No dia seguinte... 22 de Maio de 2012, Terça-feira, as 05:30 A.M.
Acordei com meu celular despertando, desliguei ele e me sentei na cama, Justin já estava se levantando e correndo para o seu quarto.
— Bom dia, né?
— Desculpa Jas, bom dia. Vou para o meu quarto. – Ele falou me olhando com os olhos meio abertos.
— Vai lá, dorme mais um pouco. – Disse e ele assentiu, saiu e fechou a porta. Então eu me levantei e fui para o banheiro fazer minha higiene, depois me troquei e arrumei minhas coisas e quando deu seis horas em ponto, eu estava indo mandar mensagem para o Bieber quando ouço minha mãe gritar no corredor, então eu saí correndo para lá.
— O que aconteceu, Bern? – Perguntei quando a vi assustada em frente ao quarto de Jream.
— Ele não voltou, minha filha. – Ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas e eu não consegui entender nada.
— Do que você está falando? – Arqueei uma sobrancelha me aproximando.
— Estou falando do Jream, ele ainda não chegou. – Ela respondeu e eu arregalei os olhos sem acreditar.
— Como assim? Ele não está no quarto dele? – Perguntei entrando no mesmo, nem sinal dele. Entrei no banheiro e closet, mas ele realmente não estava ali. O quarto parecia vazio, como se alguém só tivesse entrado aqui ontem e eu fiquei com medo quando me veio o pensamento de que alguma coisa aconteceu com o meu irmão e por minha causa. – Caramba Jream, cadê você?
— Você faz ideia de onde ele pode estar? – Bern perguntou e eu balancei a cabeça negativamente, até que meu celular começou a tocar e era o Jream, eu atendi na hora.
— Antes de dizer alguma coisa, eu sei que provavelmente a Bern está na sua frente agora muito preocupada, então disfarça. Só diga que era eu quem liguei quando terminarmos aqui.
— Tudo bem, mas... – Ele me interrompeu.
— Você só precisa me ouvir, Jas. Liga para o Bieber e pede para ele ligar para o meu amigo, Christian. Anota o numero dele aí agora.
— Tá bom! Me empresta seu celular? – Pedi e Bern me entregou.
— O que você vai fazer? – Ela perguntou sem entender.
— Só anotar um número. – Respondi e ela assentiu.
— Okay.
— Pode falar. – Pedi e ele começou a falar, eu anotei no celular.
— Não precisa se preocupar comigo por enquanto, tá? Eu estou bem ou pelo menos irei ficar. Só pede para o Bieber não demorar, por favor.
— Ok, eu digo.
— A gente se vê mais tarde, então. – Ele disse e desligou, fiquei com vontade de chorar, mas me segurei.
— Quem era? – Bern perguntou parecendo preocupada.
— Era o Jream, ele me pediu para falar com o Bieber e... – Ela me interrompeu.
— Por que você não me disse nada? – Ela me encarou brava.
— Ele quem me pediu. O Bieber vai falar com o amigo dele e acho que vai aonde o Jream está também.
— Tá, mas ele disse se está bem? – Ela perguntou e eu assenti.
— Ele disse que está bem, mas sua voz dizia ao contrário, então eu não sei como ele pode estar agora. – Disse com a cabeça baixa.
— Liga para o Bieber logo, pelo amor de Deus.
— Calma, vamos descer para a sala que eu resolvo isso lá. – Falei já começando a andar em direção as escadas, ela me acompanhou e nós sentamos no sofá.
— Ei, o que está acontecendo? – Katy apareceu descendo as escadas correndo.
— Vem cá, prima. Já já iremos descobrir sobre o Jream, só preciso falar com o Bieber primeiro. – Disse enquanto ela andava até a sala.
— Como assim saber sobre o Jream? – Ela perguntou sem entender.
— Ele não chegou em casa ainda. – Bern respondeu com a cabeça baixa.
— Meu Deus! E agora? – Katy arregalou os olhos e se sentou ao meu lado.
