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História Crazy In love (Reescrita) - Relapse.


Escrita por: jevsmine

Capítulo 18 - Relapse.


 

POV Justin
 

Jasmine e eu ficamos ali sentados na grama abraçados até o sol se pôr e finalmente ficar escuro o suficiente para termos que ir embora, entramos no carro e percebi a felicidade em seus olhos. Ela não parava de sorrir e de dizer no tempo que ela esperava em fazer isso com alguém ao seu lado e que ela estava mais do que feliz de ter sido comigo. Faz apenas um dia que eu me lembrei dela e eu já consigo sentir vários sentimentos e emoções por ela, é inacreditável. Uma semana atrás, eu pensava que ela não era real e que aquela era apenas uma invenção da minha cabeça ou que meus amigos estavam mentindo para mim, mas eu só pensava isso porque me sentia um inútil por ter me esquecido dela, eu não queria ser a pessoa que se esqueceu da pessoa que tanto ama.

— Bieber? – Ouvi ela me chamar, eu tinha estacionado seu carro na garagem e viajei na maionese, Jasmine já tinha saído do carro e estava me esperando fazer o mesmo.

— Oi, me desculpa. Eu estava distraído. – Disse sorrindo e saí do carro rapidamente entregando a chave para ela.

— Vem comigo! – Ela pegou em minha mão me puxando para dentro de casa, mas eu hesitei.

— Jas, aonde está me levando? Eu realmente preciso ir para casa. – Disse sério, eu senti uma necessidade enorme de sair dali e ir para outro lugar.

— Mas já? Você não quer ficar mais um pouco? – Ela se virou e fez bico, me manipulando a ficar.

— Não, eu preciso ir. Está tarde e nós temos aula amanhã, lembra? – Disse andando em direção a porta da frente, não tinha ninguém na sala para a minha sorte. Não precisava falar com mais ninguém pelo menos.

— Ei, você está bem? Está estranho. – Ela perguntou parecendo preocupada e eu me virei a encarando.

— Eu estou mais do que bem, Jasmine. Eu só preciso ir para casa, ok? – Disse e ela ficou boquiaberta, acho que não acreditando no modo que eu falava com ela. Para falar a verdade, muito menos eu. – Me desculpa, Jas. Eu não quis ser grosso. – Me aproximei, mas ela se afastou devagar. – Jas? É sério, me desculpa. Não fica assim, eu não vou te morder e nem nada, eu só preciso ficar um pouco sozinho, tudo bem? – Disse e ela assentiu, eu me aproximei e a abracei. – Sinto muito, não queria que você ficasse desse jeito. A gente se vê amanhã, ok? – Me afastei um pouco do abraço, coloquei uma mão em seu rosto e a beijei devagar.

— Não falte amanhã, por favor. – Ela pediu e eu assenti concordando, em seguida me afastei e saí dali. Entrei em meu carro e imediatamente fui para o lugar que eu precisava ir, mas claramente esse lugar não era a minha casa.

Eu não sabia mais a quem recorrer, mas eu já senti isso antes e sabia o que precisava fazer, eu precisava fazer aquilo. Liguei para o Nolan pedindo para ele me vender alguma droga e ele ficou feliz por eu ter ligado, até disse que poderia se encontrar aonde eu quisesse, então eu pensei de fazer isso no lugar que sempre íamos. Combinamos de nos encontrar lá e eu acabei chegando primeiro. Era uma casa completamente abandonada, tinha sido queimada pelo fogo, mas não foi reconstruída e muito menos vendida, então virou o nosso lugar para fumar. A casa era enorme, tinha até piscina, mas a piscina virou a pista de skate de muitos, o que eu achei até legal porque sempre gostei, só que quando eu me drogava, não conseguia pensar em mais nada.

Me sentei na beira da piscina e mandei uma mensagem para Nolan dizendo aonde eu estaria, quando fui perceber ele estava se sentando ao meu lado.

— Porra cara, eu acabei de te mandar mensagem!

— Fala aí, Bieber? Quanto tempo. – Ele disse e nós fizemos toque.

— Uma semana só, né? Não é muito. – Disse dando de ombros e ele me entregou dois saquinhos que tinha vários saquinhos dentro.

— Essa é por conta da casa! – Ele disse sorrindo e me mostrou uma garrafa de tequila.

— Está comemorando o que? – Perguntei impressionado e abri um dos saquinhos, estava tudo pronto, era só meter o isqueiro e fumar.

