que sai da boate vim direto pra casa, meu celular tocava sem parar, mas eu não me importava, estava ocupada demais sentada na varanda olhando pro céu.

Ouvi a porta bater e já era mais de 1 da madrugada, não  me importei em saber quem era, minutos depois eu já sabia quem era sem nem mesmo olhar pra trás.

-Pelo menos você tá viva- Alex disse se aproximando

-É o que parece. - sorri sem vida

-Aconteceu alguma coisa? A gente ficou preocupado - ele disse se referindo a ele e os meninos.

-Não é nada, só não me senti bem. Será que você pode ligar pro Brendon e pedir pra ele vim aqui? Queria conversar com ele.

Ele não disse nada, apenas se levantou e saiu. Brendon era o único que me entendia em relação ao Justin, Jeck nunca entenderia e Alex nem o conhece, eu sentia que precisava conversar com alguém sobre isso, eu não tinha mais nenhuma das minhas amigas então ele era como o meu porto seguro agora, Justin tem o Ryan então Brendon é o meu Ryan, eu sei que posso contar com ele sempre que  precisar.

Alex demorou pra voltar, mas voltou com duas xícaras de chocolate quente e um cobertor.

-Sabe que pode conversar comigo sobre o Justin não sabe?

-Pra você encher meu saco depois? - perguntei arqueando a sobrancelha.

-Emma, eu brinco com você porque eu quero ser seu amigo. A gente mora junto, não quero manter aquela pose de chefe e empregado, você é minha chefe fora daqui, você passa mais tempo comigo do que com qualquer outra pessoa.

-Não ligou pro Brendon não é?

-Não - ele negou e riu

Fiquei o encarando e eu realmente não tinha nada o que perder, podíamos ter uma relação legal se eu desse um pouco de liberdade pra ele, estamos sempre tão ocupados com trabalho e ele é a primeira pessoa que eu vejo quando acordo.

-Ele me pediu em casamento e eu me senti a pessoa mais sortuda do mundo, a gente tava feliz, quase não brigávamos e tínhamos uma filha linda, então Victória voltou disposta a acabar com tudo e só ele não via, eu avisei muitas vezes pra ele, mas não adiantou porque uma semana antes do casamento eu peguei eles dois na cama juntos e agora ele simplesmente me chama pra conversar e dizer que ficou com outra pessoa, é como se tudo tivesse acontecendo de novo, como se ele tivesse me traindo mais uma vez.

-Você ainda o ama, não vai deixar de gostar dele do nada, todos sabem a fama que ele tem e porra o cara te pediu em casamento, é óbvio que ele ama você também...

-Ele me traiu Alex. - o cortei.

-Isso não quer dizer que ele não te ama Emma, pode ter sido um deslize, algo feito sem pensar, um momento, não é certo claro, mas isso não significa que ele te iludiu esse tempo todo, só pelo fato dele ter te contado que ficou com outra pessoa significa muito, ele ainda sente algo por você assim como você sente por ele.

-Ele nunca vai sentir o que eu sinto, porque eu nunca o trai.

-Não, ele não vai sentir o que você sente, ele vai se sentir ainda pior por ter perdido alguém como você.

-Se eu sou tão incrível assim porque ele fez isso?

Eu me perguntava isso todos os dias, porque o Bieber sempre diz que me ama, que se arrependeu isso e aquilo, mas não tem um porque dele ter feito isso.

-Eu nunca vou saber te dizer o porquê disso, mas eu sei que você é linda e vai encontrar alguém que te mereça. - Alex segurou minha mão e me mandou um sorriso de conforto

-Depois do Justin parece que meu coração congelou. Já são 4 meses e eu não consigo olhar pra outra pessoa.

-Isso se chama amor Emma Lancaster.

-Amor é uma droga. - disse e ele riu.

-Realmente é uma merda.

Alex ficou olhando pro céu e parecia estar pensando em algo então nessa hora eu percebi que ele já tinha sofrido por amor.

-Algum já machucou você também. - disse com toda certeza

-Alguem já me deixou sem chão no sentido ruim. - ele sorriu de lado.

-O que aconteceu? - fui curiosa

-A uns 3 anos atrás eu conheci uma garota e...

Quando acordei no outro dia Alex estava jogado do meu lado na cama, a gente ficou até tarde conversando e ele pegou no sono ali mesmo.

Tentei me levantar sem acorda-lo, mas não consegui, ele acordou antes mesmo que eu saísse totalmente da cama.

