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História Criminal - Prova de amor


Escrita por: theloveofyourlife

Notas do Autor


É o último cap gente.
Aproveitem e boa leitura.

Capítulo 52 - Prova de amor


Fanfic / Fanfiction Criminal - Prova de amor


“ Ele é um vilão das leis do diabo

Ele é um assassino só por diversão

Esse homem é um dedo duro, imprevisível

Ele não tem consciência, não tem, não tem nenhuma

...

Mas, mamãe, eu estou apaixonada por um criminoso

E esse tipo de amor não é racional, é físico

Mamãe, por favor não chore, eu vou ficar bem

Apesar de tudo, eu não posso negar

Eu amo esse cara”

Britney Spears – Criminal

...

NARRAÇÃO EM TERCEIRA PESSOA

O quarto cheirava a sexo e a nicotina. Harleen continuava deitada de lado na cama de lençóis roxos seu cotovelo apoiado no colchão e sua mão apoiando sua cabeça. Os olhos brilhando olhando para as costas largas do homem da sua vida.

Coringa estava de pé em frente a janela aberta, apenas trajando suas calças, deixando seu torço livre, com as tatuagens a mostra. Ele levou o cigarro até sua boca para mais uma tragada quando sentiu as mãos dela passando por suas costas, os lábios macios tocaram sua pele, as mãos de dedos finos agarram o tronco dele o abraçando por trás, ele se sentia estranho por estar gostando daquela demonstração de carinho.

-Posso fazer uma pergunta.- Ele apenas fala um “sim” um tanto rude, mas ela não nota.- Por que te chamam de Coringa?- Era uma pergunta estúpida, ele logo pensou.

-Eu decidi me chamar assim.- Ele responde depois de alguns segundos de silencio.- Mas eu não sou muito engraçado.- Havia um certo tom de melancolia. Ele dá uma ultima tragada e apaga o cigarro joga o cigarro a fora da janela. Ele põe suas mãos nas dela tirando os braços de Harleen ao redor de si e se virando de frente pra ela, notando só agora que ela trajava sua camisa roxa, ele sentiu vontade de perguntar quem mandou ela vestir aquilo mas não podia fazer isso agora. Ainda segurando os pulsos dela, Coringa olha nos olhos azuis um pouco esverdeados dela e ela devolve seu olhar.- Uma pergunta...

-Pode falar!- Harleen fala com um sorriso no rosto. Coringa solta os pulsos dela e passa sua palma pela bochecha dela, Harleen fecha os olhos apreciando o momento.

-Me diga... Você morreria por mim?- Ela abriu os olhos e não precisou nem pensar direito. Obvio que ela morreria por ele, ela faria o que fosse para estar ao seu lado.

-Sim.- Ele pensa um pouco ainda na veracidade das palavras na loira.

-Você mataria por mim?- Ela mataria por ele? Tirar a vida de uma pessoa apenas pra ficar ao lado dele, obvio! Tudo o que ele quisesse.

-Sim.

-Cuidado!- Ele aponta o dedo em sua face.- Não diga que foi impensado. Você quer ficar comigo?

-Claro!- Ela se anima mais que o normal, Coringa só conseguia pensar o quanto ela era manipulável.

-Vista suas roupas. Nós vamos dar uma volta.

...

HARLEEN QUINZEL POV on

Fecho o ultimo botão da minha blusa e vou até o escritório o encontrando devidamente vestido, ele disse que iríamos sair, eu não sabia direito pra onde, eu o deixaria me surpreender.

-Vamos.- Ele me oferece seu braço e eu entrelaço o meu, saímos do pequeno prédio e eu noto onde ele se localizava. Era um posto de gasolina abandonado, imagino que pode ter sido aqui onde ele passou seu tempo de sumiço. O posto ficava em uma beira de estrada, eu sequer sabia se ainda estávamos em Gotham. Coringa me leva até um carro estacionado a frente do prédio, era uma lamborghini roxa, igual a que foi destruída no dia que o vi pela primeira vez, eu o questionaria sobre isso mas seria algo estranho, ele poderia me perguntar como eu sabia disso. Coringa tinha muito dinheiro, ele poderia ter comprado outra igual? Não podia?