— A sua volta para o nosso mundo, cara. Eu não sabia se demoraria muito para isso acontecer, mas já que aconteceu, precisamos comemorar. Chamei os caras para virem para cá, cada um vai trazer uma bebida. – Ele dizia enquanto tentava abrir a garrafa e finalmente conseguiu.

  Naquele momento, eu percebi a besteira que estava fazendo, mas eu já estava ali e não iria embora de jeito nenhum. Foda-se com o que vai acontecer depois, eu só quero viver o agora.

— É isso aí, cara! – Falei animado e quando Nolan percebeu que eu procurava por um isqueiro em meus bolsos, me entregou um. – Valeu, eu achei que tinha trazido o meu. – Agradeci acendendo o baseado e logo dei uma tragada.

— Que isso. – Nolan disse depois de dar um gole na tequila. – Mas e aí, cara? Você se lembrou da Jasmine? – Pergunta curioso.

— É, eu me lembrei dela sim, mas não quero falar sobre isso agora. – Respondi incomodado, eu não queria falar sobre ela por que eu me sentiria mais culpado do que já estou me sentindo.

— Você não está aqui por que não consegue se lembrar dela, não é? – Ele perguntou e eu só assenti afirmando e fiquei quieto. – Ok, vamos mudar de assunto! Os meninos já devem estar chegando. – Ele falou dando mais um gole na tequila e me entregou, peguei a garrafa e entreguei o baseado para ele. Dei um gole e senti o gosto forte seguido do sentimento de culpa, então eu dei outro gole grande e Nolan logo me parou. – Bieber, calma aí. Vamos com calma.

— Toma. – Entreguei a garrafa para ele e ouvimos um barulho dentro da casa, eram os meninos chegando ao mesmo tempo. Eles apareceram todos com uma garrafa em mãos dentro de um saco de papelão.

— E aí meu povo? – Ethan disse sorrindo e abrindo os braços.

— Fala rapaziada! – Joe pulou dentro da piscina com seu skate em mãos e começou a andar logo depois de colocar a garrafa na beira da piscina.

— Bieber, meu irmão! Quanto tempo, hein? – James disse todo sorridente e vindo em minha direção, fiquei incomodado pelo modo como ele me chamou, até porque, nós não somos amigos. Somos apenas colegas de time e estar fumando com eles não quer dizer nada para mim, só que eu fiquei quieto.

— É uma pena estar tão tarde e termos aula amanhã. – Ethan disse se sentando ao meu lado junto com James.

— Quem liga com a aula amanhã? Eu não ligo. – Nolan disse depois de beber mais um gole da tequila.

— Porra Nolan, você me disse para ir com calma e está avançando na velocidade da luz. – Comentei fazendo-o rir, peguei o baseado que ainda estava com ele e dei uma tragada, depois entreguei para o James que me entregou o uísque que estava em mãos. – Uísque, hein? – Disse admirado.

— O James roubou da adega do pai dele, nem vai fazer falta. – Ethan respondeu rindo e James o entregou o baseado, abri o uísque e tomei um gole.

— Nada mal. – Comentei olhando para a garrafa de uísque, era um Chivas Regal, escocês ainda por cima.

— E aí, tem baseado para mim também? – Joe apareceu em cima de seu skate e Ethan deu o baseado para ele.

Nós ficamos trocando o baseado, indo de mão em mão e bebendo, quando eu não estava bebendo, eu estava fumando e quando não fazia nenhum dos dois, estava brizado e rindo da vida fodida que eu tinha. Eu deveria estar rindo? Nem eu sei, a única coisa que eu sei é que não vi a hora passar, mas pelo que percebi, os caras foram indo embora um por um e me deixando ali sozinho. Eu ainda tinha muito baseado e não me importei, até porque, eles deixaram as garrafas e isso era mais do que necessário. Quando percebi já estava claro e eu acabei dormindo ali mesmo, no chão da beira da piscina.

  Acordei com alguém me chamando, eu conhecia aquela voz, sabia que conhecia de algum lugar, ele me cutucava para me acordar e eu tentei abrir os olhos, só que quando o fiz, estava tão claro que eu quase fiquei cego. Então ele me ajudou a levantar e percebi que não estava sozinho.

— Você só da problemas para nós, hein? – Ele disse e eu finalmente consegui abrir os olhos, era o Ryan.

— Porra o que você está fazendo aqui? Como me achou? – Perguntei o encarando.

— Você deveria nos agradecer por estarmos aqui, seus amigos foram embora e te deixaram aqui sozinho. – Olhei para o lado e lá estava o Chaz me dando sermão.

— Eu não preciso da ajuda de vocês, posso ir para casa sozinho. – Me afastei dele e tentei ficar em pé sozinho, ainda bem que consegui.