-Bom dia - tentei ser simpática

-Você me acordou, não tem nada de bom nisso.

-A foi mal.

Entrei no banho e me sentei no vaso com preguiça até mesmo de escovar os dentes, com certeza seria um dia péssimo, eu podia sentir isso só pelo ar. Assim que sai do banho me troquei, Alex ia me levar na universidade e Brendon ia me buscar

Quando abri a porta do quarto sentir o cheiro de bacon, eu podia estar dando pulos de alegria, mas quando sentir o cheiro meu estômago revirou, fiquei com vontade de vomitar mas passou rápido.

-Fiz bacon - Alex disse parecendo feliz.

-To vendo.

Me sentei na mesa e o cara na minha frente me serviu, na primeira e segunda garfada estava tudo bem, mas na terceira meu esmago revirou mais uma vez e eu tive que sair correndo pro banheiro. Só tive tempo de levantar a tampa do vaso, foram jatos atrás de jatos saindo dá minha boca, senti as mãos do Alex segurando o meu cabelo e me senti envergonhada por ele estar me vendo assim.

-Acho que acabou - disse limpando a boca.

-Eu vou pegar uma água pra você.

Concordei com a boca e ele saiu, estava muito iludida quando disse que tinha achado que acabou, porque em questão de segundos voltou tudo de novo, era tanto vômito pra pouco bacon.

-Meu Deus você disse que tinha acabado.

Senti suas mãos na minha nuca e no meu ombro, acho que estava tentando me confortar.

-Eu achei que tinha acabado.

Bebi a água que ele tinha pego e tentei me recuperar sentada no chão do banheiro com um cara do meu lado.

-Quer tomar outro banho? Pode ficar em casa hoje...

-Eu tô bem, vou lavar o meu rosto e você vai se trocar, já tô atrasada.

Fiquei naquele chão por mais um tempo tentando  me recuperar, realmente não sei o que me deu, foi um enjôo e quando eu vi já tava colocando tudo pra fora.

Sai do banheiro e esperei o Alex na sala, quando ele apareceu eu quase vomitei de novo.

-Pelo amor de Deus Alex que cheiro é esse? - perguntei me afastando dele

-É meu perfume, você sabe.

-Que cheiro enjoativo, acho que eu vou vomitar de novo.

-Ta falando que meu cheiro te deixa com vontade de vomitar? - ele arqueou a sobrancelha.

-To, não precisa me levar, eu vou de táxi.

Sai do apartamento sem da tempo pra ele vim atrás de mim, tinha certeza que ia vomitar o que não tinha se ficasse muito tempo perto dele. Não demorou muito pra o táxi chegar e eu entrar nele, era mais um dia na universidade, mas uma manhã tentando ser alguém normal, alguém que eu realmente queria ser.

Maya não ia ficar comigo hoje porque tinha ido pra Atlanta com a Pattie, a festa dela é em poucos dias e eu ajudei ela a encomendar metade das coisas e organizar, mas ainda tinha dúvida se ia nessa festa, não me parecia ser uma boa ideia ficar perto do pai da minha filha agora, não na situação que a gente se encontra.

Via as garotas todos os dias na universidade, mas a Jessye se tornou uma completa estranha, passava por mim e fingia que nem me conhecia, Mary até dava um sorriso ou acenava, eu sabia que tinha caído de paraquedas na amizade das duas, mas não acho legal o que elas fizeram.

-Pensando em algo? -Brendon perguntou se sentando do meu lado no refeitório.

-Em como as pessoas mudam.

-Se te consola elas também não estão falando comigo.

-Juro que não entendo.

-Tem coisas que não são pra entender. Só tenta olhar essa situação de todas as formas, elas podem não ser tão ruins assim.

-Tem lado bom nisso?

-Se vocês ainda fossem amigas estaria escondendo um grande segredo delas e iria colocá-las em risco de qualquer forma.

-Assim como eu tô colocando você o Jeck e o Alex.

-Não, nós estamos no meio disso porque queremos, não por dinheiro, se fosse dinheiro você já estaria morta agora.

-Bom saber o quanto você me considera Brendon. - me fingi de ofendida

-Eu só quero dizer que a gente tá aqui pra você garota.

-Se não estivesse eu mataria você.

-Certo, eu vou pra aula e a senhorita devia ir até a infermeira.

-Alex te contou?

-Ele só estava preocupado e eu dou razão a ele. 

-Ele é exagerado.

