História Crazy In Love Second Season - Lets start this shit already!

23 de Maio de 2012, Quarta-feira, ás 9:45 A.M.

POV Justin

 Hoje Jream terá alta do hospital e ele me disse que iria me mandar mensagem logo quando chegasse em casa. Eu estava na escola, fui obrigado a ir mesmo com esse monte de coisa na cabeça, eu resolvi ir para não me sentir mais mal do que eu já estou me sentindo. Foi bom porque consegui conversar normalmente com as pessoas, eu só fiquei mal quando os professores perguntavam aonde estava a Jasmine, só que Kethlen respondia dizendo que ela estava se sentindo mal e por esse motivo não havia ido à escola. Eu não queria que ela mentisse, mas infelizmente foi necessário.

 Agora estou no intervalo, o pessoal e eu fomos direto para a sala de estudos aonde sempre ficamos para comer nosso lanche, na verdade, nós não podemos ficar aqui, só que entramos escondidos para ter um intervalo sossegados. Terminei meu lanche e no segundo seguinte, meu celular começou a vibrar em meu bolso, imaginei que fosse Jream e ao ver o nome na tela, era ele mesmo. 

— E aí, cara?

— E aí, Bieber? Tudo bem?

— Tudo ótimo e você? Já teve alta?

— Eu estou bem na medida do possível e sim, eu já estou em casa. Christian está aqui caso você queira trazer seus amigos para conversarmos mais sobre aquele assunto. 

— Beleza, então. Com certeza, irei falar com eles. Até mais tarde! Passo aí quando eu sair da escola. 

— Okay, até mais tarde. – Ele disse e ambos desligamos. Ryan, Chaz e Kethlen me olhavam curiosos. 

— O quê? – Perguntei dando de ombros enquanto colocava meu celular de volta no bolso. 

— Estava falando com quem? – Chaz perguntou de antemão. 

— Com quem você acha? O Jream, ele teve alta do hospital hoje e me ligou para avisar, eu vou passar lá depois da escola e gostaria que vocês viessem comigo. – Falei olhando para os dois e percebi que Kethlen me encarou. 

— Sabe Justin, quanto mais eu penso nesse plano do Christian, mais eu penso que ele é maluco. – Ryan disse sério e eu ri sem entender nada. – Eu não estou brincando. 

— Como não? Eu expliquei que o plano dele é o único jeito para conseguimos ir atrás da Jasmine, se não for assim, não tem como. – Falei olhando-o sério. 

— Nós vamos com você, sim. Já demos nossa palavra, então iremos até o fim com isso. – Chaz disse me fazendo sorrir e eu dei um tapa em suas costas satisfeito. 

— É assim que se fala!

— Também quero ir, preciso saber tudo o que vocês irão fazer. – Kethlen disse me encarando com os braços cruzados. 

— Não precisa não. – Ryan disse encarando-a e eu sorri. 

— Como é que vai ser?

— Eu preciso saber, Ryan! – Ela exclamou emburrada e se levantou da cadeira. 

— Kethlen, a única coisa que você deve fazer é acreditar em nós, até mesmo no Bieber, você só precisa fazer isso. Nós iremos trazer a Jasmine de volta, mas a forma que faremos isso, você não precisa saber. Confia em mim, Keth, você não vai querer saber. – Ryan disse olhando-a sério e a garota foi relaxando sua expressão. 

— Droga! Tá bom, vão sem mim mesmo, eu não me importo. – Ela disse levantando as mãos e saiu andando para fora da sala. 

— Eu vou ir falar com ela, tá? – Ele falou nos olhando e eu assenti, Chaz fez o mesmo e ele acenou logo correndo atrás de Kethlen. 

— O que será que o Christian tem para nos falar sobre o plano? – Chaz perguntou parecendo curioso. 

— Eu não faço ideia, mas espero que ele nos diga o que precisamos fazer para começar. – Respondi animado e Chaz arqueou uma sobrancelha. 

— Eu não sei se fico animado por você ou intrigado por fazer algo ilegal. É esquisito. – Ele falou me fazendo rir. 