Fomos o caminho inteiro em silencio, eu apenas o observava enquanto ele dirigia, suas mãos com os dedos enfeitados pelos anéis apertavam o volante, seus olhos azuis estavam concentrados na estrada, ele tinha olhos lindos, como tudo nele. O peito subia e descia em uma respiração calma, os músculos ressaltados pela camisa com os cinco primeiros botões abertos deixando algumas tatuagens a mostra. Alguns minutos depois chegamos em Gotham, ele dirigia rápido, as ruas estavam bastante vazias, acho que já devia ser bem tarde da noite. Ele para o carro em um estacionamento deserto e sem nenhuma iluminação, ele sai do carro sem falar nada e eu saio em seguida, olho ao redor, o prédio desconhecido, forço um pouco a vista para ler o letreiro da frente do prédio “Nicholson’S ACE”. Era a antiga fabrica, ela foi fechada a uns anos atrás, alguns dizem que foi falência, outros que algum ricaço simplesmente comprou o lugar para abandoná-lo em seguida. Perdida em meus pensamentos vejo que Coringa já andava a minha frente atravessando as grades, corro atrás dele para alcançá-lo.

-Por que estamos aqui?- Pergunto um pouco assustada com alguns mendigos que bebiam e estavam sentados ali na frente. Coringa passa e joga uma moeda dentro da caneca de um dos mendigos, ele era tão bondoso, sorrio abobada com sua demonstração de caridade. A frente da entrada principal havia dois capangas que trabalhavam para ele, sei disso pois já havia visto aquelas fantasias antes.

-Preciso te levar a um lugar.- Entramos no prédio.

-Tipo uma surpresa?- Pergunto animada me enroscando no seu braço.

- Um ultimo encontro.- Paramos a frente de uma porta de ferro, como as que tinha na segurança máxima do Arkham só que essa não tinha a pequena janela com grades.-Feche os olhos...- Ele sussurra e o sinto atrás de mim, ouço o barulho da porta de abrir, delicadamente ele me empurra pra dentro da sala, a porta e fechada atrás de mim, espero uns segundos e não sinto mais sua presença.- Senhor Coringa?- O chamo.- Posso abrir?- Ele não responde, isso logo me assusta. Abro a brecha do olho e não tinha nada além de escuridão, abro os dois logo ficando desesperada, ele havia me trancado aqui? Sozinha? No escuro?- Senhor C.!- Bato na porta atrás de mim, eu não conhecia aquela sala e ela estava me assustando.- Senhor C. Por favor abre!

-Harley, Harley, Harley.- Ele chama meu nome, me viro em direção de sua voz, não parecia que ele estava ali, logo confirmo quando uma luz se acende do outro lado da sala, a luz não vinha de dentro mas sim de outra sala, um vidro separava uma sala da outra, a que eu estava ainda continuava escura. Ele estava do outro lado do vidro, havia um pequeno microfone acoplado a um painel que eu não conseguia ver direito, a voz dele saia por pequenas caixas de som dentro da sala. Me aproximo do vidro espalmando as mãos no mesmo.- Você fica linda com medo.- Ele fala me olhando nos olhos e me permito sorrir com seu elogio. Ouço gemidos atrás de mim e colo mais ainda no vidro vendo seu sorriso se alargar.

-Senhor C. O que é isso?- Pergunto alarmada me referindo aos gemidos.

-Você não confia em mim Harley?

-Confio! Claro que confio?- Digo com lágrimas no olhos quando os gemidos de sôfrego atrás de mim ficam mais audíveis, olho para trás tentando ver algo mas estava um breu então volto minha atenção para Coringa que continuava com seu sorriso como se não estivesse acontecendo nada, talvez realmente não estivesse poderia ser só paranóia da minha cabeça.- Senhor C. o que é isso?

-Uma prova de amor.

-Como assim?- Pergunto.

-Você me ama Harley?- Ele perguntava agora sério.

-Claro. – Digo sem pensar, eu realmente o amava, eu havia pensado nele durante um ano, sonhado com ele quase todas as noites, ele foi meu lindo pesadelo, mas estar com ele era um sonho.- Eu te amo.

-Eu não acredito.

-Eu te amo.

-Mentirosa!- Ele grita do outro lado batendo na mesa onde estava o microfone e minhas lágrimas começam a rolar.

-Eu te amo! Só aceite isso!- Digo no mesmo tom, mas com a voz embargada pelo choro. Ele me olha serio novamente.

-Prove.