-E você é teimosa. - ele disse e se levantou

Brendon não gostava de discussões em que não levariam a lugar nenhum e essa era uma delas,  porque eu realmente não ia no médico por conta de um enjôo bobo.

Andrew ia me buscar na universidade porque ia pro galpão,  ele estava progredindo com os negócios, negociando com o meu nome, marcamos encontros com investidores e ele vai no meu lugar, é tudo uma questão de segurança, não quero mostrar meu rosto e os meninos dizem que eu nem posso fazer isso, se vêem que eu sou pode ser perigoso, podem querer fazer algo comigo e no momento isso não é uma opção.

Quando sai da aula fui encontrar o Andrew, ele estava encostado no carro falando com uma garota que eu não fazia ideia de quem era, assim que me viu se despediu dela.

-Agora eu entendi porque você vem me buscar na universidade.

-Descobriu meu segredo.

-Sou boa em descobrir segredos.

Meu celular vibrou da minha mão tirando minha atenção do Brendon.

"Victoria não ganhou milhões, mas ganhou o Bieber.

                                       -P."

Tinha um link e eu cliquei, era uma foto do Justin e da Victória, eles estavam entrando em um café no centro da cidade, Bieber nunca me levou em um café.

-Estava com o Justin antes de vim pra cá? - perguntei pro Andrew.

-Sim, mas ele saiu. - ele disse simples

-Saiu com a Victória? - perguntei e ele me encarou.

-Como sabe?

-P não deixa nada passar. - mostrei o celular pra ele.

Ele olhou e riu, eu não entendia o que tinha de tão engraçado naquilo, pra mim era deprimente.

-Você está ferrada, P esfrega tudo na sua cara.

-Pois é.

Justin Bieber on.

A fixa estava caindo, todos os dias quando eu acordava a primeira coisa que eu fazia era ir até o closet e ver se as coisas dela estavam lá, mas nunca estavam e eu tive que lidar com o fato de que ela não ia voltar, eu fiz uma grande cagada e ela não iria voltar.

Victoria apareceu, ela colocou lenha na fogueira e sumiu, mas de alguma forma ela vai pagar, não vou perder minha mulher e vai ficar por isso mesmo.

Assim que sai de casa Andrew me ligou dizendo que tinha resolvido o que eu pedi, Victória estava sentada do meu lado no banco do carona me olhando com uma cara de cachorra de dar nojo.

-Soube que você já tá de peguete nova. - ela disse me encarando.

Eu não a conhecia como antes, mas sabia que uma hora ela ia perguntar e, foi até rápido demais.

-Como sabe disso? - perguntei

-As notícias correm.

-As notícias correm ou a língua do Ryan não cabe dentro da boca?- perguntei e ela desviou o olhar de mim.

-Não importa, vamos logo fazer a merda que temos que fazer.

Resolvi dá uma chance pra ela me ajudar, mas na verdade isso só vai fuder com a vida dele, ia colocar a vagabunda pra vigiar o Tyler, quero saber de tudo, não quis colocar ninguém da minha equipe então como ela é irrelevante vai ser ela mesmo.

-Só lembra que eu estou te dando uma chance pra trabalho, se eu precisar comer você deixe que eu vou atrás, não fica na minha bota porque a 38 tá sempre na cintura e você sabe que eu não pensaria duas vezes.

Emma Lancaster on.

Alex tinha novidades sobre P e quando eu tive noção do que era achei um absurdo, ele estava investigando o Justin porque achava que Bieber era um suspeito, isso nunca se passou na minha cabeça porque pra mim não tem como ele ser P, ele não seria tão cretino assim, não mesmo.

-Você não tá brava comigo tá? - Alex perguntou pela milésima vez depois que chegamos.

-Já tá tarde e eu não quero falar com você. - disse indo pro meu quarto.

Ele me seguiu e quanto eu fui fechar a porta do quarto ele colocou o pé e acabou entrando sem minha autorização.

-Emma eu só tô fazendo o meu trabalho.

-O seu trabalho? Você está acusando o Justin de querer me matar Alex- pra mim esse era o maior absurdo da história.

-Você me contratou pra descobrir quem foi e eu o considero um suspeito. Nunca passou pela sua cabeça que ele pode

estar envolvido?

-Não, claro que não. A gente ia casar Alex...

-Mas ele te traiu Emma, ele traiu você caramba.