— Justin, o que deu em você? Sua mãe está preocupada! E a Jasmine também, ela disse para nós que você saiu da casa dela e foi para a sua casa, depois não deu mais notícias. Sua mãe disse que nem os pés você pôs em casa, ficou a noite toda aqui? Você sabe que horas são? – Ryan gritou me fazendo ter uma dor de cabeça do caralho.

— Que porra, tem como parar de gritar? – Comecei a andar para dentro da casa e eles me seguiram.

— Olha aqui Justin, acho bom você parar de se encontrar com esses seus supostos amigos por que de amigos eles não são nada. Você ficou a noite toda aqui bebendo e fumando com eles, mas eles se preocuparam com você? Não, eles não se preocuparam se você iria chegar bem em casa ou mesmo se iria chegar, ao contrário de nós que viemos te procurar. Se não tivéssemos vindo, por eles você ficaria aqui até a hora que te desse na telha e você resolvesse ir para casa. Eu espero que isso não aconteça mais por que da próxima, eu não vou me preocupar de vir atrás de você. – E o filho da puta gritou mais uma vez me deixando bravo, saiu andando logo em seguida.

— Bieber, você precisar escutar o Ryan, ele tem razão. – Chaz disse me encarando.

— O caralho! Foda-se ele e foda-se você também, eu vou embora sozinho. – Disse voltando a andar devagar e quase caí.

— Você não quer ter um acidente de novo, não é? Se lembra do que aconteceu no último? – Ele disse enquanto me segurava para não cair.

— Não, eu não quero ter outro acidente nessa porra e eu não vou. Dá para você parar de colocar minhoca na minha cabeça?

— Você sabe que eu estou falando a verdade, Justin. – Ele disse enquanto voltávamos a andar com ele me ajudando. – Eu sou seu amigo e vou te ajudar no que precisar, você pode sempre contar comigo sem se importar com o que Ryan acabou de dizer sobre não vir atrás de você. Só que se ele não vier, eu venho porque mesmo você se acabando de se drogar, você continua sendo o meu amigo e eu não vou te deixar sozinho nessa. Só pensa no que o Ryan disse, até porque, você tem uma namorada que te ama muito e ela com certeza não iria ficar feliz em te ver assim. Você precisa parar, Justin. De verdade. – Quando Chaz terminou de dizer, já estávamos lá fora em frente a casa, Ryan estava ali em frente encostado no capô do seu carro.

— Eu vou pensar no seu caso, irmão. – Disse dando um meio sorriso e ele me ajudou a entrar no carro do Ryan, me deitei no banco de trás e fechei os olhos. Não consegui dormir porque chegamos rápido demais, me sentei no banco e abri a porta, claro que Chaz quem me ajudou a sair.

— Esperamos que isso nunca mais aconteça, Bieber. – Ouvi Ryan dizer logo depois que saí de seu carro.

— Pode deixar que eu não preciso que você vá atrás de mim. – Respondi bravo, eu ainda não tinha pensado em nada do que ele havia me dito antes e não seria agora que eu o trataria bem.

— Justin, eu sou seu amigo e quero o seu bem. Pensa nisso. – Ouvi-o dizer antes de entrar em casa, Scarlet estava sentada no sofá e quando me viu, saiu correndo em minha direção.

— Menino, o que aconteceu com você? Pattie e eu estávamos super preocupadas! Ela quase não foi trabalhar com medo dos meninos não te acharem.

— Eu estou bem, Scarlet. Só preciso de comida. – Disse e sorri pensando no tamanho da fome que eu estava sentindo, Chaz me ajudou a me sentar no sofá.

— E um remédio também, não é? Olha a sua cara, esses olhos vermelhos! – Ela exclamou impressionada.

— Tudo bem, um remédio também, para dor de cabeça. Eu estou precisando. – Disse me deitando no sofá.

— Pronto? Está entregue! – Chaz disse olhando para a Scarlet e depois para mim.

— Obrigada, Chaz. Você é um anjo, mas cadê o Ryan? Ele não quis entrar? – Ela perguntou e eu revirei os olhos ao ouvir o nome dele.

— Que isso, o Ryan teve um probleminha com o Justin e não quis incomodar. Eu vou ir, cara, se cuida e pensa no que eu te falei, ouviu? – Chaz disse e olhou para mim.

— Eu vou pensar sim, a gente se vê amanhã? – Perguntei e ele sorriu.

— Com certeza! – Ele disse e saiu andando.

— Um probleminha, Justin? – Scarlet me encarou.