- Eu faço o que você quiser!- Eu realmente faria, ele valia a pena qualquer sacrifício.- Só não duvide dos meus sentimentos.- Coringa mostra seus dentes capados de prata e aperta um dos botões da mesa fazendo as luzes da sala onde eu estava se acender. O lugar parecia um tipo de banheiro, havia azulejos brancos encardidos, olho para trás e meus olhos se arregalam instintivamente, pisco algumas vezes duvidando se estava vendo aquilo mesmo. Coringa não fez isso, eu não acredito que depois de tudo ele foi capaz de fazer isso!

-Mãe!- Ela estava amordaçada com os braços pendidos para cima, havia inúmeras manchas de sangue na sua roupa, machucados em seu rosto que precisavam ser tratados. Vou até ela tirando a mordaça de sua boca.-Mãe!- Digo chorando enquanto toco seu rosto, ela fecha os olhos por causa da dor.

-Harleen...- Meu nome é pronunciado em um tom fraco.

-Mãe eu vou... eu vou te tirar daqui!- Digo. Ela estava presa com correntes que ficavam em uma parte alta da parede, assim fazendo com que seus braços ficassem pendidos para cima, tento puxar as correntes e logo ouço um gemido de dor vindo dela, seus pulsos estavam praticamente retalhados.

-Harleen vá embora.- Ela pede.

-Eu não vou embora, eu vou te tirar!- Tento puxar as correntes mas uma vez mas era em vão.

-Harleen, vá embora!- Mamãe agora fala um pouco mais alto assim chamando minha atenção, ela sequer olhava na minha face, apenas mantinha os olhos vidrados na figura atrás de mim. Olho pra trás e Coringa olhava a cena sério.

-POR QUE FEZ ISSO COM ELA?- Vocifero em direção ao vidro, batendo no mesmo algumas vezes, ele não esboçava nenhuma reação.- Eu aqui feito tola acreditando em todas as palavras que você dizia, ou que você tinha mudado.

-Você ama sua mãe?- Ele pergunta. Ele era idiota ou o que, é obvio que eu a amava.

-Claro! Agora solte ela.- Ordeno, mas acho que pra ele não passou nada mais nada menos que um pedido qualquer.

-Você ama mais sua mãe do que me ama?- Fico em silêncio, eu não sabia ao certo, eu não sabia de nada. Puxo meus cabelos para trás com força fechando os olhos reprimindo um grito de raiva, me ajoelho ao chão com as mãos na cabeça. Minha mãe era única pessoa que eu tinha, meu irmão ainda estava vivo mas eu odiava meu irmão, eu amava minha mãe, eu amava Coringa. As lágrimas começam a sair desparadamente e logo eu estava soluçando feito uma criança.

-Por que você faz isso?- Pergunto agora olhando diretamente para ele, me levanto.- Você sempre me deixa em duvida! Eu nunca sei o que você quer, eu não sei o que vai fazer, eu nunca sei o que vai fazer!- Abraço meu tronco como se isso pudesse me consolar. Coringa não esboçava nenhuma reação.- Eu te amo, mas você sequer disse se também me amava.- Balanço a cabeça negativamente.- Eu não posso ficar com alguém que faz mal a alguém que eu amo e que também me ama!- Olho para minha mãe e ela apenas observava enquanto eu falava. Havia lágrimas em seus olhos, os mesmos estavam vermelhos, pude ver isso mesmo com seus cabelos loiros molhados de suor e sangue caindo pela sua face. Coringa bufa e apaga a luz da outra sala, me deixando impossibilitada de ver o que acontecia do outro lado. Ouço o barulho da porta se abrindo e me afasto da mesma, Coringa entra segurando seu revolver em mãos, me afasto desesperada me pondo no canto da sala, eu já soluçava bastante. Ele tira as balas do revolver deixando apenas uma, logo depois estende a arma pra mim, meu olhar ia da arma para ele. Tiro o revolver de sua mão apontando para ele em seguida, Coringa apenas dá um sorriso de lado se afastando um pouco.- Solta ela!- Mando mas ele continuava parado.

-Você vai atirar em mim?- Ele pergunta.- Você devia atirar em quem te faz mal Harley.

-Você me faz mal!- Constato o obvio.

-Eu senti a sua dor Harley.- Franzo o cenho.- Eu fiz isso por você...- Ele aponta para o lado da sala onde minha mãe estava, ela apenas soluçava entre lágrimas.- Era o que ela merecia e o que você devia ter feito.