— Nós já vamos resolver isso. – Respondi pegando meu celular de volta e ligando para o Bieber, ele demorou um pouco para atender, mas logo ouvi sua voz.
— Oi Jas, tudo bem?
— Oi Biebs, me desculpe. Preciso de um favor seu.
— É urgente?
— Sim! É que o Jream não voltou, então ele me disse para pedir para você lugar para o amigo dele, Christian. Ele vai te dizer aonde o Jream está.
— Caramba, é muita informação para processar. Ele está bem?
— Segundo ele, sim. Mas eu acredito que não, viu? Você pode fazer esse favor para mim?
— Claro, meu amor. Agora mesmo, só me manda o número dele que eu ligo.
— Tudo bem! Muito obrigada, irei mandar por mensagem. Quando souber de algo, me avisa, ok? E o Jream pediu para você não demorar muito.
— Eu aviso sim, Jas. E poxa vida, pode deixar, eu não vou.
— Obrigada, Biebs. – Disse e ambos desligamos, então eu logo mandei o número de Christian para ele.
— Pronto? – Bern perguntou depois que entreguei seu celular.
— Ele vai me avisar quando souber de alguma coisa, podem ficar tranquilas. Eu mesma não quero ficar preocupada com isso, o Bieber está indo buscar o Jream e logo logo ele estará em casa. – Disse e sorri para as duas que me olharam com apreensão.
— Será mesmo? – Katy perguntou com uma sobrancelha arqueada e eu a encarei.
— Claro, prima. A gente tem que pensar positivo, só assim para as coisas acontecer do jeito que elas devem acontecer.
— A Jasmine tem razão, Katy. É melhor mesmo. – Bern falou se levantando do sofá. – Eu vou tomar café para não ficar pensando no assunto.
— Acho que eu também vou. – Falei passando a mão na barriga e me levantei. – Você vem? – Perguntei para Katy que assentiu e me acompanhou até a cozinha.
Fran estava na cozinha terminando o café da manhã e nós nem tocamos no assunto do Jream, ela também não perguntou e achamos melhor. Ficamos às quatro na cozinha conversando como se não houvesse amanhã e realmente era assim que eu estava me sentindo e confesso que não parei de pensar no Jream e no que tinha acontecido com ele para ele precisar da ajuda do Bieber. Eu não quis fazer muitas perguntas para ele porque o mesmo não me deixou e pediu para eu não me preocupar, mas ouvir a voz dele me deu uma vontade horrível de chorar e eu só não o fiz porque Bern estava em minha frente e ele me pediu. Tentei o máximo e quando a ligação foi encerrada, parei de pensar nisso para não começar a chorar de verdade e consegui. Nós três ficamos ali até umas nove da manhã, até que a campainha tocou e Bern atendeu achando que era o Bieber com o Jream, mas na verdade era alguém que nem deveríamos deixar entrar em nossa casa. Sim, ele mesmo, Brad.
Eu o vi quando estava entrando na sala com a Katy.
— Que merda você está fazendo aqui? – Perguntei sem entender.
— Olha só como você fala comigo, Jasmine. Eu sou o seu pai. – Ele me encarou e eu revirei os olhos.
— Um pai de merda, é isso o que você é. – Falei cruzando os braços e me sentei no sofá, até que meu celular toca e eu logo atendi sem ver quem era. – Alô!
— Jas, sou eu. O amor da sua vida.
— Que convencido. Me diz, você está com o Jream? – Perguntei curiosa.
— Estou sim, estamos no hospital.
— Hospital? – Arregalei os olhos sem acreditar.
— O que aconteceu, Jasmine? – Bern se aproximou e eu pedi que ela esperasse.
— Sim, meu amor. Eu não quero dar detalhes, mas seu irmão precisava de um hospital urgente, então eu corri para um.
— Você fez bem, Biebs. Obrigada.
— Que isso. Vocês vão vir para cá?
— Pode ter certeza que sim, me manda o endereço por mensagem que iremos agora.