Ninguém nunca tinha me dito aquilo, não daquela forma, ele literalmente jogou na minha cara que eu sou uma chifruda e isso me machucou.

-Sai do meu quarto- disse brava.

-Foi mal, eu não queria ter falado isso.

-Foi péssimo, sai daqui. Aliás sai da minha casa, eu não preciso mais de você, tá demitido. - eu estava irada

-O que? Você só pode estar louca. Eu não disse que ele é o culpado, eu só disse que eu o considero um suspeito, isso não quer dizer que ele te fez alguma coisa, mas você não acha estranho o fato do Justin estar sempre por perto e P saber de coisas que só vocês sabiam? Aliás P sabe de tudo, só uma pessoa muito próxima de você pode estar fazendo isso.

-Mas essa pessoa não é o pai dá minha filha Alex, não pode ser, ele não seria tão idiota assim.

-Tudo bem, pode ser que não, mas isso não quer dizer que eu não possa investigar todas as opções.

-Isso quer dizer exatamente isso, que você NÃO PODE investigar o Justin. - gritei a porte do não poder pra ele entender.

-Então o que eu tô fazendo aqui? Brincando de cuidar de você? Sendo babá segurando seu cabelo enquanto você vomita? Fazendo cafés da manhã pra você? Porque se eu tô ganhando pra isso eu não quero ficar aqui.

-Então vai embora, a porta tá aberta pra você ir a hora que quiser.

-Eu vou dormir, amanhã quando você estiver mais calma a gente conversa.

O garoto simplesmente saiu e bateu a porta, minha primeira reação foi chutar a parede de raiva o que não deu muito certo já que eu bati a merda do meu dedinho.

Eu estava literalmente muito ferrada, minha vida estava virando uma loucura, eu era respeitada pelos traficantes, ameaçava pessoas, eu não era a mesma de antes e sinceramente sinto saudades do que eu era porque estou caindo a cada momento me afundando em um poço bem fundo.

Acordei no outro dia e por incrível que pareça senti cheiro de café, Alex ainda estava aqui. Tomei um banho rápido e me vesti como estava me vestindo ultimamente, uma calça preta, jaqueta preta e um salto preto também, Brendon me chama de gótica e não discordo dele, me visto conforme o meu humor que nunca está bom.

Não sabia o que falar pro Alex, ele estava parado encostado no balcão com uma xícara na mão, assim que me viu seu olhar acompanhou meu corpo até chegar na cozinha.

-Ainda está aqui? - perguntei sem olhar pra ele.

-Disse que a gente ia conversar hoje.

-Mas eu não quero conversar Alex. - isso era mentira

-Você quer o que então? Que eu vá embora e te deixe aqui?

Ele parecia irritado, mas sempre mantinha os olhos em mim.

-Quero que você faça seu trabalho da maneira certa.

-E eu já não estou fazendo isso Emma?

-Não, você está culpando o meu ex noivo por uma coisa que ele nunca faria Alex.

-PARA - ele gritou.

Pude ver nos seus olhos o quanto ele se arrependeu por ter feito aquilo, mas o garoto estava ficando sem paciência e eu não podia culpa-lo por isso.

-Para tá legal, eu estou fazendo o meu trabalho, só quero achar quem tá te fazendo mal, mas se você quer que eu vá embora, mas eu não vou.

-Porque não?

-Porque eu não sou como ele- Alex disse bem mais próximo do meu rosto. - Eu jamais deixaria você passar por isso sozinha.

-Você mal me conhece Alex, nada te prende aqui.

-Você me prende aqui, nenhum ser humano merece passar por tudo que você passou e tá passando e ao contrário do amor da sua vida eu jamais deixaria alguém sofrer assim sendo que eu posso ajudar. E eu vou te ajudar Emma, você querendo ou não.

-Tudo bem.

Eu estava literalmente sem graça, porque eu perdi a cabeça noite passada e acabei perdendo a razão também, sabia que ele só estava fazendo o seu trabalho, mas não me passa pela cabeça o Justin me fazendo esse mal, nunca passou.

-Toma o seu café, vou te esperar lá embaixo. - ele disse se afastando.

-Não vou tomar café, estou enjoada e não precisa me levar, o Brendon tá me esperando.

-Ta - Alex estava seco

-Vai ficar me tratando assim?

-To te tratando do jeito que você me trata.

-Alex. - fiz manhã.

-Eu vou trabalhar, até mais tarde.

Achei que  já tinha acabado, mas antes de sair ele se virou e me disse uma coisa que eu não entendi muito bem.