— Scarlet, me deixa em paz, por favor? Trás esse remédio logo, me trás algo pra comer também, eu estou morrendo de fome.

—  Eu já volto, então. – Ela disse e saiu dali.

  Fechei os olhos e não consegui não pensar no que Chaz e Ryan me disseram, eu não posso mais fazer isso. Eu preciso me controlar, ontem mesmo a Jasmine me perguntou sobre eu sentir vontade de voltar a fumar e eu respondi que só na hora eu iria descobrir. Deveria ter pensado nisso antes de fazer a besteira que fiz, é o Chaz tem razão, aqueles filhos da puta me deixaram sozinhos e eu certamente estaria lá até agora se não fossem por eles. Eu estava muito bem antes de conhecê-los, minha vida só ficou uma merda por que eu me enfiei nesse mundo e não consigo mais sair, mas eu vou nem que seja na marra.

— Está aqui a comida e o seu remédio, eu já liguei para a Pattie para avisar que você já chegou em casa e que está bem. – Ouvi Scarlet dizer e abri os olhos, logo me sentei no sofá. Ela tinha colocado uma bandeja em cima da mesinha de centro junto com o remédio e a água.

— Obrigado, Scarlet. – Agradeci e ela saiu andando.

Comecei a comer rápido, eu estava numa fome que poderia até comer um leão. Quando terminei, lembrei que eu estava sem o meu celular e ao me levantar para ir lá fora, senti uma dor de cabeça e resolvi tomar a porra do remédio logo. Depois de tomar, me levantei rápido e abri a porta, naquele momento vi Chaz.

— Você voltou por que? – Perguntei sem entender.

— Eu vim devolver o seu carro, ele ficou lá e eu fui buscar. – Ele sorriu mostrando as chaves do meu carro.

— Quando foi que eu te dei isso? – Perguntei curioso.

— Na verdade, eu peguei no seu bolso antes de sairmos de lá, você nem se mexia e estava com os olhos fechados. – Ele respondeu rindo e me entregou as chaves.

— Obrigado, eu estava mesmo precisando disso por que deixei meu celular no carro. – Disse saindo de casa e andando em direção a minha Lamborghini.

— Ok, até depois então. – Ele acenou e entrou dentro do carro do Ryan, abri a porta do meu carro e peguei meu celular, depois entrei para casa e me deitei novamente no sofá.

Olhei no visor e tinha milhares de mensagens da Jasmine e da minha mãe, junto com diversas ligações. Não tinha percebido até agora que são três horas da tarde, eu realmente fiquei muito tempo naquele lugar. Meu celular começou a tocar do nada e vi o nome da Jasmine no visor, fiquei com receio de atender, mas atendi.

— Bieber, aonde você está? – Ela perguntou e eu percebi que estava com voz de choro.

— Eu estou em casa, por quê? Eu estou bem, você não precisa vir conferir.

— Mas por que não? Você ficou a noite e a manhã toda sumido, eu quero saber se você está bem. Quero ver você.

— Jas, eu não queria isso. Sinto muito por ter te preocupado tanto, mas eu fiz besteira e não quero que você veja como eu estou, pelo menos não agora. A gente pode se ver mais tarde, ok? Eu prometo. – Disse tentando acalmá-la e parece que consegui por que ela parou de chorar.

— Aonde você estava?

— Eu estava com os caras do time de basquete, você sabe. Me desculpa, Jas, eu fiz algo que jamais deveria ter feito e não quero fazer nunca mais.

— Eu quero que você diga isso olhando dentro dos meus olhos. – Ela pediu e eu bufei.

— Tudo bem, eu passo na sua casa de noite, então. A gente vai se falando até lá.

— Eu espero que você não se esqueça por que se não eu quem vou na sua casa. – Ela disse parecendo brava.

— Até meia noite, ok? Você pode ir me cobrando até lá, eu estou prometendo, então vou cumprir.

— Eu espero mesmo.

— Não se preocupa com isso, não. Eu te amo muito, viu? Até mais tarde.

— Eu também te amo e até mais tarde.

Desliguei a ligação e subi para o meu quarto, tomei um banho demorado e morno, troquei de roupa e fiquei deitado na cama pensando em tudo o que aconteceu até agora.