-Você é louco.- Digo e Coringa começa a gargalhar. Minhas mãos tremiam quase fazendo o revolver cair no chão.

-Nós somos!- Ele dá passos se aproximando de mim e eu ando para trás.- Nós podemos ser loucos juntos. Você acha que sua mãe te ama?- Ele pergunta apontando para minha mãe.- Senhora Hillary Quinzel.- Agora ele ia até minha mãe, eu não tirava o revolver de sua direção. – Olha pra mim!- Ele grita com ela ao notar que ela tentava desviar o olhar, minha mãe estava com medo. Coringa segura seu rosto com força fazendo ela olhar para ele, eu podia parar aquilo mas eu estava curiosa pra saber até onde ele iria.- Me diga... Senhora Quinzel... Onde estava enquanto sua única filha estava sendo abusada por um bando de adolescentes drogados?- As lembranças me fazem desabar, meus soluços já eram audíveis.- Onde estava quando seu adorável marido entrava no quarto da sua filha pra se masturbar enquanto a via dormir apenas de calcinha e blusas de algodão?- Eu não podia acreditar naquilo, meu pai era um nojo, eu sabia disso, mas eu achava que minha mãe era a única, a única daquela família que salvava, a única que eu podia confiar, a única que me amava de verdade.- Não vai falar?- Ele solta o rosto dela. Mamãe vira seu olhar em minha direção, era como um pedido de desculpas, Coringa se põe atrás de mim, então ele desce suas mãos por meus braços chegando até minhas mãos, ela agora muda a direção da arma, agora ela apontava para minha mãe.- Eu sou a única pessoa que te ama de verdade.- Ele fala no meu ouvindo soltando seu alito ali, fecho os olhos ao ouvir suas palavras, ele me amava, ele havia dito isso.- Só eu posso te salvar, e você sabe disso.- Confirmo com a cabeça.- Mas pra te salvar você precisa enterrar a Harleen.

-Harleen...- Mamãe me chama.- Não acredite nele.- Ela pede.

-E você vai acreditar nela?- Coringa sussurra no meu ouvido.- Ela sabia tudo o que o seu irmão e seu pai faziam... Não seja tola Harley, ela não é uma vítima. Ela preferiu ficar calada e deixar você sofrer.- Fecho os olhos deixando as lágrimas grossas caírem.- Enquanto você chorava no quarto ao lado por causa do seu irmão ela sabia de tudo, ela saia de casa pra transar com chefe deixando você sozinha com eles em casa. Você acha que ela te ama Harley?- Balanço a cabeça negativamente. Eu sequer sabia se eu ainda podia chamar aquela mulher de mãe, tudo o que me aconteceu foi por culpa dela, tudo poderia ter sido diferente.- Ela estava mais interessada em transar com Ron que se preocupar com a própria filha, ela queria que você deixasse sua bolsa pra ir com ela, você acha mesmo que ela pensa em você?- Engulo em seco.- Quantos anos tem agora Harley?

-Vinte...- Respiro fundo.- Vinte e seis.

-Então foram nove anos!- Ele volta a falar.- Nove anos sem uma ligação, ela sequer te procurou, e se você não tivesse ido atrás ela sequer teria pensado em você. Estava mais ocupada com o marido que bancava ela. Mas eu tenho uma boa noticia Harley...- Ele morde o lóbulo da minha orelha fazendo eu me arrepiar.- Ron agora está em pedaços dentro de uma caçamba de lixo.- Sorrio ao imaginar, pelo menos o filho da puta agora teve um fim, mas logo deixo o sorriso ao olhar pra minha mãe.

-Isso é verdade?- Pergunto com a voz um tanto embargada mas mesmo assim contendo resquícios de raiva. Ela ficou calada apenas chorando, aperto um pouco mais o dedo no gatilho.- ISSO É VERDADE?- Vocifero a fazendo me olhar alarmada.

-Frances, essa não é você!- Hillary fala em tom sôfrego, mas aquilo não causava mais nada em mim.

-Não me chame de Frances!- Baixo a arma saindo de perto de Coringa e me pondo a frente de Hillary.- Você sequer me conhece. Você sequer se interessou em me conhecer.