-Se eu fosse você ia ao médico e fazia um teste de gravidez.

Eu não entendi o que ele quis dizer na hora, mas ao longo do dia acabei entendendo, eu andava cansada, enjoada e chata, mas não era gravidez, não podia ser, Justin me mataria e mataria a criança junto e eu seria infeliz porque não ia da uma vida digna pra ela.

Alex não falou comigo o dia inteiro, até tentei falar com ele mas não deu muito certo, ele estava me dando um gelo enquanto eu vomitava tudo que comia, Brendon não conseguia chegar perto de mim porque ficava com vontade de vomitar também, Jeck não estava então o que me restou foi o Andrew que chegou no fim dá noite.

-Você tá vomitando desde a hora que eu cheguei - Andrew disse andando atrás de mim depois que sai do banheiro.

-Eu sei. Comprou o que eu te pedi? - me virei pra ele.

-Comprei, tá na sua mesa.

-Ótimo.

-Você vai na festa?

-Eu não sei, tenho que pensar.

-Já passou de meia noite, isso quer dizer que falta 1 dia e você ainda não sabe?

-É ue, não sei.

-É sua filha.

-A festa também é do Chaz e quando anoitecer aquilo vai virar uma zona e você sabe.

-Quando virar uma zona você vai embora, simples.

-Já disse que vou pensar. Não estou legal pra dividir espaço com o Justin e a nova namoradinha dele.

-Scarlet? - Andrew perguntou rindo. - Garanto pra você que é só sexo e que ela não sabe fazer um boquete bom porque o da noite passada foi horrível.

-Transou com a peguete do Justin? Ele vai matar você.

-Ela trabalha na boate, transa com uns 10 caras diferentes todas as noites.

-Você é nojento- disse por fim.

-Eu sou homem e tenho necessidades é diferente.

Eu passei o dia inteiro trabalhando e o Alex mal olhou pra mim, no final da noite eu estava no meu quarto com uma caixa embrulhada pra presente, comprei uma coisa pro Chaz que eu não sabia o que ia falar quando me perguntassem como eu comprei, mas foi a única coisa que me veio na cabeça.

Tentei várias vezes durante o dia me aproximar do Alex, mas todas as vezes foram em vão, ele me ignorou o dia inteiro e só falou comigo quando não teve mais jeito, quando eu precisei de ajuda porque estava mais uma vez vomitando.

-Você não precisa fazer isso- disse quando ele segurou meu cabelo.

-A gente não precisa brigar agora. - ele se abaixou

-Alex você tá o dia inteiro.... - fui cortada por mais um jato de vômito.

Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, mas Andrew disse que eu podia estar com virose, eu queria ir ao médico, mas tinha medo de saber o resultado de qualquer exame então decidi não ir.

-Você precisa de um banho. Vou ajudar você.

Alex me segurou e me ajudou a levantar, eu estava definitivamente mole, ele me encostou na pia e segurou a barra da minha camiseta, era engraçado porque ele não tinha um pingo de maldade, eu podia ver seus olhos brilharem olhando pro meu corpo minutos depois só de calcinha e sutiã, mas ele não tinha maldade.

-Eu vou ligar o chuveiro e aí você entra tá bom? - ele perguntou e eu só concordei com a cabeça

Assim que ele ligou o chuveiro me ajudou a entrar, eu achei que ele ia sair do banheiro, mas pelo contrário ele tirou a camiseta e entrou no box de bermuda.

-O que está fazendo? - perguntei sem entender.

-Seu cabelo tá podre, vou lavar e depois eu saio.

O olhei desconfiada e ele riu, nenhum homem no mundo se prontifica a lavar o cabelo de uma mulher sem querer algo em troca.

-Relaxa Emma Lancaster, eu não sou mais virgem, sei me comportar perto de uma mulher semi nua. - ele disse e piscou. - Agora vira.

Eu me virei lentamente e logo senti suas mãos na minha cabeça, ele massageava meus cabelos de uma forma tão gostosa que eu estava quase dormindo, podia sentir sua respiração no meu pescoço, isso quer dizer que ele estava perto demais, porém eu estava morta demais pra me incomodar.

Justin Bieber on.

Eu estava louco, todos esses anos de tráfico eu nunca tive alguém competindo comigo, até aparecer essa tal de Dama, eu não faço ideia de quem seja, mas a filha da puta me afrontou uma vez e agora está fazendo isso de novo. A garota estava abrindo três boates, não é uma, nem duas, são três, três boate de putas de luxo pra competir comigo.