— Não se preocupa, eu também não me acostumei, acredito que aos poucos isso vai acontecendo. – Disse e ele assentiu, no segundo seguinte, o sinal tocou e fomos obrigados a voltar para nossas salas. Me despedi de Chaz no meio do caminho e fui para minha sala, só que as três últimas aulas foram tão entediantes que eu não conseguia parar de pensar na Jasmine. Foram as três últimas aulas assim e eu não sei como os professores não reclamavam porque eu nem disfarcei. Kethlen olhava para trás as vezes e me repreendia, mas nada além disso. Quando as aulas acabaram, ela foi a primeira a sair da sala e eu demorei um pouco para sair já que estava com a cabeça avoada. No meio do caminho, recebi uma mensagem de Ryan dizendo que os três me esperariam na porta da escola e eu fui para lá, quando cheguei parecia que eles estavam falando de mim porque a conversa estava ótima, só foi eu aparecer que eles ficaram em silêncio. – Já sei, estavam falando de mim. – Disse olhando para os três que se entreolharam, então eu tive a minha resposta. 

— Não, não estávamos. – Chaz disse dando de ombros. 

— Não precisa mentir, cara. Seus olhares dizem tudo e com razão. Eu não estou bem e admito isso. – Falei revirando os olhos. 

— É por causa da Jasmine? – Ryan perguntou curioso. 

— Mas é claro! Não consigo parar de pensar nela, em como ela deve estar agora e onde. Brad pode tê-la levado para o outro lado do mundo e eu não faço a mínima ideia de onde, isso me deixa frustrado porque o que eu mais quero no momento, é a Jasmine ao meu lado. Me sinto fraco por não conseguir fazer tudo sozinho, afinal, ela é minha namorada e eu tenho a obrigação... – Abaixei a cabeça e os dois vieram em minha direção me abraçando cada um de um lado.

— Olha aqui, você não é fraco, nunca mais diga isso. – Ryan falou parecendo bravo e eu sorri. 

— Você não precisa e nem vai passar por esse momento sozinho, ok? Nós somos seus amigos e estaremos contigo sempre! Literalmente não importa o que aconteça, então para de se lamentar, nós conseguiremos trazer a Jasmine de volta, juntos. Entendeu? – Chaz falou me olhando e eu assenti no final, então ele me abraçou forte. 

— Valeu, cara. De verdade. – Agradeci e fizemos um toque. 

— Você sempre nos ajudou, amigos são para isso. É como eu disse, estaremos contigo sempre. – Ele disse me fazendo sorrir. 

— É isso aí, Bieber! Juntos nós conseguimos. – Ryan falou e também fiz toque com ele. 

— Já terminou o romance entre o trio? Vamos logo, Ryan. – Kethlen falou nos encarando e eu olhei para Ryan sem entender. 

— Eu vou levar ela em casa, em seguida passo lá. – Ele disse e eu assenti. 

— Tudo bem, então. Não demora, hein? O Christian é um pé no saco! – Disse fazendo toque mais uma vez e ele riu. 

— Não se preocupa, não demorarei. – Ele se afastou acenando. 

— Até depois! – Chaz e eu dissemos juntos, os dois foram embora e nós fizemos o mesmo, entramos em meu carro e fomos direto para a casa da Jasmine. Quando chegamos, estacionei meu carro e Chaz foi o primeiro a sair, então eu tirei o cinto e fiquei olhando para a casa que não tinha o mesmo brilho que antes já que Jasmine não está mais nela. 

— Ei cara, você não vem? – Chaz apareceu na janela preocupado e eu assenti tentando dar o meu melhor sorriso. 

— Claro, estou indo! – Respondi pegando minhas chaves e saí do carro, fechei a porta e andei em direção a porta da frente, em seguida apertei a campainha. 

— Você está bem, cara? – Ele perguntou ainda preocupado. 

— Sim, estou ótimo. – Sorri e a porta se abriu, era uma criança estranha que eu tinha quase certeza que conhecia. 

— Eu conheço vocês? – Ele perguntou nos encarando. 

— Estamos na casa certa? – Chaz perguntou olhando ao redor. 

— Estamos sim, eu acho. – Olhei para o menino. – Olha aqui garoto, eu me chamo Justin e esse aqui é o Chaz. 

— Deixa eles entrarem, Andrew! – Ouvi a voz do pirralho lá dentro. Então esse era o amiguinho dele. 