— Iremos? – Ouvi a voz de Brad.
— É pra já! E não demora.
— Não vou não. – Disse e desliguei, alguns segundos depois Bieber me mandou o endereço do hospital.
— O que o Bieber disse, Jasmine? – Bern perguntou séria.
— Ele levou o Jream para um hospital. – Respondi sorrindo.
— Que ótimo, me manda o endereço que eu estou indo para lá. Vocês podem ficar aí. – Ela falou pegando o celular e as chaves.
— Como assim ficar aqui? Por quê? – Perguntei olhando-a sem entender.
— Brad vai conversar com você, Jasmine. Agora me manda o endereço logo que eu estou saindo. – Ela disse séria e saiu de casa acenando, eu mandei a mensagem com o endereço e quis morrer logo em seguida.
— O que você quer conversar comigo? – Perguntei encarando Brad.
— Ah, lembrou que eu estou aqui? – Ele sorriu parecendo feliz.
— Se eu pudesse me esquecer da sua existência, minha vida seria bem melhor. – Falei dando de ombros.
— Por que você não gosta de mim? – Ele perguntou parecendo interessado.
— Porque você nunca foi um pai presente e quando minha vida está indo muito bem, você quer me levar para longe da minha família. Você quer mais motivos? – Arqueei uma sobrancelha e ele coçou o queixo como se estivesse pensando.
— Você me agradeceria se fosse uma filha melhor, viu? E sinto-lhe dizer, mas seu dia chegou.
— Do que você está falando? – Perguntei sem entender e com um pouco de medo do que ele estaria pensando.
— Eu vou te levar comigo hoje.
— O quê? – Questionei boquiaberta com a audácia desse homem.
— É isso mesmo o que você ouviu, Jasmine.
— Eu não vou para lugar nenhum com você. – Cruzei os braços.
— Isso é o que nós vamos ver. – Brad foi até a porta da frente, a abriu e dois mamutes entraram.
— Chamou reforços?
— Você não pode fazer isso! – Katy exclamou o encarando.
— Não se mete porque esse não é um assunto seu. – Brad falou a encarando de volta. – E vamos Jasmine, eu estou com pressa. – Ele se aproximou e eu me afastei.
— Sai, eu não vou. Já disse! – Me levantei do sofá e saí correndo lá para cima me trancando em meu quarto.
— Jasmine, acho melhor você abrir essa porta. – Brad disse batendo na mesma.
— Já disse que eu não saio daqui com você de jeito nenhum! – Gritei andando em direção ao banheiro e me tranquei lá também, ouvi diversas batidas fortes na porta e me assustei porque eu não fazia ideia do que esse homem estava fazendo, então não aguentei e comecei a chorar. Naquele momento ouvi o barulho da porta sendo derrubada. – Você é um monstro, sabia? Um pai de verdade jamais faria o que você está fazendo!
— Você me agradeceria se soubesse, é inútil falar algo para você agora. Vai sair daí ou quer que eu arrombe mais uma porta? – Quando ele disse isso, eu abri a porta e tentei sair correndo dali, mas Brad e seus dois mamutes estavam ali e me pegaram pelo braço.
— Eu te odeio, Brad. Te odeio com todas as minhas forças! Você não tem ideia do quanto eu te odeio. – Falei encarando-o que riu baixo.
— Eu não ligo para o que você sente ou não por mim, agora vamos. Podem levá-la. – Ele disse e os dois mamutes começaram a andar me arrastando para fora do quarto. Descemos para a sala e Katy ficou nos olhando sem saber o que fazer.
— Jas?
— Liga para a polícia, Katy. – Pedi e Brad a encarou.
— Você vai se arrepender se ela fizer isso. – Ele parou em minha frente e apontou o dedo em minha cara, olhei para Katy e ela estava guardando o celular no bolso. Fui levada para fora de casa e me colocaram dentro de um carro preto.
TRÊS HORAS ANTES...