A Jasmine foi embora, eu fiquei mal no basquete, fumei e bebi, sofri um acidente, me esqueci da Jasmine e voltei a beber e fumar, depois ela voltou e eu parei de novo, agora eu me lembrei dela e voltei a fumar de novo. Qual a porra do meu problema? Eu estou literalmente fazendo tudo errado, tudo o que da errado na minha vida é culpa minha. Se eu não tivesse entrado no basquete e bebido com aqueles caras, nada disso teria acontecido, eu não teria me esquecido da Jasmine e não estaria me fodendo nas drogas e na bebida. Eu sou a porra de um fodido, só que eu não quero mais ser e não vou. O Ryan e o Chaz estavam certos, eu vou parar de sair com aqueles caras e vou sair do basquete também, prefiro dedicar os meus dias com a garota que eu amo e é o que eu vou fazer.

Fiquei o resto da tarde trancado no quarto e quando minha mãe chegou, ela entrou no meu quarto e só perguntou se eu estava bem e eu disse que sim, então ela sorriu e saiu do meu quarto. Eu não me importei por ela não ter me dado um sermão, mas eu sabia como ela estava se sentindo e fiquei mal por isso. Depois do jantar, Jasmine começou a me mandar mensagens me cobrando e eu insisti para ela que eu iria até lá e ela não iria nem saber. Antes das onze da noite, eu fui até o quarto da minha mãe e quando ela me disse para entrar, abri a porta e ela estava sentada na cama com um livro em mãos.

— Eu preciso falar com a senhora. – Me aproximei sentando ao seu lado na cama.

— Pode falar, meu filho. – Ela sorriu enquanto fechava o livro e o guardava ao seu lado.

— Me desculpa, mãe. – Olhei em seus olhos – Eu sei que eu não fui um filho tão bom nas últimas semanas, mas eu parei para pensar e percebi que eu não estou me fazendo bem, eu estou sendo a pior versão de mim e eu não quero ser. Eu quero ser a melhor e eu vou parar de fazer todas essas coisas, prometo para a senhora. Não quero que nem a senhora e nem a Jasmine fiquem preocupadas comigo, vocês não tem que sofrer por minha causa, eu não posso deixá-las sofrer por idiotices que ando fazendo com a minha vida. Eu não quero que vocês sofram por mim. – Disse e sorri, percebi que seus olhos estavam lacrimejando. – Eu vou mudar, mãe. Prometo que vou, pela senhora e pela Jasmine. – Quando eu terminei, ela me abraçou forte.

— Eu fiquei tão preocupada com você, meu filho. – Ela sussurrou em meu ouvido.

— Não precisa mais, eu estou bem. – Disse sentindo lágrimas já caindo de meus olhos.

— Eu estou muito feliz que você finalmente ouviu o lado da razão. – Ela disse depois que nos afastamos.

— Eu também estou. – Me levantei e limpei as benditas lágrimas. – Preciso ir por que eu vou ir ver a Jasmine. Vou chegar um pouco tarde, então não precisa me esperar, tudo bem? – Disse e ela me olhou desconfiada. – Mãe, não precisa se preocupar. Se quiser mandar mensagem para a Jasmine depois, pode mandar, eu não ligo. – Disse e abri a porta. – Boa noite.

— Boa noite, Justin. – Ela acenou e eu fechei a porta.

  Desci para a garagem e peguei minha MV Agusta personalizada igual a moto do Batman, eu nunca tinha andado com ela aqui em LA e sabia que a Jasmine iria se surpreender quando me visse com ela. Saí dali e fui até a sua casa, estacionei lá em frente e desci, andei até a parte de trás da casa que é onde seria a janela do quarto da Jasmine e mandei uma mensagem.

"Estou aqui embaixo te esperando"

Ela nem demorou para mandar.

"Como assim? Eu não ouvi barulho de carro nenhum."

"Eu estou de moto!"

"Pior ainda, mas eu vou descer, você vai entrar?"

"Não, mas você vai sair."

Quando eu mandei essa mensagem, olhei para a janela de seu quarto e ela desligou as luzes naquele momento, então eu voltei para a frente da casa e me sentei na moto. Jasmine apareceu alguns segundos depois, fechou a porta e veio em minha direção.

— Puta merda! – Ela exclamou enquanto olhava para a moto.

— Gostou? – Perguntei e ela assentiu, então entreguei um capacete para ela. – Coloca e sobe aí. – Disse e ela colocou o capacete, subiu na moto e eu a liguei novamente, em seguida acelerei.

— Meu Deus, isso é muito melhor que andar de carro! – Jasmine exclamou depois de alguns segundos que saímos dali.

— E para onde acha que eu estou te levando?

— Aí meu Deus, para onde você está me levando? – Ela perguntou parecendo assustada e eu ri.

— Não se preocupa, você conhece muito bem o lugar. – Disse e ela parece ter se aliviado um pouco mais.



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