— Tanto faz. – O garoto bufou nos dando passagem para entrar, então eu logo vi Justin na sala jogando videogame. 

— Bieber! O Jream está na sala de jogos com o Christian, ele pediu para vocês irem para lá. – Justin disse ainda com sua atenção no jogo e no final me olhou de relance e fez sinal positivo com o dedo. 

— Okay, muito obrigado. – Fiz o mesmo e olhei para o Chaz. – Vem comigo. – E comecei a andar em direção a sala, ele me acompanhou e logo ouvimos os dois amigos conversando e rindo. 

— Vocês chegaram! – Jream exclamou quando nos viu, os dois estavam sentados em um sofá conversando e bebendo. 

— Já era hora! – Christian exclamou e deu mais um gole de sua bebida. – Não tinha outro?

— Ryan precisou levar a Kethlen para casa, mas ele já vem para cá. – Respondi enquanto me aproximava. – O que vocês estão bebendo? – Perguntei olhando para o copo de Jream. 

— Só o Chris está bebendo, isso aqui é refrigerante. – Ele falou mostrando o copo e eu o encarei desconfiado. 

— Tem certeza?

— Claro! Eu ainda não estou cem por cento e como preciso tomar remédios, não posso tomar álcool. – Ele falou e revirou os olhos sem graça. 

— É verdade, viu? Eu ofereci e ele não quis. – Chris disse e eu o encarei. 

— Que tipo de amigo é você? – Questionei indignado. 

— O tipo que gosta de beber quando quiser. – Ele deu de ombros e encheu seu copo dando mais um gole. 

— Melhor nem se estressar com isso, Justin. – Chaz me alertou e eu assenti concordando. 

— Como você está, Jream? – Perguntei me sentando no sofá e Chaz sentou ao meu lado. 

— Estou bem na medida do possível, não aconteceu nada muito grave, eu só tive alguns hematomas no rosto e no corpo que irão passar logo. Dependendo do que formos fazer em nosso treinamento, consigo aguentar de boa. – Ele respondeu e sorriu. 

— Treinamento? – Chaz e eu perguntamos juntos. 

— Vocês acham que é fácil roubar bancos? Vocês precisam aprender muito se quiserem mesmo fazer isso. – Christian disse nos encarando e Jream assentiu como se concordasse com cada palavra dele. 

— Tudo bem, então Christian. Por onde começaremos? – Questionei olhando-o sério que revirou os olhos. 

— Não vai esperar seu amigo chegar?

— Verdade, falta o Ryan. – Falei pegando meu celular e enviando uma mensagem. 

"Ei cara, você vem ou não?"

"Claro que sim, acabei de sair da casa da Kethlen, em alguns minutos eu chego aí."

"Beleza."

— Ele está vindo? – Chaz perguntou e eu assenti. 

— Está sim, acabou de sair de lá. 

— Dá tempo de eu beber só mais uma dose. – Christian falou pegando a garrafa de uísque e Jream o impediu. 

— Não acha que já bebeu demais? – Ele perguntou e Christian ficou encarando-o por vários segundos, até que soltou a garrafa. 

— Eu vou ao banheiro. – O mesmo se levantou e saiu andando.

— É impressão minha ou ele tem problema com bebida? – Chaz questionou enquanto olhava a sombra de Christian sumir.

— Ele tem, por esse motivo que eu pedi que parasse e só o deixei fazer isso porque ele só escuta a mim e mais ninguém, então se eu fizesse o que acabei de fazer, ele cederia e eu acertei. – Jream disse sério e abaixou a cabeça. 

— Ele é seu amigo, cara. Você está certo em querer protegê-lo de algo que pode ou não vir caso ele exagere demais. – Falei e Jream levantou a cabeça me olhando. 

— Fico até feliz por ter chamado ele para nos ajudar, assim ele consegue se controlar mais comigo por perto. – Ele disse e sorriu. 

— Isso ai, cara! – Chaz disse e nós ouvimos o barulho da campainha. Christian logo voltou e Ryan entrou na sala em seguida. 

— Estavam me esperando, né? – Ryan falou se jogando no sofá e riu de si mesmo. 

— Eu não sabia que seu amigo era idiota assim. – Jream comentou rindo. 