POV Justin
Depois da ligação de Jasmine, parei por alguns minutos para processar as informações do que tinha acontecido e fiquei muito preocupado, então fui correndo ligar para o tal de Christian.
— Alô!
— Oi, eu me chamo Justin. Você por acaso é o Christian?
— Eu mesmo, quem te deu o meu número?
— Foi o Jream.
— Jream? Como conseguiu contato com ele? Perdi o contato com esse filho da puta há horas!
— Não fui eu, ele ligou para a minha namorada que é sua irmã e pediu para que eu te ligasse.
— Que porra! Se o sinal voltou, então eu consigo rastrear o número dele. Só um minuto, moleque. – Ele disse e eu bufei irritado. Moleque? Com quem ele acha que está falando? – Que droga, ele está no mesmo lugar, mas parece que um pouco mais longe.
— O que você quer dizer com isso? – Perguntei sem entender.
— Que o levaram para lá, Jream não sai do lugar, então ele provavelmente está impossibilitado de andar. Corre que ele precisa de ajuda, vou te mandar o endereço por mensagem.
— Okay, estou indo. – Disse e desliguei, guardei meu celular no bolso e peguei as chaves da minha moto, desci as escadas e quando cheguei na sala, peguei meu capacete e fui até a cozinha. – Bom dia mulheres da minha vida! – Falei parando para olhá-las, percebi que as duas estavam conversando antes de eu aparecer.
— Bom dia, meu filho. Já está saindo?
— Bom dia. Cadê sua mochila?
— Estou saindo, mas não irei para a escola. Aconteceu um imprevisto e eu preciso ir para outro lugar agora, é urgente. – Falei sério e as duas me olharam preocupadas.
— O que aconteceu? – Scarlet se adiantou.
— Queria muito dar cada detalhe agora, mas eu não posso. Preciso ir, então mais tarde eu explico para vocês, ok? – Disse e as duas assentiram concordando.
— Então tá, fazer o quê. – Pattie disse parecendo chateada.
— Vou indo. Até mais tarde! – Acenei para elas enquanto andava de volta para a sala. Saí de casa e subi em minha moto, coloquei o endereço no GPS e acelerei logo depois, percebi que o caminho era longo e realmente porque cheguei mais de uma hora depois no lugar, estacionei perto de um carro que imaginei ser do Jream.
— Eu estou aqui! – Ouvi sua voz vindo de dentro do carro e corri, tirei o capacete e fui até lá.
— Jream?
— Bieber, anda logo. – Ele disse e eu abri a porta de trás, ele estava deitado nos bancos com o rosto todo machucado, o nariz sangrando, os olhos inchados e roxos, pela camisa cheia de rasgos e cortes, parecia que ele tinha... – Porra, Bieber! – Ele gritou despertando-me de meus pensamentos, então eu o olhei sem entender nada.
— O que aconteceu? – Perguntei curioso.
— Não importa, só entra nesse carro e me leva para longe daqui. – Ele pediu me olhando sério.
— Ok, aonde estão as chaves? – Perguntei já me sentando no banco do motorista e coloquei meu capacete no chão.
— Está no banco do passageiro, aí do seu lado. – Ele disse e eu peguei a chave ligando o carro em seguida. Saí dali e alguns minutos depois, ouvi a voz dele novamente. – Aonde estamos indo?
— Estamos indo para o hospital, quando chegarmos lá eu ligo para a Jasmine e talvez você nos conte o que aconteceu, né?
— Okay, entendi. – Ele disse e suspirou alto. Ficamos calados a viagem toda, até que chegamos no hospital e eu estacionei o carro.
— Chegamos, cara. Você consegue se sentar? – Perguntei olhando-o que me encarou.
— Não, porra! – Jream exclamou e depois fez careta gemendo baixo.
— Tudo bem, entendi. – Saí do carro e o ajudei a sair, fechei a porta do mesmo e entramos na porta que dizia emergência, no segundo seguinte um enfermeiro nos viu e foi pegar uma cadeira de rodas.