- Você é minha menina...- Reviro os olhos ao ouvi-la dizer aquilo.- Mate o palhaço.- A mulher fala um pouco mais baixo como se não quisesse que Coringa ouvisse, mas era obvio que ele estava ouvindo.- Vamos pra casa... Em Metropólis, o Bruce deve estar preocupado com você.- Reviro os olhos. Me viro de costas pra ela pondo uma das mãos na testa massageando as têmporas pra ver se isso me acalmava. Então me viro novamente pra ela mas dessa vez com a arma apontada para sua testa.- Não faz isso Frances... Você sabe que eu te a...

O sangue espirrou no meu rosto, a cabeça dela estourou feito uma melancia, alguns pequenos pedaços de sua cabeça havia ficado grudado na parede. Suas pernas ainda se mexeram um pouco mesmo depois da bala já ter atravessado sua cabeça, sorrio ao observar meu feito e assopro a ponta da arma como se estivesse em um filme de espiões. A risada característica do senhor Coringa logo se espalha pelo lugar. Me viro para trás arrumando uns fios de cabelo e Coringa me encarava abismado com um sorriso enorme no rosto. Ele vem até mim e segura meu rosto entre as mãos e beijando meus lábios com vontade, retribuo seu beijo de imediato invadindo sua boca com minha língua. Ele desgruda sua boca da minha distribuindo selinhos a fim de finalizar o beijo.

-Que orgulho do meu monstrinho.- Sorrio agradecida.- Preciso te levar a um lugar.

Saímos do primeiro prédio em direção a um mais afastado, eu andava saltitante segurando sua mão. Coringa abre a porta entrando em um lugar completamente escuro. Me prendo mais ainda ao braço dele, era um lugar enorme cheio de barris, era escuro pois a luz estava apagada, apenas a luz da lua que passava pelas janelas fechadas então era capaz de ver algumas coisas, mas ainda continuava um tanto escuro. Após passamos pelos inúmeros barris chegamos a uma porta de vidro fosco. Coringa abre a porta entrando no local, era iluminado por uma luz verde, a luz não vinha de lâmpadas ou coisas do tipo. Havia tonéis, tonéis enormes, vários metros de altura, com algum liquido dentro, o liquido estava fazendo os reflexos no teto. Eu observava o lugar quando noto Coringa começava a subir uma enorme escadaria, corro para alcançá-lo. Chegamos em um andaime de ferro. Coringa se aproxima da borda e eu também, dava direto para os enormes tonéis, era tão alto que logo me deu uma leve tontura, dou uns passos para trás.

-Por que me trouxe aqui?- Pergunto curiosa.

-Eu nasci aqui.- Ele abre os braços olhando para o liquido esverdeado e borbulhante abaixo de nós.- E é onde você vai nascer.

-Como assim?- Coringa vira o tronco pra mim estendendo uma de suas mãos para que eu a segurasse, a seguro e me aproximo mais de si, e ainda mais perto do tonel, eu não olhava para baixo, aquilo me assustava, apenas mantinha os olhos nos dele como se isso fosse meu ponto de segurança.

-É aqui que Harleen Quinzel morre...- Ele agarra meus ombros e me olha nos olhos.- Arlequina.

NARRAÇÃO EM TERCEIRA PESSOA

Um grito agudo escapa da garganta da loira quando a mesma é arremessada do andaime. O típico clichê da mocinha que conheceu o cara mal e se entregou ao que achou ser amor, era amor para ela, afinal não devemos decidir o que os outros sentem. Talvez essa não seja uma historia de amor para terceiros. Talvez Harleen tenha sido burra, talvez ela tenha feito o que qualquer pessoa louca de amor faria. Ela se levou até lá ou foi levada? Quem poderia dizer isso?

Era como se o corpo dela estivesse demorando mais que o normal ao cair, desafiando as leis da física, caindo lentamente em direção a morte, talvez essa fosse sua hora, talvez merecesse tudo aquilo, não sabia o que aconteceria ou porque Coringa tê-la traído, ele disse que ficariam juntos mas por que tentar matá-la? Como no típico clichê de filmes antigos, sua vida passava em flashbacks, o primeiro namorado, sua primeira vez, quando conheceu Selina, Bruce,Seus poucos dias com Hera, e o único por qual entregaria sua vida, apenas ele, Coringa. Harleen merecia morrer, era a hora dela, ela sentia que apenas trazia raiva e tristeza para os outros mas sequer sua felicidade encontrava. Então ela queimou, como se agulhas entrassem em sua pele, parecia que o diabo a puxava direto para o inferno, uma dor lancinante, logo era como se seu corpo estivesse em chamas. Então chegou sua hora, seus olhos se fecharam, suas batidas cardíacas diminuíram, tudo havia acabado.