-Eu quero saber quem é essa mulher. - disse com raiva.

-Ninguém sabe quem é ela, apareceu agora mas já tá com a bola toda, ela tá vendendo mais que o Tyler...

-Tyler não é traficante, é magnata Ryan.

-Que seja, o fato é que seja lá quem for tem dinheiro.

-Basta ter pouco pra ter muito- Chaz abriu a boca e eu e o Ryan o olhamos.

-Que? - Ryan falou primeiro

-To dizendo que basta ter cabeça pra se tornar rico.  Você ganhou um carro Justin, um carro que vale três vezes mais do valor que você pegou do Jeck, a chefe dele simplesmente fez um puta carro cair na sua garagem e assim ela já ficou famosa o suficiente, você passou a falar de onde o carro veio pras pessoas e assim que um nome sai da sua boca como forma de elogio...

-Todos acham que eu a respeito- cortei o Chaz.

-Você é o rei desse negócio, se você respeita alguém todos também respeitam.

-Quero saber quem é essa garota e, depois que eu soube vou comer ela e logo depois pegar tudo que ela tem, porque eu não vou competir com mulher nenhuma.

Eu já tinha uma mulher na minha mente todos os dias o tempo inteiro, não precisava de mais uma pra me arrumar mais problemas, Emma Lancaster já me deixa louco o suficiente sem nem estar perto.

Desde o dia que eu disse que tinha ficado com outra garota nós não nos falamos mais e isso acaba comigo, certo que a Scarlet ajuda bastante por mais que ela seja uma puta ela é diferente e conversa comigo, até me xinga as vezes e isso foi o que me chamou atenção nela, ela nunca negou ser uma puta, muito pelo contrário as vezes me deixa pra ir foder com outros caras e  literalmente é só sexo, mas acho que desaprendi a ficar sozinho, eu preciso saber que tem alguém pra mim o tempo todo.

Emma Lancaster on.

O dia começou um tanto estranho, era sexta, a festa da Maya e eu estava um tanto cansada, mas o que  foi mais estranho é o Alex não estar em casa, não tem feito café e nem deixado um bilhete escrito "Tenha um bom dia baby." Ele sempre fazia isso quando tinha que sair, ou me mandava uma mensagem, mas não tinha nada, isso até me deixava preocupada  com ele.

Brendon veio me buscar em casa pra irmos pra aula, no caminho ele passou no Starbucks e comprou uns Donald's pra eu comer, mas não deu muito certo só de sentir o cheiro.

-Certo, eu preciso mesmo ir no hospital- disse jogando o saquinho no colo dele.

-Enjoada? - ele perguntou sério

-Muito, assim que eu sair da aula vou ao médico.

Quando chegamos na universidade cada um foi pra um lado, mas quando eu estava indo pra aula o mesmo representante da universidade que me escolheu pra estar aqui me chamou, acompanhei ele até o terceiro andar e ele ainda me deu um chá de cadeira, quase uma hora depois ele me chamou pra entrar na sala.

-Olha eu não quero ser mal educada, mas eu já perdi quase uma hora de aula e...

-Não se preocupe com isso, você não vai voltar pra aula. Sente-se. - ele apontou pra cadeira.

Me sentei e fiquei quieta, tinha uma placa em cima da mesa escrita Thompson, aqui todo mundo se chama pelo sobrenome.

-Emma você sabe que eu tinha outras pessoas pra escolher e escolhi você não sabe?

-Sei. - respondi rápido.

-Sua mãe fez parte dessa universidade e infelizmente não ficou por sua causa, agora você teve a oportunidade de estar conosco e mesmo assim não deu valor.

-Do que você está falando? - perguntei sem entender.

-Não sabe do que eu estou falando? - ele arqueou a sobrancelha

-Não- mais uma resposta rápida

-Estou falando dessas coisas que foram encontradas dentro do seu armário.

O cara pegou um saquinho na gaveta dele e jogou em cima da mesa, eram drogas, maconha, cocaína, crack.

-Isso não é meu- disse como se fosse óbvio

-Isso foi encontrado dentro do seu armário enrolado em um dos seus uniformes...

-Colocaram isso lá, isso não é meu, eu nem uso drogas. - já estava saindo de mim

-Pode não usar mais vende, algumas pessoas confessaram  que compraram de você.