— Você não viu nada. – Disse e Ryan me encarou. 

— Vamos começar logo com isso? – Christian perguntou se aproximando. 

— Com certeza, estou ansioso para começar isso! – Falei olhando-o sério e Ryan se remexeu ao meu lado. 

— Nós vamos começar a fazer algo do tipo hoje? – Ryan perguntou e Chris assentiu. 

— Temos que começar logo para não perdemos tempo, ouviu? Se duvidar vocês terão que sair da escola. – Ele respondeu e eu arregalei os olhos. 

— Sair da escola? Isso é mesmo necessário? – Questionei sem entender e Christian arqueou uma sobrancelha. 

— Vocês terão que ter todo o tempo do mundo já que começar e terminar isso é urgente para vocês dois. – Ele falou apontando para Jream e eu. 

— Não se preocupa Bieber, depois de um tempo vocês contratam um professor particular. Nem vão sentir falta da escola. – Jream falou risonho e eu balancei a cabeça negativamente. 

— Droga! Minha mãe não vai gostar de nada disso. – Comentei frustrado. 

— É um sacrifício que vocês terão que fazer. – Christian disse olhando para nós três que nos entreolhamos. 

— Temos que fazer isso. – Falei sério. 

— Vamos fazer isso por você, cara. – Chaz disse e Ryan assentiu. 

— Queria que vocês fossem mais sensatos e a Kethlen provavelmente vai brigar muito comigo quando souber, mas eu aceito. Qualquer coisa por você, Bieber. – Ryan disse me olhando e sorriu. 

— Que bom que estamos todos de acordo, então podem se levantar que o treinamento vai começar hoje. – Christian disse já andando em direção a saída. 

— Aonde nós vamos, Chris? – Jream perguntou enquanto andava devagar e quando eu fui oferecer ajuda, ele me encarou e eu resolvi me afastar. 

— Você logo saberá! – Ouvimos a voz de Christian no corredor e em segundos já estávamos o acompanhando. Saímos da sala de jogos e chegamos na sala de estar, os meninos ainda estavam ali jogando e Christian estava parado na porta da frente. 

— Venham comigo! – Ele abriu a porta e tinha uma vã preta parada ali em frente. 

— Ele não vai nos sequestrar não, né? – Ryan perguntou baixo. 

— Não fala besteira, Ry. – Disse andando até a porta e fui o primeiro a sair, em seguida Jream, Chaz, Ryan e Christian por último. A porta da vã foi aberta e nós entramos em seguida, só que tinha o problema de ele não dizer aonde estávamos indo. 

— Você alugou uma vã? – Jream perguntou impressionado. 

— Até parece que... – Chaz disse e Christian o interrompeu. 

— Vocês estão sendo sequestrados? Não se preocupem, vocês não são valiosos, mas podem ser algum dia se confiarem em mim. Até por que só tem nós cinco aqui, sem contar no Steve! – Christian falou e apontou para o motorista que se virou por alguns segundos antes de sair dali com a vã. 

— Tudo bem, já entendemos que isso aqui não é um sequestro, mas você está nos levando para onde? – Perguntei curioso. 

— Para o treino mais importante, tiro. Vocês vão ter que ser amigos da arma e aprender a atirar maravilhosamente bem se não quiserem morrer. – Christian respondeu e sorriu. 

— Caramba, você leva a gente para fazer uma coisa dessa e nem avisa? Qual o seu problema, cara? – Chaz questionou parecendo desesperado. 

— Calma, cara. Não é grande coisa. – Ryan falou revirando os olhos. 

— Você já pegou em uma arma alguma vez? – Chaz perguntou encarando Ryan. 

— Mas é claro, minha mãe tem uma arma em casa e uma vez ela me levou para atirar, mas foi só uma vez. – Ryan falou parecendo decepcionado. 

— E você, Justin?

— Também já, meu pai tinha uma arma em casa também e até sugeriu que eu aprendesse a atirar, mas eu recusei. Só que, claro, eu tive curiosidade em saber como é segurar uma arma e peguei a dele. – Respondi e dei de ombros. 

— Pelo jeito, o Chaz será o único medroso do treino. – Christian comentou parecendo desapontado. 