Coringa aperta os botões do painel que fariam todo o liquido ardente ser evacuado por canos. O palhaço descia as escadas enquanto cantarolava Mr. Sandman. Ao chegar em baixo ele empurra uma enorme escada de ferro com degraus até a beirada do tonel subindo no mesmo rápido.

-Arlequinaaa...- Ele chama por ela, ansioso pelo o que iria ver. Mas ao chegar a borda se depara apenas com o corpo desacordado, despido, ele desce apara dentro do tonel já seco se ajoelhando ao lado do corpo dela. Ela estava perfeita, como deveria estar, foi a única que havia ficado tão boa, ele põe um dos braços embaixo das costas dela e outro embaixo das coxas a tirando dali. Já no chão seco ele para pra observá-la melhor, ele a abraçou em um ato um tanto estranho para ele, mas não era agora, não havia vida ali, não havia vida que ele tinha achado criar, talvez desistisse de querer brincar de Victor Frankenstein, ela era mais uma que não havia dado certo. Ela tinha tudo pra ser uma Arlequina perfeita. Coringa gritou deixando o corpo dela cair ali, seu grito era de fúria, raiva, ele havia errado e não se permitia errar. A deixando ali, naquele chão, depois daria um jeito no corpo, ou poderia guardá-lo congelado para si. Harleen havia morrido levando consigo sua Harley...

...

EPILOGO

Ela se arrastava pelo chão frio da sala que passou no dia anterior. Mas dessa vez a mesma não estava já tão escura, o sol dava as caras e os feixes de luz entravam pelas brechas da janela sem nem mesmo ser convidados.

Com um pouco de esforço consegue se levantar, as pernas estavam doloridas, sua pele ardia por inteiro por causa da noite anterior. Coringa não estava com ela quando ela havia acordando, "ele não gostou como me fez?" Ela logo pensou triste, preferia ter morrido ao pensar na hipótese de ser abandonada por ele.

Gemendo pela dor ela consegue girar a maçaneta, sentia suas mãos sensíveis ardem quando tocavam na mesma.

Empurrando a porta para o lado ela descia os dois degraus a sua frente quase caindo quando chegava ao chão áspero. A brisa gelada do amanhecer batia em seu corpo nu de cor alva, em sua branquidão um tanto fantasmagórica.

Os cabelos brancos caiam em fios humidecidos sobre o rosto que ainda continuava belo ao olhar de qualquer um, mesmo agora sem a cor e a vida de antes.

Com um tropeço ela quase é levada ao chão, quem a visse ali e agora, naquele lugar vazio, com um aspecto mórbido não exitaria em correr.

Harleen Quinzel parecia um passado distante agora, era como se tivesse nascido outra vez. Ele havia a tornado viva, ele deu uma chance para que ela pudesse recomeçar. Coringa era como um deus e ela havia sido abençoada por ter a chance de tê-lo, ser escolhida para acompanhá-lo, para servi-lo. Eles mal sabiam que um dia entrariam para história, tão admirados quanto Charles Manson ou Jeffrey Dahmer. O rei e a rainha de Gotham City, e deus perdoe quem se meter com eles.

FIM?



Notas Finais


Então gente, é o fim da Harleen, eu acho que vou sentir bastante falta dela já não sei vocês. Eu amei ter escrito essa primeira fase de criminal, por isso que eu amo fanfic pois é algo de fã feito pra fãs, sou apenas uma pessoa apaixonada por esse universo que decidiu colocar em um papel todas as minhas idéias e como imaginei os personagens sendo retratados como pessoas mais reais, não sei se consegui transparecer isso pra vocês mas é. Eu amo todos vocês mesmo, amo cada comentário e morro de rir com alguns. Criminal tem as melhores leitoras do mundo e vocês sabem disso. 💖💖💖

Obs: a parte 2 vem aí, então não tirem o favorito da fic, pois quando o primeiro cap da parte dois estiver pronta eu vou avisar por aqui antes de finalizar a fic.


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