-Compraram de mim? Eu tenho cara de quem vende droga por um acaso? - eu gritei, sabia muito bem o que aquilo significava, eles não iam me querer mais aqui.

-Senhorita estou te dando a chance de me falar a verdade.

-Mas isso não é verdade, colocaram isso lá. Olha nas câmeras.

-Antes de falar com você eu mesmo olhei todas as filmagens e não tinha ninguém além de você mechendo no seu armário o que é uma pena porque eu não queria perder alguém com tanto talento como você.

-Isso não é meu- disse mais uma vez.

-Olha Emma, eu podia levar isso até a polícia, mas conheci sua mãe e gostava muito daquela mulher. Não vou denunciar você, mas infelizmente você não pode mais fazer parte da nossa instituição.

Foi mais um dos piores momentos da minha vida, eu estava sendo expulsa, expulsa por vender drogas, logo eu que nunca usei nada dessas merdas, era inacreditável.

-Isso não é justo. - disse encarando o homem na minha frente.

-Eu preciso que você vá agora, existem pessoas acima de mim e foi muito difícil convence-las de deixar você sair sem chamar a polícia.

Ele levantou e caminhou até a porta, antes que eu saísse ele pegou uma caixa de papelão e me deu.

-Pra você colocar suas coisas. Tem bastante coisa lá. - ele sorriu de lado.

-Não pode fazer isso comigo. Aquilo não é meu, eu juro.

Eu queria me jogar no chão e esperniar quando ele fechou a porta na minha cara, não era justo, aliás era mais que injusto, eu estava sendo expulsa por uma merda que eu não fiz. Que merda de vida é essa? Tudo da errado.

Pra não chorar resolvi acabar com a merda de vez, fui até meu armário e enfiei tudo dentro de qualquer jeito, as pessoas passavam e ficavam olhando, Brendon chegou minutos depois e não entendeu nada.

-O que tá acontecendo?- ele perguntou parando do meu lado.

-Fui expulsa. - disse simples

-Você expulsa? Porque?

-Por drogas, alguém me denunciou e disse que eu vendo drogas Brendon.

-Que tipos de drogas? - ele perguntou rindo, ele tava rindo.

-Maconha, cocaina e crack pelo o que eu vi.

-Mas você nem sabe o que é crack.

Não respondi e terminei de colocar minhas coisas dentro da caixa, eu estava chocada, não sentia nada, literalmente em estado de choque, não era possível, não era possível aquilo aparecer ali assim, no dia anterior não tinha nada e eu tenho certeza absoluta disso.

-Eu liguei pro Alex e ele tá vindo buscar você. - Brendon disse chamando minha atenção.

-Obrigada. - disse simples

Alex veio me buscar mas seria melhor se não tivesse vindo, ele não parava de falar e de perguntar, eu não queria conversar sobre isso, eu fui expulsa da universidade, isso era a pior merda que podia me acontecer, eu lutei pra estar lá, me dediquei demais e agora eu não nem consigo sentir alguma coisa por ter sido expulsa, essa garota não sou eu, não é a mesma Emma, se fosse em outros tempos eu estaria morrendo de chorar, agora parece que tanto faz.

-Ainda quer ir ao médico? - Alex perguntou enquanto dirigia

-Sim - disse simples

Eu ia saber o que estava acontecendo comigo, o porquê de ficar tão enjoada e vomitando, depois eu iria ao shopping comprar uma roupa nova pra ir no aniversário da minha filha e não pensaria no que aconteceu, não queria pensar, não queria sentir, porque eu sabia que ia doer demais e eu não quero que doa, não quero mais sentir esse tipo de coisa, quero ser como qualquer outro traficante, sem sentimentos.

Assim que Alex parou na frente do hospital eu saí rapidamente de dentro do carro e fui até o recepção.

-Bom dia, no que posso ajudar? - a mocinha perguntou sorridente

-Quero fazer um exame de gravidez com o Dr. Thomas. - fui direta.

-Tudo bem, só preciso do seu documento.

Entreguei minha identidade pra ela e depois foi só esperar, escolhi o Dr. Thomas porque foi ele quem me ajudou quando eu perdi meu bebê e se eu estiver grávida agora sei muito bem o que vai acontecer e, ele sabe muito bem a vida de quem eu prefiro.

Fiz o exame e ele pediu pra darem prioridade, mas o máximo que conseguiam adiantar era 1 hora, então eu tinha que esperar e, esperar me deixava louca.