— Não se preocupa, ele vai se sair bem. – Jream falou e Chaz o olhou curioso. 

— Não é perigoso?

— Você está perguntando se se defender é perigoso? Perigoso seria você ter uma arma sem saber usá-la. – Christian respondeu e Jream apenas concordou. 

— Eu particularmente nunca peguei em uma arma, mas não tenho receio em pegar em uma se eu pensar que irei atirar na cabeça do Brad. – Jream disse me surpreendendo. 

— O pior é que eu penso a mesma coisa! – Falei e nós rimos. 

— Espero que continuem animados assim quando chegarmos. – Christian disse parecendo sério.

— Como que vai ser esse lugar de treinar tiros? – Chaz perguntou curioso e por um momento, até eu fiquei. 

— É em um casebre, lá tem toda estrutura para isso, é bem legal, vocês vão ver. – Christian respondeu animado. 

— Legal? Nós vamos atirar. – Chaz disse indignado. 

— Não liga para ele, o Chaz precisa processar a informação primeiro, parece que o garoto não entendeu que ele precisa aprender a atirar se não quiser morrer. – Ryan falou olhando para o Chaz sem desviar o olhar e ele ficou todo sem graça. 

— Tudo bem, veremos quando chegarmos lá. – Chris disse e o assunto ali mudou, todos queriam saber como foi a conversa com as nossas mães e todos dissemos. Quase não acreditei quando Jream falou que fez a Bern desmaiar ao dizer que iria entrar para o mundo do crime, não consegui imaginar a cena. A história de Ryan e Chaz foi deprimente, até porque, a mãe de Ryan só pensava em dinheiro e a avó de Chaz só concordou porque sabia que ele iria fazer mesmo se ela dissesse não. Minha mãe e Bern foram as que mais nos apoiaram, elas foram compreensivas e entenderam o motivo pelo qual iremos fazer isso. Acredito que foi difícil para a avó de Chaz entender já que ela não conhece a Jasmine e ninguém relacionado a ela além de mim, então eu entendi sua preocupação e fiquei até um pouco chateado pelo Chaz ter ido contra ela, eu realmente não queria isso. 

 Quando o assunto terminou, nós finalmente chegamos e pela cara de Chaz, ele não estava mais com tanto medo assim de aprender a atirar e fiquei feliz por isso. Saímos da vã e um cara de mais ou menos um metro e noventa apareceu para cumprimentar Christian, ele nos apresentou e em seguida o mesmo cara começou a nos mostrar o lugar. Realmente era um casebre, porém enorme e com uma estrutura grande para você aprender a atirar de diversas formas, achei tudo muito interessante. E claro, Christian não quis perder muito tempo e nos colocou para começar o treinamento rápido e caramba, foi muito difícil, mais difícil do que eu imaginava. O único que estava se saindo bem era o Ryan, ele sorria quando começava a atirar e por um momento, aquilo me assustou. Jream também não estava se saindo bem e Chaz pior ainda, ele não acertava nenhuma e isso preocupou Chris demais. 

 O cara que estava com Christian era o treinador e depois de ver nosso fracasso, começou a nos dar dicas de como nós poderíamos nos sair bem atirando e funcionou para Jream e eu, Ryan nem precisou e Chaz ainda estava muito nervoso, mas tentou assim mesmo e depois de três horas treinando, ele conseguiu acertar uma vez apenas. 

— Está decidido, eu não sirvo para atirar. – Ele disse depois de devolver a arma para o treinador. 

— Não fala assim, cara. É só o primeiro dia. – Falei tentando o confortar. 

— Mas todos vocês foram tão bem, o Ryan nem se fala... Eu acertei uma única vez. – Chaz disse parecendo indignado. 

— Nós vamos tentar mais algumas vezes, se eu ver que você não leva jeito mesmo com armas, te ensino algo ainda melhor. – Christian falou olhando para ele e sorriu. 

— Então tá bom! – Chaz falou animado. 

— Ensinar o quê? – Ouvi Jream perguntar baixo para Christian. 

— Não importa, não vai acontecer. – Chris respondeu sério. 

— Você acha?

— Não, eu não acho. – Ele disse e revirou os olhos parecendo sem paciência, depois saiu andando dali.