— Acho que você vai precisar disso. – Ele falou ajudando Jream a se sentar na cadeira.
— Obrigado. – Ele agradeceu tentando dar um sorriso.
— Sem problemas. Qual o seu nome?
— Jream Andrew.
— Que diferente. Você é parente dele? – O enfermeiro perguntou olhando para mim.
— Ele é meu cunhado, pode ligar para a minha irmã agora que eu estou aqui. – Jream falou me olhando e fez careta.
— Está sentindo alguma dor? – O enfermeiro perguntou preocupado.
— Olha, eu acho que ele está sendo durão demais, a cara dele já diz que tudo dói. – Falei e ele me encarou.
— Não tem problema, iremos te colocar em um quarto e em breve faremos alguns exames. Você pode aguardar na sala de espera que quando ele puder receber visitas, avisaremos. – O enfermeiro disse e piscou para mim.
— Obrigado. – Disse e me direcionei até a sala de espera, me sentei em uma cadeira e esperei até que me dessem notícias sobre o Jream e quando isso aconteceu, liguei para Jasmine e mandei o endereço do hospital para ela. Em seguida fui até o quarto do Jream para ver como ele está, bati na porta e entrei.
— Bieber! Tinha que ser você. – Ele disse tentando sorrir.
— Feliz em me ver? – Perguntei me aproximando da cama.
— Sendo pessoas próximas, eu sempre estarei feliz. – Ele deu de ombros.
— Então me diz... O que aconteceu lá? – Questionei curioso.
— É uma história muito longa, a Jasmine está vindo para cá?
— Sim, ela e Bern estão vindo, pelo menos foi o que a Jasmine me disse.
— Tudo bem, quando elas chegarem eu conto tudo o que eu tiver para contar, ok?
— Tem certeza? – Arqueei uma sobrancelha.
— Mas é claro, por quê eu mentiria?
— Não sei, não te conheço o suficiente para saber. – Falei me sentando em uma cadeira ao lado da cama.
— Me diz, como foi o dia de vocês ontem? – Jream perguntou parecendo mesmo interessado.
— Você não iria querer saber.
— Por quê? Mas é claro que eu quero! – Ele exclamou indignado.
— Tudo bem, nós fomos para a Disneylândia. – Disse e ele ficou boquiaberto.
— Só vocês dois ou todo mundo foi?
— Todo mundo, até meus amigos, sua mãe e a Katy.
— Sorte que eu não estava lá pra dizer não. – Ele riu baixo.
— E por que você diria? – Perguntei sem entender.
— Eu não gosto de parque de diversão, simplesmente não suporto. – Ele respondeu sério.
— Então que bom mesmo que você não estava lá, mas foi bem legal, viu? A Jas e o Justin estavam bastante maravilhados com tudo, só não consigo entender como eles nunca foram morando tão perto e eu que morava no Canadá fui quando ainda era criança. – Terminei de dizer olhando para o nada.
— É aquele negócio, só os de fora tem mais curiosidade, até porque nós podemos ir a hora que quisermos já que é na nossa cidade.
— Você pode ter razão, na infância o meu sonho era ir para a Disney.
— E o meu era virar raper. – Ele disse e eu arregalei os olhos.
— Sério? – Perguntei surpreso e ele riu.
— Claro que não, besta. – Ele falou rindo e ouvimos uma batida na porta, Bern entrou logo em seguida e estava sozinha.
— Meu filho, você está bem? – Ela perguntou se aproximando com os braços abertos e logo o abraçou.
— Agora eu estou bem sim, mãe. Bem melhor, mas cadê a Jas? – Ele disse e Bern se afastou o encarando.
— Por que está tão preocupado com a sua irmã? – Ela o encarou – O que aconteceu lá?
— Primeiro me responde. Cadê a Jasmine? – Jream pareceu meio desesperado e eu comecei a ficar também.
— Eu a deixei em casa , Brad queria conversar e eu precisava sair. – Ela respondeu e Jream socou a cama com as duas mãos.