-O que vai fazer agora? - Alex perguntou sentado do meu lado.

-Esperar UE.

-Não estou falando disso, tô falando da universidade, alguém fez você ser expulsa...

-Quero que você descubra quem colocou aquilo no meu armário e quando achar traga até mim, eu mesma faço questão de cuidar da pessoa.

Ele apenas concordou e saiu pra ligar pra alguém, enquanto isso eu esperava, ia acabar com isso e descobrir de uma vez o que estava me fazendo mal, eu sabia as consequências se eu estivesse grávida, sabia que se isso se confirmasse apenas um sairia vivo dessa história e não seria eu.

Alex odiava esperar, andava de um lado pro outro, bloqueava e desbloqueava o celular o tempo inteiro e comia, ele ia na cantina do hospital o tempo inteiro e eu só o observava, ele parecia nervoso, mais nervoso do que eu.

-E se você estiver gravida? - ele perguntou se sentando ao meu lado.

-Eu não estou grávida Alex. - disse com toda certeza do mundo.

-Mas e se estiver? Tudo é uma opção Emma.

-Não existe essa opção Alex, só existe a opção "Emma não está grávida."

-Porque?

-Porque sim - dei de ombros.

Minutos depois o médico chamou meu nome e eu me levantei, Alex caminhava atrás de mim e conversava alguma coisa no telefone que eu não fazia questão de saber o que era.

-Bom ver você assim Emma, forte outra vez, e sem a sonda em. - ele disse e eu ri

Fui obrigada a lembrar daquele negócio enfiado no meu nariz e não gostei, me lembrei de como era horrível.

-Nem me lembre daquilo. - disse negando com a cabeça e dessa vez foi ele quem riu.

-Certo, vamos ver o que temos aqui.

Ele pegou o envelope e ficou um bom tempo analisando as folhas que tinha dentro dele, algumas ele dava de ombros e descartava depois de escrever alguma coisa, mas quando estava quase acabando seu semblante mudou.

-Alguma coisa errada? - Alex perguntou antes de mim.

-Emma você está grávida- o médico disse me encarando

Confesso que minha garganta secou e por segundos eu me lembrei de quando ele disse a meses atrás que eu não podia mais ter filhos, porque seria uma gravidez de grande risco e apenas um sobreviveria.

-Co...como? - gaguejei

-Meu Deus você sabe as consequências disso não sabe? - ele perguntou e parecia bravo

Eu sabia exatamente as consequências e exatamente por isso sentia raiva de mim mesma, porque eu tinha que ter me cuidado.

-Eu sei, isso não pode estar acontecendo. - disse negando com a cabeça.

-O que foi? - Alex perguntou sem entender.

-Eu vou morrer - disse olhando pra ele.

O mesmo me olhou sem entender então ele e o médico entraram em um assunto e assim o mesmo descobriu que o filho era do Justin não do Alex, eu não conseguia falar nada, só pensar, Bieber me mataria, eu nem sei se ele vai aceitar essa criança e nem sei se ele vai querer saber dela quando ela nascer. Eu devia ter prestado mais atenção, hoje em dia é tão fácil não engravidar e eu resolvi ir pelo caminho difícil e colocar mais uma criança nesse mundo.

-Eu não podia ter deixado isso acontecer - disse alto.

-Eu vou te passar algumas recomendações, seu amigo disse que você está tendo bastante enjôo então vou te passar um remédio pra ajudar a amenizar isso. Você está de 1 mês e meio, então quando fizer 2 e meio eu vou te dar um documento no qual você vai escolher qual vida eu devo salvar no parto no caso você escolha a criança o pai tem que assinar o termo.

-Claro que eu vou escolher a criança - disse sendo um pouco grossa.

Ele me deu um monte de receitas pra um monte de coisa que eu não entendi nada, já o Alex sabia de tudo era como se ele fosse minha mãe, até tentava me destrair mais não dava, enquanto ele dirigia eu só pensava na merda que eu fiz, não que eu não queira um filho, mas ter um filho quer dizer a minha morte e isso quer dizer que eu não vou poder ama-lo, isso era um grande absurdo pra mim, toda mãe tem direito de conhecer o seu filho, não é justo morrer pra colocar mais uma vida no mundo, pra mim não era justo.

-Engraçado - disse chamando atenção do Alex.

-O que? - ele perguntou tirando os olhos dá estrada.

-Todos os caminhos me levam a um só lugar. - olhei pra ele.

-Qual?

-A morte.