— Você não deveria ter feito isso, Bern! Foi a sua pior escolha. – Ele falou bravo e olhou para mim. – Bieber, pega o meu carro e corre para lá agora, se tiver acontecido algo com a Jasmine, me avise imediatamente que eu irei tomar minhas devidas providências. – Ele disse sério e eu arregalei os olhos sem entender.
— O que você quer dizer?
— Não importa, só vai atrás dela e faz o que eu pedi. – Ele disse e eu assenti concordando, me levantei e saí do quarto, andei até o estacionamento e saí dali com o carro de Jream. Dirigi que nem um maluco, acabei chegando uns 30 minutos depois e me xinguei por ter demorado tanto. Saí do carro e corri, a porta da frente estava aberta, entrei e vi Katy e Justin sentados na escada chorando, quando os vi meu coração começou a acelerar porque eu imaginava o que tinha acontecido.
— Justin? Katy? Aonde está a Jasmine? – Perguntei me aproximando.
— O Brad... a levou a força daqui. – Katy respondeu e naquele momento senti como se meu mundo tivesse desabado sobre a minha cabeça.
— Não pode ser, isso não pode ter acontecido.
— Ela tentou fugir dele, mas o Brad arrombou a porta do quarto dela e ainda estava com dois seguranças para o ajudar. – Ela falou me olhando e abraçando Justin que não parava de chorar.
— Porra, não. – Me sentei no sofá e senti as lágrimas começarem a cair sem parar, fiquei algum tempo ali parado tentando entender o que tinha acontecido quando meu celular começa a tocar. Era Ryan, atendi no mesmo momento.
— E aí, cara? Por quê não veio para a escola? – Quando ele disse isso, eu não consegui me conter. – Você está chorando?
— Oi Ryan, me desculpa. Eu tive um imprevisto, por isso não fui para a escola.
— Que imprevisto? – Ele perguntou curioso.
— Eu posso te contar todos os detalhes depois, mas antes você e o Chaz podem fazer um favor para mim?
— Claro, precisamos sair daqui primeiro, mas com certeza que sim.
— Eu preciso que vocês vão a um lugar pegar a minha moto, será que vocês podem?
— A sua moto? Mas... – Ele se interrompeu. – Ok, você vai explicar depois. Podemos sim, só manda o endereço.
— Beleza, eu mando por mensagem. Obrigado mesmo, Ryan. A gente se vê.
— A gente se vê, cara. – Ryan disse e ambos desligamos.
— Bieber, você pode nos levar para ver o Jream? – Katy perguntou e eu a olhei.
— Posso, mas e a...?
— Caramba, ela deve estar tão ocupada que nem ouviu nada! Eu vou ir falar com ela e contar o que aconteceu, tá bom primo? Já volto. – Ela falou olhando para Justin que assentiu e começou a limpar as lágrimas.
— Somos dois chorões. – Ele disse me fazendo rir baixo. – Não merecemos o nome forte que temos, viu? Vamos parar de chorar.
— Você sabe que Justin significa justo e não forte, né? – Arqueei uma sobrancelha e ele sorriu.
— Não dá no mesmo? Até porque, os justos são fortes. – E deu de ombros.
— Te entendo completamente. – Disse e abaixei a cabeça, sei que o garoto estava triste pela Jasmine e precisava de consolo, mas eu também precisava e não consegui dar o que eu não tenho. Ficamos algum tempo ali até Katy voltar da cozinha.
— Podemos ir, já falei com a Fran. – Ela disse olhando para mim e para o Justin.
— Então vamos. – Ele falou se levantando e andou em direção a porta da frente.
— Bieber? – Ouvi Katy me chamar e a olhei. – Você não vem?
— Verdade, me desculpa. – Levantei do sofá e também saí dali, logo estávamos os três indo para o hospital ver o Jream. Acredito que ele vai me matar por eu não ter ligado, mas eu não me importo, não queria dizer o que aconteceu por telefone.
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